Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
OPresidente Lula assistiu à vitória do Brasil contra a Costa do Marfim naGranja do Torto neste domingo (20). Lula vestiu uma camiseta da seleção brasileira autografada por todos os jogadores, e vibrou com os gols da seleção. O Presidente teve a companhia de familiares do ministro do Esporte, Orlando Silva.
A trajetória pessoal e profissional de Lula, desde o seu nascimento, em 1945, no sertão pernambucano, até 1980, quando era o maior líder sindical do país. Uma trajetória marcada por dificuldades, perdas e uma notável capacidade de superação.
DADOS DO ARQUIVO Diretor: Fábio Barreto Áudio: Português Duração: 128 min. Qualidade: DVDRip Tamanho: 580 MB Servidor: Megaupload (6 partes)
"Se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros."
Che Guevara
"Quem comete uma injustiça é sempre mais infeliz que o injustiçado."
Platão
"Não concordo com uma palavra do que dizeis, mas defenderei até a morte o vosso direito de dizê-lá"
Voltaire
Esta noite milhões de crianças dormirão na rua, mas nenhuma delas é cubana.
Fidel Castro
"Se um dia tiver que escolher entre o mundo e o amor... Lembre-se: Se escolher o mundo ficará sem o amor, mas se escolher o amor, com ele conquistará o mundo."
Albert Einstein
" A Terra provê o suficiente para satisfazer as necessidades de todos so homens, mas não sua ganância."
Gandhi
" Os ricos não podem mais viver numa ilha rodeada de pobreza. Nós respiramos, todos, o mesmo ar. Devemos dar a cada um, uma chance, ao menos uma chance fundamental.
ACABO DE RECEBER DE PRESIDENTES , PRIMEIROS-MINISTROS , REIS E RAINHAS DOS PAÍSES DO PLANETA TERRA UM PEDIDO UNÂNIME:
"CARO APOSENTADO INVOCADO , QUE TEVE UM AUMENTO ANUAL DE 7,72% APROVADO PELO SEU QUERIDO PRESIDENTE LULA , POR FAVOR AVISE A IMPRENSA DO SEU PAÍS PARA NÃO ELOGIAR NOSSAS SELEÇÕES DE FUTEBOL QUE ESTÃO JOGANDO NA COPA DO MUNDO DA ÁFRICA DO SUL , PORQUE ALÉM DE NÃO ACERTAREM UM PLACAR SEQUER ESSA SUA IMPRENSA DÁ UM AZAR DANADO".
Dados do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) informam que até janeiro deste ano mais de 4,1 milhões de famílias tiveram o benefício do Programa Bolsa Família cancelado. O principal motivo do corte é a renda per capita familiar superior à renda mínima estabelecida pelo programa. Mais de 2,2 milhões de famílias (54% dos casos) abriram mão do benefício ou tiveram o auxílio suspenso pela elevação da renda.
Toda família com renda mensal por integrante de até R$ 140 tem direito ao benefício. O valor varia conforme o tamanho da família, o número de crianças e adolescentes na escola. O auxílio vai de R$ 22 a R$ 200 por mês.
O motorista Eduardo Rodrigues, que mora em Osasco, na região metropolitana de São Paulo, e é pai de uma menina, abriu mão de R$ 40 mensais porque passou em um concurso público. “Não era justo continuarmos recebendo”. Também suspendeu o benefício Sônia de Morais Mendes, moradora de Belo Horizonte. Mãe de três filhos, recebia R$ 112 por mês. Ela aumentou a renda familiar porque voltou com o ex-marido e conseguiu trabalho. “Eu hoje não preciso mais desse dinheiro, por isso fui à prefeitura e dei baixa”, contou.
O vendedor da Feira Livre de Marília (SP) Osvaldo Dutra de Oliveira Primo, pai de dois filhos, precisou do benefício do programa por cerca de três anos. “Foi uma época que estava desempregado, com problema de saúde. Eu praticamente alimentava minha família com esse dinheiro”, lembra. Depois de voltar a trabalhar não sacou mais o auxílio. “Eu usei na extrema necessidade. Assim que tive condições, procurei dar baixa para que outras famílias pudessem ter o benefício”.
Para o governo, os pedidos de cancelamento mostram que o programa tem porta de saída. “Sempre teve”, comentou secretária nacional de Renda e Cidadania, Lúcia Modesto, quando o ministério divulgou o perfil das famílias beneficiadas pelo programa em 31 de maio. A professora Célia de Andrade Lessa Kerstenetzky, do Centro de Estudos Sociais Aplicados, Faculdade de Economia da Universidade Federal Fluminense (UFF) pondera que é “incontestável” que há uma saída, mas “o significado dela é menos claro”. Ela “especula” que a razão principal para a saída do programa deva estar relacionada com a melhoria no mercado de trabalho, “essa hipótese parece forte, dadas as evidências de crescimento da renda e do emprego”.
Na avaliação do economista Serguei Soares, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a porta de saída do programa é o crescimento econômico. “Ótimo que essas pessoas conseguiram sair, espero que outras consigam também, mas não vai ser o fato de que alguns conseguiram sair que a gente pode ter um acento ejetor ou vá responsabilizar o MDS pelas saídas. Essas dependeram do crescimento econômico”, comentou.
O Bolsa Família também foi tema de uma tese de doutorado defendida recentemente no Departamento de Sociologia da Universidade de Brasília (UnB). Para a autora da tese, Ana Lúcia Figueiró, o programa tem méritos, mas “abandonou a perspectiva inclusiva e fez opção pela gestão da pobreza”. De acordo com ela, o programa previa além da transferência de auxílio, assistência social, geração de emprego e renda, e a participação política. Ela avalia que essas ideias iniciais, já estabelecidas nas ações da cidadania contra a fome e nas discussões do Conselho Nacional de Segurança Alimentar foram abandonadas. “A transferência de renda é vista como um fim em si mesmo. Isso não deveria retirar o foco de uma política emancipatória”, assinala.
Atualmente, 12,6 milhões de famílias recebem um total de R$ 1,1 bilhão do programa. A meta do governo é chegar a 12,9 milhões de famílias até o final do ano e atingir grupos vulneráveis ainda não alcançados como os moradores de rua.
Para vocês como não está fácil para ninguém, a outrora próspera Holanda teve que usar fita isolante nos números das camisas da seleção que disputa a copa do mundo. Segundo algumas fontes a equipe vai vender as camisas e todo material usado para comprar as passagens de volta.
Veja abaixo a diferença do salário mínimo do FHC (PSDB) e do presidente Lula nos últimos 10 anos.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou o reajuste de 7,72% para os aposentados que ganham mais de um salário mínimo. A decisão foi tamada após uma reunião longa com a equipe econômica do governo. O reajuste é retroativo a janeiro deste ano e representa quase 50% (6X7,72%) do valor da época.
Líderes de partidos aliados e de oposição elogiaram a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de sancionar o reajuste de 7,72% para os aposentados que ganham acima de um salário mínimo. A pouco mais de três meses para a eleição presidencial, os líderes oposicionistas evitaram criticar a decisão do presidente Lula.
Quem recebia R$ 1 mil em janeiro deverá receber o valor acumulado em agosto mais de R$ 1.660,00, e R$ 1.077,20 por mês a partir de setembro.
Mesmo com todas as alterações do orçamento que a medida irá provocar no orçamento da União, Lula é uma pessoa que antes de ser e decidir sua posição de presidente da nação tem a sensibilidade de perceber a necessidade de todos, e procurou recompensar as perdas das aposentadorias durante o governo de FHC.
Antes da medida aprovada por Lula a aposentadoria variava com base no salário mínimo de R$ 510,00 até R$ 3.416,54 (valor máximo corrigido anualmente) dependendo do tempo e valor da contribuição.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse, ao sair da reunião, que o presidente Lula orientou a equipe econômica a fazer os cortes necessários em outras despesas para compensar os gastos com o reajuste.
Ele voltou a afirmar que não haverá redução em investimentos, mas em custeio e em emendas parlamentares. Segundo ele, os cortes “vão doer”, mas serão necessários para equilibrar as contas públicas.
“Vamos reduzir emendas parlamentares e custeio. Não faremos cortes em investimentos, porque já cortamos R$ 10 bilhões, mas será importante para cumprir as metas de equilíbrio fiscal e cortaremos R$ 1,6 bilhão para não alterar o Orçamento”, afirmou o ministro.
Salário mínimo pago no Brasil nos últimos 10 anos:
A direita é, por definição imobilista, elitista e conservadora. Populista quando convém. E desonesta, a roçar a fronteira da vigarice. Destilam bílis, em quantidades industriais, e accionam toda a artilharia pesada para combater as forças progressistas. E dizem-no(!) que o fazem por patriotismo e pela defesa da liberdade e do bem-estar dos povos! São os militantes e os teóricos da intolerância e do pensamento único. Têm uma visão unidimensional, egocêntrica e paroquial da sociedade e do mundo. Estão imunizadas à ideia de progresso e de justiça social. São como os insectos: saem mais fortes quanto mais fortes são as doses de DDT que lhes aplicam.
do navegador solitário
Para quem pudesse ter dúvidas da Marina, (PV), como linha auxiliar de José Serra(PSDB), inclusive dentro do PSOL, basta ver a foto
Frequentemente nos deixamos levar por uma visão única de um povo ou país pelas histórias que ouvimos e mensagens que recebemos, como se as pessoas agissem e pensassem da mesma forma, sem nenhuma identidade.
Até na maneira de governar os países tentaram nos impor isso, com o pensamento único que dominou a política e a economia nos anos 90, aqui muito bem representado pelos oito anos do governo de Fernando Henrique Cardoso.
Esta visão estereotipada cria em nós preconceitos, dos quais muitas vezes demoramos a nos livrar. O vídeo que posto aqui é um testemunho maravilhoso da escritora nigeriana Chimamanda Adichie sobre como incorporamos estas visões e a necessidade de conhecermos todos os lados de uma questão para não sermos dominados por um história única.
São pouco mais de 18 minutos que ganhamos em nossas vidas quando ouvimos alguém falar com tanto coração e sinceridade. Clique em “subtitles” para escolher as legendas em português
O filme mostra a que ponto chegou a destruição ambiental no mundo e alerta para a responsabilidade de cada indivíduo em impedir a anunciada catástrofe global. Misturando documentário e ficção, o longa é estrelado pelo ator indicado ao Oscar, Pete Postlethwaite, que interpreta um velho sobrevivente no devastado mundo de 2055. Ao assistir a diversas imagens de arquivo do início do século 21, ele se pergunta, arrependido, por que não prevenimos as mudanças climáticas do nosso planeta enquanto ainda havia tempo?
Essa válvula, em Kegbara Dere, foi mais uma a vazar. Vê-se como é "bem cuidada"
Enquanto o óleo jorra sem parar do furo no fundo do mar deixado pela plataforma “Deepwater Horizon”, na maior catástrofe ambiental que os Estados Unidos, o New York Times publica uma matéria intitulada “Longe do Golfo, vazamento de petróleo na Nigéria dura 50 anos”.
Confesso que em um primeiro momento, pensei se tratar de uma “cortina de fumaça”, já que os dados técnicos contidos na matéria datam de 2006, e me pareceram “convenientemente requentados” para dizer algo como: “É, aqui no Golfo está ruim… mas lá está pior!” Ou seja , uma matéria para amenizar a irresponsabilidade da British Petroleum no episódio . Sabem como é, de tantas que a nossa mídia faz, a gente fica assim
Mas a reportagem é chocante, sobretudo pela postura “Pôncio Pilatos” assumida pelas multinacionais que operam na região justificam a catástrofe. Com uma população majoritariamente miserável, reservas gigantes de petróleo, e uma economia que depende quase que exclusivamente de sua extração, fica fácil descobrir quem manda realmente na Nigéria.
O sistema de concessões, tão elogiadopor nossos privatistas, é o que vigora na Nigéria. Nas licitações, claro que todos os projetos de perfuração e exploração são “limpos e seguros” . Na realidade, como mostram as fotos, a coisa é diferente. Segundo a reportagem até “546 milhões de galões de petróleo foram derramados no Delta do (Rio) Níger nas últimas cinco décadas, ou quase 11 milhões de galões por ano, concluiu um relatório de 2006 feito por uma equipe de especialistas do governo da Nigéria e de grupos ambientalistas locais e internacionais”
O incrível é que o óleo derramado, segundo a matéria, não é unicamented oriundo de problemas nos poços, mas também dos oleodutos e árvores de natal (aquela válvula que “tampa” os poços terrestres) abandonadas. Ou seja, pela pura falta de manutenção e monitoramento. O óleo invade manguezais próximos ao delta do rio Níger, expulsando pescadores, forçando os moradores a buscar água para beber, banhar-se e cozinhar, cada vez mais longe de suas casas. “Há petróleo Shell no meu corpo” – resume Hannah Baage, moradora do entorno da região afetada.
Segundo Ms. Wittgenstein, da Shell, a culpa por esse pântano estar assim é dos nigerianos
Segundo os moradores, quando recauchutam um cano, logo outro estoura, e não parece haver muita vontade do governo em melindrar seus principais patrocinadores, que preferem culpar a população. Veja a inacreditável declaração de Caroline Wittgenstein, porta-voz da Shell no país:
“Nós não discutimos vazamento individuais” – “a vasta maioria é causada por sabotagem ou roubo, com apenas 2% devido à falha de equipamento ou erro humano. Nós não acreditamos que nos comportamos de forma irresponsável, mas operamos em um ambiente único onde a segurança e a ilegalidade são os maiores problemas”.
O que ela quer dizer é que o derrame é culpa dos nigerianos miseráveis que furam os oleodutos para obter combustível e de movimentos políticos que estariam sabotando os dutos. Os ambientalistas, porém, apontam a falta de manutenção como o vilão ecológico.
Boa parte dos “ladrões” de petróleo, aliás, são as pessoas que ali moram há séculos, milênios, e que nas últimas décadas já nem conseguem mais o que pescar para seu próprio sustento.
A mancha de óleo no Golfo do México é um notícia , e tem que ser mesmo um escândalo. A mancha de óleo na Nigéria é um escândalo, mas não é notícia.
Amanhã vou publica um vídeo muito interessante, de uma escritora nigeriana, Chimamanda Adichie, que mostra como o Ocidente “civilizado” “entende” os africanos. Não deixe de assistir, é uma luz que se abre em nossas cabeças sobre o quanto somos incapazes de entendermos que somos uma só humanidade.
do Tijolaço
DESASTRE ECOLÓGICO
Catástrofe no Golfo do México serve de alerta
Por Matthew Berger, da IPS
Enquanto uma enorme mancha de petróleo continua afetando a riqueza do Golfo do México, após a explosão há duas semanas de uma plataforma de extração, ambientalistas insistem em dizer que a catástrofe deveria servir de alerta para acabar com as perfurações no mar e para se afastar dos combustíveis fósseis. Alguns em Washington começam. Os Estados Unidos deveriam começar a dar passos para uma economia verde, afirmou o senador Robert Menendez, do governante Partido Democrata. “Agora todos deveríamos ter claro que a perfuração no mar não é muito segura, e nunca foi”, acrescentou.
Por sua vez, o diretor-executivo da organização ambientalista norte-americana Sierra Club, Michael Brune, comparou o vazamento de petróleo com uma “boca de fogo decapitada”. O “que não sei é quantas vezes precisamos ter esta conversa” sobre vazamento de petróleo em lugares como o Golfo do México, o Oceano Ártico e o Rio Amazonas, disse aos jornalistas. No dia 30 de abril, Brune afirmou que o vazamento marcou “o limite de nossa atração pelos combustíveis fósseis”.
Por sua vez, a diretora-executiva do grupo Environment America, Margie Alt, afirmou: “Temos de tomar isto como uma lição para passar a uma economia de energias limpas”. O petróleo começou a se espalhar quando a plataforma Deepwater Horizon, que a British Petroleum (BP) arrendou da firma Transocean, com sede na Suíça, explodiu no dia 20 de abril e afundou. Estima-se que agora o poço vaze cinco mil barris (de 159 litros) por dia nas águas do Golfo do México.
Até agora, os esforços para deter o vazamento têm sido em vão e é incerto se vai parar. É considerado o pior desastre ambiental e econômico para os Estados Unidos desde que o petroleiro Exxon Valdez sofreu um vazamento, em 1989, de quase 50 milhões de litros na Baía de Prince William Sound, no Alasca. Enquanto se redobra o esforço para deter a mancha de óleo, em Washington predomina um sentimento de traição.
“Há tempos a indústria petroleira nos disse que nada aconteceria, mas, lamentavelmente, aconteceu, e antes também, não apenas em nosso país, mas em todo o mundo”, disse Menendez. O senador se referiu repetidas vezes ao vazamento da plataforma de Montara, no Mar de Timor, entre Austrália e Timor Leste, que durou dez semanas no ano passado. O diretor-executivo da BP, Tony Hayward, disse à norte-americana National Public Radio que considera improvável que o desastre no Golfo do México chegue à mesma magnitude.
O vazamento tem impacto no debate público norte-americano. As perfurações petroleiras marítimas já eram um tema quente na política do país há alguns anos. Desde o aumento dos preços do gás no verão de 2008, crescem os apelos por uma economia verde, com maior uso de fontes renováveis de energia, como solar e eólica. Entretanto, líderes do opositor Partido Republicano, incluindo o ex-candidato presidencial John McCain, fizeram uma campanha a favor da extração de combustíveis fósseis sob o lema “Drill, baby, drill” (perfure, querida, perfure), disse o legislador. O que se tem agora é uma “bomba atômica ambiental”, ressaltou.
Ao menos um destacado político tirou uma lição do ocorrido no Golfo. O governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, decidiu suspender um plano com o qual pensava cobrir o déficit orçamentário de sua administração, vendendo autorizações para realizar extrações marítimas na costa da cidade de Santa Bárbara. O governador disse que as imagens do vazamento no Golfo foram um fator fundamental em sua decisão. Em 1969, Santa Bárbara já sofreu um vazamento, após a explosão de uma plataforma. Essa catástrofe originou um amplo movimento ambiental, o mesmo que agora se vê fortalecido pelo ocorrido no Golfo do México.
Impacto na legislação
O vazamento também pode afetar os atuais esforços para que o Senado aprove uma lei contra o aquecimento global. Esses esforços se baseavam em concessões a políticos conservadores mais inclinados a aceitar a nova lei. Uma dessas concessões foi ao anúncio feito pelo presidente Barack Obama no mês passado de que se levantaria a proibição de novas perfurações petroleiras em algumas áreas marítimas dos Estados Unidos.
Mas o anúncio não teve o efeito esperado. Pelo contrário, agora alguns senadores progressistas dizem que não aprovarão a lei se forem permitidas novas extrações. “A proposta do presidente já estava morta ao chegar”, disse o democrata Bill Nelson, do Estado da Flórida. “Se a perfuração marítima é parte da legislação sobre mudança climática, essa legislação não irá a parte alguma”, acrescentou.
Por sua vez, Menendez disse que havia outro tipo de concessão que poderia interessar aos conservadores sem apelar para perfurações, como construir novas usinas atômicas e incentivar pesquisas com “carvão limpo”.
(IPS/Envolverde)
Os príncipes Harry (E) e William não mostram muita empolgação na arquibancada do jogo entre Inglaterra e Argélia - Foto: AFP
Enquanto a hipocrisia estiver imperando estaremos todos ferrados. Um finge que olha e o outro finge que não vê. Ser ambientalista como o Sr. Al Gore, Michel Moore, Greenpeace ou WWF que se deleitam dirigindo seus jipões movidos a diesel e morando em casinhas de centenas de metros quadrados com piscinas, saunas e banheiras de hidromassagem aquecidas a eletricidade situadas em condomínios de luxo que descarregam seus esgotos sem tratamento em rios e corregos públicos e etc. qualquer um qualquer um quer ser. Bando de hipócritas. Edson Vergílio do tijolaço
Lendo a notícia do Boletim Brasilia Confidencial, fiquei pensando nos sentimentos de revolta e impotência, que os jovens brasileiros devem estar sentindo por fazer papel de idiotas ao prestar algum concurso e não ser chamado para ocupar o cargo que foi oferecido no edital, mesmo tendo estudado muito e conseguido ser aprovado.
Particularmente, tenho uma profunda desconfiança da maioria dos concursos públicos feitos no estado de São Paulo. Nada me convence de que não se instalou neste estado uma verdadeira indústria de concursos, para arrecadar milhões de reais sabe-se lá com que propósito. O último, ofertado pela FDE,Fundação para o Desenvolvimento da Educação, instituição bastante conhecida pelos leitores do blog Namarianews, teve um quantidade assustadora de candidatos para ocupar 23 vagas que, provavelmente, já estão ocupadas por funcionários contratados. O concurso, provavelmente, servira apenas para efetivar esses funcionários e, é claro, para arrecadar milhões de reais para a VUNESP, controlada por "simpatizantes" do partido que está no poder em São Paulo há quase 18 anos. Esperemos que nas próximas eleições, o estado de São Paulo se liberte do domínio do PSDB e consiga eleger uma bancada que higienize a Assembléia Legislativa, para ter força política e abrir a caixa de Pandora da FDE, através das centenas de CPIs, que estão engavetadas e guardadas a sete chaves.
Essa notícia da quadrilha que fraudava concursos públicos, nos dá a dimensão da bandalheira e falta de amor ao Brasil de grupos mercenários que o único que querem é se dar bem na vida. Tem policiais, delegados, donos de Universidades, promotores, etc. Todos "respeitáveis" cidadãos que, provavelmente passaram os 8 anos do governo Lula, fazendo oposição e piadinhas sobre a falta de instrução formal do presidente da república. Muitos desses "respeitáves cidadãos", principalmente o dono de uma Universidade, muitas vezes disseram que o Lula era um mau exemplo para os nossos jovens, pois não tinha curso superior, comete erros de português e declarou que não lê jornais, o que leavria os jovensa acreditar que para se dar bem na vida não é preciso estudar.
E o que dizer de uma quadrilha que frauda concursos públicos para ocupar cargos de importância para a sociedade e para os cidadãos? Como podemos confiar num promotor de justiça que comprou o gabarito da prova e que foi empossado no cargo? Sem querer fazer nenhuma insinuação, dá até para entender algumas declarações estapafúrdias de juízes eleitorais, a respeito do processo eleitoral e do papel da imprensa.
São "cidadãos respeitáveis" como os integrantes dessa quadrilha que contribuem para que parte da juventude brasileira não veja sentido em estudar. São eles os responsáveis pela crença, ainda arraigada na sociedade brasileira, de que a lei de gerson vale a pena. E, são justamente "eles" os mais ferozes detratores do presidente operário.
Saramago, na tradição humanista de Russell e Sartre
por Carlos Alberto Lugarzo, da Anistia Internacional (EUA)
Hoje, 18 de junho de 2010, a cultura universal e o humanismo tiveram seu dia mais aciago desde 15 de Abril de 1980, quando faleceu Jean-Paul Sartre, um dos intelectuais mais completos do século e um dos maiores ativistas da história. Foi anunciada a morte de José de Sousa Saramago, o mais celebrado escritor da língua portuguesa, pensador finíssimo e criativo, narrador original e intenso, a figura que fez a delícia de várias gerações de mentes sensíveis e progressistas.
Mas não tenho cacife nem faz parte de minha missão me referir ao grande mestre em sua qualidade de literato, filósofo e artista. Quero que esta nota (que deve ser breve, pela urgência de torná-la pública) se refira a seu aspecto mais importante: os direitos humanos.
Digo isto, porque, junto ou acima de sua lendária celebridade como escritor no mundo todo, nada foi mais importante que sua defesa da condição humana. Saramago não foi apenas um literato que expressou, através de sua arte, uma visão humanista e progressista do mundo. Foi um homem comprometido, um observador e um ator consciente e corajoso, um batalhador que assumiu riscos radicais, desde que emergeu, em sua juventude, de uma região do mundo dominada pelo fascismo e o obscurantismo, até anos recentes.
Diferente das outras duas figuras históricas com as quais possui grande afinidade, Sartre e Bertrand Russell (1872-1970), Saramago nasceu numa família que não provinha da burguesia intelectual francesa, nem, menos ainda, da nobreza britânica, mas de uma família de trabalhadores pobres que lutava contra a devastadora miséria das vielas da Freguesia de Azinhaga, e que se deslocou a Lisboa logo que fora possível.
Se Portugal foi um estado fascista até o começo da década de 70, podemos imaginar como se vivia naquele sofrido extremo da Europa quando Saramago se aproximava dos 15 anos, com a sangrenta imagem do falangismo espanhol batendo nas fronteiras de Portugal, e as atrocidades do Salazarismo em sua própria terra.
A vida de Saramago é pública e bem conhecida. Quero falar um pouco de minhas vivências sobre o grande escritor, a partir de minha condição de ativista dos Direitos Humanos.
No ano 1989, quando um grupo de garotos e meninas inexperientes tentou evitar uma quarta tentativa de golpe militar na Argentina, num esforço generoso de defender a democracia, os ativistas foram alvo de uma tocaia tendida pelo exército, onde muitos deles foram metralhados, queimados com bombas de napalm, e alvejados por bazucas. Mais de 40 foram capturados e submetidos a bárbaras torturas. A democracia não estava grata a seus defensores. Pelo contrário, aqueles infames e covardes politiqueiros odiavam esses jovens ingênuos que tinham estorvado o objetivo das máfias políticas argentinas: reconciliar-se com os militares para continuar a repressão pela via “legal”.
Este caso, chamado La Tablada, pelo nome da cidade onde foi tendida a cilada, é muito longo e complexo. Suas sequelas duraram até o ano 2000. Onze anos após o massacre, as vítimas que foram capturadas vivas e torturadas, estavam cumprindo, com sentença sem julgamento, penas que iam de 20 anos a prisão perpétua. Os corruptos juízes tinham entregado os documentos ao procurador militar, para que ele decidisse, mantendo longe os advogados da defesa, e proibindo a possibilidade de recurso. Durante o governo mafioso e neofascista de Menem (1990-1999), Argentina desobedeceu as exigências da CIDH da OEA (chefiada na época pelo grande mestre dos DH na América do Sul, Hélio Bicudo) de submeter a julgamento àquelas vítimas.
Em 2000, quando assumiu De La Rua, um bacharel ardiloso, as vítimas pensaram que teriam uma esperança. O novo presidente não era um terrorista de estado, como Menem, nem estava implicado em crimes contra a Humanidade como aquele; era apenas um moderado colaborador da direita que podia ser pressionado. A única alternativa dos jovens era morrer dignamente, e começaram uma greve de fome que, em total, durou quase três meses.
Foi então que soube da generosidade de Saramago. Não foi o único prêmio Nobel. Também, Rigoberta Manchu, Pérez Esquivel e outros colaboraram conosco. No entanto, o mais comovente foi sua humildade e objetividade. Ele escreveu uma carta ao Presidente De La Rua, quem deve ter tomado conhecimento do escritor pela primeira vez na vida.
Não lembro literalmente de todo o conteúdo, e não quero distorcê-la, mas lembro seu espírito e as primeiras linhas.
Ele dizia que um prêmio Nobel não tem nada de especial, mas, às vezes a sociedade distingue algumas pessoas, e isso torna a voz delas pessoas mais escutada que a de outras. Não era só modéstia. Era o sentimento profundo do valor relativo das premiações, que tanto deslumbram os buscadores de prestígio e os temperamentos preconceituosos.
Saramago lutou por essa e por muitas outras causas até o final, e é muito difícil avaliar numa rápida olhada quando lhe devem as causas nobres, progressistas e humanitárias ao longo de uma vida, primeiro, assombrada pelo fascismo tradicional, depois, pelo fascismo de mercado, e atualmente, pelo vandálico neoliberalismo.
E foram essas forças trevosas as maiores inimigas do afável e simples Seu José.
Saramago foi tortuosamente acusado de antisemita, por ter expressado, com uma isenção e serenidade alheia a quase todo o resto da esquerda (que generaliza o terrorismo de estado israelense a toda a ideologia sionista), um fato singelo e objetivo: não pode usar-se o pretexto de ter sofrido, para provocar o sofrimento dos outros.
Mas esta posição de crítica objetiva ao terrorismo israelense, o diferenciando do sionismo em geral, também compartilhada por Noam Chomsky e dúzias de intelectuais judeus e não judeus, não é seu principal gesto em defesa dos valores humanos.
Saramago desafiou forças muito mais intensas, ancoradas na península Luso-Ibérica desde os tempos dos reis visigodos, como a superstição e o nacionalismo. Neste último sentido, o escritor se definiu em favor de uma federação Espanha-Portugal, ressaltando a importância da fraternidade das nações e desprezando a ideia fetichista de que a pátria pode ter sentido independente dos habitantes. Ele voltava assim, as fontes mais puras do comunismo clássico, antes do chamado “nacionalismo de esquerda”.
Como Giordano Bruno, Galileu, Miguel Servet, Goya, e outras celebridades capitais na história do pensamento e da ação, Saramago foi alvo do ódio da Igreja Católica. Ao longo da vida cultural de Ocidente, foram poucos os pensadores que ousaram dizer, singelamente, que não existia nenhuma prova da existência de Deus, e que as pessoas acreditavam por diversas razões (entre elas, o temor).
Com efeito, até as mentes consideradas lúcidas, esmolavam moderação da crueldade doentia do Santo Ofício. A colocação de uma filosofia realmente humanista (que teve alguns traços nos hedonistas e céticos gregos) só conseguiu consistência com os mecanicistas franceses, e especialmente com as correntes que surgem do marxismo e do anarquismo.
Saramago se insere nesse grupo de vozes esclarecidas, modestamente seguras, sem empáfia nem alarde. Teve a seu favor o fato de ter vivido numa época em que as fogueiras da Inquisição parecem apagadas… ou amortecidas. Sua defesa do humanismo, seu espírito de tolerância, e seu reconhecimento da beleza de alguns textos teológicos (a despeito de seu vácuo conceitual) são únicos em nossa época. Compartilha com Sartre, Russell e Camus a desmistificação da sacralidade. Mas, Sartre expressa suas ideias não com o senso comum, mas com uma filosofia de compreensão árdua; Russell, como quase todo cientista, não atingiu a popularidade que consegue um artista ou um literato; e Camus, apesar de seu agnosticismo e humanismo, defende uma solução egoísta e individual, porque o homem que ele liberta encarna a luta pessoal e não a solidariedade.
Creio que Saramago está ainda em vantagem com Noam Chomsky, pois sua humildade e objetividade o conduzem a uma visão equilibrada do universo. Ele disse que a Bíblia é um “manual de maus costumes, [...] um catálogo de crueldade e do pior da natureza humana”, mas nada há nisto que não possa ser demonstrado. Não é o produto de nenhuma parcialidade, mas do amor e preocupação por uma humanidade sadicamente ferida pelas trevas espalhadas pelas teocracias.
José Saramago nunca diminuiu seus esforços pela Humanidade, e os manteve ativos em quanto sua saúde física permitiu. Ninguém pode contra uma doença terminal, porque justamente, essa fragilidade faz parte de nossa natureza biológica. No ano passado tentei me comunicar com ele, para adicionar seu nome à lista de Prêmios Nobel e outras celebridades que pediram a libertação de Cesare Battisti. Não tenho dúvida de que ele teria aderido com entusiasmo. Mas, sem que eu soubesse, ele estava sofrendo os estragos finais da leucemia e meu e-mail não chegou a destino.
Ao transformar-se de novo a brilhante mente e a fina sensibilidade de José Samarago, num conjunto de células sem vida, as perdemos de maneira definitiva. Sabemos que nem um átomo de seu eu sobreviverá em lugar algum. Mas fica sua obra e sua lembrança para iluminar a noite do mundo supersticioso, racista e sanguinário que ainda vivemos.