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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, maio 25, 2010

Cinema:A Terra Queima

Gasto com pesquisa é o maior em 11 anos






Gasto com pesquisa é o maior em 11 anos

Ciência e tecnologia: Investimento privado aumenta, mas só 2 mil dos 87 mil doutores do país estão nas empresas


Sérgio Rezende: “Sempre faltam recursos, mas a nossa experiência, no caso das subvenções, mostra que a qualidade dos projetos ainda deixa a desejar”


Cristiano Romero, de Brasília – VALOR

O Brasil está investindo, neste ano, o equivalente a 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) em pesquisa e desenvolvimento (P&D). É o maior patamar de investimento dos últimos 11 anos – no ano 2000, o país aplicou 1,02% do PIB e, no ano passado, 1,3% do PIB. Do total deste ano, 0,65% está sendo desembolsado por empresas privadas e estatais, percentual praticamente idêntico ao do setor público.

O ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, diz que, nos últimos anos, a estabilização da economia e a abertura comercial do país forçaram as empresas a investir mais em P&D, mas ele acha que elas ainda investem muito pouco. “Falta cultura”, afirma Rezende nesta entrevista. Ele informa que, dos 87 mil doutores existentes no Brasil, apenas dois mil trabalham em empresas. O ministro acredita, no entanto, que há um processo de mudança em curso.

Físico de materiais com doutorado pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), Rezende afiança que o Brasil está começando a ser percebido lá fora como um ator emergente não só na economia, mas também na área de ciência e tecnologia. Há duas semanas, ele foi à Costa Oeste americana, em viagem organizada pelo diplomata Rodrigo Baena, responsável na Secretaria de Comunicação do governo pela divulgação do Brasil no exterior.

Já como resultado da viagem, a Intel manifestou interesse em entender melhor as condições para implantar um centro de pesquisa no Brasil. A IBM decidirá, entre Brasil, Austrália e Emirados Árabes, onde instalar o seu. E a General Eletric (GE), recordado o ministro, optou recentemente pelo Brasil.

De amanhã até sexta-feira, o ministro comandará, em Brasília, a 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI), que, até sexta-feira, já tinha quase 5 mil inscritos.

Valor: Que avanços o senhor julga que ocorreram na área de C&T nos últimos anos?

Sérgio Rezende: Houve quatro avanços, que estão relacionados às quatro prioridades do Plano de Ação em Ciência, Tecnologia e Inovação, lançado em 2007. O primeiro foi a consolidação de um sistema nacional de C&T. O sistema já existia com esse nome há muito tempo, mas somente agora ele está funcionando efetivamente.

Valor: No que consiste esse sistema?

Rezende: Consiste em decidir sobre a apoio a programas não de cima para baixo, mas de maneira articulada com sociedades científicas e entidades empresariais e com os Estados e até com alguns municípios. Hoje, existe um conselho de secretarias estaduais de C&T. Vários dos programas que temos atualmente foram articulados com os Estados, que têm que entrar com contrapartida, algo que foi definido pelo próprio conselho.

Valor: Como funciona a contrapartida?

Rezende: No caso de São Paulo, é um para um – para cada real colocado pelo governo federal num programa de pesquisa, o Estado coloca outro. Nos casos de Rio de Janeiro e Minas Gerais, a gente entra com 1,5 e eles, com 1. Nos Estados mais pobres, a proporção é de 5 para 1. Há um programa, destinado a expandir e consolidar o sistema de C&T, que é o de Núcleos de Excelência (Pronex). O edital é feito pelas fundações estaduais e uma boa parte dos recursos vem do governo federal. O resultado efetivo desse programa, que foi criado em 1997, mas sofreu esvaziamento e depois foi revigorado pelo governo Lula, é que os Estados passaram a colocar recursos. Os governadores passaram a ver que, se colocassem mais recursos nesses programas, mais eles receberiam do governo federal.

Valor: Há outros programas em parceria com os Estados?

Rezende: Há, por exemplo, o Programa de Apoio à Pesquisa em Pequena Empresa (Pappe). A Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) entra com os recursos da subvenção [a fundo perdido], mas a empresa tem que disputar isso por meio de edital. O governo estadual também coloca recursos, mas não pode escolher diretamente os projetos. A Lei de Inovação exige que haja disputa, via edital de concorrência, pelos recursos que vêm de subvenção.

Valor: Qual foi o segundo avanço?

Rezende: Foi o grande aumento nos recursos financeiros. No ano 2000, os recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), que inclui dinheiro para pesquisa e subvenções dadas a empresas, limitaram-se a R$ 220 milhões, em valores de hoje. Em 2010, vão a R$ 3,1 bilhões. Considerando todos os recursos federais, o que inclui as verbas dos institutos do MCT, os programas nuclear e espacial, o CNPq e outras ações do ministério, o orçamento saltou, no mesmo período, de R$ 1,070 bilhão para R$ 5,376 bilhões.

Valor: Na semana passada, o governo anunciou que cortará R$ 10 bilhões do orçamento. A sua área sofrerá cortes?

Rezende: Não houve nem haverá contingenciamento no MCT. Um artigo que está na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) há alguns anos proíbe o contingenciamento de recursos dos fundos setoriais.

Valor: Mas eles foram contingenciados nos últimos anos.

Rezende: Em 2007, o presidente Lula decidiu que o contingenciamento dos fundos seria decrescente até chegar a zero em 2010. É isso o que está ocorrendo.

Valor: Qual foi o terceiro avanço?

Rezende: Foi a percepção de muitos empresários e empreendedores da necessidade de investir em C&T e inovação, isso em paralelo à criação dos novos instrumentos de apoio. O setor privado está investindo 0,65% do PIB em P&D. Em 2000, investia 0,47% do PIB.

Valor: Os críticos dizem que é muito pouco quando se comparam aos investimentos feitos por países que concorrem com o Brasil?

Rezende: Isso é verdade. O interesse das empresas cresceu, mas ainda é muito pequeno. Mas antes não havia nada. Temos três modalidades de subvenção econômica: o Pappe; o edital nacional, criado em 2006; e o Prime (Primeira Empresa Inovadora), para novas empresas, lançado no ano passado. Nos três programas, foram beneficiadas até agora cerca de 2.500 empresas. Em 2006, do primeiro programa [de subvenção nacional], foram beneficiadas aproximadamente 200 empresas.

Valor: Quanto foi liberado?

Rezende: O total chegou a cerca de R$ 2 bilhões. As liberações são crescentes, o que demonstra o interesse das empresas. O edital nacional deste ano, que será anunciado durante a conferência pela Finep, vai dispor R$ 500 milhões.

Valor: Por que o interesse empresarial ainda é aquém das necessidade? Faltam recursos?

Rezende: Falta cultura. Sempre faltam recursos, claro, mas a nossa experiência, no caso das subvenções, mostra que a demanda é muito grande, mas a qualidade dos projetos, que são julgados por comitês com representantes das empresas, do meio acadêmico e do ministério, ainda deixa a desejar.

Valor: Por quê?

Rezende: Porque as empresas não têm pesquisadores de uma maneira geral.

Valor: E por que elas não contratam pesquisadores?

Rezende: Porque é uma questão cultural. Até a década de 80, a preocupação das empresas era pagar os salários no fim do mês, correr contra a inflação. Na década de 90, aconteceram duas coisas marcantes: uma foi a estabilização da economia; outra foi a abertura comercial. Com a abertura, aquelas empresas que não tinham gestão foram engolidas, muitas desapareceram, outras foram à falência. Mas já havia um movimento, que começou no governo e foi tendo a adesão das empresas, para desenvolver programas de gestão da qualidade. As empresas passaram a ver que tinham que ter certos padrões para ter boa gestão. Hoje, muitas das pessoas que foram líderes daquele processo, como Jorge Gerdau, são os que lideram agora o movimento para a inovação. Uma vez que a empresa tem gestão da qualidade, ela possui um produto de mercado, vai bem e sobrevive. Mas, para fazer grandes avanços, ela tem que ter coisa nova.

Valor: Faltam mestres e doutores na empresa brasileira?

Rezende: Na Coreia do Sul, 80% dos pesquisadores estão nas empresas. Nos Estados Unidos, mais de 60% estão nas companhias, embora lá haja um grande contingente no governo por causa dos laboratórios e dos investimentos em defesa. No Brasil, a maioria está no governo [principalmente, nas universidades]. Dos 87.063 doutores que temos no Brasil [dados de 2008), apenas 2 mil, o equivalente a 2,3% do total, estão trabalhando em empresas. Mas essa situação está começando a mudar.

Valor: Como?

Rezende: Há dez anos, havia somente 200 doutores nas empresas. A mudança foi grande e tenho certeza de que será maior ainda na próxima década. Além disso, o Brasil está formando mais de 10 mil doutores por ano [em 2009, foram 11,4 mil] e quase 39 mil mestres [38,8 mil no ano passado]. No caso dos doutores, formamos mais do que França, Itália, Coreia do Sul, Espanha e Finlândia e menos do que Índia, Rússia, China, Japão, Alemanha e Estados Unidos.

Valor: O que está faltando para que as empresas contratem pesquisadores, mestres e doutores?

Rezende: Está faltando o sistema empresarial ver que isso faz diferença. Uma empresa que possui doutores tem mais competitividade e maior lucratividade. Não adianta o governo falar. O governo pode criar mecanismos para estimular. Criamos, por exemplo, a Lei da Inovação, que procura aproximar os pesquisadores das empresas. Essa lei criou a subvenção tanto para financiar projetos quanto para contratar mestres e doutores, mas a demanda das empresas para esse tipo de contratação ainda é muito pequena. Há uma interpretação no mercado de que, de um modo geral, o doutor aprofundou os estudos e é muito acadêmico. As empresas acabam preferindo o engenheiro.

Valor: O doutor formado no Brasil não é mesmo muito acadêmico e distante da realidade das empresas?

Rezende: A maioria certamente é, mas isso é um processo. Há muitas universidades formando engenheiros com doutorado. O engenheiro sai do doutorado com uma base teórica, mas muitas vezes experimental também, muito grande. Mas quando chega à empresa, ele precisa se envolver com os problemas e usar toda aquela formação para tentar resolver as questões da companhia.

Valor: O problema está na forma como a universidade brasileira prepara seus doutores?

Rezende: Nós temos, por causa da demanda, um público na área de ciências humanas – ciências sociais, direito, administração etc. – proporcionalmente maior que o de outros países. Na Coreia, na China e na Índia, há uma procura muito maior pelas engenharias.

Valor: O senhor acha que é um problema o país formar mais doutores nas ciências humanas?

Rezende: Não. Isso reflete um estágio da nossa cultura e também das oportunidades existentes. O Brasil forma uma quantidade enorme de advogados, que têm muitas oportunidades no mercado de trabalho. Um exemplo: há inúmeros concursos na área pública para pessoas formadas em direito. O mercado tem um papel importante. Entre 1982 e 2002, o número de estudantes formados em engenharia diminuiu de 26 mil para 15 mil. Isso ocorreu por causa dos anos de estagnação da economia. Os jovens olham para as carreiras que oferecem oportunidades. Hoje, com a retomada do investimento e o crescimento da economia, está faltando engenheiro, e não se forma um da noite para o dia. A Vale e a Petrobras estão procurando profissionais no exterior.

Valor: O que o governo está fazendo para valorizar as ciências exatas?

Rezende: Estamos fazendo, com o Ministério da Educação, algo que terá resultado em dez anos: a Olimpíada Brasileira de Matemática na escola pública. Começou em 2005, por ordem do presidente Lula. O que ocorria até então é que os estudantes das escolas públicas não concorriam na olimpíada nacional de matemática por medo, então, o governo criou uma só para a escola pública. Em 2005, tivemos 10,5 milhões de concorrentes. Em 2009, foram 19,1 milhões, 10% da população brasileira. As crianças não são obrigadas a concorrer, como no exame do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).

Valor: O que os estudantes ganham ao participar da olimpíada?

Rezende: Os 300 melhores ganham medalha de ouro, os 600 seguintes, medalha de prata, outros 2.100 seguintes, medalha de bronze, e todos ganham uma bolsa de R$ 150 para, no ano seguinte, fazer curso de matemática, fora da sala de aula. Em 2009, estudantes de 43 mil escolas públicas em 5.650 cidades participaram da olimpíada, o que equivale a 99,1% dos municípios. Isso vai estimular muitos estudantes a optarem por engenharia e áreas afins mais adiante.

Valor: É muito comum comparar-se o fracasso brasileiro nessa área ao sucesso da Coreia do Sul.

Rezende: É muito diferente fazer uma política industrial e tecnológica para um país de 8,5 milhões de Km2 e 190 milhões de pessoas, do que fazer para a Coreia, que hoje é um país democrático, mas que quando deu o grande salto não era. Os “chaebols”, os grandes grupos coreanos, eram empresas da área de agricultura, de exploração de recursos naturais, que o governo chamou e disse o que é que eles iam fazer. A política industrial coreana, portanto, foi forçada.

Valor: Qual foi o quarto avanço?

Rezende: Foi o fato de termos priorizado também C&T para o desenvolvimento social, num sentido bem abrangente – inclusão digital, melhoria do ensino nas escolas públicas etc. Há coisas que o MCT não fazia antes. Inclusão digital, por exemplo, não era assunto desse ministério.

Valor: O Brasil é muto atrasado e desigual no acesso à internet rápida. Por que é assim?

Rezende: Eu não diria que está tão atrasado, afinal, existem 60 milhões de usuários de internet no Brasil. Em média, o brasileiro fica na internet três vezes mais tempo do que a média dos outros países.

Valor: O que explica isso não é a internet lenta?

Rezende: Certamente, isso contribui, mas não só. Não há mais acesso porque o custo é alto. Outra razão é que não existe internet ainda nos locais coletivos – principalmente, nas escolas públicas e nos centros comunitários, onde a população mais pobre poderia ter acesso. As escolas estão tendo acesso gradualmente, até o fim deste ano deve chegar a 56 mil. Agora, surge o plano nacional de banda larga porque, há quatro anos, não se falava disso; falava-se apenas de internet. Na medida em que a internet vai ficando sofisticada, a informação passa a ser mais completa e isso exige mais velocidade. O governo decidiu usar os cabos de fibra óptica que pertenciam a empresas estatais de energia e recriar a Telebrás para gerir isso.

Valor: Como ela vai operar?

Rezende: Não está definido ainda. Há visões diferentes dentro do governo.

Valor: Qual é a sua?

Rezende: É que a Telebrás deveria chegar aos municípios e, lá, oferecer o serviço a um provedor de internet a um determinado custo, menor do que aquele que as grandes empresas comerciais cobram hoje. Só no Rio Grande do Sul, há 600 licenças concedidas pela Anatel a pequenos provedores para exploração de internet. Falta chegar a infraestrutura.

Valor: É possível chegar a um custo mais baixo ou haverá subsídio?

Rezende: Por um bom tempo, quem vai bancar isso é o governo. A Telebrás vai levar o serviço aos locais onde não existe banda larga e também onde os preços estão muito altos. No fundo, o que o governo quer é contribuir para a regulação desse mercado, forçando os preços para baixo.

Valor: O setor de telecomunicação era muito ineficiente antes da privatização. O senhor não teme que a recriação de uma estatal crie novas ineficiências?

Rezende: O plano da Telebrás é ser uma empresa enxuta, que vai contratar serviços de outras empresas, como já fazem as empresas privadas. Prefiro correr esse risco a continuar como está hoje. Estão aí os preços altos cobrados pelas empresas privadas e a falta de cobertura. Com a Telebrás, as empresas serão obrigadas a cortar custos e a reduzir preços.

AMEAÇA - PRESIDENTE DO CORECON ESTARIA RECEBENDO AMEAÇAS POR DENUNCIAR QUE SERRA NÃO SERIA ECONOMISTA






AMEAÇA - PRESIDENTE DO CORECON ESTARIA RECEBENDO AMEAÇAS POR DENUNCIAR QUE SERRA NÃO SERIA ECONOMISTA
Serra não seria economista e por isso o Corecon-PB denunciou a irregularidade pedindo providências ao Conselho Federal de Economia, que congrega todos os Corecons do Brasil.

Logo após a denúncia seu presidente, economista Edivaldo Teixeira de Carvalho, teve sua residência invadida por três homens armados que lhe roubaram um automóvel e outros objetos de valor. A violência não parou aí. Telefonemas ameaçadores foram transmitidos à casa de Edivaldo, com a recomendação de que ele ficasse quieto. Sua casa é rondada por automóveis em atitude suspeita.

O pedido teve por motivo o uso indevido da qualificação de economista pelo candidato Serra, que não tem bacharelado em economia nem é registrado em qualquer Conselho Regional. O procedimento do candidato caracteriza falsidade ideológica e charlatanismo, em prejuízo dos que exercem legalmente a profissão.

Do News Front

REVOLUÇÃO MIDIÁTICA - ANATEL DIMINUI RISCO DE MONOPÓLIO E CARTEL NAS TV´S A CABO NO BRASIL






REVOLUÇÃO MIDIÁTICA - ANATEL DIMINUI RISCO DE MONOPÓLIO E CARTEL NAS TV´S A CABO NO BRASIL
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) decidiu suspender a limitação do número de prestadoras de TV a cabo, com objetivo de eliminar as barreiras de entrada a empresas no mercado de televisão por assinatura no Brasil, assim prevenindo contra qualquer formação de cartel e monopólio. Um tiro de canhão na mercância da informação.

A decisão alinha-se as diretrizes do PNBL (Plano Nacional de Banda Larga) e as ações do Plano Geral de Atualização da Regulamentação das Telecomunicações no Brasil, determinou-se também a retomada do processamento de mais de 1.000 pedidos de outorga de TV a cabo em tramitação na autarquia.

Lula: país se aproxima do pleno emprego






Para Lula, país se aproxima do pleno emprego

Presidente afirma que, ao contrário dos anos 70, brasileiros agora têm liberdade política
Flávia Barbosa, Patrícia Duarte e Martha Beck – O GLOBO

BRASÍLIA. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem que o Brasil se aproxima de uma situação de pleno emprego, mas melhor do que na década de 1970, quando o país vivia sob ditadura militar. Para ele, a situação está cada vez mais confortável e será crucial para continuar fazendo a economia brasileira girar, o setor produtivo realizar novas contratações e o bem-estar da população aumentar.

— Eu entrei no sindicalismo em 1969. Na década de 70 nós tínhamos pleno emprego e nenhuma liberdade política. Hoje nós estamos criando uma situação de emprego confortável e temos total liberdade política. Se o Brasil continuar assim, eu penso que nós daremos um salto de qualidade extraordinário para ser um dos países do mundo com o menor índice de desemprego — disse Lula.

Os comentários foram feitos no programa semanal de rádio “Café com o presidente”, no qual Lula citou os últimos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. Em abril, foram criados 305 mil empregos com carteira assinada, elevando o saldo entre admissões e desligamentos do ano para 962 mil postos. O presidente manteve a projeção de que serão abertas em 2010 dois milhões de vagas.

— Nós queremos que o Brasil tenha pleno emprego, nós queremos que o Brasil tenha uma situação confortável, que as pessoas possam viver bem. Nós, há muito tempo, não temos uma situação dessas — avaliou Lula.

Pleno emprego é um conceito econômico que designa um ambiente favorável à geração de vagas. Não se trata de desemprego zero, pois há sempre uma taxa de desocupação residual na economia, como no caso de jovens que estão em busca do primeiro emprego, por exemplo.

A taxa de desemprego no Brasil nas seis maiores regiões metropolitanas do país ficou em 7,4% em março, no melhor resultado para este mês desde 2002, quando começou a atual série histórica do IBGE. Ela chegou a 13,1% em abril de 2004.

O presidente salientou que a crise financeira global que explodiu em 2008 provocou retração do número de empregados em várias partes do mundo tanto naquele período quanto ao longo de 2009, mas não no Brasil.

— Por isso eu estou feliz e vamos continuar trabalhando para a economia continuar crescendo, a inflação controlada, porque o Brasil não vai jogar fora as oportunidades do século XXI — concluiu Lula.

Mercado aumenta projeção do PIB para 6,46% e vê inflação de 5,67% Com a economia aquecida, o mercado financeiro não para de elevar suas previsões para o comportamento da inflação e do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos pelo país) este ano. Segundo a pesquisa Focus, do Banco Central (BC), os economistas preveem que a inflação pelo IPCA fechará 2010 em 5,67%, acima dos 5,54% da semana anterior, no 18º aumento seguido das estimativas.

Para 2011, as previsões continuam em 4,80%. O centro da meta de inflação perseguida pelo governo para este e para o próximo ano é de 4,50%.

Já as estimativas para o PIB de 2010 subiram, pela décima semana seguida, de 6,30% para 6,46%. Com inflação em alta e a economia aquecida, a aposta é que a taxa básica de juros Selic — hoje em 9,50% ao ano — vai continuar sendo elevada pelo Banco Central. Pela mediana do mercado, ela fecharia 2010 a 11,75% e 2011 a 11,50%.

Segundo dados divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, a média diária das exportações brasileiras em maio está em US$ 822,4 milhões — a mais alta do ano e 8,5% maior que a registrada em abril. No mês, as vendas externas do país acumulam US$ 12,33 bilhões e as importações, US$ 10,32 bilhões, o que resulta num superávit de US$ 2,01 bilhões. A melhora nas exportações foi principalmente graças ao reajuste nos preços do minério de ferro, que começa a aparecer agora nas estatísticas.
Postado por Luis Favre

Fazer o Invisível Visível





segunda-feira, maio 24, 2010

Lula faz nova ofensiva diplomática pelo multilateralismo e paz sustentável








Lula faz nova ofensiva diplomática pelo multilateralismo e paz sustentável


Vídeo institucional da ONU, onde o Presidente Lula apresenta o III Fórum Mundial da Aliança de Civilizações.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, confirmou que o governo do Irã cumpriu o prometido, ao entregar carta à Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), informando sobre o acordo que define a troca de urânio.

Nesta semana, Ban Ki-moon desembarca no Brasil, para o III Fórum Mundial da Aliança de Civilizações, evento da ONU, entre os dias 27 e 29.

Chefes de estado e governo participarão do evento, entre eles o Presidente do Governo da Espanha José Luis Zapatero e o Primeiro-Ministro da Turquia Recep Tayyip Erdogan, outro mediador ao lado do presidente Lula, do acordo com o Irã.

A Aliança de Civilizações é uma iniciativa que busca superar preconceitos e estranhamento entre povos, busca o estreitamento das relações culturais e religiosas diversas, resolver contenciosos migratórios e étnicos, assim como prevenir que que discordâncias tomem o caminho do extremismo. Em resumo, uma iniciativa em prol do entendimento e boa vontade entre os povos. Tudo a ver com a mediação que o presidente Lula faz no Oriente Médio.

A Aliança de Civilizações foi proposta por José Luis Zapatero, logo após os atentados terroristas ocorridos em 2004 no metrô de Madri. Foi co-patrocinada, desde o início, pelo Primeiro-Ministro da Turquia Recep Tayyip Erdogan.

Não é preciso ser nenhum "especialista" da Globo, para entender que haverá intensas articulações políticas e diplomáticas para trazer as potências mundiais ao diálogo, do qual o Irã já aceitou participar.

A imprensa e os "especialistas" colonizados do Instituto Millenium, ouvidos na Globo, terão muito trabalho nesta semana para esconder o sucesso do Brasil na política externa, durante o governo Lula.

Dos Amigos do Presidente Lula

o PIG em 3 X










O “Grande Irmão” espacial


A cada uma hora e meia, sobre nossas cabeças

Alguém se lembra que, mês passado, falei aqui sobre o lançamento de uma enorme nave espacial não-tripulada, de natureza militar, lançada pelos Estados Unidos? Pois não é que o G1 publicou hoje uma matéria sobre o X-37B, protótipo aeroespacial norte-americano, não-tripulado, sobre o qual falamos. Um astrônomo canadense acidentalmente detectou a nave no céu e seguiu sua trajetória. O foguete americano, descobriu ele, dá a volta ao mundo em uma hora e meia.

O governo americano não deu explicações sobre os propósitos da missão, ou sequer quanto tempo duraria, ao certo. Disse apenas que se tratava de uma missão de desenvolvimento científico-militar.Não falou sobre se conduz armas de qualquer espécie ou se é uma nave de vigilância, passando diversas vezes sobre as nossas cabeças.

Não houve nenhum órgão internacional que condenasse o governo Obama e prometesse sanções caso os EUA não quisessem “cooperar”.





Sobre lembranças e esquecimentos - O outro 11 de setembro.

É interessante notar como, mais uma vez, a imprensa brasileira deu menos destaque à lembrança do 11 de setembro de 1973 do que à do 11 de setembro de 2001. Afinal, segundo a lógica dos donos da mídia, é muito mais importante lembrar os ataques às torres gêmeas – quase sempre sem nenhum senso crítico – e destacar o encontro dos “rivais” McCain e Obama nas cerimônias em homenagem aos que neles morreram, do que lembrar o golpe que deu fim à inédita experiência de construção de uma sociedade socialista e democrática na América do Sul. Este "quase silêncio" sobre o golpe que derrubou Allende é bastante eloqüente e, lembrando Jacques Le Goff, é preciso que nos interroguemos sobre os "esquecimentos" e os "hiatos", pois o espaço da memória constitui-se em um permanente campo de batalha. Assim, os "silêncios" e o "não-escrito" são tão reveladores quanto o "dito" e o "escrito". Como incluo-me entre aqueles que insistem em não deixar esquecer, reproduzo abaixo os belos versos do “Réquiem por Salvador Allende”, do poeta português Ruy Belo:

Foi de súbito no outono juro solenemente que o foi
mas as árvores fora tinham de novo folhas recentes
primavera no Chile primavera no mundo
Sinto-me vivo habito muito de pé numa casa
leio vagarosamente os jornais sei devagar que os leio
enfrento meu velho Borges o muito meu destino sul-americano
Acabara um poema enchia o peito de ar junto da água
sentia-me importante conquistara palavras negação do tempo
o mar era mais meu sob a minha voz ali solta na praia
talvez voz metafísica decerto voz de um privilegiado
ombro a ombro com gente analfabeta uma gente sensível e leal
mas que não pode ler e vive muito menos por o não saber
embora saiba olhar o mar sem o saber interpretar
acabara um poema enchia o peito de ar junto da água
quando o irmão Miguel veio pequeninamente pela areia
e convulsivamente me falou da situação no Chile
veio pela praia e punha nas palavras mãos de solidão
mãos conviventes com outras palavras mãos que palavra a palavra
erguem um poema no silêncio só circundante
Allende tinha uns óculos os óculos tinham-no
com eles via a vida com eles via os homens via homens
via problemas de homens e as coisas que via era coisas de homens
hoje apenas uns óculos sem nenhum olhar por detrás
Nos finais de setembro nos princípios de novembro
tu meu amigo que não posso nomear sem te denunciar
dar-me-ás talvez notícias tuas notícias meramente pessoais
já que projectos sociais projectos cívicos profissionais
ficariam decerto nas policiais desertas mãos dos generais
mãos que mataram mãos que assaltaram a casa de neruda
mãos limpas já do sangue despojadas já das alianças
que caridosamente deram que assim conseguiram
solucionar os prementes problemas do país
Ouvi falar também desse cargueiro Playa Larga
praia comprida mas praia deserta e não só da palavra
pois quanta praia tinha hoje só tem o sangue dos milhares das pessoas fuziladas
A onze de setembro nesta praia portuguesa só uns passos pela areia
algum poema terminado alienado algum termo conquistado
tão inefável como por exemplo o do tancazo
atribuído ao golpe orientado por Pablo Rodriguez
homem que vai modelando palavras ao ritmo martelado pelo ódio
na tentativa vã de destruir frases hoje históricas
do grande cavalheiro que decerto foi Allende
e já antes de o dizer com a vida dizia que por exemplo
mais vale morrer de pé do que viver ajoelhado ou então
se as direitas me ajudam a ganhar ganharão as direitas
País amável calorosa entrada em santiago
e ver-me em frente desse homem sozinho relutante em recorrer às armas
e que depois de o ter visto e o ter ouvido
ao homem que for homem poderei chamar-lhe
seja qual for o nome Salvador Allende
Que nestas minhas minerais palavras de poeta
vibre um pouco o vigor da tua voz
bafejando de paz primeiro o bom povo do chile
depois o povo bom de todo o mundo
Que a ignomínia da história não demore em cobrir com o seu manto
os que têm a força mas não têm a razão
pois o nazi-fascismo não ganhou nem nunca ganhará
Mando-te uma ave preta rente à leve ondulação do mar
tu mandas-me do mar a ave branca do teu rosto
vento que vem do mar vento que vem do Chile
Aqui neste dia de súbito cinzento
somente povoado pelo meu sofrimento
e pelo pensamento desse sofrimento
voo também vou também eu nesse lenço
que retiro do bolso aqui à beira-mar
e o meu lenço ao vento é uma ave avesíssima uma ave de paz
uma ave avezada a cada uma das derrotas existentes no mar
somente agora destruída trespassada pela bala que leva uma vida
ave que ao entoar seu canto profundíssimo afinal apenas diz
muito obrigada Salvador Allende
obrigada por essa tua vida de cabeça erguida
só agora tombada trespassada pela bala que leva uma vida
mas não pode levar de vencida a obra por Allende começada
selada por essa promessa de lutar até ao fim até à hora de morrer
nesse importante posto onde te investiram a lei e o povo
Foi no ano de mil novecentos e setenta
ano em que eu fiquei a apodrecer no meu país
que uma coligação do tipo Frente Popular tomou
pela via legal conta do poder no Chile
legalidade sempre respeitada por ti allende
mas por fim desrespeitada pelos militares pelas direitas pela
cristã democracia partido bem pouco cristão e pouco democrático
falavas tu dizias a verdade
uma bala na boca nessa boca donde ainda pouco antes
saíam as palavras na verdade belas como balas
Salvador Allende guerrilheiro sem metralhadora e sem boina
de casaco e gravata para essas guerrilhas no parlamento
guerrilhas todas elas tão contrárias à guerra quão favoráveis à paz
essa palavra alada como ave ave não só de Georges Braque
mas de nós todos aves verticais aves a última estação
árvores desfolhadas num definitivo inverno
Allende do cansaço dos problemas da preocupação constante em jogares limpo
com quem em vez de mãos utensílio de paz vinha com bombas em lugar das mãos
Allende já há muito tempo sem uns olhos para olhares o mar
e sem poderes olhar as pedras preciosas de que fala
Pablo Neruda teu e meu poeta teu íntimo amigo
em Las Piedras del Cielo esse livro puríssimo
e são pedras do céu mas mais do que do céu pedras da terra
Sol que te pões e nascerás no Chile
leva-me a um país que em criança conhecíamos apenas
dos sacos de serapilheira com o nome impresso de um nitrato
e não por dar o nome a uma pequena mas confusa praça de Lisboa
nem por sair nas páginas diárias dos jornais
Do Chile chegou-me não há muito a amizade do Hernán
que em Madrid conheci e não responde há muito às minhas cartas
e a de mais chilenos de olhos vagamente tristes sérios quase portugueses
e desse país mais comprido do globo veio-me também
o lápis-lazúli pedra não já de esperança pedra de amizade
Os camiões há muito já que não sulcavam as estradas do país
estradas bafejadas pela aragem enviada pelo mar por esse
oceano pacífico de um país ainda há pouco bem pacífico
O Washington Post falava já do golpe dias antes do golpe
ninguém delas mas elas encontravam-se ali mesmo
as autoridades militares as autoridades militares as autoridades americanas
vestiam mesmo as fardas do exército chileno
esses americanos gente do dinheiro e do veneno
de um veneno talvez chamado dinheiro
que terá pago em parte as modificações dos foguetes do tipo poseidon
montados já a bordo dos divinos submarinos nucleares americanos
assunto de política estrangeira americana
Hernán Urrutia meu amigo austral
que em Barajas vi olhar voltar
para mim a cabeça pela última vez
Marcelo Coddo professor em Concepción
com quem que bem me lembro conversei sobre o poeta Cardenal
e sobre a jovem poesia nicaraguense
e tantos outros que nem mesmo me terão deixado o nome
mas me deixaram alguma palavra a música da fala um certo sorriso
um certo olhar visível por detrás de uns óculos
talvez hoje quebrados por quem não considera
talvez suficiente o quebrar da vida na haste da vida
embora porventura tenha visto aquela seqüência de Fellini
e desconhece que afinal a vida reproduz a arte
Escrevo este poema no jornal com as notícias frescas
após ter evitado ver as caras de triunfo desses locutores luzidios da televisão
e mesmo ter ouvido a voz desse Pedro Moutinho
a voz das afluências ao nosso principal estádio o da Cova da Iria
e dos cortejos presidenciais e dessas tão espontâneas manifestações
voz afinal da CIA e da ITT e dos demais tentáculos
do imperialismo norte-americano
maneira americana de se estar no mundo
de estar no mundo arrebatando o pão dos homens do Terceiro Mundo
Terceiro mundo ou melhor último mundo
que pagarão agora o preço da cabeça dos trabalhadores chilenos
que marcham mas decerto em vão na direcção
do centro de Santiago onde vingara
a rebelião dos marinheiros vindos de Valparaiso
cabeça dos imensos deserdados deste mundo
Sabíamos decerto um pouco em que consistia
essa via chilena para o socialismo
e líamos talvez um livro acerca do programa da chamada unidade popular
e discursos de Allende naquela cidade distante
embora houvesse muito mais notícias nos jornais
e a gente nos cafés falasse mais em futebol
livro por certo lido com a janela aberta sobre a noite de outono
sobre campos relvados de momento habitados pela escuridão
donde talvez se erguiam cantos pouco menos que religiosos
exaltadores de ideologias já e sem remédio ultrapassadas
Era uma vez um chileno chamado Salvador Allende que
fez um grande país de um país pequeno onde
talvez três anos nós houvéssemos depositado a esperança
quando fosse qual fosse a nossa nacionalidade
todos nós fomos um pouco chilenos
Mas que diabo importa em suma a qualquer de nós
que um homem se detenha quando a história caminha
em frente sempre altiva e serena
como mulher de muito tempo sabedora
Posso dizer por certo como há já muitos anos
acerca dos milicianos espanhóis dizia Neruda
Allende não morreste estás de pé no trigo

Entenda "Economia Moderna" em 8 minutos

A crise financeira mundial vista pelo humor inglês. Teve milhões de acessos, em poucos dias. Produção britânica, já foi legendado para o espanhol e italiano. Uma aula magna sobre os fundamentos da crise, com direito a muito humor.




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