Verdadeiros absurdos da bíblia
Bíblia sobre escravidão
A Bíblia sobre mulheres
Cada pessoa tem que ser submissa às autoridades, já que as que existem vieram ou foram estabelecidas por Deus.
- Romanos 13:1
"Escravos,
obedecei em tudo aos vossos senhores terrenos, não só sob o seu olhar,
como se os servísseis para agradar aos homens, mas com simplicidade de
coração, por temor de Deus".
- Colossenses 3:22
"Servos, sedes submissos, com todo o temor aos senhores, não só aos bons e humanitários, mas também aos que são duros".
- I Pedro 2:18
O
Senhor manda amar uma mulher infiel como Deus ama os filhos de israel,
que se voltam para outros deuses e gostam das tortas de uvas passas.
- Oséias 3:1
Todos os escravos devem considerar os seus senhores dignos de toda a honra, para que não se fale mal do nome de Deus.
- I Timóteo 6:1
Escravos, obedeçam aos vossos senhores.
- Efésios 6:5
Os escravos devem estar submissos em tudo aos senhores. Que lhes sejam agradáveis, não os contradigam, não roubem.
- Tito 2:9-10
"Se
alguém ferir seu escravo ou sua escrava com um bastão e morrer sob suas
mãos, seja punido severamente, mas se sobreviver um ou dois dias, não
seja punido, porque é seu dinheiro"
- Êxodo 21:20-21
"Quando
comprares um escravo hebreu, servir-te-á seis anos, mas ao sétimo sairá
livre e gratuitamente. Se entrou sozinho, sozinho sairá; se estava
casado, sua esposa sairá com ele. Se seu amo lhe tiver esposa, e esta
lhe tiver dado à luz filhos ou filhas, a mulher e os filhos serão de seu
amo e ele sairá sozinho. Se o escravo, porém, disser: "Amo meu senhor,
minha esposa e meus filhos; não quero sair livre", então seu senhor o
levará diante de Deus, fá-lo-á aproximar-se da porta ou do umbrau da
mesma e lhe furará a orelha com uma sovela, e ficará seu escravo para
sempre.
- Êxodo 21:2-6
"Escravos
e escravas para vos servires, podereis adquiri-los entre os povos
circunvizinhos. Poderes também comprá-los dentre os filhos dos
estrangeiros, que habitarem entre vós e dentre suas famílias, nascidos e
crescidos na vossa terra, e serão vossa propriedade".
- Levítico 25:44-45
"De
fato, vós, irmãos, vos fizestes imitadores das igrejas de Deus que
estão na Judéia, que se deram a Cristo Jesus, tendo igualmente devido
sofrer, da parte dos vossos compatriotas, o mesmo que eles próprios
sofreram da parte dos judeus; judeus esses que deram a morte a Jesus e
as profetas e nos perseguiram; eles não agradam a Deus e são adversários
de todos os homens".
- I Tessalonicenses 2:14-15
A Bíblia sobre mulheres
Deus
disse à mulher: "Multiplicarei grandemente os teus sofrimentos e a tua
gravidez; darás à luz teus filhos entre dores; contudo, sentir-te-ás
atraída para o teu marido, e ele te dominará".
-Gênesis 3:16
Se
uma mulher der à luz um menino ela ficará impura por sete dias. Mas se
nascer uma menina, então ficará impura por duas semanas.
- Levítico 12:2-8
Quando
um homem e uma mulher se unirem com emissão de sêmen, se banharão e
ficarão impuros até a tarde. Se uma mulher menstruar, ficará impura até
sete dias após o término do fluxo, sendo que tudo o que ela tocar ficará
impuro até a tarde. Se alguém tentar tocá-la ou tocar em um móvel
deixado impuro por ela, ficará impuro até a tarde. Quem se juntar a ela
durante este período ficará impuro por sete dias.
- Levítico 15:18-33
"Mulheres, sede submissas aos vossos maridos, como convém no Senhor"
- Colossenses 3:18
As mulheres tem de ser submissas aos vossos maridos.
- I Pedro 3:1
Os maridos devem permitir que as suas mulheres, que são de um sexo mais frágil, possam orar.
- I Pedro 3:7
A cabeça do homem é Cristo, a cabeça da mulher é o homem e a cabeça de Cristo é Deus.
- I Coríntios 11:3
O homem não foi criado para a mulher, mas a mulher para o homem.
- I Coríntios 11:9
As mulheres devem ficar caladas nas assembléias de todas as igrejas dos santos, pois devem estar submissas, como diz a lei.
- I Coríntios 14:34
Se a mulher trair o seu marido, ela será feita em objeto de maldição pelo Senhor, sua coxa irá descair e seu ventre inchará.
- Números 5:20-27
Se
uma jovem é dada por esposa a um homem e este descobre que ela não é
virgem, então será levada para a entrada da casa de seu pai e a
apedrejarão até a morte.
- Deuteronômio 22:20-21
"É melhor alojar-se num canto do terraço, do que com mulher rixenta em casa espaçosa".
- Provérbios 25:24
"Aquela
que é verdadeiramente viúva e desamparada, põe em Deus a sua esperança e
persevera, noite e dia, nas súplicas e nas orações. Aquela, porém, que
se entrega aos prazeres, mesmo vivendo, está morta. "
- I Timóteo 5:5-6
Que a mulher aprenda em silêncio, com total submissão. A mulher não poderá ensinar nem dominar o homem.
- I Timóteo 2:11-12
O
marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja.
Do mesmo modo que a igreja é submissa a Cristo, assim também as mulheres
sejam em tudo aos maridos.
- Efésios 5:22-24
Atrocidades e Absurdos na Bíblia
"E,
se o Senhor, teu Deus, a entregar nas tuas mãos, passarás a fio de
espada todos os seus varões. As mulheres, porém, as crianças, o gado e
tudo o que houver na cidade, todos os seus despojos, os tomarás para ti,
e desfrutarás da presa dos teus inimigos, que o Senhor, teu Deus, te
houver entregue".
- Deuteronômio 20:13-14
"E comerás um biscoito de cevada, a qual cozerás, à vista deles, com excrementos humanos."
- Ezequiel 4:12
"Suscitai
ao seu lado um malévolo, e um acusador esteja à sua direita. Citado em
juízo, seja condenado, e fique sem efeito a sua defesa. Sejam abreviados
os seus dias, e receba outro o seu lugar. Fiquem órfãos os seus filhos,
e viúva a sua esposa. Andem errantes e mendigando os seus filhos, e
esmolem longe das suas casas em ruínas. Vincule-lhe o credor todos os
seus bens, e os estranhos roubem as suas fadigas. Ninguém mais lhe
mostre benevolência, nem haja quem se compadeça de seus órfãos. Sua
descendência seja voltada ao extermínio; e na próxima geração extinga-se
o seu nome."
- Salmo 109:6-13
"Bravo o que tomar os seus filhinhos e os esmagar contra uma pedra!"
- Salmos 137:9
"Não deixarás viver nenhuma feiticeira."
- Êxodo 22:17
"Quem sacrificar a algum deus que não seja o único Senhor, será posto em interdito."
- Êxodo 22:19
[Moisés
para os soldados dele:] "Agora, pois, matai todos os varões de entre as
crianças e toda a mulher que tenha tido relações com homem; mas
conservai com vida, para vós, todas as donzelas que não tenham conhecido
varão."
- Números 31:17-18
"Aos
que crerem acompanhá-los-ão estes milagres: em meu nome expulsarão
demônios, falarão novas línguas, pegarão em serpentes e, se beberem
algum veneno mortífero, não lhes fará mal, imporão as mãos aos doentes, e
eles recobrarão a saúde."
- Marcos 16:17-18
"E,
se a tua mão é para ti ocasião de pecado, corta-a; é melhor entrares na
vida mutilado, do que tendo ambas as mãos e ires para a geena, para o
fogo inextinguível. E, se o teu pé é para ti ocasião de pecado, corta-o;
melhor é entrares na vida coxo, do que tendo ambos os pés e seres
lançado na geena. E, se o teu olho é para ti ocasião de pecado,
arranca-o; melhor é entrares no reino de Deus com um só olho, do que
tendo ambos os olhos e seres atirado à geena, onde o seu verme não morre
e o fogo não se extingue. Pois todos serão salgados pelo fogo."
- Marcos 9:43-49
"não
cortareis o cabelo em redondo, nem rapareis os cantos da barba. Não
fareis incisões no corpo em sinal de luto, nem usareis tatuagem alguma
no corpo. Eu sou o Senhor."
- Levítico 19:27-28
"Eis
que vos quebrantarei o braço e atirar-vos-ei ao rosto as fezes das
vítimas que vos imolai nas solenidades, e sereis lançados fora com
elas."
- Malaquias 2:3
"Respondeu-me ele: Vê, concedo-te esterco de boi em lugar de excrementos humanos, e cozerás sobre ele o teu pão."
- Ezequiel 4:15
"Mas
o copeiro-mór respondeu: Porventura foi ao teu amo e a ti que meu
senhor me enviou para dizer estas coisas? Não foi antes aos homens que
estão sobre as muralhas e que, como vós, terão de comer os próprios
excrementos e beber a própria urina?"
- Isaías 36:12
Deus
mata milhares de inocentes (I Crônicas 21:14 & II Samuel 24:15),
por um erro na qual somente David cometeu (I Crônicas 21:17 & II
Samuel 24:17).
Bíblia sobre família
O que diz realmente a bíblia sobre valores familiares
O que diz realmente a bíblia sobre valores familiares
Valores
familiares são freqüentemente uma frase de propaganda usada por grupos
religiosos, normalmente em uma colocação política. Eles implicam que a
Bíblia é defensora de uma força-de-família. Aparentemente eles não lêem
de fato o livro, como seria mais preciso dizer que, em equilíbrio, a
bíblia é a anti-família.
As duas declarações seguintes são citadas a favor da família:
"Honrarás teu pai e tua mãe" (Êxodo 20:12).
Deus pode unir um casal em uma só carne (Mateus 19:5-6) (Marcos 10:8-9).
Essas se tornam apenas slogans vazios quando considerados ao lado das muitas específicas declarações de anti-família na Bíblia:
* Desde o princípio dos tempos, a concepção de filhos é feito com um castigo:
"Darás à luz teus filhos entre dores" (Gênesis 3:16).
"Ai das mulheres grávidas e das lactantes naqueles dias!" (Mateus 24:19) (Marcos 13:17) (Lucas 21:23).
* Chegará um dia em que somente as mulheres que nunca tiveram filhos e nunca deram de mamar serão felizes:
"Porque
sabei que virá tempo, em que se dirá: Ditosas as que são estéreis, e
ditosos os ventres que não geraram, ditosos os peitos que não deram de
mamar." (Lucas 23:29).
*
Abraão iria matar o filho único dele por ordem de Deus. O ato de Abraão
é apresentado como uma virtude (Gênesis 22:1-12) (Tiago 2:21).
*
A esposa Agar de Abraão e Ismael, o filho deles, foram para o deserto,
por nenhuma razão a não ser que a outra esposa dele, Sara, tivesse tido
ciúmes (Gênesis 21:14). A Bíblia não mostra nenhuma crítica quanto a ter
duas mulheres, e Abraão e Sara continuam juntos.
*
A maioria de nós diria que incesto está contra os interesses da
família, mas Lot, quem a bíblia considera ser um homem de bem, fez sexo
com as duas filhas dele (Gênesis 19:33-36); e não houve nenhum castigo
para Lot ou para as filhas.
*
Para ganhar favor com um rei, Abrão disse que sua esposa era sua irmã, e
a ofereceu ao rei para tomá-la como esposa. Isto aconteceu duas vezes
(Gênesis 12:19) (Gênesis 20:2). Isaac fez uma coisa semelhante (Gênesis
26:9). E Lot uma vez ofereceu as filhas virgens dele (Gênesis 19:.
*
Jacob enganou seu irmão Esaú (Gênesis 25:31-33). Após isso, Jacob então
mentiu para seu pai (Gênesis 27:19). Deus amou a Jacob e odiou Esaú, a
vítima (Malaquias 1:3) (Romanos 9:13).
* Jesus prometeu grande recompensa para todos aqueles que largarem sua família em seu nome (Mateus 19:29).
*
Jesus diz muito claramente que para ser seu discípulo tem que aborrecer
seu pai, sua mãe, sua esposa, seus filhos, seus irmãos e suas irmãs
(Lucas 14:26).
*
Jesus declara: "Porque vim separar ao homem contra seu pai, e a filha
contra sua mãe, e a nora contra sua sogra; E os inimigos do homem serão
os seus mesmos domésticos" (Mateus 10:35-36). Esta passagem não indica
uma atitude a favor da família por parte de Jesus.
http://www.portaldascuriosidades.com/forum/index.php?topic=32954.0
A "Santa" Inquisição - A Idade das Trevas.
A Inquisição da igreja católica
durou 588 anos, deixando um rastro de milhões de pessoas torturadas,
assassinadas, queimadas, decaptadas, enforcadas e empaladas (uma lança
atravessava o corpo do anus à boca).
Os motivos para tais penas iam
desde condenar aqueles que praticavam religiões antigas (acusados de
bruxaria e magia), a defensores de ideias proibidas como: dizer que o
sol girava ao redor da Terra, que as estrelas são sóis e que o universo é
infinito.
Mas não foram apenas os católicos
que cometeram tais crimes. Muitas denominações protestantes e
evangélicas fizeram os mesmo. Seja nas guerras contra judeus e
muçulmanos, seja na conversão forçada de índios e povos pagãos que
praticavam cultos tradicionais ligados à natureza. Esta é uma sombra
coletiva de todos os cristãos.
Se somarmos os crimes das
cruzadas, inquisições, guerras religiosas, e tantos outros atentados de
ações de terror religioso contra pessoas, povos, países, culturas e
religiões, todas elas feitas em nome do cristianismo e da defesa da
religião cristã, temos entre 20 a 40 milhões de pessoas mortas.
Portanto,
se a dor, o sofrimento e o assassinato de Jesus são capazes de
sensibilizar qualquer ser humano, lembrem-se, cristãos, de que o
sofrimento daqueles que morreram assassinados por não aceitarem ser
convertidos.
No
século IV, quando o Cristianismo se propagava, a Igreja Católica havia
tomado santuários e templos sagrados de povos pagãos, para implantar sua
religiosidade e erigir suas igrejas. Nos primórdios do Catolicismo,
acreditavam que os pagãos continuariam a freqüentar estes lugares
sagrados para reverenciarem seus Deuses. Mas com o passar do tempo,
assimilariam o cristianismo substituindo o paganismo, através da
anulação
ESMAGA-SEIOS
No século XV, as bruxas e a magia estavam em evidência. As crenças populares nesse campo eram tão enraizadas que foi muito ativo o comércio do "óleo santo", cinzas, hóstias consagradas, banha de cadáveres, sangue de morcego e similares. Então as bruxas e os bruxos passaram a ser considerados "hereges".
Assim, o combate à heresia foi levado para o terreno da magia negra. Era comum, também, atribuir-se a uma pessoa bem-sucedida em negócios ou com o dom de sucesso repentino a acusação de magia. Era aplicado também em mulheres para puni-las por adultério, "união sexual com Satã", e também em decorrências de blasfêmias.
E, dentre vários instrumentos de suplícios, geralmente preferia-se recorrer ao ferro em brasa, que o fogo sempre foi mais "eficaz" na luta contra os demônios. Os esmaga-seios, aquecido em brasa, fazia parte dos instrumentos empregados contra as bruxas. Na Franca e na Alemanha, esse instrumento tinha o nome de tarântula, ou aranha espanhola. Com ele se despedaçava o peito das meninas-mães ou das culpadas de aborto voluntário.
Dama de Ferro
Cadeira das bruxas
Guilhotina
Inventada por Ignace Guillotine, a guilhotina é um dos mecanismos mais conhecidos e usados para execuções.
Submersão
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/inquisicao/inquisicao-6.php
Mesmo assim, por toda a parte,
havia uma constante veneração às divindades pagãs. Ao longo dos séculos,
a estratégia da Igreja Católica não funcionou, e através da Inquisição,
de uma forma ensandecida e sádica, as autoridades eclesiásticas
tentaram apagar de uma vez por todas a figura da Grande Deusa Mãe, como
principal divindade cultuada sobre todos os extremos da Terra. O
Catolicismo medieval transformou o culto à Grande Deusa Mãe, num culto
satânico, promo- vendo uma campanha de que a adoração dos deuses pagãos
era equivalente à servidão a satã.
Inquisição é o ato de inquirir,
isto é, indagar, investigar, interrogar judicialmente. No caso da Santa
Inquisição, significa"questionar judicialmente aqueles que, de uma forma
ou de outra, se opõem aos preceitos da Igreja Católica". Dessa forma, a
Santa Inquisição, também conhecida como Santo Ofício, foi um tribunal
eclesiástico criado com a finalidade "oficial" de investigar e punir os
crimes contra a fé católica.
Na prática, os pagãos
representavam uma constante ameaça à autoridade clerical e a Inquisição
era um recurso para impor à força a supremacia católica, exterminando
todos que não aceitavam o cristianismo nos padrões impostos pela Igreja.
Posteriormente, a Santa Inquisição passou a ser utilizada também como
um meio de coação, de forma a manipular as autoridades como meio de
obter vantagens políticas.
A caça às bruxas
A Santa Inquisição teve seu
início no ano de 1184, em Verona, com o Papa Lúcio III. Em 1198, o Papa
Inocêncio III já havia liderado uma cruzada contra os albigenses
(hereges do sul da França), promovendo execuções em massa. Em 1229, sob a
liderança do Papa Gregório IX, no Concílio de Tolouse, foi oficialmente
criada a Inquisição ou Tribunal do Santo Ofício. Em 1252, o Papa
Inocêncio IV publicou o documento intitulado Ad Exstirpanda, que foi
fundamental na execução do plano de exterminar os hereges.
O Ad Exstirpanda foi renovado e
reforçado por vários papas nos anos seguintes. Em 1320, a Igreja (a
pedido do Papa João XXII) declarou oficialmente que a Bruxaria, e a
Antiga Religião dos pagãos constituíam um movimento e uma "ameaça
hostil" ao cristianismo.
Os inquisidores, cidadãos
encarregados de investigar e denunciar os hereges, eram doutores em
Teologia, Direito Canônico e Civil. Inquisidores e informantes eram
muito bem pagos. Todos os que testemunhassem contra uma pessoa
supostamente herege, recebiam uma parte de suas propriedades e riquezas,
caso a vítima fosse condenada.
Os inquisidores deveriam ter no
mínimo 40 anos de idade. Sua autoridade era outorgada pelo Papa através
de uma bula, que também podia incumbir o poder de nomear os inquisidores
a um Cardeal representante, bem como a padres e frades franciscanos e
dominicanos. As autoridades civis, sob a ameaça de excomunhão em caso de
recusa, eram ordenadas a queimar os hereges.
Camponeses eram incentivados
(ludibriados com a promessa de ascenderem ao reino divino ou através de
recompensas financeras) a cooperarem com os inquisidores. A caça às
Bruxas tornou-se muito lucrativa.
Geralmente as vítimas não
conheciam seus acusadores, que podiam ser homens, mulheres e até
crianças. O processo de acusação, julgamento e execução era rápido, sem
formalidades, sem direito à defesa. Ao réu, a única alternativa era
confessar e retratar-se, renunciar sua fé e aceitar o domínio e a
autoridade da Igreja Católica. Os direitos de liberdade e de livre
escolha não eram respeitados. Os acusados eram feitos prisioneiros e,
sob tortura, obrigados a confessarem sua condição herética. As mulheres,
que eram a maioria, comumente eram vítimas de estupro.
A execução era realizada,
geralmente, em praça pública sob os olhos de todos os moradores. Punir
publicamente era uma forma de coagir e intimidar a população. A vítima
podia ser enforcada, decapitada, ou, na maioria das vezes, queimada.
Se uma mulher fosse acusada de
bruxaria, ficava na iminência de sofrer uma tortura muito especial por
parte do clero sedento de sexo.
Como você descobrirá ao ler o
"Malleus Maleficarum", o manual operacional da Inquisição, as mulheres
eram especialmente visadas para perseguição como prováveis bruxas. Se
uma mulher fosse meramente lançada de um lugar alto, como vemos aqui,
podia chamar a si mesma de sortuda por ter uma morte relativamente
rápida e com pouca dor. Como demonstraremos, um espírito demoníaco de
obsessão de desvio sexual e luxúria soprou em toda a Inquisição depois
da publicação do "Malleus Maleficarum"; em 5 de dezembro de 1484, o papa
Inocêncio III emitiu a bula papal que estabeleceu esse documento como o
padrão pelo qual a Inquisição deveria ser conduzida. O celibato
clerical já estava em vigor há 361 anos, tempo bastante para tornar os
sacerdotes em verdadeiros desviados sexuais.
Essa obsessão sexual rapidamente
cresceu ao ponto em que uma mulher vivia com medo de que um dia, a
partir do nada, pudesse ser acusada por alguém de ser uma bruxa; visto
que a acusação era equivalente à culpa, aquela mulher podia esperar uma
morte lenta sob tortura nas mãos de sacerdotes celibatários e com desvio
sexual. Essa declaração é fato histórico, e provaremos isso, por meio
do documento oficial da "Santa" Inquisição católica romana, o "Malleus
Maleficarum".
Decidimos não inserir a maioria
das gravuras que temos retratando mulheres desse período histórico
sofrendo abuso sexual e sendo humilhadas durante a Inquisição,
simplesmente por que não desejamos mostrar partes sexuais; entretanto,
esta gravura demonstra o fato que as mulheres sofriam abuso sexual
durante a Inquisição, sem ser tão visualmente obscena.
Aqui, vemos uma mulher condenada,
acusada de bruxaria, despida e sendo forçada a engatinhar, diante dos
olhares lascivos da multidão, para uma gaiola onde ela será colocada e
depois pendurada para todos verem. Os padres acreditavam que uma bruxa
perdia seus poderes quando era suspensa do chão; portanto, quando os
soldados da Inquisição prendiam uma mulher acusada de bruxaria, podiam
puxá-la fisicamente do chão e carregá-la à masmorra de confinamento.
Essa gravura transmite a essência dessa crença ridícula.
Um dos mais hediondos de todos os
instrumentos de tortura utilizados contra as mulheres na Inquisição
eram os "fura-bruxas", mostrados em seguida. Como você pode ver, esses
instrumentos são na verdade facas. O "Malleus Maleficarum" declarava que
as bruxas têm uma "marca do Diabo" em algum lugar em seu corpo.
Isso exigia que o sacerdote
investigador fizesse ele mesmo uma inspeção minuciosa no corpo nu da
pobre mulher. Essa inspeção era freqüentemente realizada em meio a um
grupo de homens que agiam como voyeurs, mas ostensivelmente eram
forçados a testemunhar essa "inspeção" por causa de seu ofício
religioso!
"Para aumentar o número de toques
[perfurações], foi inventada a noção sutil de que a marca do Diabo
deixava um ponto insensível à dor, discernível apenas por um inspetor
perito com uma ponta afiada [uma dessas facas]. Assim, surgiu uma guilda
de 'perfuradores de bruxas', que eram remunerados apenas quando
descobriam uma bruxa, o que por sua vez levou à 'prova cabal' do sistema
de usar uma ponta retrátil auxiliar. O 'perfurador' oficial, tendo
dolorosa e visivelmente retirado sangue de vários pontos da vítima nua,
penetrava o perfurador substituto [a faca] ao máximo, surpreendendo a
multidão, e assegurando seus honorários pela bruxa entregue para
julgamento." [Thomkins, pg 391]
Em outras palavras, essa faca
retrátil não penetrava na carne quando era pressionada com força, mas
retraía para dentro do cabo. No entanto, a multidão não sabia disso, e
acreditaria que a razão por que a mulher não gritava, e por que não
jorrava sangue ao ser perfurada, era por que ela era uma bruxa.
Esses "fura-bruxas" procuravam também outras "marcas do Diabo" no corpo da mulher.
"Segundo a Igreja, em algum lugar
no corpo da bruxa, o Diabo deixava sua marca, a mais óbvia das quais
era um mamilo supranumerário — 'sinal seguro' de dedicação à deusa
Diana, de muitos seios, a rainha das bruxas. E, enquanto a profissão
médica moderna estima que três de cada cem mulheres tenham tais
vestígios, as chances de 'encontrar' uma bruxa eram consideráveis.
(Nota: O Novo Dicionário Aurélio define "supranumerário" como "que
excede o número estabelecido"; portanto, uma mulher com um mamilo a mais
tem um "mamilo supranumerário")
Certamente, os sacerdotes
celibatários e "castos" estariam muito interessados em examinar cem
mulheres para encontrar três que tivessem um "mamilo supranumerário"! No
entanto, os "fura-bruxas" penetravam cada uma dessas "marcas do Diabo"
com um desses "perfuradores", essas repugnantes facas de exame. Visto
que o episódio inteiro era conduzido por um sacerdote celibatário e
"casto", eles ficavam excitados sexualmente ao examinar as mulheres
dessa maneira. Assim, você pode compreender a próxima revelação de
Thomkins.
"... havia aquela depravada
compulsão, descrita por Wilhelm Reich como a 'praga emocional', em que
indivíduos sexualmente não-funcionais, incapazes de sentir prazer na
prática natural do sexo, começam a aliviar sua sexualidade reprimida
cortando, dilacerando e queimando a própria carne que não podem nem
beijar, nem acariciar, nem inflamar com prazer." [Ibidem]
Assim, o celibato — a "doutrina
de demônios" — invadiu e tomou posse de uma parte enorme da "Santa"
Inquisição. Para Satanás, foi fácil invadir a Igreja Católica
poderosamente, pois já a tinha movido para a prática da feitiçaria desde
o ano 321, quando o imperador Constantino afirmou seu comando sobre a
igreja. Quando finalmente esse período da Inquisição começou, a Igreja
já estava separada da videira verdadeira — Jesus Cristo — há mais de 800
anos.
Portanto, a madeira estava muito
seca, suscetível ao fogo do Inferno que Satanás soprou, usando a
Inquisição. Um praticante de Magia Negra pode confirmar para você que o
espírito do demônio sexual, Larz, e suas hordas demoníacas, virtualmente
tomaram posse da Inquisição com sua luxúria e suas obsessões sexuais,
uma conquista que foi extremamente fácil devido à imposição do
celibato.
Os sacerdotes católicos
tornaram-se assassinos, estupradores e voyeurs. Um número estimado de 75
milhões de pessoas pagou o preço final, enquanto milhões de outras
foram intimidadas, torturadas, e forçadas a manter relações sexuais
pelos sacerdotes que manejavam essa arma terrível contra as mulheres que
queriam levar para a cama!
Malleus Maleficarum
Em 1486 foi publicado um livro chamado Malleus Maleficarum (Martelo das Bruxas) escrito por dois monges dominicanos, Heinrich Kramer e James Sprenger.
O Malleus Maleficarum é uma espécie de manual que ensina os inquisidores a reconhecerem as bruxas e seus disfarces, além de identificar seus supostos malefícios, investigá-las e condená-las legalmente. Além disso, também continha instruções detalhadas de como torturar os acusados de bruxaria para que confessassem seus supostos crimes, e uma série de formalidades para a execução dos condenados.
O Malleus Maleficarum é uma espécie de manual que ensina os inquisidores a reconhecerem as bruxas e seus disfarces, além de identificar seus supostos malefícios, investigá-las e condená-las legalmente. Além disso, também continha instruções detalhadas de como torturar os acusados de bruxaria para que confessassem seus supostos crimes, e uma série de formalidades para a execução dos condenados.
Ainda, o tratado afirmava que as
mulheres deveriam ser as mais visadas, pois são naturalmente propensas à
feitiçaria. O livro foi amplamente usado por supostos "caçadores de
bruxas" como uma forma de legitimar suas práticas.
Alguns itens contidos no Malleus Maleficarum que tornavam as pessoas vulneráveis à ação da Santa Inquisição:
Difamação notória por várias pessoas que afirmassem ser o acusado um Bruxo.
Se um Bruxo desse testemunho de que o acusado também era Bruxo.
Se o suspeito fosse filho, irmão,
servo, amigo, vizinho ou antigo companheiro de um Bruxo. Se fosse
encontrada a suposta marca do Diabo no suspeito.
Hecatombe
Gradativamente, contando com o
apoio e o interesse das monarquias européias, a carnificina se espalhou
por todo o continente. Para que se tenha uma idéia, em Lavaur, em 1211, o
governador foi enforcado e a esposa lançada num poço e esmagada com
pedras; além de quatrocentas pessoas que foram queimadas vivas.
No massacre de Merindol,
quinhentas mulheres foram trancadas em um celeiro ao qual atearam fogo.
Os julgamentos em Toulouse, na França, em 1335, levaram diversas pessoas
à fogueira; setecentos feiticeiros foram queimados em Treves,
quinhentos em Bamberg. Com exceção da Inglaterra e dos EUA, os acusados
eram queimados em estacas. Na Itália e Espanha, as vítimas eram
queimadas vivas.
Na França, Escócia e Alemanha,
usavam madeiras verdes para prolongar o sofrimento dos condenados.
Ainda, a noite de 24 de agosto de 1572, que ficou conhecida como "A
noite de São Bartolomeu", é considerada "a mais horrível entre as ações
inquisidoras de todos os séculos". Com o consentimento do Papa Gregório
XIII, foram eliminados cerca de setenta mil pessoas em apenas alguns
dias.
Além da Europa, a Inquisição
também fez vítimas no continente americano. Em Cuba iniciou-se em 1516
sob o comando de dom Juan de Quevedo, bispo de Cuba, que eliminou
setenta e cinco hereges. Em 1692, no povoado de Salem, Nova Inglaterra
(atual E.U.A.), dezenove pessoas foram enforcadas após uma histeria
coletiva de acusações. No Brasil há notícias de que a Inquisição atuou
no século XVIII. No período entre 1721 e 1777, cento e trinta e nove
pessoas foram queimadas vivas.
No século XVIII chega ao fim as
perseguições aos pagãos, sendo que a lei da Inquisição permaneceu em
vigor até meados do século XX, mesmo que teoricamente. Na Escócia, a lei
foi abolida em 1736, na França em 1772, e na Espanha em 1834. O
pesquisador Justine Glass afirma que cerca de nove milhões de pessoas
foram acusadas e mortas, entre os séculos que durou a perseguição.
Durante a atuação da Santa
Inquisição em toda a Idade Média, a tortura era um recurso utilizado
para extrair confissões dos acusados de pequenos delitos, até crimes
mais graves. Diversos métodos de tortura foram desenvolvidos ao longo
dos anos. Os métodos de tortura mais agressivos eram reservados àqueles
que provavelmente seriam condenados à morte.
Além de aparelhos mais
sofisticados e de alto custo, utilizava-se também instrumentos simples
como tesouras, alicates, garras metálicas que destroçavam seios e
mutilavam órgãos genitais, chicotes, instrumentos de carpintaria
adaptados, ou apenas barras de ferro aquecidas. Há ainda, instrumentos
usados para simples imobilização da vítima. No caso específico da Santa
Inquisição, os acusados eram, geralmente, torturados até que admitissem
ligações com Satã e práticas obscenas. Se um acusado denunciasse outras
pessoas, poderia ter uma execução menos cruel.
Os inquisidores utilizavam-se de
diversos recursos para extrair confissões ou "comprovar" que o acusado
era feiticeiro. Segundo registros, as vítimas mulheres eram totalmente
depiladas pelos tortura- dores que procuravam um suposto sinal de Satã,
que podia ser uma verruga, uma mancha na pele, mamilos excessivamente
enrugados (neste caso, os mamilos re- presentariam a prova de que a
bruxa "amamentava" os demônios) etc. Mas este sinal poderia ser
invisível aos olhos dos torturadores. Neste caso, o "sinal" seria uma
parte insensível do corpo, ou uma parte que se ferida, não verteria
sangue.
Assim, os torturadores espetavam todo o corpo da vítima usando pregos e lâminas, à procura do suposto sinal.
No Liber Sententiarum
Inquisitionis (Livro das Sentenças da Inquisição) o padre dominicano
Bernardo Guy (Bernardus Guidonis, 1261-1331) descreveu vários métodos
para obter confissões dos acusados, inclusive o enfraquecimento das
forças físicas do prisioneiro. Dentre os descritos na obra e utilizados
comumente, encontra-se tortura física através de aparelhos, como a
Virgem de Ferro e a Roda do Despedaçamento; através de
humilhação pública, como as Máscaras do Escárnio, além de torturas
psicológicas como obrigar a vítima a ingerir urina e excrementos.
De uma forma geral, as execuções
eram realizadas em praças públicas e tornava-se um evento onde nobres e
plebeus deliciavam-se com a súplica das torturas e, conseqüentemente, a
execução das vítimas.
Atualmente, há dispostos em diversos museus do mundo, ferramentas e aparelhos utilizados para a tortura.
Métodos de torturas utilizados
Uma roda onde o acusado é
amarrado na parte externa. Abaixo da roda há uma bandeja metálica na
qual ficavam depositadas a brasas. À medida que a roda se movimentava
em torno do próprio eixo, o acusado era queimado pelo calor produzido
pelas brasas. Por vezes, as brasas eram substituídas por agulhas
metálicas.
ESMAGA-SEIOS
No século XV, as bruxas e a magia estavam em evidência. As crenças populares nesse campo eram tão enraizadas que foi muito ativo o comércio do "óleo santo", cinzas, hóstias consagradas, banha de cadáveres, sangue de morcego e similares. Então as bruxas e os bruxos passaram a ser considerados "hereges".
Assim, o combate à heresia foi levado para o terreno da magia negra. Era comum, também, atribuir-se a uma pessoa bem-sucedida em negócios ou com o dom de sucesso repentino a acusação de magia. Era aplicado também em mulheres para puni-las por adultério, "união sexual com Satã", e também em decorrências de blasfêmias.
E, dentre vários instrumentos de suplícios, geralmente preferia-se recorrer ao ferro em brasa, que o fogo sempre foi mais "eficaz" na luta contra os demônios. Os esmaga-seios, aquecido em brasa, fazia parte dos instrumentos empregados contra as bruxas. Na Franca e na Alemanha, esse instrumento tinha o nome de tarântula, ou aranha espanhola. Com ele se despedaçava o peito das meninas-mães ou das culpadas de aborto voluntário.
Dama de Ferro
A dama de Ferro é uma espécie
de sarcófago com espinhos metálicos na face interna das portas. Estes
espinhos não atingiam os órgãos vitais da vítima, mas feriam gravemente.
Mesmo sendo todo de tortura, era comum que as
vítimas fossem deixadas lá por vários dias, até que morressem.
A primeira referência
confiável de uma execução com a Dama de Ferro, data de 14 de Agosto de
1515. A vítima era um falsificador de moedas.
Cavalo espanhol
Colocava-se a vítima sentada sobre essa peça com grandes pesos amarrados nas pernas e os braços suspensos para manter o equilíbrio.
Colocava-se a vítima sentada sobre essa peça com grandes pesos amarrados nas pernas e os braços suspensos para manter o equilíbrio.
Peça metálica em forma de
pirâmide sustentada por hastes. A vítima, sustentada por correntes,
era colocada "sentada" sobre a ponta da pirâmide. O afrouxamento
gradual ou brusco da corrente manejada pelo executor fazia com que o
peso do corpo pressionasse e ferisse o ânus, a vagina, cóccix ou o saco
escrotal. O Berço de Judas também é conhecido como Culla
di Giuda (italiano), Judaswiege (alemão), Judas Cradle ou simplesmente
Cradle (inglês) e La Veille (A Vigília, em francês).
Garfo ou forquilha do Herege
Haste metálica com duas pontas em cada extremidade semelhantes a um garfo. Presa por uma tira de couro ao pescoço da vítima, o garfo pressiona e perfura a região abaixo do maxilar e acima do tórax, limitando os movimentos. Este instrumento era usado como penitência para o herege.
Haste metálica com duas pontas em cada extremidade semelhantes a um garfo. Presa por uma tira de couro ao pescoço da vítima, o garfo pressiona e perfura a região abaixo do maxilar e acima do tórax, limitando os movimentos. Este instrumento era usado como penitência para o herege.
Uma espécie de rastelo usado para açoitar a carne dos prisioneiros.
Pêra
Instrumento metálico em formato
semelhante à fruta. O instrumento era introduzido na boca, ânus ou
vagina da vítima e expandia-se gradativamente. Era usada para punir,
principalmente, os condenados por adultério, homossexualidade, incesto
ou relação sexual com Satã".
A máscara de metal era usada para
punir delitos menores. As vítimas eram obrigadas a se
exporem publicamente usando as máscaras. Neste caso, o
incômodo físico era menor do que a humilhação pública.
incômodo físico era menor do que a humilhação pública.
Cadeira
A cadeira coberta por pregos na qual a vítima era obrigada a sentar-se despida. Além do próprio peso do corpo, cintos de couro pressionavam a vítima contra os pregos intensificando o sofrimento. Em outras versões, a cadeira possuía uma bandeja na parte inferior, onde se depositava brasas. Assim, além da perfuração pelos pregos, a vítima também sofria com queimaduras provocadas pelo calor das brasas.
A cadeira coberta por pregos na qual a vítima era obrigada a sentar-se despida. Além do próprio peso do corpo, cintos de couro pressionavam a vítima contra os pregos intensificando o sofrimento. Em outras versões, a cadeira possuía uma bandeja na parte inferior, onde se depositava brasas. Assim, além da perfuração pelos pregos, a vítima também sofria com queimaduras provocadas pelo calor das brasas.
Cadeira das bruxas
Uma
espécie de cadeira na qual a pessoa era presa de costas no acento e as
pernas voltadas para cima, no encosto. Este recurso era usado para
imobilizar a vítima e intimidá-la com outros métodos de tortura.
Cavalete
A vítima era posicionada de modo
que suas costas ficassem apoiadas sobre o fio cortante do bloco. Os
braços eram presos aos furos da parte superior e os pés presos às
correntes da outra extremidade. O peso do corpo pressionava as costas do
condenado sobre o fio cortante.
Dessa forma, o executor, através
de um funil ou chifre oco introduzido na boca da vítima,
obrigava-a ingerir água. O executor tapava o nariz da vítima impedindo o
fluxo de ar e provocando o sufocamento. Ainda, há registros de que o
executor golpeava o abdômen da vítima danificando os órgãos internos da
vítima.
Como um capacete, a parte
superior deste mecanismo pressiona, através de uma rosca girada pelo
executor, a cabeça da vítima, de encontro a uma base na qual encaixa-se o
maxilar. Apesar de ser um instrumento de tortura, há registros de
vítimas fatais que tiveram os crânios, literalmente, esmagados por este
processo. Neste caso, o maxilar, por ser menos resistente, é
destruído primeiro; logo após, o crânio rompe-se deixando fluir a massa
cerebral.
Aparelho simples composto por
placas paralelas de madeira unidas por duas roscas. À medida que as
roscas eram apertadas pelo executor, as placas, que podiam conter
pequenos cones metálicos pontiagudos, pressionavam os
joelhos progressivamente, até esmagar a carne, músculos e ossos. Esse
tipo de tortura era usualmente feito por sessões. Após algumas horas, a
vítima, já com os joelhos bastante debilitados, era submetida a novas
sessões.
O condenado era preso sobre a
mesa de modo que mãos e pés ficassem imobilizados. O
carrasco, manualmente, produzia um corte sobre o abdômen da
vítima. Através desta incisão, era inserido um pequeno gancho, preso a
uma corrente no eixo. O gancho (como um anzol) extraía, aos poucos, os
órgãos internos da vítima à medida que o carrasco girava o eixo.
Também era comum que o carrasco
elevasse a vítima a certa altura e soltasse
repentinamente, interrompendo a queda logo em seguida. Deste modo, o
impacto produzido provocava ruptura das articulações e fraturas de
ossos. Ainda, para que o suplício fosse intensificado, algumas vezes,
amarrava-se pesos às pernas do condenado, provocando ferimentos também
nos membros inferiores.
O pêndulo era usado como uma "pré-tortura", antes do julgamento.
Potro
Uma espécie de mesa com
orifícios laterais. A vítima era deitada sobre a mesa e seus
membros, (partes mais resistentes das pernas e braços, como
panturrilha e antebraço), presos por cordas através dos orifícios.
As cordas eram giradas como uma
manivela, produzindo um efeito como um torniquete,
pressionando progressivamente os membros do condenado.
Na legislação espanhola, por
exemplo, havia uma lei que regulamentava um número máximo de cinco
voltas na manivela; para que caso a vítima fosse considerada inocente,
não sofresse seqüelas irreversíveis.
Mesmo assim, era comum que os
carrascos, incitados pelos interro- gadores, excedessem
muito esse limite e a vítima tivesse a carne e os
ossos esmagados.
Tronco
Tronco
Com as pernas esticadas e os
tornozelos presos, o réu ficava dias sofrendo terríveis cãibras, quando
não tinham tochas queimando os pés. Esse
instrumento existia nos mercados, feiras ou na entrada das cidades.
Considerado de uso obrigatório na Idade Média em quase todas as regiões
da Europa, esse e outros instrumentos, como as máscaras da infâmia,
fazem parte de uma série para uso de punições corporais, os quais, além
de constituírem uma punição para a vítima, eram também um exemplo para
os outros. Eram utilizados para proteger a coletividade dos infratores.
Métodos de Execução
Guilhotina
Inventada por Ignace Guillotine, a guilhotina é um dos mecanismos mais conhecidos e usados para execuções.
A lâmina, presa por uma corda e
apoiada entre dois troncos verticais, descia
violentamente decapitando o condenado.
O serrote era uma das formas mais
cruéis de execução. Dois executores, cada um e uma
extremidade do serrote, literalmente, partiam ao meio o condenado, que
preso pelos pés com as pernas entreabertas e de cabeça para baixo, não
tinha a menor possibilidade de reação. Devido à posição
invertida que garantia a oxigenação do cérebro e continha o sangramento,
era comum que a vítima perdesse a consciência apenas quando a
lâmina atingia a altura do umbigo.
As decapitações eram a forma
mais comum de execução medieval. A decapitação pela espada, por exigir
uma técnica apurada do executor e ser mais suave que outros métodos,
era, geralmente, reservada aos nobres. O executor, que
apurava sua técnica em animais e espantalhos, ceifava a cabeça da
vítima num único golpe horizontal atingindo o pescoço do condenado.
O machado era usado apenas em
conjunto com o cepo. A vítima era posta ajoelhada com a coluna
curvada para frente e a cabeça apoiada no cepo. O executor, num único
golpe de machado, atingia o pescoço da vítima decepando-a.
Garrote
Um tronco de madeira com uma
tira de couro e um acento. A vítima era posicionada sentada na
tábua horizontal de modo que sua coluna fique ereta em contato com o
tronco. A tira de couro ficava na altura do pescoço e à medida que era
torcida pelo carrasco, asfixiava a vítima. Há ainda uma variação na
qual, preso ao tronco na altura da nuca da vítima, encontrava-se uma
punção de ferro.
Esta punção perfurava as
vértebras da vítima à medida que a faixa de couro era apertada. O
condenado podia falecer tanto pela perfuração produzida pela
punção quanto pela asfixia.
Gaiolas suspensas
Eram gaiolas pouco maiores que a
própria vítima. Nela, o condenado, nu ou seminu, era confinado e a
gaiola suspensa em postes de vias públicas. O condenado passava dias
naquela condição e morria de inanição, ou frio em tempos de inverno. O
cadáver ficava exposto até que se desintegrasse.
Afogamento
A vítima recebe liquido no rosto ou diretamente na garganta diretamente impedido de respirar.
A vítima recebe liquido no rosto ou diretamente na garganta diretamente impedido de respirar.
Submersão
A submersão podia ser usada como
uma técnica de interrogatório, tortura ou execução. Neste método, a
vítima é amarrada pelos braços e suspensa por uma
roldana sobre um caldeirão que continha água ou óleo fervente. O
executor soltava a corda gradativamente e a vítima ia submergindo no
líquido fervente.
Empalação
Este método foi amplamente
utilizado pelo célebre Vlad Tepes. A empalação consistia em inserir uma
estaca no ânus, umbigo ou vagina da vítima, a golpes de marreta. Neste
método, a vítima podia ser posta "sentada" sobre a
estaca ou com a cabeça para baixo, de modo que a estaca penetrasse nas
entranhas da vítima e, com o peso do próprio corpo, fosse
lentamente perfurando os órgãos internos. Neste caso, dependendo da
resistência física do condenado e do comprimento da estaca, a agonia se
estendia por horas.
Cremação
Este é um dos métodos de
execução mais conhecidos e utilizados durante a inquisição. Os
condenados por bruxaria ou afronta à igreja católica eram amarrados em
um tronco e queimados vivos. Para garantir que morresse queimada e não
asfixiada pela fumaça, a vítima era vestida com uma
camisola embebida em enxofre.
Estiramento
A vítima era posicionada na mesa
horizontal e seus membros presos às correntes que se fixavam num eixo. À
medida que o eixo era girado, a corrente esticava os membros e os ossos
e músculos do condenado desprendiam-se. Muitas vezes, a vítima
agonizava por várias horas antes de morrer.