CHEbola

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.

É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.

É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.

Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.

Fernando Evangelista

sábado, maio 24, 2014

Putin acerta mais uma, não, mais DUAS!

Excerto elaborado, traduzido e enviado pelo pessoal da Vila Vudu

PRIMEIRA. - “A imposição de sanções dos EUA contra a Rússia visa apenas ganhar vantagens comerciais na Europa” ou “Ei, caras? Vamos jogar limpo?

23/5/2014, 18h – RIA Novosti, 18:00

US Imposes Sanctions Against Russia to Gain Business Advantage in Europe – Putin

SEGUNDA. - “Kiev poderia facilitar o diálogo com Moscou se pagasse a dívida do gás” ou “Atenção, Ucrânia... Cadê o nossa grana?!”

23/5/2014 – RIA Novosti -20:14

Kiev Could Facilitate Dialogue With Moscow by Paying Gas Debt – Putin

Vladimir Putin, participa do Fórum Econômico Internacional em São Petersburgo

O presidente Vladimir Putin da Rússia sugeriu nessa 6ª-feira (23/5/2014) que os EUA concebem as “sanções” econômicas que distribuem pelo mundo como meios para roubar vantagens comerciais e negociais ilegais contra a Rússia, nas negociações com a Europa.

De tanto que insistem em impor sanções contra a Rússia, desconfio seriamente que nossos amigos norte-americanos – e são sujeitos sofisticados... – acho que talvez estejam tentando roubar vantagens no comércio e nas relações econômicas com a Europa. Porque, a não ser isso, simplesmente não consigo entender que haja qualquer outro motivo sério, ou profundo, para as tais sanções. Mas sempre espero que o bom-senso prevaleça – disse o presidente Putin. [...]

Moscou já disse repetidas vezes que a linguagem das sanções é “inapropriada e contraproducente” no mundo moderno, quando questões econômicas ligam, muito mais do que separam, os países. Moscou também tem alertado os parceiros ocidentais sobre o “efeito bumerangue” das sanções.

No mesmo fórum, o presidente Putin lembrou aos parceiros ocidentais de que Kiev poderia facilitar muito seus contatos com a Rússia, se, por exemplo, pagasse o que deve (US$ 3,5 bilhões até abril/2014): “Kiev facilitaria muito o diálogo com Moscou, se pagasse a conta de gás que nos deve”.

BINGO!

*redecastorphoto