Calma Hillary, calma…
Do ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, hoje, sobre a declaração da secretária de Estado americana, Hillary Clinton, de que Brasil e Estados Unidos possuem “sérias divergências” em relação ao Irã, assunto de que tratei na madrugada de hoje.
“Cada um é livre para ter sua opinião. Se ela define isso como sérias divergências, tudo bem, é a opinião dela. Para mim, o importante é o seguinte, foi sério o nosso esforço em encontrar uma solução pacífica, e isso é o compromisso de Brasil e Turquia”
“Acho que tem muita gente decepcionada porque [o acordo com o Irã] produziu resultados. Porque a expectativa deles era de que não produzisse. Como eles estão insistindo em continuar na mesma linha, eles estão nervosos, nós estamos calmos”o chanceler brasileiro criticou a postura norte-americana e defendeu a autonomia da diplomacia nacional. “Mas você não pode adotar uma política de que quem não está comigo é contra mim. Isso não existe. Nós temos que agir segundo a nossa consciência e segundo as nossas convicções.”
Diz o UOL que, perguntado se a divergência entre os dois governos acerca do Irã prejudicaria a ambição brasileira em tornar-se membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, Amorim foi taxativo: “Se for para ser membro permanente do Conselho de Segurança e ter postura subserviente, é melhor deixar pra lá.”
É isso aí: nem sapato atirado, nem sapato tirado. E lembremos que Mme. Clinton foi parar à frente do Departamento de Estado como solução de compromisso no Partido Democrata, depois de ter sido vencida nas prévias por Obama. Deve estar poderosa, a Dona Hillary.
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