Conheça Leopoldo López, o líder (FASCISTA) que prega o golpe na Venezuela
Conheça Leopoldo López, o líder que prega o golpe na Venezuela
“Arrogante e sedento de poder”. Conheça Leopoldo López, radical ligado ao setor petroleiro que está tentando o golpe na Venezuela
Leopoldo López, o conservador radical que prega o golpe na Venezuela (Divulgação)
Do Pragmatismo Político
O perfil é o de um típico mauricinho do Leblon. Ou dos Jardins. Um
coxinha – como se costuma dizer agora. Só que um coxinha perigoso.
Leopoldo Lopez é criticado até por setores da oposição – por ter
decidido sozinho chamar os jovens às ruas pra derrubar o governo eleito
da Venezuela. Henrique Capriles, o outro líder da oposição, quer usar as
ferramentas legais para derrotar o chavismo. Lopez quer o golpe.
Ele teve prisão decretada. Os EUA pressionam para que não seja detido.
Por que? Lopez é apontado como homem de confiança, na Venezuela, do
ex-presidente colombiano Alvaro Uribe – de extrema-direita.
Ex-prefeito do munícipio de Chacao (2000-2008), López, de 43 anos, vem
de uma das familias da elite venezuelana, ligada ao setor industrial e
petroleiro.
A definição acima está em reportagem produzida não por algum jornal chavista, mas pelo site da britânica BBC. Confira a seguir:
por Claudia Jardim, na BBC Brasil
Popular, carismático, imprevisível, arrogante e sedento de poder. Essas
são algumas das características que analistas e líderes políticos
costumam usar para definir Leopoldo López, o mais novo inimigo público
do governo venezuelano de Nicolás Maduro.
Referência da ala radical da oposição venezuelana, López está sendo
procurado pela Justiça venezuelana. A polícia chegou a fazer buscas em
sua casa neste domingo, mas ele não estava lá.
O opositor não é visto em público desde quarta-feira, quando milhares de
estudantes sairam às ruas, liderados por ele, para exigir uma mudança
de governo.
No entanto, ele divulgou um vídeo neste domingo, dizendo ser inocente e
desafiando as autoridades a prendê-lo durante uma marcha que ele
convocou para a terça-feira.
“Não tenho nada que temer, não cometi nenhum delito, sou um venezuelano
comprometido com nosso país, como nosso povo. Se há alguma decisão legal
de me prender, estarei pronto para assumir essa perseguição e essa
decisão infame por parte do estado”, disse.
Ele é acusado de ser o autor intelectual da onda de protestos violentos
que tomou a capital do país nos últimos dias. As marchas se tornaram
mais violentas na quarta-feira, quando três homens foram mortos durante
um protesto contra o governo. Maduro acusa López de incitar a violência,
enquanto a oposição afirma que os homens foram assassinados por
milícias pró-governo.
“López ordenou que todos esses jovens violentos, treinados por ele,
destruíssem metade de Caracas e então resolveu se esconder”, disse o
presidente. “Se entregue, seu covarde!”
‘Golpe’
López se converteu na mais nova dor de cabeça do ex-candidato
presidencial e governador Henrique Capriles – líder do setor moderado da
coalizão opositora – desde que decidiu colocar em prática o plano
chamado “A saída”. Apoiado pelo movimento estudantil, o plano consiste
em intensificar a onda de protestos no país até levar o presidente à
renúncia.
“Ainda acreditam que devemos esperar até 2019 (fim do mandato de Maduro)
para sair deste regime?”, questionou López, em seu perfil no Twitter,
ao convocar os protestos.
Essa declaração foi interpretada pelo governo como um chamado a um golpe de Estado.
A escalada de violência que tem marcado o tom dos protestos nos últimos
dias preocupa aos “moderados” da oposição. Um dos membros da Mesa de
Unidade Democrática (MUD) afirmou à BBC Brasil que o setor moderado da
oposição tentou dissuadir López de sua “aventura” com os estudantes.
Ambições pessoais
Conservador, vinculado aos partidos de direita da região, López é visto
como um “maverick” – jargão político para definir quem desobedece as
linhas do partido – na avaliação do analista político Carlos Romero,
professor da Universidade Central da Venezuela. “López tem um estilo
muito personalista, pouco institucional. Ele está sempre em permanente
busca de protagonismo”, afirmou Romero.
A seu ver, a polêmica decisão de levar a população às ruas para promover
uma mudança de governo é uma manobra que tem como objetivo “ambições
pessoais”, mas que pode levar à crise toda a coalizão opositora.
“Leopoldo é um dirigente que neste momento está promovendo danos
importantes à oposição democrática”, afirmou.
Sua habilidade em promover rupturas entre aliados políticos também foi
destacada com preocupação por um conselheiro político da embaixada dos
Estados Unidos em Caracas. Em documento desclassificado de 2009 vazado
pelo Wikileaks, Robin D. Meyer, qualificou a López como uma “figura
divisora da oposição, arrogante, vingativo e sedento de poder”, diz o
documento que tinha como enunciado “O problema Leopoldo”.
A historiadora Margarita López Maya caracteriza a López como um político
“audaz, ambicioso e carismático”. Em sua opinião, ele é capaz de
capitalizar os anseios da juventude que não vê saídas, se não o
protesto, como mecanismo de pressão para debilitar o chavismo.
“Levá-lo prisão seria convertê-lo em um mártir e ele seria catapultalo a uma candidatura presidencial”, avaliou a historiadora.
Entre os jovens que estão protestando nas ruas, López é visto como um
ícone da rebelião anti-chavista e um potencial presidenciável. “Se ele
for preso, o movimento estudantil irá às ruas defender sua liberdade.
Compartilhamos com ele a visão de que é preciso mudar esse governo.
Vamos continuar nas ruas até a renúncia do presidente”, afirmou à BBC
Brasil o dirigente estudantil Daniel Alvarez.
Carreira
Ex-prefeito do munícipio de Chacao (2000-2008), López, de 43 anos, vem
de uma das familias da elite venezuelana, ligada ao setor industrial e
petroleiro.
Como prefeito, participou ativamente dos protestos que culminaram no
golpe de Estado que derrocou brevemente o governo Chávez. Desde então,
não pode se desvincular do rotulo de “golpista”, atribuido pelo governo e
seus seguidores.
Em 2008, uma acusação de mau uso de recursos públicos, como prefeito de
Chacao, fez com que o político fosse inabilitado politicamente pela
justiça da Venezuela. Essa decisão do tribunal, impediu que lider
opositor se projetasse como potencial candidato presidencial.
Formado em Harvard, sua carreira politica começou no partido Primeira
Justiça, o mesmo de Capriles. Um racha interno o levou a abandonar o
grupo. Ele então se filiou ao partido conservador Um Novo Tempo, onde
permaneceu pouco tempo, até fundar seu atual partido Voluntad Popular.
com Escrevinhador
http://www.pragmatismopolitico.com.br/2014/02/conheca-leopoldo-lopez-o-lider-que-prega-o-golpe-na-venezuela.html
*CarlosMaia
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