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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, fevereiro 12, 2014

Abril à venda !
As revistas vão de graça !

Faltam a Folha e o Estadão. A Globo será googlada !

Saiu no Infomoney:

Abril Educação dispara 6% após confirmar contratação de bancos para possível venda



Quem vai procurar comprador são os bancos ItauBBA e o BTG Pactual.

A noticia saiu da Sonia Racy, no Estadão.

Navalha
Quer dizer que a Educação é que ia salvar a Abril ?
Também, eles compraram um cursinho de inglês daqui da esquina – disse amigo navegante – por um caminhão de dólares …
Não podia dar certo.
Quem se interessa pela Veja ?
Uma empresa de reciclagem de papel, certamente.
E pela Folha, sustentada pelo UOL, empresa que compete no mercado mundial com a IBM – quem se interessa ?
A Compuserve !



Em tempo: a Sonia Racy do Estadão – em comatoso estado – está dando um calor na concorrente, uma Ilustre colonista (*) social da Folha – só no Brasil ainda há “colonistas sociais”. No Brasil e em Jekaland, Arizona. Foi a Racy quem deu a noticia do casamento do Príncipe da Privataria. E agora a desconstrução da Abril. É provável que a Ilustre da Folha se preserve para noticiar a liquidação de um certo “Bajulador Juridico” ! –

Em tempo2: quem soube primeiro da venda da Abril: os leitores – pouquíssimos – do Estadão ou a CVM ? Clique aqui para ler sobre a farra com as ações da BrOi .

Paulo Henrique Amorim

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