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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, outubro 09, 2015

economistas ligados ao PSDB escancararam os interesses por trás da tentativa de interromper o mandato da presidenta Dilma

"Os liberais não gostam do povo"

Por Joana Rozowykwiat, no site Vermelho










Na última semana, economistas ligados ao PSDB escancararam os interesses por trás da tentativa de interromper o mandato da presidenta Dilma Rousseff. Para o professor do Instituto de Economia da Unicamp, Marcio Pochmann, a agenda que os tucanos querem aplicar no Brasil, em caso de golpe, é antipovo e representa o desmonte do Estado brasileiro. “É o retorno a um país voltado para apenas dois quintos da população”, diz ao Vermelho.



“Os liberais não gostam, infelizmente, do povo – sobretudo da população mais pobre. Acreditam que o povo não cabe no país, que os pobres têm que ficar de fora. Portanto, defendem políticas antipopulação, contra os trabalhadores”, critica o economista, ex-presidente do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea).

Em artigos de opinião e em um seminário realizado na semana passada, os tucanos aproveitaram o cenário de crise para ressuscitar velhas teses – que, de tão impopulares, vinham sendo mascaradas nas últimas campanhas eleitorais.

Privatizações, fim da política de valorização do salário mínimo, revisão da estabilidade para funcionários públicos, mudanças na legislação trabalhista e fim de todas as vinculações constitucionais obrigatórias. Estas são algumas das medidas defendidas por personagens como o ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, e a ex-diretora do BNDES no governo de Fernando Henrique Cardoso, Eliane Landau.

As sugestões, avalia Pochmann, “fazem parte do mesmo receituário, que vem desde o final dos anos 1980, e parte delas já foi, inclusive, encaminhada”, durante os governos do PSDB. “Depois de 2002, essa agenda, de certa maneira, não foi aprovada pelas urnas, embora continue a haver uma campanha importante nos meios de comunicação, com críticas referentes ao Estado, buscando encontrar viabilidade para o retorno dessa pauta”, afirma o economista.

De acordo com ele, no quadro atual de crise econômica e enfraquecimento do governo, a direita encoraja o retorno desse discurso derrotado nas últimas quatro eleições. “Há um compromisso de fé [dos liberais] em acreditar que o Estado brasileiro segue sendo o problema do país. Mas a experiência que se acumulou, de 2002 para cá, mostra que o Estado não foi problema, pelo contrário, tem sido a solução. Vemos sinais de que é possível, através de políticas públicas sobretudo, enfrentar os problemas que o Brasil acumulou historicamente, como desigualdade, desemprego, a questão da inclusão social”, defende.

A favor do capital

Nesta entrevista ao Vermelho, Pochmann comentou alguns dos pontos do programa resgatado pelo PSDB. Em texto opinativo divulgado em O Estado de S.Paulo, Armínio Fraga propõe, por exemplo, mudanças nas regras trabalhistas. Segundo o professor da Unicamp, trata-se de trazer ao debate, mais uma vez, medidas que só prejudicam o trabalhador.

Durante o seu governo, Fernando Henrique Cardoso trabalhou para flexibilizar a Consolidação das Leis de Trabalho (CLT), encaminhando ao Congresso projeto que alterava o artigo 618 da CLT e deixava vulneráveis direitos dos trabalhadores, entre eles férias e 13º salário. Eleito em 2002, Lula solicitou o arquivamento o projeto que tramitava no Senado e impediu o retrocesso.

“Agora [o projeto] é retomado. Isso é tornar a flexibilidade das contratações abaixo da CLT. Quer dizer, a CLT deixa de ser o piso mínimo de regulação do mercado de trabalho, possibilitando contratações abaixo do salário mínimo, abaixo das regras gerais que hoje conhecemos”, explica Pochmann.

De acordo com ele, em um mercado de trabalho como o brasileiro, com situações ainda muito desiguais, essa liberalização aprofundaria problemas, promovendo o rebaixamento das condições de trabalho e das remunerações. “É trazer ao Brasil um retrocesso em relação aos avanços que o país conseguiu, de elevação da participação dos salários a nível nacional. Essas propostas certamente interessam ao capital e são por demais penalizadoras dos trabalhadores.”

Saúde e educação na berlinda

A Constituição de 1988 estabelece determinados compromissos em relação ao gasto público, percentuais mínimos a serem investidos em áreas estratégicas, como saúde e educação. Os economistas do PSDB, no entanto, acreditam que todas essas vinculações constitucionais devem acabar.

“Isso tornaria o orçamento, a cada ano, passível de ser orientado em função de interesses daquele momento, desconstituindo um compromisso com questões-chave da sociedade brasileira, como saúde, educação, segurança. Então, em função de uma crise, de alguma dificuldade da economia, certamente essas áreas terminariam sendo as mais afetadas com corte de recursos”, analisa Pochmann.

Retrocesso ao século 19

Na linha de pregar a redução do papel do Estado, os tucanos defendem a revisão de todo o capítulo econômico da Carta, proposta considerada pelo ex-presidente do Ipea como a mais ousada entre as demais.

Segundo Pochmann, a capacidade de intervenção do Estado na economia ganhou mais impulso nos anos 2000, com o maior papel das políticas públicas voltadas para a sociedade, como é o caso, por exemplo, da participação da Caixa Econômica Federal na realização dos programas Bolsa Família e Minha Casa, Minha Vida; do Banco do Brasil nofinanciamento da agricultura e do Banco Nacional do Desenvolvimento no fortalecimento do setor privado, das empresas nacionais.

“Tudo isso certamente vai desaparecer, se por ventura vierem a ser viabilizadas proposições como essas [do PSDB], porque tudo dependerá do setor privado. O crédito, as possibilidades de fazer política pública, tudo dependerá dos bancos nacionais privados e, inclusive, dos estrangeiros”, diz o economista.

Para ele, trata-se de uma tentativa de desmonte do Estado brasileiro. “É uma regressão do grau de civilidade no qual o Brasil conseguiu, nesse século 21, avançar. É um retrocesso à sociedade do século 19, ou, se quisermos, a uma sociedade dos dois quintos”, complementa.

Mais desigualdade

Com o objetivo de rebater a pregação calorosa que tucanos fazem das privatizações, Pochmann lembra o saldo das desestatizações ocorridas nos anos 1990, sob a batuta de Fernando Henrique. “Tivemos, por exemplo, cerca de 500 mil trabalhadores demitidos do setor público e tivemos uma desnacionalização, porque empresas estatais foram vendidas ao capital estrangeiro.”

Segundo ele, não se trata de pregar a estatização por si só, mas de defender que o papel do Estado é importante e estratégico em uma sociedade como a brasileira, ainda subdesenvolvida e desigual. “O enfrentamento desse quadro passa pelo Estado e, à medida que você tira o Estado, torna-se cada vez mais latente a situação que a gente já conhece. Medidas que avançam na privatização aprofundam o subdesenvolvimento brasileiro, pois favorecem determinados setores da economia e não outros”, afirma.

Patrimonialismo

Outra medida incluída na cartilha do PSDB é a revisão da estabilidade do emprego no setor público. Para Pochmann, isso retiraria do Estado o papel que ele tem na construção de uma burocracia voltada para atender às demandas da sociedade, promove a descontinuidade das ações e abre portas para o favorecimento político.

“Isso tornará o emprego público vulnerável. As pessoas poderão ser demitidas à medida que mudem os governos. Hoje você já tem os chamados cargos de confiança, espaços que os governos têm quando assumem o poder. Com a retirada da estabilidade, o que pode ocorrer é que, quando ganhe um governo, ele demita todos os funcionários e contrate novos, especialmente os identificados com seus interesses políticos e econômicos”, prevê. “É a volta do patrimonialismo no Brasil.”

Exclusão social

No receituário tucano para controlar a crise, cabe também o fim da atual política de valorização do salário mínimo. O professor da Unicamp lembra que tal diretriz tem ajudado a incluir parcela da população, fazendo com que o poder aquisitivo dos mais pobres aumente acima dos demais salários e elevando o piso de renda da população. Acabar com ela seria, portanto, mais uma mendida “antipopulação”.

“Do golpe de 1964 até os anos 1990, tivemos um período de profunda redução do poder aquisitivo do salário mínimo. E nos anos 2000, houve uma recuperação desse poder aquisitivo, que se tornou inclusive um instrumento importante na elevação da renda, no combate à pobreza e à desigualdade”, diz.

O professor avalia, contudo, que é importante que a oposição de direita deixe claras suas ideias: “venda das estatais, desnacionalização mais uma vez do parque produtivo e a aplicação de políticas que aprofundarão as desigualdades e a exclusão”, resume.

Ao encerrar a entrevista, Marcio Pochmann alerta para os riscos de o país perder conquistas importantes dos últimos anos. “Possivelmente haverá retrocessos, na medida em que o governo não consiga se manter compromissado com as expectativas que foram vitoriosas nas eleições do ano passado, seja por uma incapacidade de conduzir políticas nesse sentido, seja por um golpe que retire o governo que foi eleito democraticamente em 2014.”

Os “mosqueteiros” da ética! Esses senhores querem cassar 54 milhões de votos


mosqueteiros

Cinco figuras que pertencem ao que há de mais honesto na política deste País tramam, dia e noite, para afastar Dilma da presidência da República

Em outras palavras, esses senhores, querem cassar 54 milhões de votos, com argumentos que causam furor nos menos desavisados. Vamos a eles:
(Fred Passos para o BR29)
Gilmar Mendes
É o ministro político do Supremo Tribunal Federal (STF). Julga qualquer processo com tamanha isenção que por vezes causa calafrios aos envolvidos. Sua esposa, Guiomar Mendes, trabalha em um escritório do Rio de Janeiro que possui causas a serem julgadas pela Corte Suprema. E, mesmo assim, Mendes não se julga impedido de atuar nos processos.
Mendes também já concedeu dois habeas corpus, em menos de 24 horas, ao banqueiro Daniel Dantas, envolvido na Operação Satiagraha, anulada pelo STF. Também concedeu habeas corpus ao médico Roger Abdelmassih, que depois fugiu do País.
Em dezembro de 2014, Mendes votou a favor da aprovação das contas da campanha da Dilma. Como Cunha anda mal das pernas, Mendes deu vazão ao plano B. Isso depois de se reunir com Cunha na semana passada. Imaginem! Um ministro do STF pedindo conselhos de um sujeito denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) e investigado pela Polícia Federal (PF).
Aécio Neves
Aécio Neves está envolvido até o pescoço em falcatruas ainda não denunciadas pelo MPF junto ao STF, como a Lista de Furnas, e as viagens para o Rio de Janeiro, bancadas com dinheiro público.
Em 2007, quando governador de Minas, Aécio efetivou 98 mil servidores sem concurso público, por meio da Lei Complementar nº 100/07. Em março de 2014, o STF considerou a lei inconstitucional. Diversos ministros criticaram a iniciativa de Aécio, que poderia ter sido acusado de improbidade administrativa.
Foi Aécio quem teve a iniciativa de protocolar no Tribunal Superior Eleitoral (TCE) a denúncia contra as contas da campanha de Dilma. Ele acusou que a campanha da presidenta recebeu recursos ilegais das empresas investigadas na Lava Jato. O mais engraçado de tudo é que as campanhas de Aécio (presidente), de José Serra (senado) e de Geraldo Alckmin (governador) receberam, em 2014, recursos das seguintes empreiteiras investigadas na mesma operação: Andrade Gutierrez, UTC, Odebrecht, OAS, Camargo Correa etc. Mas o dinheiro doado pelas empreiteiros era tão limpo quanto uma lixeira!
Eduardo Cunha
Este é o maior cara de pau de todos. Graças a blindagem da mídia (Veja, Folha, Estadão, Globo, SBT, Band e Record) Eduardo Cunha segue presidindo a Câmara, apesar das inúmeras denúncias que pesam sobre ele, inclusive de ser o dono de contas abastecidas com milhões na Suíça.
É vergonhoso para o nosso País que, até o momento, nenhum partido tenha pedido o afastamento de Cunha da presidência da Câmara. Por menos do que isso, Renan Calheiros foi afastado do cargo em   2007. E os maiores fiadores de Cunha na Câmara são o PSDB e o DEM.
Augusto Nardes
Augusto Nardes é o relator das Contas de Dilma no TCU. Nardes deu várias entrevistas falando que votaria pela reprovação das contas de Dilma, por conta das chamadas “pedaladas fiscais”. FHC foi useiro e vezeiro dessa prática, mas nunca o TCU ousou confrontá-lo.
Nardes também está sendo investigado por ter recebido R$ 1,8 milhão, dividido em três parcelas de R$ 600 mil, da empresa SGR Consultoria, investigada na Operação Zelotes. A dinheirama seria uma comissão devida a Nardes por conta do cancelamento de uma dívida com o fisco de R$ 15 milhões de reais da RBS, afiliada da Globo no Sul.
José Agripino Maia
Agripino Maia é senador do Rio Grande do Norte. Esta semana, o Procurador-Geral da República (PGR), Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedido para investigar o senador por crime de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Agripino Maia é suspeito de ter recebido propina dos executivos da OAS por conta de recursos desviados das obras da Arena das Dunas, no Rio Grande do Norte, que sediou quatro jogos da Copa do Mundo de 2014. A obra custou R$ 423 milhões, sendo R$ 100 milhões financiados pela OAS.
Portanto, caros leitores e únicos amigos, quais seriam os reais motivos para o golpe que estes senhores querem perpetrar contra a democracia?
Além dessas figuras, temos algumas afiliadas da Rede Globo envolvidas na Operação Zelotes (sonegação de impostos); e ainda executivos da Band, apresentadores de TV (Ratinho Massa), a madrasta dos Marinho (Globo), diretor da Veja, executivos de conglomerados de rádio e TV no Nordeste e executivo da Folha de São Paulo acusados de terem contas no HSBC suíço. Durma-se com um barulho desses!

Frederico A. Passos / e-mail: fred_passos@yahoo.com.br
*BR29

CHE VIVE!!! no dia 9 de outubro, às 12h50, Che e Simon são executados à queima roupa.


Che Guevara e Fidel Castro
Depois de ter sido, ao lado de Fidel, Camilo e Raul, um dos principais comandantes da Revolução Cubana, de ter assumido o Ministério da Indústria e o Banco Central de Cuba, de ter organizado a guerrilha na África, determinado a impulsionar a Revolução na América Latina e construir um mundo novo, no dia 5 de março de 1967, Che Guevara e o primeiro grupo de 44 guerrilheiros chegaram à Bolívia, numa fazenda cedida por Roberto Peredo, integrante do Partido Comunista Boliviano (apoio pessoal, pois o Partido nunca se comprometeu com a guerrilha).
Falhas cometidas por alguns guerrilheiros e a delação feita por dois desertores deram ao Exército a certeza de que havia um grupo armado na região e sua localização. Preparam o primeiro ataque, que acontece no dia 23 de março, mas a guerrilha já os esperava e, numa emboscada, derrota o Exército sem sofrer baixas. A segunda batalha também é positiva para os rebeldes, tendo ocorrido a 10 de abril.
A seguir, há uma dispersão de forças e tudo transcorre sem maiores novidades até 31 de agosto, quando a traição de Honorato Rojas, camponês que apoiava a guerrilha, proporcionou a emboscada de Vale Del Ieso, quando foi dizimada toda a retaguarda. A essa altura, o exército aprendera com os erros cometidos nas investidas anteriores e com o treinamento de três meses efetuado por enviados do Governo dos EUA: um coronel, quatro capitães e 12 sargentos.
O cerco vai se fechando e, no dia 8 de outubro, Pedro Pena, um camponês interessado em receber a recompensa de US$ 4.200, delata a presença de 17 guerrilheiros (é a vanguarda, comandada por Che). Eles são cercados por 70 homens e há 1.500 nos arredores bem armados e alimentados, enquanto os guerrilheiros estão famintos, maltrapilhos, com fome e sede.
O combate encarniçado começa em torno do meio dia. Às 15h, Che é atingido na perna, sua arma inutilizada; Willy (Simon Cuba) tira-o da linha de fogo. Os dois são detidos: Che, com ferimento leve; Simon Cuba, ileso. Levados para o povoado de La Higuera, são custodiados numa escola, cada um numa sala. No dia seguinte, o presidente da Bolívia, René Barrientos, após consultar seus patrões, o Governo dos Estados Unidos, autoriza a execução sumária de ambos e de qualquer prisioneiro da guerrilha, temendo uma mobilização internacional por sua liberdade e que o julgamento fosse transformado em tribuna, como Fidel o fizera em Cuba. Assim, no dia 9 de outubro, às 12h50, Che e Simon são executados à queima roupa.
No dia 11, desapareceu o cadáver de Che. Até morto, ele representava um perigo para as classes dominantes. Só foi encontrado em 1997, após 19 meses de buscas iniciadas desde que o general Mário Vargas Salinas, um dos que comandaram as tropas contra a guerrilha, revelou que o tinham enterrado em Vallegrande (área da luta). Os restos mortais foram trasladados para Cuba, onde, recebido com honras de herói nacional repousa em Santa Clara.
Brilhando pelo mundo inteiro
Mas, apesar de sua morte, a cada ano que passa, a cada nova geração, aumenta o número dos admiradores e seguidores de Che Guevara em todo o mundo. E não são apenas os comunistas e revolucionários. Os moradores de La Higuera o veneram como San Ernesto. Milhares de jovens nem entendem o seu pensamento e sua luta, mas têm-no como referência por sua dignidade e sua coerência, tão raros em nossos dias em que a degradação moral do capitalismo se espalha por todas as classes sociais. Por que isso? É Jean Paul Sartre, filósofo francês, quem responde: “Foi o ser humano mais completo de nossa era. “O braseiro boliviano de Ñancahuazu foi provisoriamente extinto, mas a sua luz continua a brilhar, a incendiar por toda a parte novos braseiros, a fazer brotar novas centelhas, a guiar os povos como uma tocha na noite. Nada poderá apagar essa luz”.
Ao discursar na Praça da Revolução, em Havana, no dia 18 de outubro de 1967, Fidel Castro assim definiu Ernesto Che Guevara: “Não é fácil conjugar numa pessoa todas as virtudes que se conjugavam nele. Não é fácil que uma pessoa de maneira espontânea seja capaz de desenvolver uma personalidade como a sua. Diria que é desse tipo de homens que é difícil igualar e praticamente impossível superar. Porém diremos também que homens como ele são capazes, com seu exemplo, de ajudar que surjam homens como ele. (…) Muitas coisas ele pensou, desenvolveu e escreveu. E há algo que deve se dizer num dia como hoje: é que os escritos de Che, o pensamento político e revolucionário de Che têm um valor permanente no processo revolucionário cubano e no processo revolucionário da América Latina”.
Hoje, o nome de Che, suas ideias e seu exemplo, tornaram-se verdadeiras bandeiras de luta contra as injustiças, contra a opressão do imperialismo capitalista e pelo socialismo e, a cada dia, o pensamento de Che torna-se mais vivo e mais atual. Che vive!
*AVerdade

quinta-feira, outubro 08, 2015

Investigação sobre contas suíças de Cunha estava na gaveta desde 2006

Advogado de defesa do presidente da Câmara é o ex-procurador-geral da República Antônio Fernando de Souza que, na sua gestão, "guardou" inquérito contra seu atual cliente
por Helena Sthephanowitz, para a Rede Brasil Atual 
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Cunha e Barbosa: petição ficou na gaveta do ministro do STF por oito anos; quando saiu, continuou parada
Desde 2006, a Divisão de Repressão a Crimes Financeiros da Polícia Federal encontrou operações cambiais com indícios de irregularidades atribuídas ao deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e diversos outros políticos. Mas parece que a necessária investigação para esclarecer os fatos ficou engavetada e acabou atropelada por investigações de autoridades suíças.
Naquele ano de 2006 foi dada entrada no Supremo Tribunal Federal (STF) a Petição Avulsa de nº 193.787 tratando dessa investigação, possivelmente por haver muitos políticos com foro privilegiado. Estranhamente não consta do sistema de consultas do STF na internet o andamento dessa petição, mas sua existência é comprovada por um despacho do ex-ministro Joaquim Barbosa no Diário Oficial.
O problema é que a decisão de Barbosa ocorreu só no dia 6 de maio de 2014, após oito anos de gaveta. E o pior é que foi uma decisão que não resolveu nada, apenas fez o processo "andar de lado", ou seja, ouvido o procurador-geral da República que, aparentemente, pediu o desmembramento de quem não tinha foro privilegiado, Barbosa nem disse que sim, nem que não. Passou a bola para o ministro relator decidir. Mais de ano já passou sem haver notícias de novo andamento. 
Foi preciso o Ministério Público Suíço encontrar em abril deste ano contas suspeitas em bancos de lá tendo como beneficiário o deputado Eduardo Cunha e seus parentes, para o Ministério Público Federal brasileiro acordar para a investigação que já deveria ter sido feita nove anos atrás.
Peticao
A ausência da consulta processual no sistema do STF dificulta a melhor compreensão do que ocorreu e do que está ocorrendo com aquele antigo pedido de investigação. Mas os fatos falam por si.
É constrangedor para a imagem das instituições que o atual advogado de defesa de Eduardo Cunha seja o ex-procurador-geral da República Antônio Fernando de Souza que, na sua gestão, não fez andar o inquérito de 2006 contra seu atual cliente. Uma boa explicação ao distinto público seria bem-vinda.
Os outros políticos citados na referida petição são Álvaro Costa Dias, Valdemar da Costa Neto, Francisco Garcia Rodrigues, Fernando de Souza Flexa Ribeiro, Arolde de Oliveira, João José Pereira de Lyra, Henrique de Campos Meirelles, Itamar Serpa Fernandes, Jorge Konder Bornhausen, Pedro Irujo Yaniz, Ricardo Feitosa Rique, Carlos Alberto da Silva, Luiz Carlos da Silva, Miguel de Souza e Vittorio Medioli.
Salvo se houver algum homônimo, são deputados ou ex-deputados federais e estaduais, senadores ou ex-senadores. O último, Vittorio Medioli, ex-deputado federal pelo PSDB-MG, foi condenado em janeiro pela Justiça Federal em Minas a cinco anos e cinco meses de prisão. Foi resultado da Operação Farol da Colina da PF, decorrente do caso Banestado "estrelado" pelo já famoso doleiro Alberto Youssef. Medioli foi condenado por enviar escondido para o estrangeiro US$ 595 mil no ano de 2002 e manter depósitos clandestinos no exterior.
Outro fato constrangedor é o porquê "não veio ao caso" aprofundar as investigações sobre as supostas operações escondidas de Eduardo Cunha no exterior desde a época do Banestado. Uma boa explicação da força-tarefa que cuidou do caso também seria bem-vinda.
Não resta dúvida de que vários políticos fazem jus à má reputação de corruptos que têm, mas a corrupção só encontra campo fértil onde quem tem o dever e a função de vigiar não vigia a contento.
*RBA

Luciana Genro: “Me causa repulsa ver o Eduardo Cunha e o Nardes como paladinos da moralidade”

á que a mídia não mostra e Na dúvida, siga à esquerdacompartilharam um link.
Em sua conta no Twitter, Luciana Genro foi na jugular dos “paladinos da moralidade” por trás da campanha contra Dil.a “Por maior que seja minha…
DIARIODOCENTRODOMUNDO.COM.BR

Em sua conta no Twitter, Luciana Genro foi na jugular dos “paladinos da moralidade” por trás da campanha contra Dil.a
“Por maior que seja minha indignação contra a Dilma, e é gigante, me causa repulsa ver o Eduardo Cunha e o Nardes como paladinos da moralidade”, escreveu ela. “Como se ambos não estivessem sob suspeita de envolvimento em corrupção. Que autoridade para julgar as “pedaladas”, se estão até o pescoço sob suspeita? E o Aécio, que voou pelo menos 1 vez por mês para o Rio com jatinho oficial, exercita toda a sua indignação seletiva respaldando os dois!”
A REVOADA DOS GALINHAS verdes, ou BATALHA DA SE
Meu Professor de História
22 h
O dia ficou conhecido como Revoada dos galinhas-verdes.
"A revoada dos Galinhas verdes, ou Batalha da Sé, foi o nome dado ao confronto armado ocorrido em São Paulo no dia 07 de outubro de 1934. Dois grupos se enfrentaram naquele dia: os galinhas-verdes — membros da Ação Integralista Brasileira (AIB) — e do outro lado estavam os anarquistas, comunistas, sindicalistas e trotsquistas comandados pela Frente Única Antifascista.
Este último grupo havia se reunido contra a realização da Marcha dos Cinco Mil, organizada pelos integralistas liderados por Plínio Salgado. No confronto armado morreram pelo menos seis guardas civis, dois integralistas e o militante da juventude comunista, Décio Pinto de Oliveira, alvejado na cabeça enquanto discursava. Após o ocorrido, Décio passou a ser o símbolo do movimento antifascista brasileiro.
O nome “Revoada dos galinhas-verdes” se deve ao desfecho: integralistas, que usavam camisas verdes, correram amedrontados para todos os lados, deixando ao chão suas camisas. Este ato foi um dos grandes responsáveis pela desarticulação da Ação Integralista Brasileira, que a partir deste episódio começou a perder força em todo país, culminando com seu fechamento após o início do Estado Novo."

Yoko Ono, viúva de John Lennon, organizou um evento histórico em New York

paz
Yoko Ono,  viúva de John Lennon, organizou um evento histórico em New York, que foi realizado na tarde desta terça-feira. Trata-se do maior símbolo da paz do mundo, formado por milhares de pessoas, que formaram um grande círculo no Central Park, em forma daquele famoso símbolo hippie da paz.
A idéia é homenagear John Lennon em um dos lugares que ele mais gostava – perto do famoso Dakota Building, onde ele viveu seus últimos anos. Esta é a ação mais chamativa, mas também há outras. Por exemplo, Yoko está patrocinando o “Lennon Bus”, um estúdio móvel, que percorre os EUA promovendo cursos e oficinas com o objetivo de descobrir e formar novos talentos.
*http://www.thebeatles.com.br/new/homenagem-a-john-lennon-reune-milhares-de-pessoas-no-central-park/

Supremo abre inquérito contra presidente do DEM e cita troca de mensagens com empreiteiro


Senador José Agripino Maia | Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Senador José Agripino Maia | Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
André Richter
A Procuradoria-Geral da República (PGR) utilizou mensagens apreendidas pela Polícia Federal no celular de um dos executivos da empreiteira OAS, José Aldelmário Pinheiro, condenado na Operação Lava Jato, para embasar pedido de abertura de inquérito contra o senador José Agripino Maia (DEM-RN). As informações constam do inquérito aberto hoje (7) pelo Supremo Tribunal Federal (STF), cujo sigilo foi derrubado pelo ministro Luís Roberto Barroso.
A PGR usou mensagens trocadas entre o parlamentar e o empreiteiro, além do depoimento do doleiro Alberto Youssef, um dos delatores da Operação Lava Jato, para levantar suspeitas contra Agripino Maia. Youssef disse aos investigadores que administrou o caixa dois da OAS, e enviou R$ 3 milhões em espécie para Natal, por meio de seu ex-funcionário Rafael Ângulo Lopez, que admitiu ter transportado valores para a capital potiguar.
No despacho no qual decidiu pela abertura da investigação, o ministro cita mensagens que revelam “possível solicitação e recebimento de vantagens indevidas” pelo senador em troca de ajuda na liberação de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a Arena das Dunas, estádio construído para a Copa do Mundo de 2014 pela OAS.
Segundo a procuradoria, Agripino conseguiu a liberação dos recursos do BNDES e, em contrapartida, teria recebido R$ 500 mil em doação oficial ao Diretório Nacional do DEM, em 2014. A acusação afirma que as solicitações de valores estão em diversas mensagens trocadas entre 11 de agosto e 19 de setembro do ano passado.
Em uma das mensagens, José Aldelmário cita o senador em uma conversa com um executivo responsável pela arena, que pedia ajuda do parlamentar para agilizar o repasse dos recursos, após irregularidades constatadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
“Resposta de Agripino ao meu sms: Reuni hoje pela manhã, em Natal, o secretário da Copa, o conselheiro relator no TCE e Dr. Charles, para esclarecer o problema e apelar por solução que evite interrupção no fluxo de pagamentos e interrupção da obra. Vou acompanhar de perto os desdobramentos. Abs. Agripino.”, diz a mensagem.
A assessoria do senador disse que ele não foi notificado sobre a decisão e que só vai se manifestar após ter acesso às investigações. Na segunda-feira (5), após ser informado do pedido de abertura de inquérito, Agripino disse que a acusação é absurda, inverídica e descabida. Ele também se colocou à disposição do Judiciário para prestar esclarecimentos. A OAS nega as acusações.
*sul29

O cerco aperta,grades a vista!:Fifa suspende o chefão Blatter, Platini e o arrogante Valcke por 90 dias



Submundo do futebol: decisão contra o trio suspeito de pratica de pilantragens, foi tomada por conta das investigações de corrupção 

Globo Esporte
Presidentes da Fifa e da Uefa ficarão afastados de funções no período, que pode ser estendido  por mais 45 dias. Ex-secretário-geral já estava afastado de cargo

O processo de combate à corrupção no futebol mundial teve um novo marco nesta quinta-feira. O Comitê de Ética da Fifa anunciou a suspensão de Joseph Blatter, presidente da Fifa, Michel Platini, presidente da Uefa, e Jérôme Valcke, ex-secretário-geral da entidade mundial. Os homens-fortes do futebol no planeta terão que ficar afastados de qualquer atividade ligada ao esporte por um período de 90 dias, que pode ser estendido por mais 45. Com isso, Blatter será substituído provisoriamente no cargo pelo camaronês Issa Hayatou, vice-presidente mais antigo dentro do Comitê Executivo e presidente da Confederação Africana de Futebol (CAF). Platini, por sua vez, terá como suplente temporário na presidência da UefaAngel Maria Villar, presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF).
O comitê - que possui independência dentro da Fifa e é comandado pelo advogado Hans Joachim Eckert - afirmou que a decisão foi tomada por conta das investigações que vem conduzindo pelas acusações de corrupção envolvendo Blatter, Platini e Valcke. Além do trio, o ex-vice-presidente da entidade e pré-candidato à presidência Chung Mong-Joon foi banido por seis anos e multado em 100 mil francos suíços (R$ 401 mil) por má conduta no processo de escolha das sedes dos Mundiais de 2018 e 2022.
A decisão do Comitê de Ética atinge diretamente o atual mandatário do futebol mundial e o favorito a ser seu sucessor. Enquanto Blatter já se via envolvido em suspeitas desde que a crise na Fifa estourou em maio, com a prisão de sete dirigentes, Platini vinha se dizendo o homem certo para conduzir a entidade a uma nova fase, longe da corrupção, trabalhando de olho na eleição marcada para 26 de fevereiro.
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