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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
sábado, novembro 08, 2014
Deleite - Gabriel o Pensador eu queria morar
CHEbola: Deleite - Gabriel o Pensador eu queria morar http://chebolas.blogspot.com/2014/11/deleite-gabriel-o-pensador-eu-queria.html?spref=tw
Formalidade não combina com sexo
Deixe-Me Penetrar-Lhe, Por Obséquio –
Porque Sexo Não Combina Com Formalidade
Formalidade não combina com sexo. Duvida? Imagine-se, em pleno ato sexual, dizendo: “Você pode me fazer um grande favor e abrir um pouquinho a bundinha para que eu possa penetrá-la com todo o meu carinho?”. Não harmoniza nem um pouco, percebeu? Simplesmente não orna. Qualquer mulher brocha ao se deparar com um “lordismo” fora de hora, ou melhor, em plena hora “H”. Não importa se você é o príncipe de Mônaco ou algum parente próximo da rainha Elizabeth, pois na cama, todos nós precisamos deixar as etiquetas de lado, ou melhor, dentro das roupas espalhadas pelo quarto. Na hora do entra e sai, do vai e vem, por mais que sejamos reis fora das quatro paredes, devemos tirar mais do que as cuecas : precisamos nos despir das coroas invisíveis que insistimos em trajar todos os dias.
Linguagens demasiadamente cultas, técnicas ou científicas também têm o mirabolante poder de murchar qualquer clitóris desabrochado. Ainda não acredita em mim? Então faça um pequeno teste com sua parceira: comece a noite chupando-a com muito carinho, deixe-a complemente ofegante e quando ela estiver bem perto de ver as estrelas “orgásmicas”, pare abruptamente o delicioso ofício bucal e, sem pestanejar, pergunte a ela se você já pode parar com o cunilíngue. Diga que já está na hora de colocar seu pênis dentro da cavidade vaginal dela. Informe-a que seu pênis está em estado de ereção plena e que está doido para fazer com que seus espermatozoides sejam arremessados para fora de sua uretra. Tenho certeza que ela secará na hora! Já viu alguma mulher com fetiche pelo professor Pasquale? Alguma fêmea já pediu que você vestisse uma fantasia de cientista antes da transa? Provavelmente não. Só utilize a palavra pênis, pinto ou bilau se quiser fazer alguém rir ou quando tiver que dar alguma explicação para sua filha de sete anos. Caso contrário, fará com que sua mulher sinta uma vontade súbita de ver novela, fazer palavras cruzadas, visitar a mãe ou de realizar qualquer outra atividade que não necessite de tesão.
Peça licença quando quiser ocupar uma vaga na fileira do trânsito, quando for deixar a mesa de jantar, quando quiser passar em meio à multidão, mas nunca faça isso quando quiser entrar na mais bela garagem que eu conheço. Nunca! Leu direitinho? Se não seguir meu conselho, meu caro, então fará com que a palavrinha mágica faça truques que não gostaria nunca de ver. Agradeça sempre que o garçom lhe trouxer o refrigerante e diga obrigado sempre que alguém lhe fizer um elogio, mas na hora em que estiver recebendo um guloso e babão boquete, poupe-a da sua educação. Em um momento assim, o melhor agradecimento que ela pode ouvir é um gemido alto, do tipo que também pode ser escutado em outros fusos horários.
Na hora do sexo, diferente de outros momentos nos quais sua ordem pode ser vista como abuso de autoridade ou sinônimo de machismo, abuse do tom imperativo. Mande-a ficar de quatro. Diga, no ouvido dela, que a comerá inteira e que ela nada poderá fazer para impedi-lo. Faça-a colocar as mãos na parede e usufrua do potencial “tesônico” que a submissão tem dentro da mente das mulheres. Na hora H, dê ordens sem medo de parecer um policial tarado e, se fora das quatro paredes você souber tratar sua mulher com o devido respeito e entender que só tem direito de ordenar dentro dos deliciosos roteiros sexuais, tenho certeza de que ela acatará seus comandos com a perna trêmula, olhos virados e respiração ofegante.
Perdoe-me a redundância, mas na cama é preciso chegar chegando. É essencial chegar metendo a boca, a língua, o pau, a mão, os dedos e tudo aquilo que a fizer sentir-se preenchida. Na cama, irmão, você tem total licença poética pra não pedir licença alguma. E lembre-se: se for bater antes de entrar, que seja uma caprichada siririca.
*RicardoCoiro
*Silvia Amalia Carcagnolo
Por Charles Nisz
Anal sex 101: Harvard terá curso sobre sexo anal
A Universidade de Harvard (EUA), considerada a melhor do mundo, terá uma disciplina sobre sexo anal chamada Anal Sex 101. O curso, com duração de uma semana, faz parte de um evento maior, a Sex Week. Segundo a Universidade de Harvard, o objetivo é ajudar os estudantes a praticar sexo de forma mais saudável e prazerosa.
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De acordo com o site de notícias norte-americano Huffington Post, o curso terá 101 aulas sobre o tema. As palestras da disciplina Anal Sex 101 abordam anatomia, higiene, lubrificantes, preparação para o ato, brinquedos sexuais, sexo seguro, penetração para iniciantes, entre outros aspectos relacionados ao sexo anal.
O curso foi criado pela Good Vibrations, um sex shop com foco em abordagem positiva do sexo. Segundo Carol Queen, sexologista da Good Vibrations, a ideia é ensinar aos alunos de Harvard sobre a “excitante, porém mal compreendida forma de prazer”. E aí, você toparia as lições dessa matéria de faculdade?
Siga-me no Twitter: @charlesnisz
*Yahoo
Trechos de um editorial do Globo sobre o porto Mariel, um dos temas mais usados por Aécio em sua campanha:
“A reconstrução do porto se tornou boa oportunidade de negócio para empresas brasileiras.
Cuba não conta com variedade significante de matérias-primas e nem é um país industrializado. Mas tem uma posição geográfica privilegiada, que, no futuro será de grande importância. Mariel é o porto caribenho mais próximo da Flórida e se encontra a apenas 45 quilômetros de Havana, capital de Cuba, que concentra mais de 20% da população do país.
O investimento no porto é de quase US$ 1 bilhão e só faz sentido porque em torno dele surgirá uma zona econômica especial, voltada basicamente para exportações. O Brasil tem uma participação ainda pouco significativa nos mercados caribenho e da América Central.
Mariel é um caminho para que empresas brasileiras se instalem nessa zona econômica especial e processem produtos destinados a esses mercados, especialmente os de alta tecnologia, que utilizarão muitos insumos inexistentes em Cuba.
As obras no porto são basicamente financiadas pelo BNDES. Do orçamento inicial de US$ 957 milhões, US$ 802 milhões foram financiados pelo Brasil. No entanto, desse valor, o equivalente a US$ 800 milhões foram gastos na contratação de serviços e de equipamentos produzidos no Brasil, o que gerou cerca de 20 mil empregos no país, sem contar com os postos de trabalho criados em Cuba.
A modernização e ampliação de Mariel estão ocorrendo conforme o previsto, o que levou o Brasil a negociar a liberação de mais um financiamento de US$ 200 milhões para Cuba.
O porto responde pela maior parte do total de financiamentos (US$ 1,6 bilhão) concedidos pelo Brasil a Cuba. A pergunta é se não há risco de calote. Mesmo com todos seus problemas, Cuba permanece em dia com o Brasil, e no caso específico de Mariel, houve a preocupação de vincular os pagamentos diretamente às receitas obtidas pelo porto.
*DCM
A mídia não quer que o governo mexa no ‘Bolsa Imprensa’
O Bolsa Imprensa e a mídia do dinheiro fácil
: Fernando Brito
Ontem, logo após a entrevista da Presidenta Dilma Rousseff, postei aqui minha sugestão que o tão desejado corte nas despesas públicas comece pela mídia.
Hoje, tenho a ótima companhia de Paulo Nogueira, do Diário do Centro do Mundo que aprofunda e quantifica o que chama de “Bolsa Imprensa” que os governos brasileiros sempre concederam ao baronato de uma mídia decadente – em qualidade e controle da comunicação – neste país.
Ninguém está sugerindo que se pare de veicular publicidade nos veículos privados, ou que para isso eles apoiem o governo.
Mas há medidas de austeridade a tomar.
É muito “bonito” criticar o gasto de R$ 1 bilhão em obras públicas e receber R$ 1 bilhão (só no 1° turno, R$ 839 milhões), sem esforço algum, pela veiculação do horário eleitoral em suas concessões públicas de rádio e televisão, sem que para isso gaste um ceitil ou deixe de faturaroutros .
Não me consta que suas tabelas de preço baseadas em grade de programação tivessem sido canceladas. Ou alguém viu a novela sem comerciais, já que o seu horário normal foi pago pelos cofres públicos?
Gastar menos e gastar melhor.
Porque não faz sentido que a televisão – leia-se: a Globo – tenha a mesma parcela nas verbas se não tem, faz muito tempo, a mesma participação na comunicação.
Idem o da escolha de perfis de público, que é parte de uma “mídia técnica” e não um fator estranho a ela.
Ou será que um anúncio da Petrobras, publicado num blog de política e economia, será menos eficiente do que um anúncio na Contigo?
Dinheiro de publicidade é gasto público, tanto quanto qualquer outro. Deve seguir o princípio da economicidade, da eficiência.
Fazer o que se pretende – informar ou promover empresas públicas, comportamentos e atitudes – com o menor gasto possível.
A mídia não quer que o governo mexa no ‘Bolsa Imprensa’
Paulo Nogueira
“O PT busca golpear as receitas publicitárias dos veículos de informação – o que poderia redundar, no futuro, no controle de conteúdo pelo governo.”
Está na Veja, e raras vezes ficou tão clara a dependência financeira e mental que as grandes corporações jornalísticas têm do dinheiro público expresso em publicidade federal.
Havia, naquela frase, uma alusão à decisão do governo de deixar de veicular propaganda estatal na Veja, em consequência da capa criminosa que a revista publicou às vésperas das eleições.
Era o mínimo que se poderia fazer diante da tentativa de golpe branco da Abril contra a democracia.
Mas a revista fala em “golpear as receitas publicitárias” da mídia corporativa.
A primeira pergunta é: as empresas consideram direito adquirido o ‘Bolsa Imprensa’, o torrencial dinheiro público que há muitos anos as enriquece – e a seus donos – na forma de anúncios governamentais?
Outras perguntas decorrem desta primeira.
Que capitalismo é este defendido pelas empresas jornalísticas em que existe tamanha dependência do Estado e do dinheiro público?
Elas não se batem pelo Estado mínimo? Ou querem, como sempre tiveram, um Estado-babá?
Os manuais básicos de administração ensinam que você nunca deve depender de uma única coisa para a sobrevivência de seu negócio.
E no entanto as grandes empresas de comunicação simplesmente quebrariam, ou virariam uma fração do que são, se o governo federal deixasse de anunciar nelas.
Tamanha dependência explica o pânico que as assalta a cada eleição presidencial, e também ajuda a entender as manobras que fazem para eleger um candidato amigo.
Essa festa com o dinheiro público tem que acabar, e famílias como os Marinhos e os Civitas têm que enfrentar um choque de capitalismo: aprender a andar sem as muletas do dinheiro público.
Ou, caso não tenham competência para sobreviver num universo sem favorecimentos, que quebrem. O mercado as substituirá por empresas mais competitivas.
Não são apenas anúncios: são financiamentos a juros maternais em bancos públicos, são compras de lotes de assinaturas de jornais e revistas, são aquisições enormes de livros da Abril, da Globo etc.
Numa entrevista a quatro jornais, ontem, Dilma disse que o novo governo vai olhar com “lupa” as despesas, para equilibrar as contas e manter sob controle a inflação.
Não é necessária uma lupa para examinar as despesas com publicidade.
Entre 2003 e 2012, elas quase dobraram, segundo dados do Secom. De cerca de 1 bilhão de reais, foram para as imediações de 2 bilhões ao ano.
Apenas a Globo – com audiência em franca queda por causa da internet – recebeu 600 milhões de reais em 2012.
Um orçamento base zero, como os livros de gestão recomendam, evitaria a inércia dos aumentos anuais do governo com esse tipo de despesa.
Murdoch, em seu império mundial de mídia, tem dependência zero de publicidade de governos.
Banco estatal nenhum financia seus empreendimentos, e por isso ele quase quebrou na década de 1990 quando não conseguiu honrar os empréstimos para ingressar na área de tevê por satélite.
Foi obrigado a se juntar a um rival em tevê por satélite. Só agora Murdoch teve os meios para tentar comprar a outra parte, mas o governo inglês negou por conta do escândalo do News of the World.
Ele se bate pelo capitalismo, e pratica o capitalismo.
As empresas jornalísticas brasileiras pregam o capitalismo, mas gostam mesmo é de cartório.
E julgam, pelo que escreveu a Veja, que até o final dos tempos estão aptas a receber o Bolsa Imprensa.
*Tijolaço
sexta-feira, novembro 07, 2014
Civil que postou fotos no Facebook vestindo farda do Exército cometeu crime militar
- , Dia 06 de Novembro de 2014
O Superior Tribunal Militar manteve a condenação de um civil que postou fotos vestindo indevidamente uniforme militar em seu perfil no Facebook. A pena é de 30 dias de detenção, com direito ao sursis - suspensão condicional da pena - pelo prazo de dois anos. Ele foi julgado em primeira instância pela Auditoria de Juiz de Fora.
O artigo 172 do Código Penal Militar define como crime o uso indevido de uniforme, distintivo ou insígnia militar a que não tenha direito. De acordo com a denúncia, o jovem teria se passado por um 2º tenente na rede social e mantinha diversas fotografias em seu perfil nas quais aparecia usando, indevidamente, as peças de uso privativo do Exército. Além disso, ele se identificou como filho do Chefe do Estado-Maior da 4ª Brigada de Infantaria Motorizada, com o objetivo de obter vantagens.
O fardamento e demais objetos relacionados com uniformes militares foram apreendidos na casa do civil.
A Defesa pediu a absolvição do réu, alegando a atipicidade de conduta por ausência de dolo, e com base nos princípios da insignificância e intervenção mínima.
A maioria dos ministros da Corte seguiu o entendimento do relator do processo, ministro José Barroso Filho, que não acolheu o apelo da defesa. Para o magistrado, tanto a autoria como a materialidade do delito ficaram comprovadas por meio de prova testemunhal e documental, bem como a presença de todos os elementos caracterizadores do delito, descrito no artigo 172 do CPM.
A presença do dolo também ficou comprovada, como a vontade clara, livre e consciente do acusado de se passar por militar, pela utilização indevida do uniforme.
“Nem mesmo os argumentos defensivos de que a conduta do acusado foi ‘mera brincadeira’, invocando os princípios da intervenção mínima e da insignificância, merecem melhor sorte”, afirmou o relator. Ele argumentou que levando em conta a intensidade do dolo e as circunstâncias que caracterizaram a conduta, configura-se perfeitamente a efetiva lesão ao bem jurídico tutelado: a autoridade militar.
“Na presente situação, em que as circunstâncias demonstram ser a ação típica realizada penalmente relevante em relação ao bem jurídico atacado, o princípio da legalidade prevalecerá em detrimento do princípio da insignificância”, concluiu o magistrado.
*http://www.justicaemfoco.com.br/desc-noticia.php?id=97281
quinta-feira, novembro 06, 2014
Pelo mesmo motivo que ele não processa o Juca Kfouri.
O POVO QUER SABER
Por que o senador Aécio Neves não PROCESSA o policial civil Lucas Arcanjo que o acusa, abertamente em vários vídeos, de NARCOTRAFICANTE?
Será que ele tem medo das provas?
http://www.youtube.com/watch?v=WaE6Bvsbh4c
Por que o senador Aécio Neves não PROCESSA o policial civil Lucas Arcanjo que o acusa, abertamente em vários vídeos, de NARCOTRAFICANTE?
Será que ele tem medo das provas?
http://www.youtube.com/watch?v=WaE6Bvsbh4c
o 7 são os que os sustentam
"SEIS FAMÍLIAS CONTROLAM 70% DA IMPRENSA NO BRASIL"
Fundador do Wikileaks, Julian Assange diz que um dos grandes problemas do Brasil e da América Latina é a concentração da mídia; ele defende o presidente equatoriano Rafael Correa, que lhe deu asilo, aprofunde a disputa com a imprensa local. "Deveria atacar mais", diz ele. "Quando falamos em liberdade de expressão, temos de incluir a liberdade de distribuição, uma das coisas mais importantes que a internet nos deu", afirma
4 DE FEVEREIRO DE 2013 ÀS 07:02
247 - Refugiado na embaixada do Equador em Londres, Julian Assange, fundador do Wikileaks, recebeu o jornalista Jamil Chade, correspondente do Estado de S. Paulo, para falar sobre sei livro Cypherpunks, Liberdade e o Futuro da Internet, que está sendo lançado no Brasil pela Boitempo Editorial. Na entrevista, ele disse que um dos principais problemas da América Latina é a concentração da mídia. "No Brasil, seis famílias controlam 70% da informação".
Leia, a seguir, os principais trechos da conversa:
A web como arma
Tecnologia produz poder, a ponto de a história da civilização humana ser a história do desenvolvimento de diferentes armas de diferentes tipos. Por exemplo, quando rifles eram as armas dominantes ou navios de guerra ou bombas atômicas. Desde 1945, a relação entre as superpotências era definida por quem tinha acesso a armas atômicas. Hoje, a internet redefiniu as relações de força antes definidas pelas armas. Todas as sociedades que têm qualquer desenvolvimento tecnológico, que são as sociedades influentes, se fundiram com a internet. Portanto, não há uma separação entre sociedade, indivíduos, Estados e internet. A internet é hoje o alicerce da sociedade e conecta os Estados além das fronteiras. Conhecimento é poder.
Vigilância global
A comunicação entre indivíduos ocorre pela internet. Sistemas de telefone estão na internet, bancos e transações usam a internet. Colocamos nossos pensamentos mais íntimos na internet, detalhes, como diálogos entre marido e mulher e até nossa posição geográfica. Enfim, tudo é exposto na internet. Isso significa que grupos envolvidos na vigilância em massa realizam uma apropriação enorme de conhecimento. Esse é o maior roubo da história.
Google e Facebook
O Google sabe o que você estava pensando. E sabe o que você pensou no passado, porque quando você quer saber algum detalhe, busca no Google. Sites que têm Google Adds, ou seja, todos os sites, registram sua visita. O Google sabe todos os sites que você visitou, tudo o que você buscou. Ele te conhece melhor que você. Você sabe o que você buscou há dois dias? Não. Mas o Google sabe. Alguém pode dizer: o Google só quer vender publicidade. Mas, na realidade, todas as agências de inteligência dos EUA têm acesso ao material do Google. Eles acessaram isso em nosso caso.(…) Países como a Islândia têm uma penetração no Facebook de 88%. Mesmo que você não esteja no Facebook, seu irmão está e está relatando sobre você.
Uso pela CIA
Pessoas querem compartilhar algo com meus amigos e amigos de meus amigos, mas não com meus amigos e com a CIA. As pessoas estão sendo enganadas.
Concentração de mídia
[Rafael Correa, presidente do Equador] deveria atacar mais. A primeira responsabilidade da imprensa é a precisão e a verdade. O grande problema na América Latina é a concentração na mídia. Há seis famílias que controlam 70% da imprensa no Brasil, mas o problema é muito pior em vários países. Na Suécia, 60% da imprensa é controlada por uma editora. Na Austrália, 60% da imprensa escrita é controlada por (Rupert) Murdoch. Portanto, quando falamos em liberdade de expressão, temos de incluir a liberdade de distribuição, uma das coisas mais importantes que a internet nos deu.
Revelações sobre o Brasil
Sim. Publicaremos muito sobre o Brasil neste ano.
*247
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