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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, maio 28, 2010

Globo mente semeando o golpe






sexta-feira, 28 de maio de 2010

Globo mente semeando o golpe


O Jornal das Organizações Globo mentiu ao dizer que o DEMos fez na TV o mesmo que o PT. Não fez o mesmo.

O DEMos agiu como "legenda de aluguel" ao ceder seu horário partidário para candidato de outro partido (José Serra), uma clara corrupção eleitoral deliberada, pois é expressamente vedada em lei, e independe de interpretações subliminares.

O caso do DEMos é tão grave, que só faltou aparecer recebimento de dinheiro em troca da cessão de horário, para o caso ir parar na Polícia Federal.


O PT nunca "alugou" o horário para candidatos de outros partidos, como fez o DEMos.

O PT foi acusado por questões controversas, subjetivas e questionáveis como "propaganda eleitoral subliminar" e "promoção pessoal". São coisas difíceis de medir. Até que ponto uma mensagem é política, e partir de que ponto é eleitoral?

Tanto é questionável que, em decisões colegiadas, os juízes se dividiram, com muitos votando contra a punição, considerando não haver infração.

O horário partidário do PT seguiu o padrão que todos os outros partidos usaram nos anos anteriores. Todos os partidos ocupam o horário com seus principais líderes, enaltecem seus feitos e aquilo que julgam qualidades, encaixam projetos e mensagens para o futuro (que passaram, agora, a ser consideradas como propaganda eleitoral subliminar).

A Justiça Eleitoral sempre considerou, até o ano passado, que, não havendo pedido de votos, nem menção a candidaturas, não estava caracterizada propaganda eleitoral.

A Justiça Eleitoral mudou de interpretação este ano, e os partidos estão tendo que aprender a se adequar a algo que ainda não está muito compreensível. Mudou após intensa pressão dos donos da imprensa, e não pressão social, popular. De repente parece que jornais, revistas e telejornais passaram a editar súmulas vinculantes a que juízes e procuradores precisam consultar e seguir.


O jornal das Organizações Globo, quando nivelam por baixo, querendo difamar todos os partidos, está semeando um golpe, uma falsa crise para atingir todas as candidaturas. Quer inviabilizar eleições livres e limpas, e colocar alguém de sua preferência no poder, no tapetão.

A Globo tem um vasto histórico de envolvimento neste tipo de ação golpista: desde a conspiração contra Getúlio Vargas, passando pelo Golpe de Estado de 64, o caso PROCONSULT que tentou fraudar a eleição de Leonel Brizola em 1982, a edição manipulada do debate Lula X Collor em 1989, e vários outros casos.

dos amigos do Presidente Lula

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