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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, maio 22, 2010

Padres Casarem-se, em caso de dúvida, é só consultar a Bíblia






Em caso de dúvida, é só consultar a Bíblia, ninguém mais precisa saber LATIM atualmente: 1 Timóteo 3 1 Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja. 2 Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar; 3 Não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, mas moderado, não contencioso, não avarento; 4 Que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia 5 (Porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?); Tito 1 1 Paulo, servo de Deus, e apóstolo de Jesus Cristo, segundo a fé dos eleitos de Deus, e o conhecimento da verdade, que é segundo a piedade... 5 Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam, e de cidade em cidade estabelecesses presbíteros, como já te mandei: 6 Aquele que for irrepreensível, marido de uma mulher, que tenha filhos fiéis, que não possam ser acusados de dissolução nem são desobedientes. 7 Porque convém que o bispo seja irrepreensível, como despenseiro da casa de Deus, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância; 8 Mas dado à hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo, santo, temperante;

Quem representa a ameaça

sexta-feira, maio 21, 2010

O Homem ou o Rato






Lula tinha afirmado que um país que possui armas nucleares não tem condições morais para exigir que outros não tenham.






Lula tinha afirmado que um país que possui armas nucleares não tem condições morais para exigir que outros não tenham. Da mesma forma que afirmou que a mediação dos EUA no conflito entre Israel e Palestina não tinha promovido a paz, porque os EUA possuem interesses diretamente vinculados a Israel, não possuindo credenciais para mediar o conflito com um mínimo de objetividade.

O acordo logrado com o Irã confirma esse critério. O Brasil e a Turquia, membros atuais do Conselho de Segurança, aderentes ao Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, países do Sul do mundo, puderam obter com o Irã o acordo que a Agência da ONU pede. No entanto, os EUA - tomados de surpresa, porque não acreditavam (e torciam para) que o acordo pudesse ser obtido, agora apelam para o argumento de que “Não acreditamos na palavra dele”, quando o que buscava era exatamente uma palavra e um esquema de apoio. Obtidos, inviabilizariam as sanções que os EUA querem impor.

A atitude dos EUA é a mesma que tiveram no ataque ao Iraque. Queriam provas de armamento de destruição em massa, não obtiveram, alegaram que sim, havia, com isso passaram por cima do Conselho de Segurança da ONU, junto com a Grã Bretanha atacaram e destruíram a mais antiga civilização da história (foram destruídos os lugares históricos e sagrados, mas protegidas as torres de petróleo – o objetivo real da ocupação).

Quem representa perigo para a paz mundial? O Irã, que talvez pudesse vir a construir armamento nuclear, mas que não ocupa nenhum outro país? Ou os EUA, único país na história que usou a bomba atômica – contra Hiroshima e Nagasaki -, possui um arsenal de todo tipo de armamento que representa a metade de todo o armamento existente no mundo? Que atualmente ocupam o Iraque e o Afeganistão, que tem uma história de invasões, ocupações, desembarques militares, amplamente conhecida?

Que desrespeitou o Conselho de Segurança da ONU e atacou o Iraque, apoiado em acusações que não se confirmaram? Que possui bases militares em mais de 10 países em todo o mundo? Ou Israel, que possui armamento nuclear, ameaça constantemente atacar o Irã e ocupa os territórios que devem, segundo a ONU, ser destinados ao Estado Palestino?

Emir Sader
Sociólogo e Cientista Político

O presidente dos Estados Unidos, Obama, afirmou em carta troca de combustível nuclear com o Irã criaria "confiança" no mundo








O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou em uma carta ao seu colega brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva que o acerto de troca de combustível nuclear com o Irã criaria "confiança" no mundo, segundo trechos do documento enviado há 15 dias, antes do acordo de Teerã, e obtidos pela Reuters nesta sexta-feira.

O Brasil, que mediou com a Turquia o acordo com o Irã, alega que a carta de Obama inspirou a maioria dos pontos da Declaração de Teerã, por meio da qual a "República Islâmica do Irã concorda em depositar 1.200 kg de urânio levemente enriquecido" na Turquia. Em troca, o país receberia 120 kg de combustível para um reator de pesquisas médicas localizado na capital iraniana.

A Reuters teve acesso a trechos da correspondência e comparou alguns de seus pontos com o acordo assinado na última segunda-feira. Nela, Obama retoma os termos do acordo que o Grupo de Viena havia proposto no ano passado, cujos principais elementos constam no acerto entre Brasil, Turquia e Irã. "Do nosso ponto de vista, uma decisão do Irã de enviar 1.200 kg de urânio de baixo enriquecimento para fora do país geraria confiança e diminuiria as tensões regionais por meio da redução do estoque iraniano" de LEU (urânio levemente enriquecido na sigla em inglês), diz Obama, segundo trechos obtidos da carta.

Após o anúncio do acordo, no entanto, os Estados Unidos anunciaram que os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (EUA, Grã-Bretanha, França, China, Rússia) concordaram com um esboço de resolução contendo novas sanções à República Islâmica. "Nós observamos o Irã dar sinais de flexibilidade ao senhor e outros, mas, formalmente, reiterar uma posição inaceitável pelos canais oficiais da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA)", disse o presidente dos EUA.

Segundo a Declaração de Teerã, o Irã se compromete a notificar a AIEA, por escrito, por meio dos canais oficiais, sua concordância com os termos do acordo em até sete dias a contar da data do documento. Esse prazo se expira na próxima segunda-feira.

"O Irã continua a rejeitar a proposta da AIEA e insiste em reter seu urânio de baixo enriquecimento em seu próprio território até a entrega do combustível nuclear", afirmou Obama na carta. Segundo a Declaração de Teerã, "a República Islâmica do Irã expressa estar pronta a depositar seu LEU dentro de um mês".

Obama manifestava, ainda na carta, preocupação com a possibilidade de o Irã acumular, no prazo de um ano, estoque necessário para construir "duas ou três armas nucleares". "Para iniciar um processo diplomático construtivo, o Irã precisa transmitir à AIEA um compromisso construtivo de engajamento, através dos canais oficiais, algo que não foi feito até o momento. No meio tempo, insistiremos na aprovação de sanções". A Declaração de Teerã deixa claro, ainda, que o acordo para a "troca de combustível nuclear é um ponto de partida para o começo da cooperação e um passo positivo e construtivo entre as nações".

Após o anúncio do acordo mediado por Brasil e Turquia na segunda-feira, autoridades iranianas afirmaram que o país manterá suas atividades de enriquecimento de urânio, ao que Estados Unidos e outras potências ocidentais se opõem. O Ocidente suspeita que o programa nuclear iraniano tem o objetivo de construir armas nucleares, mas Teerã afirma que seu fim é a geração de eletricidade para fins pacíficos. Segundo autoridades dos EUA, o Irã teria manipulado Brasil e Turquia com o objetivo de ganhar tempo e adiar a imposição de novas sanções.

Ato falho de Bush na TV confessa

Patologia de um fantoche











quinta-feira, 20 de maio de 2010
Arnaldo Jabor
Patologia de um fantoche
Blog do Provocador

O ex-cineasta Arnaldo Jabor sempre aparece na calada da noite para assustar crianças e democratas com seus olhos e raciocínios esbugalhados. Medo.

Mais feio é o que ele escreve. Ao observar a patologia de suas dejeções literárias, ficam evidentes o oportunismo e a escatologia ideológica desse cidadão.
Do alto de seu ego, em vez de pular e suicidar-se, investe numa retórica de inegável pobreza estilística. Sua literatura arrogante é indigna de reacionários limpinhos como Nelson Rodrigues ou alucinados geniais como Glauber Rocha.

Sem pudor, o Arnaldo limpa os pés nos capachos dos palácios e outorga-se lucidez num país de dementes. Joga suas fichas ensebadas na provocação barata, na autopromoção compulsiva, no servilismo explícito.

Ele sempre encontra um jeito de puxar o saco dos barões e baronetes. FHC, Collor, Serra, Bush, Reagan. Até PC Farias esse homem defendeu. Menos o Lula, parabéns.

Arnaldo somatiza a doença da adesão incondicional ao poder econômico. Em seu maniqueísmo, que alterna forças das trevas e anjos neoliberais, o que não for tucano é lixo, espantalho, judas.

Uiva delírios paranoicos e destila rancor contra quem tenha um projeto para o Brasil diferente do genocídio promovido pelas elites brancas.

Faz de conta que seus aliados não são o que o Brasil formou de mais perverso, arcaico e malévolo nas últimas décadas.

Mártir de si mesmo, Arnaldo morre de medo de perder o emprego que lhe restou. Não há por que se preocupar. Sempre haverá espaço para os escribas do templo que exalem elogios subalternos e lambam as feridas que o poder produz.

PS: Se alguém achou esse post pesado, grosseiro ou sem noção, um conselho: imagine o Jabor lendo isto na TV. No fundo, no fundo, estou prestando uma homenagem.

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SEXO é bom foi Deus quem criou






Padre poderia casar, mas não será bispo

21/05/2010 10:01:23
Milton Nogueira
Revista Carta Capital


A Igreja Católica deveria permitir ao padre casar-se, desde que ele abra mão de subir na hierarquia. Cada padre saberia que, se for casado, não será bispo; se quiser subir na hierarquia, não se case

Há décadas o mundo discute o celibato, vantagens e problemas. Muitos acham que um padre, como chefe de uma família, teria melhores condições de aconselhar outras famílias e pessoas. Se pudesse casar-se, ele, como outros pais, terá de pagar contas, corrigir dever de casa, participar da vida de filhas e filhos, ler estórias, controlar festinhas juvenis e milhões de outras tarefas. Sobraria tempo para ser padre? Claro que sim, outros homens que trabalham conseguem tempo bastante para a família (de vez em quando, os jornais noticiam casos de homens que mantêm duas famílias, não é?). O lidar com uma família sua, mundana e plena dar-lhe-ia mais expediente no trato com pessoas comuns.

Um padre chefe de família saberá, melhor que um celibatário, como interpretar questões gerais que atribulam as famílias, tais como finanças, saúde, lazer, viagens. Não lhe faltariam exemplos tirados da Bíblia de homens casados que, enquanto mantinham suas famílias, tinham importante papel na religião e na vida das comunidades. Abraão, Lot, David, Salomão e inúmeros outros.

Muitas religiões cristãs e não cristãs permitem o casamento dos membros de sua hierarquia, sacerdotes, rabinos, pastores, mulahs, gurus, conforme a tradição. Os cristãos ortodoxos, por exemplo, permitem o casamento, mas, apenas, para os que não têm vocação para estudos religiosos ou para condução da Igreja.

Assim funcionaria: se o padre quer casar-se, ele se dedicará ao trabalho pastoral, isto é, dentro de comunidades, perto do povo. Na sua paróquia ele oferece sacramentos, cria ações comunitárias, ministra casamentos, provê assistência religiosa, visita enfermos, organiza grupo de jovens, sempre em contato direto com fiéis.

Ao contrário, aquele que almeja ser bispo para dedicar-se a conduzir a Igreja, fazer estudos teológicos, subir na hierarquia católica e, quem sabe?, um dia ser papa, abrirá mão do casamento para dedicar-se ao ministério religioso.

O baixo clero poderia casar-se, mas o celibato seria apenas para o alto clero.

Joao Evangelista
Sou idealista penso que se deva ou ter: Padre Eunuco ou fim do Celibato. Quem hoje em sã concienciência deixa seus filhos menores na igreja sós com o Padre. Se cientificamente provarem que estes Padres estão sem condições de terem desejos carnais. Bem. Senão que casem. CHEbola