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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, maio 31, 2010









Vejam os possíveis motivos que levaram os EUA a negarem o acordo Brasil, Turquia e Irã.


É, não deixa de ser interessante a matéria abaixo. Nós sabemos que os EUA não tem aliados, mas apenas interesses.

Como Lula disse certa vez: primeiro os EUA, segundo os EUA, terceiro os EUA .... e assim caminha todo esta coisa, a qual a mídia entreguista deste país faz de conta que não sabe os motivos da não aceitação por parte dos EUA do acordo envolvendo Brasil, Turquia e Irâ.

Vejam então o medo dos EUA e os reais motivos da negação do acordo.


O verdadeiro medo dos EUA
Informe JB
Jornal do Brasil - 30/05/2010

Um grande canal de TV dos Estados Unidos exibiu na sexta-feira à noite longa reportagem em que coloca contra a parede o próprio país, na questão envolvendo o acordo do Irã com o Brasil e Turquia sobre o urânio. A análise da reportagem foi clara: além do temor natural sobre os iranianos, a grita dos EUA em especial da secretária de Estado Hillary Clinton tem motivação econômica.

Está em articulação a entrada da Turquia no grupo dos BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China). Os EUA temem o poder de barganha de um BRICT no mercado. Segundo a reportagem, será impossível conter a influência do quinteto se a Turquia entrar e incentivar adesão de países da Europa, justamente nesse momento de crise, que, para os americanos, vai durar e muito.

dos Olhos do Sertão

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