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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, maio 31, 2010

Dilma afirma que pré-sal é “passaporte para o futuro


Do R7.


Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência, afirmou nesta segunda-feira (31) que o pré-sal é o “passaporte para o futuro”. A ex-ministra defendeu o uso dos recursos do pré-sal para investimentos na indústria nacional.

O pré-sal é o nosso passaporte para o futuro. [...] Tem o poder imenso para o desenvolvimento da indústria do Brasil. Até 2013, nós teremos um salto na qualidade do parque industrial brasileiro, ao contrário dos outros produtores de petróleo.

Aproximando-se do discurso da pré-candidata do PV, Marina Silva, afirmou que as potencias renováveis são um diferencial brasileiro em relação a outros países.

- A energia hidrelétrica é mais barata e tem o bicombustível, crucial para o Brasil se tornar um país sustentável.

Dilma chegou por volta das 12 horas, acompanhada de petistas, como o pré-candidato ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante, a pré-candidata ao Senado, Marta Suplicy, e de um dos coordenadores de sua pré-campanha presidencial, e ex-ministro Antonio Palocci. O tucano José Serra também deve participar do evento na tarde de hoje.

Em seu discurso, Dilma lembrou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tirou da miséria "em torno de 24 milhões de brasileiros", mas que outros 54 milhões ainda precisam sair desta condição.

- É absolutamente necessário elevar o padrão dos brasileiros de baixa renda intensificando um processo que é a volta da mobilidade social, como na década de 70 [...] Hoje 70% dos brasileiros são das classes A, B e C.

A pré-candidata do PT destacou que a educação deve ser prioridade nesse período, afastando os jovens das drogas e do crime organizado. Dilma defendeu a política econômica adotada pelo governo Lula, como equilíbrio fiscal com meta de superávit primário e câmbio flutuante.

do Terror do Nordeste

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