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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, junho 05, 2015

Charge foto e frase do dia


























 caminho a esquerda










































































O negócio presídios

Modelo carcerário brasileiro não diminui criminalidade, avaliam especialistas

Entre 2005 e 2012, a população carcerária brasileira cresceu 74%; maioria tem entre 18 anos e 29 anose
O aumento da população carcerária brasileira sem uma melhora na percepção de segurança pública pela população demonstra que o modelo carcerário brasileiro está equivocado, na avaliação de dois especialistas ouvidos pela Agência Brasil sobre as conclusões do Mapa do Encarceramento: os Jovens do Brasil, divulgado nessa quarta-feira (3).
(Foto: Agência Brasil)
Segundo o estudo, divulgado pelas secretarias Nacional de Juventude e de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), entre 2005 e 2012, a população carcerária brasileira cresceu 74%. No período, o número de presos subiu de 296.918 para 515.482. A maioria tem entre 18 anos e 29 anos, é negra e cumpre penas entre quatro e oito anos por crimes contra o patrimônio ou ligados às drogas. Cerca de 38% da população carcerária estão presos em caráter provisório, ou seja, ainda não foram julgados. Entre os condenados, enquanto 69% cumprem pena em regime fechado, apenas 31% estão nos regimes semiaberto ou aberto.
“Houve uma explosão no número de prisões que atinge um público muito específico: homens com escolaridade baixa, negros ou pardos e jovens”, disse o coordenador da área de sistemas de Justiça e segurança pública do Instituto Sou da Paz, Bruno Langeani. Para ele, no Brasil, "prende-se muito e mal".
"Não se trata de deixar impunes os autores de crimes menos violentos, mas sim de aplicar uma pena cujos resultados sejam melhores para a sociedade e para o próprio apenado, que terá mais chances de se recuperar. Hoje, os que cometem crimes contra o patrimônio e que poderiam ser punidos com penas alternativas são mantidos presos, enquanto crimes graves, como os homicídios, na maioria das vezes não são esclarecidos”, disse.
“De que adianta discutirmos penas mais severas se conseguimos identificar apenas um de cada dez homicidas, deixando outros nove impunes? É uma discussão que não faz o menor sentido em um país com índices tão baixos de esclarecimento de crimes graves. Mesmo assim, cada vez que há um crime de maior repercussão, o Poder Público responde com propostas de aumento das penas, de endurecimento das leis", completou Langeani.
O pesquisador João Trajano Sento-Sé, do Laboratório de Análise da Violência da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), é taxativo: o sistema prisional brasileiro funciona mal. “Ele é seletivo e extremamente cruel, pois não ressocializa nem oferece oportunidades de reinserção positiva na sociedade. Estamos encarcerando mais, por mais tempo, sem com isso reduzirmos as taxas de criminalidade. E o mais bizarro é que grande parte desses mais de 500 mil presos já poderia estar em liberdade ou cumprindo penas alternativas. Ou seja, nem mesmo os direitos previstos por leis são garantidos a essas pessoas.”
Defensores da tese de que o endurecimento das penas e a aprovação de leis apresentadas como resposta imediatista à comoção pública diante de casos de repercussão midiática não resolvem os problemas da violência e da segurança pública, Langeani e Sento-Sé são contrários à redução da maioridade penal. “A população não quer um sistema mais ou menos duro. O que os cidadãos cobram é melhorias na segurança pública. Só que temos uma elite política conservadora que identifica os sistemas Judiciário e de execução penal com o mero exercício punitivo e que vem conseguindo convencer parte da população, que está assustada. Daí a associação entre endurecimento das leis e melhoria na segurança pública. Só que essa associação é falha e estão aí os números para provar isso”, disse Sento-Sé.
Para Langeani, atualmente há um crescimento do número de prisões de pessoas portando pequenas quantidades de drogas. “Muitas mulheres têm sido presas tentando ingressar em presídios levando pequenas quantidades de drogas para seus maridos ou companheiros. E esse aumento da população carcerária feminina está associado à nova lei de drogas que, visivelmente, também não está funcionando. Estamos apenas enchendo as cadeias sem diminuir o mercado de drogas, o número de usuários e a violência", acrescentou o coordenador, ao destacar que as prisões atualmente têm servido para criar e fortalecer organizações criminosas.
*http://www.correio24horas.com.br/detalhe/noticia/modelo-carcerario-brasileiro-nao-diminui-criminalidade-avaliam-especialistas/?cHash=52fad5c1dfa5fbc491bcaf2940fbd23b

Quem financia os meninos do golpe?

Corporação petroleira norte-americana que ataca direitos indígenas, depreda o ambiente e tem interesse óbvio em atingir a Petrobras é uma das financiadoras dos protestos pelo impeachment de Dilma Rousseff. Manifestação do dia 15 não é apenas uma nova tentativa de 3º turno; ela esconde uma grande negociata. “Business as usual”

golpe meninos movimento liberal
“Estudantes pela Liberdade” (EPL) são financiados por corporação petroleira norte-americana que ataca direitos indígenas, depreda ambiente e tem interesse óbvio em atingir a Petrobras
Antonio Carlos, Outras Palavras
David Koch se divertia dizendo que fazia parte “da maior companhia da qual você nunca ouviu falar”. Um dos poderosos irmãos Koch, donos da segunda maior empresa privada dos Estados Unidos com um ingresso anual de 115 bilhões de dólares, eles só se tornaram conhecidos por suas maldosas operações no cenáriopolítico do país.
Se esses poderosos personagens são desconhecidos nos Estados Unidos, o que se dirá no Brasil? No entanto eles estão diretamente envolvidos nas convocações para o protesto do dia 15 de março pela deposição da presidenta Dilma.
Segundo a Folha de São Paulo o “Movimento Brasil Livre”, uma organização virtual, é o principal grupo convocador do protesto. A página do movimento dá os nomes de seus colunistas e coordenadores nos Estados. Segundo o The Economist, o grupo foi “fundado no último ano para promover as respostas do livre mercado para os problemas do país”.
Entre os “colunistas” do MBL estão Fabio Ostermann, que é coordenador do mesmo movimento no Rio Grande do Sul, fiscal do Instituto de Estudos Empresariais (IEE) e diretor executivo do Instituto Ordem Livre, co-fundador da rede Estudantes Pela Liberdade (EPL), tendo sido o primeiro presidente de seu Conselho Consultivo, e atualmente, Diretor de Relações Institucionais do Instituto Liberal (IL). Outros participantes são Rafael Bolsoni do Partido Novo e do EPL; Juliano Torres que se define como empreendedor intelectual, do Partido Novo, do Partido Libertários, e do EPL.
Segundo o perfil de Torres no Linkedin, sua formação acadêmica foi no Atlas Leadership Academy. Outro integrante com essa formação é Fábio Osterman, que participou também do Koch Summer Fellow no Institute for Humane Studies.
A Oscip Estudantes pela Liberdade é a filial brasileira do Students for Liberty, uma organização financiada pelos irmãos Koch para convencer o mundo estudantil da justeza de suas gananciosas propostas. O presidente do Conselho Executivo é Rafael Rota Dal Molin, que além de ser da Universidade de Santa Maria, é oficial de material bélico (2º tenente QMB) na guarnição local.
Outras das frentes dos irmãos Koch são a Atlas Economic Research Foundation, que patrocina a Leadership Academy, e o Institute for Humane Studies, às quais os integrantes do MBL estão ligados.
Entre as atividades danosas dos irmão encontra-se o roubo de 5 milhões de barris de petróleo em umareserva indígena (que acarretou uma multa de 25 milhões de dólares do governo americano) e outra multa de 1,5 milhões de dólares pela interferência em eleições na Califórnia. O Greenpeace consideraos irmãos opositores destacados da luta contra as mudanças climáticas. Os Koch foram multados em 30 milhões de dólares em 300 vazamentos de óleo.
As Koch Industries têm suas principais atividades ligadas à exploração de óleo e gás, oleodutos, refinação e produção de produtos químicos derivados e fertilizantes. Com esse leque de atividades não é difícil imaginar o seu interesse no Brasil — a Petrobras é claro. Seus apaniguados não escondem esse fato.
O MBL, que surgiu em apoio à campanha de Aécio Neves, não esconde o que pretende com a manifestação: “O principal objetivo do movimento, no momento, é derrubar o PT, a maior nêmesis da liberdade e da democracia que assombra o nosso país” disseram Kim Kataguiri e Renan Santos em um gongórico e pretensioso artigo na Folha de S.Paulo. Eles não querem ser confundidos com PSDB, que identificam com o outro movimento: “os caras do Vem Pra Rua são mais velhos, mais ricos e têm o PSDB por trás” diz Renan Santos. “Eles vão pro protesto sem pedir impeachment. É como fumar maconha sem tragar”. Kataguiri não se incomoda que seja o PMDB a ascender ao poder: “O PMDB é corrupto, mas o PT é totalitário”. Mas Pedro Mercante Souto, outro dos porta-vozes do MBL, foi candidato a deputado federal no Rio de Janeiro pelo PSDB (com apenas 0,10% dos votos não se elegeu).
Apesar do distanciamento do PSDB a manifestação do dia 15 parece ser apenas uma nova tentativa de 3º turno, mas como vimos ela esconde uma grande negociata. “Business as usual”.
OBS: O elo principal do EPL no Brasil, como diz o próprio nome, é uma ‘meninada’. A liderança do movimento no Brasil é Hélio Beltrão Filho, fundador, presidente e patrocinador do Instituto Mises Brasil, também um afiliado do Mises Institute dos EUA, e que fornece o material e treinamento a centenas de jovens que difundem as páginas do site nas redes sociais.
epl golpe impeachment brasil
Hélio Beltrão Filho, com a irmã Graziella. Personagens constantes das colunas sociais…
Os jovens vão a campo com um discurso pronto, praticamente um script de telemarketing. O Hélio foi investment banker do Banco Garantia, que fez a fortuna do Jorge Paulo Lemann, que ele vendeu para o Credit Suisse. Ele é sócio-herdeiro do Grupo Ultra, o mesmo Grupo Ultra que apoiou financeira e logisticamente, com os caminhões da Ultra-Gas, o golpe de 64 e mais tarde a Operação Bandeirante (Oban). Na época o presidente do Grupo era Henning Boilensen, que fazia o fundraising na FIESP para o regime militar. Em troca, o governo lhe pagava adiantado aquilo que ele comprava e fornecia a prazo. Ou seja, ganhava com o giro negativo.
Veja abaixo Koch Brothers Exposed, documentário lançado em 2012 que se tornou viral nos EUA ao mostrar como os bilionários David e Charles Koch, representando o 1%, desvirtuaram a democracia americana, comprando a Câmara e o Senado.
*Pragmatismopolitico

Na Itália, Lula lidera ação planetária contra a fome

Na Itália, Lula lidera ação planetária contra a fome

A Exposição Mundial de Milão foi especialmente feliz ao chamar a atenção do mundo para o problema da fome. Esta é uma oportunidade única para disseminar a mensagem de que é possível, sim, superar o desafio da fome e da pobreza, como alguns países já estão fazendo.

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi o principal palestrante do Fórum Internacional dos Ministros da Agricultura, realizado nesta sexta-feira, na Itália.
No encontro, foi publicada a Carta de Milão, focada em segurança alimentar e programas sociais contra a fome. “Esta é uma oportunidade única para disseminar a mensagem de que é possível, sim, superar o desafio da fome e da pobreza, como alguns países já estão fazendo”, disse Lula.
Leia, abaixo, a íntegra do discurso escrito do ex-presidente:
Fórum Internacional de Ministros da Agricultura – Expo Milão
Milão, 05 de junho de 201
É uma honra, para mim, participar da sessão de encerramento do Fórum Internacional de Ministros da Agricultura. Meus agradecimentos aos organizadores pelo convite.
Saúdo especialmente nosso anfitrião, o Ministro da Agricultura da Itália, Sr. Maurizio Martina, que tanto se empenhou pelo sucesso deste evento, e na pessoa de quem cumprimento todos os ministros e demais convidados.
A Exposição Mundial de Milão foi especialmente feliz ao chamar a atenção do mundo para o problema da fome. Esta é uma oportunidade única para disseminar a mensagem de que é possível, sim, superar o desafio da fome e da pobreza, como alguns países já estão fazendo.
A condição fundamental para isso é abordar a fome e a pobreza como questões de Estado, por meio de políticas públicas abrangentes, com fontes de financiamento previstas nos orçamentos nacionais.
O combate à fome e à pobreza é indissociável da promoção do desenvolvimento econômico inclusivo, capaz de gerar empregos e oportunidades, e de programas eficazes de distribuição de renda.
A Carta de Milão, que acabamos de firmar, contribuirá para construir uma consciência global em torno segurança alimentar, com qualidade para a vida saudável, e da sustentabilidade ambiental, social e econômica na produção de alimentos.
Faço votos de que esse documento tenha ampla difusão nas escolas, nos locais de trabalho, nos meios de comunicação e redes sociais ao redor do mundo.
Meus amigos, minhas amigas
Tenho consciência de que o convite para falar neste evento é um reconhecimento generoso da trajetória do meu País na superação da fome e da miséria. Este êxito pertence a todo o povo brasileiro.
Era simplesmente inexplicável que, num país tão rico em recursos naturais e humanos, 50 milhões de pessoas, quase um terço da população, vivessem abaixo da linha de pobreza, sujeitas à fome em pleno Século XXI.
Acabar com a fome tornou-se o principal objetivo do país depois que fui eleito presidente da República, em outubro de 2002. No discurso de posse, afirmei que teria cumprido a missão de minha vida se, ao final do governo, cada brasileiro pudesse tomar o café da manhã, almoçar e jantar todos os dias.
Investimos nesse objetivo o conhecimento acumulado em anos de debates, estudos científicos e experiências concretas da sociedade brasileira. Daí resultou o programa Fome Zero, criado sob a coordenação do professor José Graziano, hoje merecidamente Diretor Geral da FAO, por seu incansável ativismo nessa área.
O programa Fome Zero abrange um conjunto de políticas públicas articuladas entre si, das quais a mais conhecida é o Bolsa Família, considerado um dos melhores programas de distribuição condicionada de renda.
O Bolsa Família, como sabem, paga uma renda mensal às famílias mais pobres,mediante três condições: manter as crianças na escola, garantir que tomem todas as vacinas e, no caso das mulheres gestantes, que façam os exames de saúde.
A inscrição se faz por meio de um cadastro nacional, fiscalizado pelo Ministério Público e atualizado permanentemente. O pagamento é feito por meio de cartão magnético de um banco público, sem intermediários e sem burocracia. O cartão é emitido em nome da mãe, aumentando a garantia de que o dinheiro será usado com responsabilidade.
Com um orçamento de R$ 28 bilhões (cerca de 10 bilhões de dólares), que corresponde a 0,5% do PIB brasileiro, o programa atendeu em 2015 a 14 milhões de famílias, mais de 50 milhões de pessoas.
Esse dinheiro movimenta o comércio local, aumenta a demanda por produtos básicos e ajuda a criar novos empregos, formando um círculo virtuoso. E a população mais pobre, ao invés de ser tratada como problema, torna-se parte essencial das soluções para o desenvolvimento.
O fortalecimento da agricultura e a melhoria das condições de vida no campo são fundamentais no combate à fome. No Brasil, em 12 anos, ampliamos o crédito rural de R$ 22 bilhões para R$ 180 bilhões, cerca de 60 bilhões de dólares, o que nos levou a praticamente dobrar a produção de grãos.
Nessa estratégia, reservamos um papel especial aos pequenos e médios agricultores. Há 4 milhões de pequenas e médias propriedades rurais no Brasil, responsáveis por cerca de 70% dos alimentos que vão para a mesa das famílias.
Em nosso governo, desapropriamos 51milhões de hectares, o que representa mais da metade de toda a reforma agrária feita no Brasil em 500 anos de história.
O crédito para os assentados da reforma agrária, para os pequenos e os médios produtores, com juros mais baixos, passou de R$ 2,8 bilhões para R$ 28 bilhões em 12 anos. Além de crédito, eles têm acesso a seguro contra a quebra de safra e garantia de preço mínimo.
Aprovamos uma lei que faz os governos locais comprarem 30% da alimentação escolar dos pequenos produtores de sua região. Além de garantir mercado para os agricultores, isso melhora a qualidade da alimentação escolar.
Abrimos mais de 1 milhão de cisternas nas regiões de semiárido do País, melhorando o acesso à água para suas populações.
E criamos um programa, chamado Luz Para Todos, que levou energia elétrica a 3 milhões de famílias rurais. Esse programa foi financiado com uma pequena parte das contas de consumo de energia elétrica, mas transformou a vida de milhões de pessoas.
Para levar esse projeto adiante, foram necessários 7,3 milhões de postes, 1 milhão de transformadores e 1,4 milhão de cabos de energia – o suficiente para dar a volta ao mundo 35 vezes. E foram gerados 466 mil empregos, a maioria entre moradores locais.
A chegada da energia elétrica permitiu que os agricultores comprassem bombas d’água e pequenas máquinas para agregar valor a seus produtos. Mais de 70% dessas famíliascompraram a primeira geladeira; 80% compraram o primeiro televisor, e assim por diante, aumentando as vendas – e os empregos – na indústria.
Em 2008, uma das medidas que adotamos para reagir à crise mundial foi incentivar a compra de pequenos tratores, caminhões e implementos agrícolas, com redução de impostos e com crédito especial. Foram vendidos 58 mil tratores e 36 mil pequenos caminhões.
As políticas de segurança alimentar, de distribuição de renda e apoio à agricultura, combinadas com a valorização do salários e a ampliação do crédito, resultaram num expressivo avanço social: 36 milhões de pessoas saíram da extrema pobreza, mais de 40 milhões alcançaram um patamar de renda e consumo de classe média, 22 milhões de novos empregos foram criados em 12 anos.
A grande notícia que tivemos, em 2014, foi a declaração, pela FAO, de que o Brasil não está mais no Mapa da Fome. Ter alcançado essa conquista, no espaço de apenas uma década, é motivo de orgulho para toda uma geração de brasileiros.
Meus amigos, minhas amigas
A experiência brasileira em segurança alimentar confirmou que o desenvolvimento do campo ajuda a produção e a geração de empregos nas cidades.
Demonstrou também que o agronegócio pode conviver com a pequena e média propriedade; que é possível aumentar as exportações e ao mesmo tempo oferecer à população alimento farto, de qualidade, a preços acessíveis. Felizmente, no Brasil, há espaço para as mais variadas formas de produção.
Mais importante do que dobrar a nossa produção agrícola – de 100 milhões de toneladas para 200 milhões de toneladas por ano – foi tê-lo feito graças ao aumento da produtividade.
Nos últimos 25 anos, a produção de grãos no Brasil cresceu 234%, mas o aumento da área plantada, nesse período, foi de 50%.
Temos 57 milhões de hectares cultivados com grãos. O Brasil exporta 39% de toda a soja consumida no mundo. O País é o maior produtor e exportador de suco de laranja, com 77% do mercado mundial, de açúcar, com 45% do mercado, e de café, com 28%.
O Brasil tornou-se o maior exportador de carne bovina, com21% do mercado, e de frango, com 34%.
O agronegócio responde hoje por 23% do PIB brasileiro e por 30% dos empregos formais criados no País.
É muito importante lembrar que o avanço da produção agrícola no Brasil obedece a um rigoroso zoneamento agroecológico, que conseguimos implantar com sucesso em todo o território nacional.
Os agricultores brasileiros – de todos os portes – compreendem a importância da preservação do solo, do manejo racional da terra e da água e da seleção criteriosa de culturas para garantir a sustentabilidade da agricultura.
Quero lembrar também que nesses últimos anos o Brasil vem melhorando substancialmente os indicadores de preservação da floresta amazônica. A área de desmatamento caiu de 27 mil hectares em 2004 para menos de 5 mil hectares em 2014. E a recente aprovação da lei do Cadastro Ambiental Rural vai desencadear o maior processo de recuperação florestal do mundo.
Lembro, por fim, que o Brasil é o país que mais tem contribuído para a redução das emissões de carbono no mundo, entre outros motivos pela adoção massiva de práticas agrícolas corretas.
Muito desse progresso se deve ao desenvolvimento de tecnologia de agricultura tropical pela nossa empresa pública de pesquisa, a Embrapa, trabalho que é complementado pelas universidades.
O conhecimento de nossos doutores, técnicos e produtores vem abrindo caminho para novas variedades, novas técnicas e, sobretudo, melhores práticas agrícolas sustentáveis.
O Brasil tem oferecido cooperação tecnológica em agricultura tropical a diversos países, especialmente na África, que tem condições climáticas, geológicas e de solo muito semelhantes às do cerrado brasileiro.
Consideramos nossa obrigação compartilhar esse conhecimento com países empenhados em alimentar sua população e promover o desenvolvimento.
Meus amigos, minhas amigas
Felizmente, temos excelentes exemplos de politicas bem sucedidas de combate à fome e à pobreza em diversos países. Isso fortalece a nossa confiança na superação do grande desafio.
São muito estimulantes também os dados da FAO, indicando que caiu de 1 bilhão para 800 milhões o número de habitantes do mundo vivendo em insegurança alimentar, à mercê da fome e das doenças.
Além de continuar trabalhando para resgatar da fome estes 800 milhões de seres humanos, o mundo precisa se preparar para produzir mais alimentos e de melhor qualidade.
A FAO projeta que em 2050 a população mundial terá passado dos atuais 7 bilhões para 9,2 bilhões de habitantes.
Essa perspectiva nos obriga a aumentar a produção e incentivar o aumento da produtividade da agricultura, de forma sustentável do ponto de vista ambiental, econômico e social.
Obriga-nos a tomar medidas para reduzir o desperdício, seja na colheita, no transporte, no preparo ou no consumo de alimentos.
O mundo desenvolvido pode contribuir muito, e imediatamente, para enfrentarmos o desafio da alimentação, de duas maneiras.
Uma delas é adotar políticas de financiamento para o desenvolvimento da agricultura dos países mais pobres, especialmente dos países africanos. E isso inclui a transferência de tecnologias de produção.
A outra contribuição importante é adotar práticas comerciais mais justas, tornando os mercados consumidores mais acessíveis aos produtores do mundo em desenvolvimento.
Essas duas iniciativas combinadas podem realizar o potencial agrícola do continente africano.
A África tem imensas áreas de terra agricultável, tem fontes abundantes de água e alto potencial para geração de energia. Tem, principalmente, uma grande população que precisa e quer trabalhar com dignidade.
Eu tenho a convicção de que a África, recebendo os estímulos justos e necessários, pode deixar de ser um continente ainda marcado pela fome para se tornar um dos celeiros do mundo. Deixar de ser um problema, para se tornar uma grande solução.
Incentivar a produção agrícola e os projetos de desenvolvimento desses países – e também em outras regiões do planeta – é a forma mais eficaz de combater a fome. Isso vale para hoje e para o futuro.
Apoiar esses países, garantir acesso a mercados, torná-los parceiros no âmbito da segurança alimentar, é a resposta ao desafio de alimentar 9,2 bilhões de seres humanos no ano 2050.
Estou convencido de que este é também o caminho para construirmos um mundo mais seguro para todos, um mundo de paz.
É muito significativo que os problemas de alimentação no mundo de hoje sejam a fome, em algumas sociedades, e a obesidade, em outras.
Isso mostra o quanto temos a avançar na construção de um mundo menos desigual, mais justo, mais equilibrado.
Por isso acredito que a pauta da fome e de sua erradicação deve estar presente nas reuniões dos organismos multilaterais e nas instituições que debatem as crises econômicas.
Acredito que melhorar a vida das pessoas pobres e dos países pobres certamente melhorará a vida em todas as nações.
A cada ano crescem os contingentes de refugiados e de deslocados internos. São pessoas que deixam sua terra, empurradas por violência e conflitos regionais.
Acredito que é muito melhor apoiar o desenvolvimento dos países pobres do que fechar as portas dos países ricos à migração.
Quero concluir reiterando o agradecimento a todos por esta oportunidade.
A melhor e mais sincera homenagem que posso render aos organizadores da Exposição Mundial e a todos os que aqui vieram é levar a mensagem da Carta de Milão ao meu País.
E levarei esta mensagem a todos os lugares onde for.
Muito obrigado.
Escrito por: Redação
*entrefatos

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva "ajudou a mudar o equilíbrio do mundo

Lula ajudou a mudar o equilíbrio do mundo, avalia historiador Eric Hobsbawm


  • Fernanda Calgaro/UOL
    Hobsbawm se encontrou com Lula em Londres
    Hobsbawm se encontrou com Lula em Londres
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva "ajudou a mudar o equilíbrio do mundo ao trazer os países em desenvolvimento para o centro das coisas", opinou o historiador britânico Eric Hobsbawm, 94 anos. Ícone da historiografia marxista, ele se reuniu nesta quarta-feira (13) com Lula na residência do embaixador brasileiro em Londres, Roberto Jaguaribe. O convite foi feito pela equipe de Lula.
Autor do clássico "Era dos Extremos", Hobsbawm é considerado um dos maiores intelectuais vivos. Na saída da embaixada, ele deu uma rápida entrevista quando já estava sentado no banco de trás do carro, ao lado da mulher. Falando com dificuldade, o historiador teceu elogios ao governo Lula e disse que espera revê-lo mais vezes. O encontro durou cerca de uma hora e meia.
"Lula fez um trabalho maravilhoso não somente para o Brasil, mas também para a América do Sul." Em relação ao seu papel após o fim do seu mandato, Hobsbawm afirmou que, "claramente Lula está ciente de que entregou o cargo para um outro presidente e não pode parecer que está no caminho desse novo presidente".
"Acho que Lula deve se concentrar em diplomacia e em outras atividades ao redor mundo. Mas acho que ele espera retornar no futuro. Tem grandes esperanças para [tocar] projetos de desenvolvimento na África, [especialmente] entre a África e o Brasil. E certamente ele não será esquecido como presidente", disse.
Sobre o encontro, disse que foi uma "experiência maravilhosa", especialmente porque conhece Lula há bastante tempo. "Eu o conheci primeiro em 1992, muito tempo antes de ser presidente. Desde então, eu o admiro. E, quando ele virou presidente, minha admiração ficou quase ilimitada. Fiquei muito feliz em poder vê-lo de novo."
A respeito da presidente Dilma Rousseff, Hobsbawm afirmou que só a conhece pelo que lê nos jornais e pelo que lhe contam, mas ressalta a importância de o país ter a primeira mulher presidente.
"É extremamente importante que o Brasil tenha o primeiro presidente que nunca foi para a universidade e venha da classe trabalhadora e também seja seguido pela primeira presidente mulher.  Essas duas coisas são boas. Acredito, pelo que ouço, que a presidente Dilma tem sido extremamente eficiente até agora, mas até o momento não tenho como dizer muito mais", falou.

Viagem de Lula

Lula chegou na Inglaterra na noite de terça-feira (12). Além de Hobsbawm, ele teve nesta quarta um encontro com a presidente da ONG inglesa Oxfam, Barbara Stocking, que se dedica à busca de soluções para a pobreza no mundo. O tema da conversa foi sobre projetos na África.
Nesta quinta-feira (14), Lula dará uma palestra a empresários em um seminário promovido pela Telefonica em Londres. Ele pretende falar sobre as perspectivas deinvestimento no Brasil e sobre o fortalecimento da democracia na América do Sul, sem focar em um país específico. A assessoria de Lula não divulga o valor cobrado pelo ex-presidente, mas especulações na imprensa apontam que gira em torno de R$ 200 mil. Será a terceira palestra desde que deixou o governo.
Em seguida, ele embarca para Madri, onde fica até sábado (16), quando volta ao Brasil. Na Espanha, ele vai receber um prêmio da Prefeitura de Cádiz na sexta e, no sábado, se reúne com o primeiro-ministro José Luis Rodríguez Zapatero. À tarde, assistirá ao jogo de futebol entre Barcelona e Real Madrid.
*UOL

Ferrovia transcontinental reflete sabedoria de Brasil e China, diz economist

Ceci JuruaEm entrevista ao Portogente, a economista Ceci Juruá fala sobre a Ferrovia Transcontinental, anunciada pela presidenta Dilma Roussef, na última semana. Juruá avalia que o empreendimento irá ampliar o intercâmbio comercial entre o Brasil e as zonas de forte crescimento econômico localizadas na Ásia, que, além da China, incluem Japão, Índia e Coreia do Sul. 
Para a economista, a Transcontinental retoma a prioridade do Brasil em utilizar estradas de ferro e trata-se de uma aliança histórica entre Brasil e China, pois ambos resistiram a projetos imperiais anglo-saxão e se unem nesse projeto estratégico que reflete a sabedoria dos atuais governantes. 
“Para o Brasil será a oportunidade de reconfigurar novas modalidades de cooperação internacional, em bases mais igualitárias e mais democráticas”, avalia. Ela defende a criação de uma empresa estatal ou de economia mista e que empresas brasileiras façam os estudos de implantação da ferrovia. “Esta é a única modalidade institucional compatível com a manutenção da plenitude da soberania nacional sobre tão vasto território. Compatível também com a minimização dos riscos ambientais e com a preservação das vantagens decorrentes de nossa Floresta Amazônica.” 
Portogente - Qual a sua opinião sobre a construção de uma megaferrovia por China, Brasil e Peru, que ligará os dois países sul-americanos, criando um corredor de trilhos entre os Oceanos Atlântico e o Pacífico?
Ceci Juruá - Encaro com satisfação e otimismo o anúncio de construção da ferrovia Transcontinental, entre Brasil/Rio de Janeiro e Peru. Trata-se de obra inserida nos planos de governo de Lula e Dilma, iniciativa que sinalizou a devolução de merecida prioridade às estradas de ferro, pois paralelamente à ampliação da malha foram criados incentivos à retomada da produção nacional de material ferroviário. Corrigimos assim o equívoco incorrido nas décadas de 1960 e 1990, quando muitos ramais foram desativados e privatizados, perdendo-se inclusive o que havia sido uma conquista da Era Vargas no transporte internacional, as ligações ferroviárias do Brasil com quatro países da América do Sul: Uruguai, Argentina, Bolívia e Paraguai. A integração econômica, social e cultural dos países da América do Sul não pode prescindir da ferrovia, a modalidade mais eficiente e segura para deslocamento de passageiros e de carga em grandes distâncias. É preciso lembrar, ainda, que as ligações por estradas de ferro constituem uma aspiração histórica de nossos povos desde a segunda metade do século XIX.


 Portogente - Em que medida essa ferrovia é estratégica para o desenvolvimento do Brasil e para as relações comerciais com a China?Juruá - A Ferrovia Transcontinental ora projetada vai favorecer, ainda, a ampliação do intercâmbio comercial entre o Brasil e as zonas de forte crescimento econômico localizadas na Ásia. Além da China, eu citaria o Japão, a Índia e a Coréia do Sul.  Também ficará facilitado o comércio com as áreas da costa oeste dos Estados Unidos e com países fronteiriços do Peru (Colômbia, Equador e Chile, por exemplo). Do ponto de vista estratégico, portanto, pode-se afirmar que a Ferrovia Transcontinental é uma obra afinada com o objetivo permanente da nossa diplomacia desde Rio Branco, a inserção do Brasil como global player na sociedade mundial. Analisando a construção da Estrada de Ferro Noroeste (entre Bauru e Corumbá), no inicio do século passado, Fernando de Azevedo enfatizou “o papel dos caminhos na vida das unidades políticas, sempre destinados a permitir ao Estado o livre e fácil emprego de todos os seus recursos e de todos os seus poderes e a conservação de relações fáceis com os países vizinhos que importam à sua vida”.  Para esse autor, um grande estudioso de nossas ferrovias, a E.F. Noroeste foi um desses caminhos políticos, uma via de penetração configurada idealmente por ocasião da política de centralização do Império e admitida como necessária após o final da Guerra do Paraguai.  Talvez por esta razão tenha sido a primeira ferrovia privatizada, em leilão ao qual se apresentou um único comprador: a norte-americana Noel Group.   
Portogente - Por que essa ferrovia é tão importante para a China, que enviou seu primeiro-ministro para fazer as tratativas preliminares com o Brasil e Peru?
Juruá - Não posso responder pela China, faltam-me conhecimentos para isto.  Mas suponho que tal interesse esteja vinculado às novas oportunidades de intercâmbio comercial e à fixação de uma nova fronteira de investimentos fora da China, no maior país da América do Sul. Trata-se ainda de uma aliança justificada historicamente, pois ambos, Brasil e China, estiveram inseridos passivamente em zonas imperiais sob-hegemonia anglo-saxã. Que estejam unidos agora em um projeto estratégico dessa relevância, em tempos de multipolaridade, é uma decisão que reflete a sabedoria dos atuais governantes.  Para o Brasil será a oportunidade de reconfigurar novas modalidades de cooperação internacional, em bases mais igualitárias e mais democráticas. 

Portogente - Em termos de investimentos e impactos ambientais, que custo-benefício gera a construção dessa ferrovia?
Juruá - A relação custo-benefício, para o Brasil, não é dada a priori obviamente.   Vai depender das negociações e das entidades responsáveis pelo detalhamento do projeto.  Hoje nós dispomos de um corpo técnico suficientemente qualificado em matéria de construção ferroviária, mas também de estudos históricos sobre vantagens e prejuízos vinculados às nossas estradas de ferro.  Conhecemos relativamente bem a cobiça dos estrangeiros por nossas terras férteis e por nossos recursos minerais, e suas formas lícitas e/ou ilícitas de apropriação privada de lucros e socialização dos prejuízos. Sobretudo naquelas áreas do Brasil central houve imensos latifúndios geridos por estrangeiros, muitas vezes dotados de grupos armados, milícias particulares, geradores de inúmeros conflitos com posseiros e com as autoridades brasileiras. Defendo por isto que os estudos de implantação dessa Ferrovia Transcontinental sejam feitos por empresas brasileiras e aproveitem a experiência por nós acumulada em matéria de construção ferroviária. À luz dessa experiência e dos estudos feitos por ocasião de minha tese, eu diria que a Transcontinental deve ser organizada como empresa estatal ou de economia mista, proprietária da infraestrutura e das áreas lindeiras.  Esta é a única modalidade institucional compatível com a manutenção da plenitude da soberania nacional sobre tão vasto território.  Compatível também com a minimização dos riscos ambientais e com a preservação das vantagens decorrentes de nossa Floresta Amazônica.

*https://portogente.com.br/noticias/transporte-logistica/ferrovia-transcontinental-reflete-sabedoria-de-brasil-e-china-diz-economista-86190

A Maldade está no ar




Está aberta a temporada de caça ao menor. 

De agora até a votação (ou pior, plebiscito) sobre a redução da maioridade penal nossa mírdia cretina vai pesar a mão e carregar nas cores dramáticas de todo e qualquer evento violento envolvendo menores como autores. 

Aí a nossa pequena burguesia assustada vai percorrer as ruas querendo cadeia pros próprios filhos, porque filhos de RICOS vão continuar na impunidade patrocinada pela safadeza de nossa justiça e pela riqueza de seus papais.

Primeiro ministro de israel e o Cu nha


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Watch: Prime Minister Benjamin Netanyahu's meets with Brasilian President of the Chamber of Deputies, Eduardo Cunha.
Video: GPO