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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, maio 23, 2014

 Para arrecadar dinheiro para campanha, mulheres usam brinquedo sexual em público


Para levantar dinheiro para a luta contra a mutilação genital feminina, jovens aceitam testar em público brinquedos sexuais




> A coragem das argentinas que posaram nuas para financiar o mamógrafo de um hospital público



Os humoristas do Simple Pickup voltaram a “atacar” novamente. Desta vez o grupo de nerds californiano, famoso por seus vídeos publicados em um canal do Youtube, resolveu brincar com a sexualidade das mulheres para chamar a atenção para um problema sério que atinge 125 milhões de meninas no mundo todo: a remoção do clitóris.

O grupo resolveu colocar um Sybian, um aparelho de estimulação clitoriana, em plena Venice Beach. Para cada garota abordada que topasse ficar alguns segundos em cima do aparelho, eles doariam US$ 5 para a ONG The Orchid Project, que luta contra a circuncisão feminina.

E para cada 100.000 visualizações do vídeo no Youtube, o grupo vai doar US$ 100. Em 14 dias, o vídeo já teve mais de 4 milhões de visualizações.


*folhasocial


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