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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, maio 31, 2014

Verdadeiros absurdos da bíblia







Bíblia sobre escravidão 


Cada pessoa tem que ser submissa às autoridades, já que as que existem vieram ou foram estabelecidas por Deus. 
- Romanos 13:1 

"Escravos, obedecei em tudo aos vossos senhores terrenos, não só sob o seu olhar, como se os servísseis para agradar aos homens, mas com simplicidade de coração, por temor de Deus". 
- Colossenses 3:22 

"Servos, sedes submissos, com todo o temor aos senhores, não só aos bons e humanitários, mas também aos que são duros". 
- I Pedro 2:18 

O Senhor manda amar uma mulher infiel como Deus ama os filhos de israel, que se voltam para outros deuses e gostam das tortas de uvas passas. 
- Oséias 3:1 

Todos os escravos devem considerar os seus senhores dignos de toda a honra, para que não se fale mal do nome de Deus. 
- I Timóteo 6:1 

Escravos, obedeçam aos vossos senhores. 
- Efésios 6:5 

Os escravos devem estar submissos em tudo aos senhores. Que lhes sejam agradáveis, não os contradigam, não roubem. 
- Tito 2:9-10 

"Se alguém ferir seu escravo ou sua escrava com um bastão e morrer sob suas mãos, seja punido severamente, mas se sobreviver um ou dois dias, não seja punido, porque é seu dinheiro" 
- Êxodo 21:20-21 

"Quando comprares um escravo hebreu, servir-te-á seis anos, mas ao sétimo sairá livre e gratuitamente. Se entrou sozinho, sozinho sairá; se estava casado, sua esposa sairá com ele. Se seu amo lhe tiver esposa, e esta lhe tiver dado à luz filhos ou filhas, a mulher e os filhos serão de seu amo e ele sairá sozinho. Se o escravo, porém, disser: "Amo meu senhor, minha esposa e meus filhos; não quero sair livre", então seu senhor o levará diante de Deus, fá-lo-á aproximar-se da porta ou do umbrau da mesma e lhe furará a orelha com uma sovela, e ficará seu escravo para sempre. 
- Êxodo 21:2-6 

"Escravos e escravas para vos servires, podereis adquiri-los entre os povos circunvizinhos. Poderes também comprá-los dentre os filhos dos estrangeiros, que habitarem entre vós e dentre suas famílias, nascidos e crescidos na vossa terra, e serão vossa propriedade". 
- Levítico 25:44-45 

"De fato, vós, irmãos, vos fizestes imitadores das igrejas de Deus que estão na Judéia, que se deram a Cristo Jesus, tendo igualmente devido sofrer, da parte dos vossos compatriotas, o mesmo que eles próprios sofreram da parte dos judeus; judeus esses que deram a morte a Jesus e as profetas e nos perseguiram; eles não agradam a Deus e são adversários de todos os homens". 
- I Tessalonicenses 2:14-15 

A Bíblia sobre mulheres 

Deus disse à mulher: "Multiplicarei grandemente os teus sofrimentos e a tua gravidez; darás à luz teus filhos entre dores; contudo, sentir-te-ás atraída para o teu marido, e ele te dominará". 
-Gênesis 3:16 

Se uma mulher der à luz um menino ela ficará impura por sete dias. Mas se nascer uma menina, então ficará impura por duas semanas. 
- Levítico 12:2-8 

Quando um homem e uma mulher se unirem com emissão de sêmen, se banharão e ficarão impuros até a tarde. Se uma mulher menstruar, ficará impura até sete dias após o término do fluxo, sendo que tudo o que ela tocar ficará impuro até a tarde. Se alguém tentar tocá-la ou tocar em um móvel deixado impuro por ela, ficará impuro até a tarde. Quem se juntar a ela durante este período ficará impuro por sete dias. 
- Levítico 15:18-33 

"Mulheres, sede submissas aos vossos maridos, como convém no Senhor" 
- Colossenses 3:18 

As mulheres tem de ser submissas aos vossos maridos. 
- I Pedro 3:1 

Os maridos devem permitir que as suas mulheres, que são de um sexo mais frágil, possam orar. 
- I Pedro 3:7 

A cabeça do homem é Cristo, a cabeça da mulher é o homem e a cabeça de Cristo é Deus. 
- I Coríntios 11:3 

O homem não foi criado para a mulher, mas a mulher para o homem. 
- I Coríntios 11:9 

As mulheres devem ficar caladas nas assembléias de todas as igrejas dos santos, pois devem estar submissas, como diz a lei. 
- I Coríntios 14:34 

Se a mulher trair o seu marido, ela será feita em objeto de maldição pelo Senhor, sua coxa irá descair e seu ventre inchará. 
- Números 5:20-27 

Se uma jovem é dada por esposa a um homem e este descobre que ela não é virgem, então será levada para a entrada da casa de seu pai e a apedrejarão até a morte. 
- Deuteronômio 22:20-21 

"É melhor alojar-se num canto do terraço, do que com mulher rixenta em casa espaçosa". 
- Provérbios 25:24 

"Aquela que é verdadeiramente viúva e desamparada, põe em Deus a sua esperança e persevera, noite e dia, nas súplicas e nas orações. Aquela, porém, que se entrega aos prazeres, mesmo vivendo, está morta. " 
- I Timóteo 5:5-6 

Que a mulher aprenda em silêncio, com total submissão. A mulher não poderá ensinar nem dominar o homem. 
- I Timóteo 2:11-12 

O marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja. Do mesmo modo que a igreja é submissa a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo aos maridos. 
- Efésios 5:22-24 


Atrocidades e Absurdos na Bíblia 
"E, se o Senhor, teu Deus, a entregar nas tuas mãos, passarás a fio de espada todos os seus varões. As mulheres, porém, as crianças, o gado e tudo o que houver na cidade, todos os seus despojos, os tomarás para ti, e desfrutarás da presa dos teus inimigos, que o Senhor, teu Deus, te houver entregue". 
- Deuteronômio 20:13-14 

"E comerás um biscoito de cevada, a qual cozerás, à vista deles, com excrementos humanos." 
- Ezequiel 4:12 

"Suscitai ao seu lado um malévolo, e um acusador esteja à sua direita. Citado em juízo, seja condenado, e fique sem efeito a sua defesa. Sejam abreviados os seus dias, e receba outro o seu lugar. Fiquem órfãos os seus filhos, e viúva a sua esposa. Andem errantes e mendigando os seus filhos, e esmolem longe das suas casas em ruínas. Vincule-lhe o credor todos os seus bens, e os estranhos roubem as suas fadigas. Ninguém mais lhe mostre benevolência, nem haja quem se compadeça de seus órfãos. Sua descendência seja voltada ao extermínio; e na próxima geração extinga-se o seu nome." 
- Salmo 109:6-13 

"Bravo o que tomar os seus filhinhos e os esmagar contra uma pedra!" 
- Salmos 137:9 

"Não deixarás viver nenhuma feiticeira." 
- Êxodo 22:17 

"Quem sacrificar a algum deus que não seja o único Senhor, será posto em interdito." 
- Êxodo 22:19 

[Moisés para os soldados dele:] "Agora, pois, matai todos os varões de entre as crianças e toda a mulher que tenha tido relações com homem; mas conservai com vida, para vós, todas as donzelas que não tenham conhecido varão." 
- Números 31:17-18 

"Aos que crerem acompanhá-los-ão estes milagres: em meu nome expulsarão demônios, falarão novas línguas, pegarão em serpentes e, se beberem algum veneno mortífero, não lhes fará mal, imporão as mãos aos doentes, e eles recobrarão a saúde." 
- Marcos 16:17-18 

"E, se a tua mão é para ti ocasião de pecado, corta-a; é melhor entrares na vida mutilado, do que tendo ambas as mãos e ires para a geena, para o fogo inextinguível. E, se o teu pé é para ti ocasião de pecado, corta-o; melhor é entrares na vida coxo, do que tendo ambos os pés e seres lançado na geena. E, se o teu olho é para ti ocasião de pecado, arranca-o; melhor é entrares no reino de Deus com um só olho, do que tendo ambos os olhos e seres atirado à geena, onde o seu verme não morre e o fogo não se extingue. Pois todos serão salgados pelo fogo." 
- Marcos 9:43-49 

"não cortareis o cabelo em redondo, nem rapareis os cantos da barba. Não fareis incisões no corpo em sinal de luto, nem usareis tatuagem alguma no corpo. Eu sou o Senhor." 
- Levítico 19:27-28 

"Eis que vos quebrantarei o braço e atirar-vos-ei ao rosto as fezes das vítimas que vos imolai nas solenidades, e sereis lançados fora com elas." 
- Malaquias 2:3 

"Respondeu-me ele: Vê, concedo-te esterco de boi em lugar de excrementos humanos, e cozerás sobre ele o teu pão." 
- Ezequiel 4:15 

"Mas o copeiro-mór respondeu: Porventura foi ao teu amo e a ti que meu senhor me enviou para dizer estas coisas? Não foi antes aos homens que estão sobre as muralhas e que, como vós, terão de comer os próprios excrementos e beber a própria urina?" 
- Isaías 36:12 

Deus mata milhares de inocentes (I Crônicas 21:14 & II Samuel 24:15), por um erro na qual somente David cometeu (I Crônicas 21:17 & II Samuel 24:17). 

Bíblia sobre família 
O que diz realmente a bíblia sobre valores familiares 


Valores familiares são freqüentemente uma frase de propaganda usada por grupos religiosos, normalmente em uma colocação política. Eles implicam que a Bíblia é defensora de uma força-de-família. Aparentemente eles não lêem de fato o livro, como seria mais preciso dizer que, em equilíbrio, a bíblia é a anti-família. 

As duas declarações seguintes são citadas a favor da família: 
"Honrarás teu pai e tua mãe" (Êxodo 20:12). 
Deus pode unir um casal em uma só carne (Mateus 19:5-6) (Marcos 10:8-9). 

Essas se tornam apenas slogans vazios quando considerados ao lado das muitas específicas declarações de anti-família na Bíblia: 

* Desde o princípio dos tempos, a concepção de filhos é feito com um castigo: 
"Darás à luz teus filhos entre dores" (Gênesis 3:16). 
"Ai das mulheres grávidas e das lactantes naqueles dias!" (Mateus 24:19) (Marcos 13:17) (Lucas 21:23). 

* Chegará um dia em que somente as mulheres que nunca tiveram filhos e nunca deram de mamar serão felizes: 
"Porque sabei que virá tempo, em que se dirá: Ditosas as que são estéreis, e ditosos os ventres que não geraram, ditosos os peitos que não deram de mamar." (Lucas 23:29). 

* Abraão iria matar o filho único dele por ordem de Deus. O ato de Abraão é apresentado como uma virtude (Gênesis 22:1-12) (Tiago 2:21). 

* A esposa Agar de Abraão e Ismael, o filho deles, foram para o deserto, por nenhuma razão a não ser que a outra esposa dele, Sara, tivesse tido ciúmes (Gênesis 21:14). A Bíblia não mostra nenhuma crítica quanto a ter duas mulheres, e Abraão e Sara continuam juntos. 

* A maioria de nós diria que incesto está contra os interesses da família, mas Lot, quem a bíblia considera ser um homem de bem, fez sexo com as duas filhas dele (Gênesis 19:33-36); e não houve nenhum castigo para Lot ou para as filhas. 

* Para ganhar favor com um rei, Abrão disse que sua esposa era sua irmã, e a ofereceu ao rei para tomá-la como esposa. Isto aconteceu duas vezes (Gênesis 12:19) (Gênesis 20:2). Isaac fez uma coisa semelhante (Gênesis 26:9). E Lot uma vez ofereceu as filhas virgens dele (Gênesis 19:8)

* Jacob enganou seu irmão Esaú (Gênesis 25:31-33). Após isso, Jacob então mentiu para seu pai (Gênesis 27:19). Deus amou a Jacob e odiou Esaú, a vítima (Malaquias 1:3) (Romanos 9:13). 

* Jesus prometeu grande recompensa para todos aqueles que largarem sua família em seu nome (Mateus 19:29). 

* Jesus diz muito claramente que para ser seu discípulo tem que aborrecer seu pai, sua mãe, sua esposa, seus filhos, seus irmãos e suas irmãs (Lucas 14:26). 

* Jesus declara: "Porque vim separar ao homem contra seu pai, e a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra; E os inimigos do homem serão os seus mesmos domésticos" (Mateus 10:35-36). Esta passagem não indica uma atitude a favor da família por parte de Jesus. 


A "Santa" Inquisição - A Idade das Trevas.




A Inquisição da igreja católica durou 588 anos, deixando um rastro de milhões de pessoas torturadas, assassinadas, queimadas, decaptadas, enforcadas e empaladas (uma lança atravessava o corpo do anus à boca). 
Os motivos para tais penas iam desde condenar aqueles que praticavam religiões antigas (acusados de bruxaria e magia), a defensores de ideias proibidas como: dizer que o sol girava ao redor da Terra, que as estrelas são sóis e que o universo é infinito.

Mas não foram apenas os católicos que cometeram tais crimes. Muitas  denominações protestantes e evangélicas fizeram os mesmo. Seja nas guerras contra judeus e muçulmanos, seja na conversão forçada de índios e povos pagãos que praticavam cultos tradicionais ligados à natureza. Esta é uma sombra coletiva de todos os cristãos.
Se somarmos os crimes das cruzadas, inquisições, guerras religiosas, e tantos outros atentados de ações de terror religioso contra pessoas, povos, países, culturas e religiões, todas elas feitas em nome do cristianismo e da defesa da religião cristã, temos entre 20 a 40 milhões de pessoas mortas.
Portanto, se a dor, o sofrimento e o assassinato de Jesus são capazes de sensibilizar qualquer ser humano, lembrem-se, cristãos, de que o sofrimento daqueles que morreram assassinados por não aceitarem ser convertidos.

No século IV, quando o Cristianismo se propagava, a Igreja Católica havia tomado santuários e templos sagrados de povos pagãos, para implantar sua religiosidade e erigir suas igrejas. Nos primórdios do Catolicismo, acreditavam que os pagãos continuariam a freqüentar estes lugares sagrados para reverenciarem seus Deuses. Mas com o passar do tempo, assimilariam o cristianismo substituindo o paganismo, através da anulação

Mesmo assim, por toda a parte, havia uma constante veneração às divindades pagãs. Ao longo dos séculos, a estratégia da Igreja Católica não funcionou, e através da Inquisição, de uma forma ensandecida e sádica, as autoridades eclesiásticas tentaram apagar de uma vez por todas a figura da Grande Deusa Mãe, como principal divindade cultuada sobre todos os extremos da Terra. O Catolicismo medieval transformou o culto à Grande Deusa Mãe, num culto satânico, promo- vendo uma campanha de que a adoração dos deuses pagãos era equivalente à servidão a satã.

Inquisição é o ato de inquirir, isto é, indagar, investigar, interrogar judicialmente. No caso da Santa Inquisição, significa"questionar judicialmente aqueles que, de uma forma ou de outra, se opõem aos preceitos da Igreja Católica". Dessa forma, a Santa Inquisição, também conhecida como Santo Ofício, foi um tribunal eclesiástico criado com a finalidade "oficial" de investigar e punir os crimes contra a fé católica. 

Na prática, os pagãos representavam uma constante ameaça à autoridade clerical e a Inquisição era um recurso para impor à força a supremacia católica, exterminando todos que não aceitavam o cristianismo nos padrões impostos pela Igreja. Posteriormente, a Santa Inquisição passou a ser utilizada também como um meio de coação, de forma a manipular as autoridades como meio de obter vantagens políticas.


                                       A caça às bruxas 

A Santa Inquisição teve seu início no ano de 1184, em Verona, com o Papa Lúcio III. Em 1198, o Papa Inocêncio III já havia liderado uma cruzada contra os albigenses (hereges do sul da França), promovendo execuções em massa. Em 1229, sob a liderança do Papa Gregório IX, no Concílio de Tolouse, foi oficialmente criada a Inquisição ou Tribunal do Santo Ofício. Em 1252, o Papa Inocêncio IV publicou o documento intitulado Ad Exstirpanda, que foi fundamental na execução do plano de exterminar os hereges. 

O Ad Exstirpanda foi renovado e reforçado por vários papas nos anos seguintes. Em 1320, a Igreja (a pedido do Papa João XXII) declarou oficialmente que a Bruxaria, e a Antiga Religião dos pagãos constituíam um movimento e uma "ameaça hostil" ao cristianismo.


Os inquisidores, cidadãos encarregados de investigar e denunciar os hereges, eram doutores em Teologia, Direito Canônico e Civil. Inquisidores e informantes eram muito bem pagos. Todos os que testemunhassem contra uma pessoa supostamente herege, recebiam uma parte de suas propriedades e riquezas, caso a vítima fosse condenada.

Os inquisidores deveriam ter no mínimo 40 anos de idade. Sua autoridade era outorgada pelo Papa através de uma bula, que também podia incumbir o poder de nomear os inquisidores a um Cardeal representante, bem como a padres e frades franciscanos e dominicanos. As autoridades civis, sob a ameaça de excomunhão em caso de recusa, eram ordenadas a queimar os hereges. 

Camponeses eram incentivados (ludibriados com a promessa de ascenderem ao reino divino ou através de recompensas financeras) a cooperarem com os inquisidores. A caça às Bruxas tornou-se muito lucrativa.

Geralmente as vítimas não conheciam seus acusadores, que podiam ser homens, mulheres e até crianças. O processo de acusação, julgamento e execução era rápido, sem formalidades, sem direito à defesa. Ao réu, a única alternativa era confessar e retratar-se, renunciar sua fé e aceitar o domínio e a autoridade da Igreja Católica. Os direitos de liberdade e de livre escolha não eram respeitados. Os acusados eram feitos prisioneiros e, sob tortura, obrigados a confessarem sua condição herética. As mulheres, que eram a maioria, comumente eram vítimas de estupro. 

A execução era realizada, geralmente, em praça pública sob os olhos de todos os moradores. Punir publicamente era uma forma de coagir e intimidar a população. A vítima podia ser enforcada, decapitada, ou, na maioria das vezes, queimada.
Se uma mulher fosse acusada de bruxaria, ficava na iminência de sofrer uma tortura muito especial por parte do clero sedento de sexo.

 Como você descobrirá ao ler o "Malleus Maleficarum", o manual operacional da Inquisição, as mulheres eram especialmente visadas para perseguição como prováveis bruxas. Se uma mulher fosse meramente lançada de um lugar alto, como vemos aqui, podia chamar a si mesma de sortuda por ter uma morte relativamente rápida e com pouca dor. Como demonstraremos, um espírito demoníaco de obsessão de desvio sexual e luxúria soprou em toda a Inquisição depois da publicação do "Malleus Maleficarum"; em 5 de dezembro de 1484, o papa Inocêncio III emitiu a bula papal que estabeleceu esse documento como o padrão pelo qual a Inquisição deveria ser conduzida. O celibato clerical já estava em vigor há 361 anos, tempo bastante para tornar os sacerdotes em verdadeiros desviados sexuais.

Essa obsessão sexual rapidamente cresceu ao ponto em que uma mulher vivia com medo de que um dia, a partir do nada, pudesse ser acusada por alguém de ser uma bruxa; visto que a acusação era equivalente à culpa, aquela mulher podia esperar uma morte lenta sob tortura nas mãos de sacerdotes celibatários e com desvio sexual. Essa declaração é fato histórico, e provaremos isso, por meio do documento oficial da "Santa" Inquisição católica romana, o "Malleus Maleficarum".

Decidimos não inserir a maioria das gravuras que temos retratando mulheres desse período histórico sofrendo abuso sexual e sendo humilhadas durante a Inquisição, simplesmente por que não desejamos mostrar partes sexuais; entretanto, esta gravura demonstra o fato que as mulheres sofriam abuso sexual durante a Inquisição, sem ser tão visualmente obscena.


Aqui, vemos uma mulher condenada, acusada de bruxaria, despida e sendo forçada a engatinhar, diante dos olhares lascivos da multidão, para uma gaiola onde ela será colocada e depois pendurada para todos verem. Os padres acreditavam que uma bruxa perdia seus poderes quando era suspensa do chão; portanto, quando os soldados da Inquisição prendiam uma mulher acusada de bruxaria, podiam puxá-la fisicamente do chão e carregá-la à masmorra de confinamento. Essa gravura transmite a essência dessa crença ridícula.

Um dos mais hediondos de todos os instrumentos de tortura utilizados contra as mulheres na Inquisição eram os "fura-bruxas", mostrados em seguida. Como você pode ver, esses instrumentos são na verdade facas. O "Malleus Maleficarum" declarava que as bruxas têm uma "marca do Diabo" em algum lugar em seu corpo. 

Isso exigia que o sacerdote investigador fizesse ele mesmo uma inspeção minuciosa no corpo nu da pobre mulher. Essa inspeção era freqüentemente realizada em meio a um grupo de homens que agiam como voyeurs, mas ostensivelmente eram forçados a testemunhar essa "inspeção" por causa de seu ofício religioso!

"Para aumentar o número de toques [perfurações], foi inventada a noção sutil de que a marca do Diabo deixava um ponto insensível à dor, discernível apenas por um inspetor perito com uma ponta afiada [uma dessas facas]. Assim, surgiu uma guilda de 'perfuradores de bruxas', que eram remunerados apenas quando descobriam uma bruxa, o que por sua vez levou à 'prova cabal' do sistema de usar uma ponta retrátil auxiliar. O 'perfurador' oficial, tendo dolorosa e visivelmente retirado sangue de vários pontos da vítima nua, penetrava o perfurador substituto [a faca] ao máximo, surpreendendo a multidão, e assegurando seus honorários pela bruxa entregue para julgamento." [Thomkins, pg 391]

Em outras palavras, essa faca retrátil não penetrava na carne quando era pressionada com força, mas retraía para dentro do cabo. No entanto, a multidão não sabia disso, e acreditaria que a razão por que a mulher não gritava, e por que não jorrava sangue ao ser perfurada, era por que ela era uma bruxa.
Esses "fura-bruxas" procuravam também outras "marcas do Diabo" no corpo da mulher.
"Segundo a Igreja, em algum lugar no corpo da bruxa, o Diabo deixava sua marca, a mais óbvia das quais era um mamilo supranumerário — 'sinal seguro' de dedicação à deusa Diana, de muitos seios, a rainha das bruxas. E, enquanto a profissão médica moderna estima que três de cada cem mulheres tenham tais vestígios, as chances de 'encontrar' uma bruxa eram consideráveis. (Nota: O Novo Dicionário Aurélio define "supranumerário" como "que excede o número estabelecido"; portanto, uma mulher com um mamilo a mais tem um "mamilo supranumerário")

Certamente, os sacerdotes celibatários e "castos" estariam muito interessados em examinar cem mulheres para encontrar três que tivessem um "mamilo supranumerário"! No entanto, os "fura-bruxas" penetravam cada uma dessas "marcas do Diabo" com um desses "perfuradores", essas repugnantes facas de exame. Visto que o episódio inteiro era conduzido por um sacerdote celibatário e "casto", eles ficavam excitados sexualmente ao examinar as mulheres dessa maneira. Assim, você pode compreender a próxima revelação de Thomkins.
"... havia aquela depravada compulsão, descrita por Wilhelm Reich como a 'praga emocional', em que indivíduos sexualmente não-funcionais, incapazes de sentir prazer na prática natural do sexo, começam a aliviar sua sexualidade reprimida cortando, dilacerando e queimando a própria carne que não podem nem beijar, nem acariciar, nem inflamar com prazer." [Ibidem]

Assim, o celibato — a "doutrina de demônios" — invadiu e tomou posse de uma parte enorme da "Santa" Inquisição. Para Satanás, foi fácil invadir a Igreja Católica poderosamente, pois já a tinha movido para a prática da feitiçaria desde o ano 321, quando o imperador Constantino afirmou seu comando sobre a igreja. Quando finalmente esse período da Inquisição começou, a Igreja já estava separada da videira verdadeira — Jesus Cristo — há mais de 800 anos.

Portanto, a madeira estava muito seca, suscetível ao fogo do Inferno que Satanás soprou, usando a Inquisição. Um praticante de Magia Negra pode confirmar para você que o espírito do demônio sexual, Larz, e suas hordas demoníacas, virtualmente tomaram posse da Inquisição com sua luxúria e suas obsessões sexuais, uma conquista que foi extremamente fácil devido à imposição do celibato. 

Os sacerdotes católicos tornaram-se assassinos, estupradores e voyeurs. Um número estimado de 75 milhões de pessoas pagou o preço final, enquanto milhões de outras foram intimidadas, torturadas, e forçadas a manter relações sexuais pelos sacerdotes que manejavam essa arma terrível contra as mulheres que queriam levar para a cama!


Malleus Maleficarum

Em 1486 foi publicado um livro chamado Malleus Maleficarum (Martelo das Bruxas) escrito por dois monges dominicanos, Heinrich Kramer e James Sprenger.


O Malleus Maleficarum é uma espécie de manual que ensina os inquisidores a reconhecerem as bruxas e seus disfarces, além de identificar seus supostos malefícios, investigá-las e condená-las legalmente. Além disso, também continha instruções detalhadas de como torturar os acusados de bruxaria para que confessassem seus supostos crimes, e uma série de formalidades para a execução dos condenados. 

Ainda, o tratado afirmava que as mulheres deveriam ser as mais visadas, pois são naturalmente propensas à feitiçaria. O livro foi amplamente usado por supostos "caçadores de bruxas" como uma forma de legitimar suas práticas.
Alguns itens contidos no Malleus Maleficarum que tornavam as pessoas vulneráveis à ação da Santa Inquisição:
Difamação notória por várias pessoas que afirmassem ser o acusado um Bruxo.

Se um Bruxo desse testemunho de que o acusado também era Bruxo.
Se o suspeito fosse filho, irmão, servo, amigo, vizinho ou antigo companheiro de um Bruxo. Se fosse encontrada a suposta marca do Diabo no suspeito. 

Hecatombe
Gradativamente, contando com o apoio e o interesse das monarquias européias, a carnificina se espalhou por todo o continente. Para que se tenha uma idéia, em Lavaur, em 1211, o governador foi enforcado e a esposa lançada num poço e esmagada com pedras; além de quatrocentas pessoas que foram queimadas vivas. 

No massacre de Merindol, quinhentas mulheres foram trancadas em um celeiro ao qual atearam fogo. Os julgamentos em Toulouse, na França, em 1335, levaram diversas pessoas à fogueira; setecentos feiticeiros foram queimados em Treves, quinhentos em Bamberg. Com exceção da Inglaterra e dos EUA, os acusados eram queimados em estacas. Na Itália e Espanha, as vítimas eram queimadas vivas. 

Na França, Escócia e Alemanha, usavam madeiras verdes para prolongar o sofrimento dos condenados. Ainda, a noite de 24 de agosto de 1572, que ficou conhecida como "A noite de São Bartolomeu", é considerada "a mais horrível entre as ações inquisidoras de todos os séculos". Com o consentimento do Papa Gregório XIII, foram eliminados cerca de setenta mil pessoas em apenas alguns dias.

Além da Europa, a Inquisição também fez vítimas no continente americano. Em Cuba iniciou-se em 1516 sob o comando de dom Juan de Quevedo, bispo de Cuba, que eliminou setenta e cinco hereges. Em 1692, no povoado de Salem, Nova Inglaterra (atual E.U.A.), dezenove pessoas foram enforcadas após uma histeria coletiva de acusações. No Brasil há notícias de que a Inquisição atuou no século XVIII. No período entre 1721 e 1777, cento e trinta e nove pessoas foram queimadas vivas.

No século XVIII chega ao fim as perseguições aos pagãos, sendo que a lei da Inquisição permaneceu em vigor até meados do século XX, mesmo que teoricamente. Na Escócia, a lei foi abolida em 1736, na França em 1772, e na Espanha em 1834. O pesquisador Justine Glass afirma que cerca de nove milhões de pessoas foram acusadas e mortas, entre os séculos que durou a perseguição.

Durante a atuação da Santa Inquisição  em toda a Idade Média, a tortura era um recurso utilizado para extrair confissões dos acusados de pequenos delitos, até crimes mais graves. Diversos métodos de tortura foram desenvolvidos ao longo dos anos. Os métodos de tortura mais agressivos eram reservados àqueles que provavelmente seriam condenados à morte.  

Além de aparelhos mais sofisticados e de alto custo, utilizava-se também instrumentos simples como tesouras, alicates, garras metálicas que destroçavam seios e mutilavam órgãos genitais, chicotes, instrumentos de carpintaria adaptados, ou apenas barras de ferro aquecidas. Há ainda, instrumentos usados para simples imobilização da vítima. No caso específico da Santa Inquisição, os acusados eram, geralmente, torturados até que admitissem ligações com Satã e práticas obscenas. Se um acusado denunciasse outras pessoas, poderia ter uma execução menos cruel.

Os inquisidores utilizavam-se de diversos recursos para extrair confissões ou "comprovar" que o acusado era feiticeiro. Segundo registros, as vítimas mulheres eram totalmente depiladas pelos tortura- dores que procuravam um suposto sinal de Satã, que podia ser uma verruga, uma mancha na pele, mamilos excessivamente enrugados (neste caso, os mamilos re- presentariam a prova de que a bruxa "amamentava" os demônios) etc. Mas este sinal poderia ser invisível  aos olhos dos torturadores. Neste caso, o "sinal" seria uma parte insensível do corpo, ou uma parte que  se ferida, não verteria sangue. 

Assim, os torturadores  espetavam todo o corpo da vítima usando pregos e lâminas,  à procura do suposto sinal.
 No Liber Sententiarum Inquisitionis (Livro das Sentenças da Inquisição) o padre dominicano Bernardo Guy (Bernardus Guidonis, 1261-1331) descreveu vários métodos para obter confissões dos acusados, inclusive o enfraquecimento das forças físicas do prisioneiro. Dentre os descritos na obra e utilizados comumente, encontra-se tortura física através de aparelhos, como a Virgem de Ferro e a Roda do Despedaçamento; através de humilhação pública, como as Máscaras do Escárnio,  além de torturas psicológicas como obrigar a vítima a ingerir urina e excrementos.

De uma forma geral, as execuções eram realizadas em praças públicas e tornava-se  um evento onde nobres e plebeus deliciavam-se com a súplica das torturas e, conseqüentemente, a execução das vítimas. 

Atualmente, há dispostos em diversos museus do mundo, ferramentas e aparelhos utilizados para a tortura.                
                 
                Métodos de torturas utilizados  
          
  Roda de despedaçamento

Uma roda onde o acusado é amarrado na parte externa. Abaixo da roda há uma bandeja metálica na qual ficavam depositadas a brasas. À medida que a  roda se movimentava em torno do próprio eixo, o acusado era queimado pelo calor produzido pelas brasas. Por vezes, as brasas eram substituídas por agulhas metálicas.        



Este método foi utilizado entre 100 e 1700 em países como Inglaterra, Holanda e Alemanha.

                 
                 
 
ESMAGA-SEIOS 


 No século XV, as bruxas e a magia estavam em evidência. As crenças populares nesse campo eram tão enraizadas que foi muito ativo o comércio do "óleo santo", cinzas, hóstias consagradas, banha de cadáveres, sangue de morcego e similares. Então as bruxas e os bruxos passaram a ser considerados "hereges". 


Assim, o combate à heresia foi levado para o terreno da magia negra. Era comum, também, atribuir-se a uma pessoa bem-sucedida em negócios ou com o dom de sucesso repentino a acusação de magia. Era aplicado também em mulheres para puni-las por adultério, "união sexual com Satã", e também em decorrências de blasfêmias. 





E, dentre vários instrumentos de suplícios, geralmente preferia-se recorrer ao ferro em brasa, que o fogo sempre foi mais "eficaz" na luta contra os demônios. Os esmaga-seios, aquecido em brasa, fazia parte dos instrumentos empregados contra as bruxas. Na Franca e na Alemanha, esse instrumento tinha o nome de tarântula, ou aranha espanhola. Com ele se despedaçava o peito das meninas-mães ou das culpadas de aborto voluntário.




Dama de Ferro

 A dama de Ferro é uma espécie de sarcófago com espinhos metálicos na face interna das portas. Estes espinhos não atingiam os órgãos vitais da vítima, mas feriam gravemente. Mesmo sendo                 todo de tortura, era comum que as vítimas fossem deixadas lá por vários dias, até que morressem.
 A primeira referência confiável de uma execução com a Dama de Ferro, data de 14 de Agosto de 1515. A vítima era um falsificador de moedas.










Berço de Judas 

 Peça metálica em forma de pirâmide sustentada por hastes. A vítima, sustentada por correntes, era colocada "sentada" sobre a ponta da pirâmide.  O afrouxamento gradual ou brusco da corrente manejada pelo executor fazia com que o peso do corpo pressionasse e ferisse o ânus,  a vagina, cóccix ou o saco escrotal.               O Berço de Judas também é conhecido como Culla di Giuda (italiano), Judaswiege (alemão), Judas Cradle ou simplesmente Cradle (inglês) e La Veille (A Vigília, em francês).                                                                      
                                                       
Garfo  ou forquilha do Herege


Haste metálica com duas pontas em cada extremidade semelhantes a um garfo. Presa por uma tira de couro ao pescoço da vítima, o garfo pressiona e perfura a região abaixo do maxilar e acima do tórax, limitando os movimentos. Este instrumento era usado como penitência para o herege.
                 
                 

 
Garras de gato
Uma espécie de rastelo usado para açoitar a carne dos prisioneiros.
                 










 Pêra
 Instrumento metálico em formato semelhante à fruta. O instrumento era introduzido na boca, ânus ou vagina da vítima e expandia-se gradativamente. Era usada para punir, principalmente, os condenados por adultério, homossexualidade, incesto ou relação sexual com Satã".
                 
                
Máscaras
A máscara de metal era usada para punir delitos menores. As vítimas eram obrigadas a se exporem publicamente usando as máscaras. Neste caso, o
incômodo físico era menor do que a humilhação pública.            
                 
Cadeira
A cadeira coberta por pregos na qual a vítima era obrigada a sentar-se despida. Além do próprio peso do corpo, cintos de couro pressionavam a vítima contra os pregos intensificando o sofrimento. Em outras versões, a cadeira possuía uma bandeja na parte inferior, onde se depositava brasas. Assim, além da perfuração pelos pregos, a vítima também sofria com queimaduras provocadas pelo calor das brasas.
                 
                 
                                                                                                         


                                                             Cadeira das bruxas

Uma espécie de cadeira na qual a pessoa era presa de costas no acento e as pernas voltadas para cima, no encosto. Este recurso era usado para imobilizar a vítima e intimidá-la com outros métodos de tortura.
                 



                 
Cavalete  
A vítima era posicionada de modo que suas costas ficassem apoiadas sobre o fio cortante do bloco. Os braços eram presos aos furos da parte superior e os pés presos às correntes da outra extremidade. O peso do corpo pressionava as costas do condenado sobre o fio cortante.
Dessa forma, o executor, através de um funil ou chifre oco introduzido na boca da vítima, obrigava-a ingerir água. O executor tapava o nariz da vítima impedindo o fluxo de ar e provocando o sufocamento. Ainda, há registros de que o executor golpeava o abdômen da vítima danificando os órgãos internos da vítima.
                 
                 
 Esmaga cabeça
  Como um capacete, a parte superior deste mecanismo pressiona, através de uma rosca girada pelo executor, a cabeça da vítima, de encontro a uma base na qual encaixa-se o maxilar. Apesar de ser um instrumento de tortura, há registros de vítimas fatais que tiveram os crânios, literalmente, esmagados por este processo. Neste caso, o maxilar, por ser menos resistente, é destruído primeiro; logo após, o crânio rompe-se deixando fluir a massa cerebral.
                 
                 
 Quebrador de joelhos 

Aparelho simples composto por placas paralelas  de madeira unidas por duas roscas. À medida que as roscas eram apertadas pelo executor, as placas, que podiam conter pequenos cones metálicos pontiagudos, pressionavam os joelhos progressivamente, até esmagar a carne, músculos  e ossos.  Esse tipo de tortura era usualmente feito por sessões. Após algumas horas, a vítima,  já com os joelhos bastante debilitados, era submetida a novas sessões.
                 
 O condenado era preso sobre a mesa de modo que mãos e pés ficassem imobilizados. O carrasco, manualmente, produzia um corte sobre o abdômen da vítima.  Através desta incisão, era inserido um pequeno gancho, preso a uma corrente no eixo. O gancho (como um anzol) extraía, aos poucos, os órgãos internos    da vítima à medida que o carrasco girava o eixo.
                 
   Pêndulo

Também era comum que o carrasco elevasse a vítima a certa altura e soltasse repentinamente, interrompendo a queda logo em seguida. Deste modo, o impacto produzido provocava ruptura das articulações e fraturas de ossos. Ainda, para que o suplício fosse intensificado, algumas vezes, amarrava-se pesos às pernas do condenado, provocando ferimentos também nos membros inferiores. 
 O pêndulo era usado como uma "pré-tortura", antes do julgamento.
                 
                 

 Potro
Uma espécie de mesa com orifícios laterais. A vítima era deitada sobre a mesa e seus membros, (partes mais resistentes das pernas e braços, como panturrilha e antebraço), presos por cordas através dos orifícios.
 As cordas eram giradas como uma manivela, produzindo um efeito                  como um torniquete, pressionando progressivamente os membros                  do condenado.
 Na legislação espanhola, por exemplo, havia uma lei que regulamentava um número máximo de cinco voltas na manivela; para que caso a vítima fosse considerada inocente, não sofresse seqüelas irreversíveis.
 Mesmo assim, era comum que os carrascos, incitados pelos interro-                  gadores, excedessem muito esse limite e a vítima tivesse                   a carne e os ossos esmagados.


Tronco
Com as pernas esticadas e os tornozelos presos, o réu ficava dias sofrendo terríveis cãibras, quando não tinham tochas queimando os pés. Esse instrumento existia nos mercados, feiras ou na entrada das cidades. Considerado de uso obrigatório na Idade Média em quase todas as regiões da Europa, esse e outros instrumentos, como as máscaras da infâmia, fazem parte de uma série para uso de punições corporais, os quais, além de constituírem uma punição para a vítima, eram também um exemplo para os outros. Eram utilizados para proteger a coletividade dos infratores.
                 

                Métodos de Execução

                 

Guilhotina
  Inventada por Ignace Guillotine, a guilhotina é um dos mecanismos mais conhecidos e usados para execuções.
 A lâmina, presa por uma corda e apoiada entre dois troncos                  verticais, descia violentamente decapitando o condenado.
                 
                 

O Serrote (para punir homossexuais)
O serrote era uma das formas mais cruéis de execução.                 Dois executores, cada um e uma extremidade do serrote, literalmente, partiam ao meio o condenado, que preso pelos pés com as pernas entreabertas e de cabeça para baixo, não                 tinha a menor possibilidade de reação. Devido à posição invertida que garantia a oxigenação do cérebro e continha o sangramento, era comum que a vítima perdesse a consciência apenas quando a lâmina atingia a altura do umbigo.
                 
                 
 Espada, Machado e Cepo    
As decapitações eram a forma mais comum de execução medieval. A decapitação pela espada, por exigir uma técnica apurada do executor e ser mais suave que outros métodos, era, geralmente,                 reservada aos nobres. O executor, que apurava sua técnica  em animais e espantalhos, ceifava a cabeça da vítima num único golpe horizontal atingindo o pescoço do condenado.
 O machado era usado apenas em conjunto com o cepo. A vítima era posta ajoelhada com a coluna curvada para frente e a cabeça apoiada no cepo. O executor, num único golpe de machado, atingia o pescoço da vítima decepando-a.
                 
                 
  Garrote
 Um tronco de madeira com uma tira de couro e um acento. A vítima era posicionada sentada na tábua horizontal de modo que sua coluna fique ereta em contato com o tronco. A tira de couro ficava na altura do pescoço e à medida que era torcida pelo carrasco, asfixiava a vítima. Há ainda uma variação na qual, preso ao tronco na altura da nuca da vítima, encontrava-se uma punção de ferro.
 Esta punção perfurava as vértebras da vítima à medida  que a faixa de couro era apertada. O condenado podia falecer tanto pela perfuração produzida pela punção quanto pela asfixia.
                 
                 
 Gaiolas suspensas
Eram gaiolas pouco maiores que a própria vítima. Nela, o condenado, nu ou seminu, era confinado e a gaiola suspensa em postes de vias públicas. O condenado passava dias naquela condição e morria de inanição, ou frio em tempos de inverno. O cadáver ficava exposto até que se desintegrasse.
                 
 Afogamento


A vítima recebe liquido no rosto ou diretamente na garganta diretamente impedido de respirar.




 Submersão 
 A submersão podia ser usada como uma técnica de interrogatório, tortura ou execução. Neste método, a vítima é amarrada pelos                  braços e suspensa por uma roldana sobre um caldeirão que continha água ou óleo fervente. O executor soltava a corda gradativamente e a vítima ia submergindo no líquido fervente.
                 
                 
 Empalação 
Este método foi amplamente utilizado pelo célebre Vlad Tepes. A empalação consistia em inserir uma estaca no ânus, umbigo ou vagina da vítima, a golpes de marreta. Neste método, a vítima podia                  ser posta "sentada" sobre a estaca ou com a cabeça para baixo, de modo que a estaca penetrasse nas entranhas da vítima e, com o peso do próprio corpo, fosse lentamente perfurando os órgãos internos. Neste caso, dependendo da resistência física do condenado e do comprimento da estaca, a agonia se estendia por horas.
                 
                 
 Cremação
 Este é um dos métodos de execução  mais conhecidos e utilizados durante a inquisição. Os condenados por bruxaria ou afronta à igreja católica eram amarrados em um tronco e queimados vivos. Para garantir que morresse queimada e não asfixiada pela fumaça,                  a vítima era vestida com uma camisola embebida em enxofre.
                 
                 
 Estiramento
 A vítima era posicionada na mesa horizontal e seus membros presos às correntes que se fixavam num eixo. À medida que o eixo era girado, a corrente esticava os membros e os ossos e músculos do condenado desprendiam-se.  Muitas vezes, a vítima agonizava por várias horas antes de morrer.

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