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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, maio 28, 2010

Zé biruta






sexta-feira, 28 de maio de 2010

Serra Ofende Bolívianos.


Parece que o Zé Biruta endoidou de vez: O cara quer ser Presidente do País e em um mês consegue ofender 3 dos principais parceiros do Brasil ?!?!?!

Parece que o Zé Biruta endoidou. Parece, só parece. Na verdade ele está se lixando para o Brasil. O que ele quer é cativar a elite preconceituosa que lê a Falha de São Paulo, e que já ameaça não votar nele, tamanha sua insegurança. Ele quer botar a culpa na Bolívia pelo fato de a classe média paulista cheirar cocaína. Quando na verdade a culpa é das péssimas escolas e da polícia mal paga que ele deixou em São Paulo.

Assim como ele bota a culpa da péssima educação pública paulista nos migrantes Nordestinos, agora ele culpa os bolívianos pelo tráfico. Assim como o Bush punha a culpa na Colômbia. Ele quer invadir a Bolívia.

Ele está se lixando para o fato que suas declarações podem prejudicar as relações do Brasil. Ele se importa ainda menos com o povo boliviano, que ajuda a construir São Paulo. O que ele quer é o poder, e para isso busca mobilizar o preconceito da população. Essa história a gente já conhece:

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