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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
segunda-feira, outubro 29, 2012
domingo, outubro 28, 2012
Juiz que julgou o "mensalão" suspendeu decreto de Lula que dava posse de terras aos índios Guarani Kaiowá
Gilmar Mendes suspendeu decreto de Lula que dava posse de terras aos índios Guarani Kaiowá
do blog Limpinho & Cheiroso
Mesmo sob ameaças de pistoleiros, indígenas Guarani Kaiowá vão permanecer em seu território.
*********
por Natasha Pitts, via Adital, texto publicado em 13/8/2012
Na sexta-feira, dia 10/8, indígenas Guarani Kaiowá do Mato Grosso do Sul
(MS), Centro-Oeste brasileiro, cansados da morosidade da justiça,
decidiram retomar parte do tekoha (território sagrado) Arroio Koral,
localizado no município de Paranhos. Poucas horas depois, nem bem os
cerca de 400 indígenas haviam montado acampamento, pistoleiros invadiram
o local levando medo e terror para homens, mulheres e crianças.
A ação resultou em indígenas feridos, mas sem gravidade. Além disso,
permanece desaparecido o Guarani Kaiowá João Oliveira, que não conseguiu
fugir. Com a chegada da Força Nacional, os pistoleiros se dispersaram e
fugiram.
No momento do ataque, os/as indígenas correram e se espalharam pela
mata. No entanto, passados os momentos de pânico, aos poucos os Guarani
Kaiowá foram retornando para o acampamento e mesmo se sentindo inseguros
e amedrontados pretendem não sair mais de lá.
O Guarani Kaiowá Dionísio Gonçalves assegura que os indígenas estão
firmes na decisão de permanecer no tekoha Arroio Koral, mesmo cientes
das adversidades que terão de enfrentar, já que o território sagrado
reivindicado por eles fica no meio de uma fazenda.
“Nós estamos decididos a não sair mais, nós resolvemos permanecer e
vamos permanecer. Podem vir com tratores, nós não vamos sair. A terra é
nossa, até o Supremo Tribunal Federal já reconheceu. Se não permitirem
que a gente fique é melhor mandarem caixão e cruz, pois nós vamos ficar
aqui”, assegurou.
Dionísio informou que no momento as lideranças indígenas estão
aguardando a chegada da Polícia Federal no acampamento para iniciar as
investigações sobre o acontecido e para a realização das buscas por João
Oliveira. “Eles disseram que vinham depois das 12h, estamos esperando
por eles e por outros órgãos para resolver o problema”, afirmou.
Conflito fundiário
A batalha pela retomada de terras indígenas não é de hoje no Mato Grosso
do Sul. Neste estado, onde se localizam os mais altos índices de
assassinatos de indígenas, esta população luta há vários anos pela
devolução de terras tradicionais e sagradas. Dentro deste contexto de
luta já aconteceram diversos ataques como os de sexta-feira, muitos
ordenados por fazendeiros insatisfeitos com a devolução das terras aos
seus verdadeiros donos.
O conflito fundiário e judicial que envolve o território sagrado Arroio Koral parecia estar resolvido quando o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, em dezembro de 2009, um decreto homologando a demarcação da terra. No entanto, em janeiro de 2010, o Supremo Tribunal Federal (STF), do qual está à frente o ministro Gilmar Mendes, suspendeu a eficácia do decreto presidencial em relação às fazendas Polegar, São Judas Tadeu, Porto Domingos e Potreiro-Corá.
O processo continua em andamento, mas tem caminhado a passos muito
lentos, já que ainda não foi votado por todos os ministros. Assim,
fartos da morosidade da justiça brasileira, os Guarani Kaiowá decidiram
fazer a retomada da terra.
Os indígenas escreveram uma carta para os ministros do Supremo Tribunal
Federal e para o governo federal em que reivindicam o despejo dos
fazendeiros que ainda estão ocupando e destruindo territórios
tradicionais já demarcados e reconhecidos pelo Estado brasileiro e pela
Justiça Federal e exigem a devolução imediata de todos os antigos
territórios indígenas.
“Sabemos que os pistoleiros das fazendas vão matar-nos, mas mesmo assim,
a nossa manifestação pacífica começa hoje 10 de agosto de 2012. Por
fim, solicitamos, com urgência, a presenças de todas as autoridades
federais para registrar as nossas manifestações pacíficas, étnicas e
públicas pela devolução total de nossos territórios antigos”, anuncia o
último trecho da carta assinada por lideranças, rezadores, mulheres
pertencentes ao Povo Kaiowá e Guarani dos acampamentos e das margens de
rodovias, ameaçados pelos pistoleiros das fazendas, dos territórios
reocupados e das Reservas/Aldeias Guarani e Kaiowá do Mato Grosso do
Sul.
*Opensadordaaldeia
Mais subsídios à discussão sobre legalização da maconha
Por lfbraulio
Bom, não gosto do FHC. Não gosto mesmo e acho que ele foi um dos
presidentes brasileiros mais medíocres e subserviente aos ricos do nosso
país.
Mas a discussão que ele propõe é, no mínimo, relevante. A guerra contra as drogas (mais uma das guerras idiotas criadas pelos EUA para fazer dinheiro) falhou, e feio. A escala de produção (ou oferta) no país e a mesma que seria uma escala de produção regularizada. O governo gasta dinheiro para acabar com o tráfico. Muito dinheiro. A polícia gasta grande parte do seu tempo em busca desses traficantes, da droga, e a segurança das ruas fica aquém do desejado.
Se o uso da droga fosse legalizado (droga eu digo a Maconha, pois 95% das pessoas que sobe o morro pela primera vez é por causa dela), estaríamos recebendo impostos das vendas, o número de presos diminuiria, o tráfico ficaria comprometido e perderia força, e EU arrisco a dizer que o uso da cocaína diminuiria, pois se você não precisasse procurar o traficante para obter seu baseado, não escutaria suas ofertas.
Isso pensando num conceito mais amplo, como o que acontece na Holanda. A regularização do uso medicinal da maconha é uma obrigação do Estado. Os anti-depressivos no mercado, sintéticos, fazem um mal incomparável perto da maconha, que é uma planta, menos nocisa até que o fumo.
Sou estudante e estou prestes a me graduar. Moro em uma cidade universitária e o número de usuários de maconha na minha Universidade é gigantesco. Acredito que, fazendo parte efetiva da sociedade e do consumo no futuro, os jovens de agora são o novo futuro das relações da sociedade com a maconha. Virá muita coisa nova por aí.
*Nassif
Mas a discussão que ele propõe é, no mínimo, relevante. A guerra contra as drogas (mais uma das guerras idiotas criadas pelos EUA para fazer dinheiro) falhou, e feio. A escala de produção (ou oferta) no país e a mesma que seria uma escala de produção regularizada. O governo gasta dinheiro para acabar com o tráfico. Muito dinheiro. A polícia gasta grande parte do seu tempo em busca desses traficantes, da droga, e a segurança das ruas fica aquém do desejado.
Se o uso da droga fosse legalizado (droga eu digo a Maconha, pois 95% das pessoas que sobe o morro pela primera vez é por causa dela), estaríamos recebendo impostos das vendas, o número de presos diminuiria, o tráfico ficaria comprometido e perderia força, e EU arrisco a dizer que o uso da cocaína diminuiria, pois se você não precisasse procurar o traficante para obter seu baseado, não escutaria suas ofertas.
Isso pensando num conceito mais amplo, como o que acontece na Holanda. A regularização do uso medicinal da maconha é uma obrigação do Estado. Os anti-depressivos no mercado, sintéticos, fazem um mal incomparável perto da maconha, que é uma planta, menos nocisa até que o fumo.
Sou estudante e estou prestes a me graduar. Moro em uma cidade universitária e o número de usuários de maconha na minha Universidade é gigantesco. Acredito que, fazendo parte efetiva da sociedade e do consumo no futuro, os jovens de agora são o novo futuro das relações da sociedade com a maconha. Virá muita coisa nova por aí.
*Nassif
sábado, outubro 27, 2012
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