Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, junho 07, 2011

Dilma e Chavez queremos Paz e crescimento na AL

http://www.flickr.com//photos/blogplanalto/sets/72157626776115059/show/

  • 46
    46
    46
    46
    46
    46
    46
    46
    46




  • 28
    28
    28
    28
    28
    28
    28
    28
    Dilma a Chávez: queremos paz e crescimento na AL

Posto aí em cima o discurso de 12 minutos* de Dilma Rousseff na visita de Hugo Chávez ao Brasil.
“O tempo em que nós vivemos colocam desafios fortes, desafios em todas as áreas, na economia, política,na cooperação internacional, desafio cientifico e tecnológico e, sobretudo, no plano social. Nós queremos promover as condições de vidas de nossos países”, disse Dilma, antes de falar no intercâmbio comercial crescente entre os dois países, que teve  um crescimento, em 2010, de 43%. A presidenta destacou que a relação comercial só tem importância quando “ambos ganham”, ou seja, o comércio somente tem força quando os países se beneficiam.
-Durante séculos o nosso olhar esteve voltado para centros distantes da nossa realidade. Nossos portos e nossas cidades litorâneas cresceram, enquanto o interior da América do Sul permaneceu adormecido, disse Dilma, para acrescentar, logo depois: “nossos países estão ligados não só pela geografia e pela convivência harmoniosa e pacífica. Também nos une a determinação de fazer do espaço sul-americano uma zona de paz, de democracia, cooperação e crescimento econômico, com inclusão social e respeito aos direitos humanos.”
* De novo, faço questão de incluir a duração do vídeo, como forma de deixar registrada a insatisfação com o que a assessoria do Planalto faz, colocando na internet apenas a gravação bruta dos eventos nos quais Dilma participa. O resultados são vídeos longuíssimos – o original deste tem 50 minutos -, cheios de introdução que vão do primeiro ao último “excelentíssimo” que acabam não sendo assistidos por quase ninguém. O original deste aí, depois de quatro horas, não tem nem 100 visualizações. Daí, sem meios técnicos, nós, blogueiros, temos de baixar um vídeo pesadíssimo, editar de forma mambembe e disponibilizar na rede.
*tijolaço

Nenhum comentário:

Postar um comentário