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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
segunda-feira, maio 24, 2010
Lula faz nova ofensiva diplomática pelo multilateralismo e paz sustentável
Lula faz nova ofensiva diplomática pelo multilateralismo e paz sustentável
Vídeo institucional da ONU, onde o Presidente Lula apresenta o III Fórum Mundial da Aliança de Civilizações.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, Ban Ki-moon, confirmou que o governo do Irã cumpriu o prometido, ao entregar carta à Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), informando sobre o acordo que define a troca de urânio.
Nesta semana, Ban Ki-moon desembarca no Brasil, para o III Fórum Mundial da Aliança de Civilizações, evento da ONU, entre os dias 27 e 29.
Chefes de estado e governo participarão do evento, entre eles o Presidente do Governo da Espanha José Luis Zapatero e o Primeiro-Ministro da Turquia Recep Tayyip Erdogan, outro mediador ao lado do presidente Lula, do acordo com o Irã.
A Aliança de Civilizações é uma iniciativa que busca superar preconceitos e estranhamento entre povos, busca o estreitamento das relações culturais e religiosas diversas, resolver contenciosos migratórios e étnicos, assim como prevenir que que discordâncias tomem o caminho do extremismo. Em resumo, uma iniciativa em prol do entendimento e boa vontade entre os povos. Tudo a ver com a mediação que o presidente Lula faz no Oriente Médio.
A Aliança de Civilizações foi proposta por José Luis Zapatero, logo após os atentados terroristas ocorridos em 2004 no metrô de Madri. Foi co-patrocinada, desde o início, pelo Primeiro-Ministro da Turquia Recep Tayyip Erdogan.
Não é preciso ser nenhum "especialista" da Globo, para entender que haverá intensas articulações políticas e diplomáticas para trazer as potências mundiais ao diálogo, do qual o Irã já aceitou participar.
A imprensa e os "especialistas" colonizados do Instituto Millenium, ouvidos na Globo, terão muito trabalho nesta semana para esconder o sucesso do Brasil na política externa, durante o governo Lula.
Dos Amigos do Presidente Lula
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