Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, fevereiro 11, 2014

Morre cinegrafista atingido por rojão durante protesto no Rio

Exato momento em o trabalhador sofreu a covarde agressão do vagabundo mauricinho

Santiago, que teve afundamento do crânio e perdeu parte da orelha esquerda, foi submetido a uma cirurgia para diminuir a pressão craniana, assim que chegou ao Hospital Souza Aguiar. No sábado, uma tomografia comprovou que a hemorragia havia sido controlada, mas o estado de saúde do cinegrafista piorou.
Santiago tinha mais de 20 anos de profissão e  trabalhava há 10 anos na Rede Bandeirantes. Ele era casado e tinha quatro filhos.
Fábio Raposo confirmou ter passado rojão para homem que o acendeu

Fábio Raposo confirmou ter passado rojão para homem que o acendeu
Através de imagens do momento em que o cinegrafista foi atingido pelo rojão, foi identificado o tatuador Fábio Raposo como o homem que entregou o artefato para o suspeito de acende-lo rojão. 
 
Ele se apresentou na 17ª DP (São Cristovão) no sábado (8) e confirmou à polícia ter passado o rojão, mas destacou que não conhecia o suspeito de lançá-lo.
Que fique bem claro para todo o mundo: é este protótipo de 'gala sêca', que vai tentar sabotar os eventos da Copa do Mundo no Brasil, insuflados pela ultradireita.(Mviva)

Fábio Raposo (foto acima) foi detido em casa no domingo, após ter o mandado de prisão expedido pela Justiça do Rio. Ele foi levado para a cadeia pública de São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio.

Nenhum comentário:

Postar um comentário