*tijolaçpo
Bombeiros têm razão. Mas não em tomar o quartel
Os bombeiros têm toda a razão em exigir melhores salários. Têm todo o direito de se manifestarem. Pacificamente, todos o têm.As suas reivindicações salariais são justíssimas.
Mas seus líderes erraram grosseiramente em invadir o Quartel Central da corporação. Nenhum deles pode deixar de saber que um ato assim teria consequências.
Até ali, tudo era em seu favor. Ao invadir, insuflados ou não, cruzaram uma linha perigosa.
O Corpo de Bombeiros, ainda que não o devesse ser, é uma instituição militar. Não pode haver “tomada” de quartel sem que se caracterize uma infração militar.
Muito menos cabe a nós, políticos, querer tirar “casquinha” em movimentos assim. O que temos de fazer é pedir que os ânimos serenem, que se evitem excessos e não se criem situações irreversíveis.
Pode ser que alguém, por paixão política, ache diferente. Mas não é bom que a gente misture apetite eleitoral com reivindicações – legítimas – de profissionais militares.
Uma pena que se tenha cometido este erro político, até porque o movimento dos bombeiros tinha total simpatia da população. E o meu próprio, que tenho pela corporação a lembrança da importância que ela teve no governo Brizola, quando teve sua autonomia elevada ao nível de Secretaria de Estado.
Vamos apelar e torcer para que a calma volte. O Rio de Janeiro precisa demais tanto de policiais quanto dos nossos valentes bombeiros para que eles fiquem brigando entre si.
É hora de ser “bombeiro”, não de “colocar lenha na fogueira”. Porque quem quiser se aproveitar desta situação lamentável não pode estar seriamente preocupado com a situação daqueles chefes de família. Que precisam de melhores salários, sim, e que pior ainda ficarão se o confronto – o desta madrugada e manhã e o verbal, que se segue - tornar inevitável sua exclusão da corporação.
E se aborreço alguém com essa posição, lamento. É que não sou valente com a vida dos outros.
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