Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, maio 18, 2014

Livre arbítrio: “Ou seguimos Jesus, ou estamos condenados.”

de_bry_1c
Alguns cristãos dizem que Jesus mudou as suas vidas para melhor. Sim, é possível que eles acreditem nisto porque é melhor acreditar em mitos do que na sua própria capacidade de mudança. O cristão é totalmente irresponsável e egoísta. Tudo o que ele têm ou possui veio de um espírito qualquer, Deus ou demônios. Mas Deus, como diz o ditado popular, SÓ AJUDA A QUEM SE AJUDA, ou seja, quem gasta dinheiro ou têm dinheiro para sustentar a igreja e a boa vida dos sacerdotes, pastores ou presbíteros.
Ele não protege crianças contra os pedófilos da igreja ou pessoas inocentes e crédulas contra os pastores estelionatários, assim como nunca protegeu mulheres que são estupradas e mortas todos os dias, não protege também as milhares de mulheres e crianças que são sequestradas e feitas escravas sexuais todos os dias para sustentar o tráfico, um dos negócios mais rentáveis que existe, etc.
Quanto a mudar a vida de alguém, eu acredito que Jesus mudou mesmo a vida de milhares e milhares de pessoas, levando elas para o inferno mais cedo. Como foi dito, ou você segue Jesus ou será condenado. E isto vem se cumprindo há dois mil anos.
Por Ana Burke

Nenhum comentário:

Postar um comentário