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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, maio 21, 2014

     Pesadelo da Globo vira realidade: AT&T compra DirecTV





A maior operadora de telefonia móvel dos Estados Unidos, AT&T, acaba de comprar a DirecTV, que possui mais de 90% da Sky Brasil. O objetivo é chegar à América Latina e participar do mercado crescente de TV paga e telefonia móvel da região. O Brasil, com a ascensão das classes populares ao consumo, é o alvo principal.

Analistas acreditam que o próximo passo da AT&T pode ser a compra da operadora móvel TIM Participações, em meio a expectativas de venda neste ano pela controladora Telecom Italia. Isso pode dar à operadora americana uma oportunidade para acelerar o desenvolvimento da DirecTV no segmento de banda larga móvel de alta velocidade no Brasil, ganhando acesso aos 73 milhões de clientes da TIM no país. A penetração de banda larga no Brasil é de apenas 33%, de acordo com a BTIG Research. [Fonte: Veja]Apanhando do Google de um lado e das operadoras de telefonia celular (agora com a maior dos EUA no meio) do outro, a Globo é o marisco nessa luta do rochedo com o mar.

Mais banda larga, internet em alta velocidade e mais opções e barateamento da TV paga estreitam a janela da TV aberta, que perde audiência a cada dia. É o pesadelo da Rede Globo, a força que sustenta as Organizações Globo.

O pesadelo transforma-se em realidade. E está apenas no começo.
OBS: Não dou links para a mídia corporativa porque eles também não dão
*ajusticeiradeesquerda


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