Da Rede Brasil Atual
– O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, voltou a acusar ontem (15)
o líder oposicionista Leopoldo López de ser idealizador dos atos de
violência que na última semana culminaram com a morte de três pessoas e
mais de 60 feridos. Os confrontos ocorreram durante manifestações
envolvendo apoiadores e opositores do governo. “Covarde , fascista, você
está sendo procurando”, afirmou Maduro, em discurso feito durante um
ato “pela paz e pela vida”, convocado pelo governo.
Lopez é uma personalidade da direita em ascensão, que
tem radicalizado os discursos pedindo a saída de Maduro e promovido
atos hostis ao sucessor de Hugo Chávez Após duas derrotas seguida – para
Chávez e para Maduro – o dirigente oposicionista Henrique Caprilles vem
perdendo espaço para a direita raivosa.
Capriles, por sua vez, acusou o governo de distribuir
armas a grupos que o apoiam. “A Venezuela precisa de um governo que aja
de forma séria e responsável. Aqui reina a irresponsabilidade, e a
mentira. Para acabar com a impunidade, precisam parar de forçar os
juízes a agir como militantes de um partido político”, disse.
Em seu discurso, Maduro atacou também o ex-presidente
da vizinha Colômbia, Álvaro Uribe, acusando-o de financiar grupos
“fascistas” e de estimular as ações voltadas para desestabilizar e
derrubar o governo bolivariano. Segundo Maduro, “Não queremos mais
violência, não ao fascismo”, conclamou, convocando estudantes,
trabalhadores, comunidades das periferias e movimentos sociais a
“garantir a paz nas ruas”.
“Eles disseram que iam às ruas e que não iam sair das
ruas até que o Maduro renunciasse. Eu quero dizer aos loucos fascistas
que o Maduro não vai renunciar, nem um só milímetro, ao poder que o povo
da Venezuela lhe deu. Vou continuar no poder porque o povo está no
poder”, disse, jurando pela Constituição que nada o tirará do caminho da
“Revolução Bolivariana”.
A manifestação reuniu milhares de pessoas na Avenida
Bolivar, região central de Caracas. O ato político foi acompanhado de
atividades esportivas e shows. O chanceler Elías Jaua enfatizou que o
país desfruta de garantias ao direito às manifestações pacíficas, mas
alertou que o Estado tem a obrigação de reagir aos surtos de violência.
Com informações de Ópera Mundi
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