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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, junho 22, 2010

cinema sobre a esquerda revolucionária e não oportunista

O Velho - A História de Luiz Carlos Prestes



Sinopse:

O fim da guerra fria e da ditadura militar tornou possível a realização de um filme inédito sobre um dos personagens mais emblemáticos da história do Brasil no século XX: Luiz Carlos Prestes. Um nome, por si só, carregado de estigma, aversão, entusiasmo, desconfiança ... O Velho, a história de Luis Carlos Prestes é a história de um mito, de um homem que encarnou uma causa. Um comunista convicto que carregou ideais, hoje soterrados pelos escombros do muro. O roteiro atravessa setenta anos da história contemporânea brasileira, da qual Prestes foi um dos agentes principais. O caminho de "ouro de Moscou" na insurreição comunista de 35; Olga Benário, o primeiro amor de Prestes, na verdade espiã do Exército Vermelho; a participação dos agentes estrangeiros no levante; o cruel assassinato de Elza por importantes dirigentes do PCB; o surpreendente acordo entre Vargas e Prestes em 46; a equivocada posição do Velho diante do iminente golpe de 64 ... Finalmente, estes fatos marcantes e obscuros são trazidos à tona para ajudar a entender nosso passado recente. Foram colhidos os depoimentos de políticos, historiadores, escritores, jornalistas, amigos, família e ex-membros do Comitê Central do PCB. Uma exaustiva pesquisa de filmes de época na precária memória da país revela imagens raríssimas de Luiz Carlos Prestes. O Velho é um abrangente painel sobre a história da esquerda brasileira. Sempre clandestinos ou foragidos, poucos registros visuais sobre os comunistas brasileiros resistiram à feroz perseguição policial. É a primeira iniciativa do gênero, um filme sobre a história não oficial do Brasil. O Velho carregou durante toda sua vida um projeto coletivo. Neste final de século, onde as utopias viraram pó histórico e a humanidade se encontra envolvida com seus pequenos projetos individuais, o filme nos resgata a trajetória de um Quixote que entregou sua vida a uma causa social. No índice remissivo da história, as páginas da vida de Prestes, como o destino do Brasil, estão coladas num epílogo sem fim ...

Ficha Técnica:

Direção: Toni Venturi
Roteiro e assistência de direção: Di Moretti
Fotografia: Cleumo Segond
Montagem: Cristina Amaral
Edição de som: Aritana Dantas
Música: Marcelo Goldman
Narração: Paulo José
Produção: Renato Bulcão e Toni Venturi
Co-produção: Casa de Produção (Renato Bulcão) e Olhar Imaginário Filmes (Toni Venturi) e finalizado com recursos provenientes da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro
Ano de produção: 1997
Duração: 105 minutos
Distribuição em cinema: Riofilme
Distribuição em vídeo: Riofilme


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O PIG "GLOBO" não pode mandar no congresso BRASILEIRO











Barão de Itararé e Comparato vão ao Supremo.
Tudo pela liberdade de expressão !

Vamos a pé ao Supremo, contra um Congresso que a Globo imobilizou

Na mesma solenidade em que Mino Carta provocou gargalhadas na platéia ao ler as perguntas que a Veja fez ao Serra – clique aqui para ler – o professor Fábio Konder Comparato fez uma sugestão que pode acabar com essa farsa que o PiG (*) impõe: confundir liberdade de expressão com a liberdade dos donos do PiG (*).

(Clique aqui para ler a entrevista que o professor Venício A. De Lima deu ao Conversa Afiada, a propósito do lançamento de seu livro “Liberdade de expressão x liberdade de imprensa”, pela editora Publisher)

Comparato conclamou os blogueiros do Instituto Barão de Itararé a falar menos e fazer mais.

E deu um exemplo do que fazer.

Em janeiro deste ano, Comparato sugeriu à Ordem dos Advogados do Brasil que entrasse no Supremo com uma ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalidade) “por omissão” contra o Congresso Nacional.

Exatamente.

Contra a omissão do Congresso Nacional.

Desde 1988, o Congresso não regulamenta os artigos 220, 221 224 da Constituição.

O 220 proíbe a formação de oligopólio na comunicação.

O 221 trata da programação do rádio e da tevê.

E o 224 impõe a instalação de uma Comissão de Comunicação Social.

O Congresso não delibera sobre isso, desde 1988.

Por que ?

Porque a Globo não deixa.

Este ordinário blogueiro sugeriu imediatamente que o Barão de Itararé fizesse o que a OAB talvez não queira fazer.

A proposta foi imediatamente aprovada.

E no Encontro Nacional de Blogueiros previsto para agosto deste ano, em Brasília (**), marcharemos, a pé, para entregar ao Supremo a ADIN do professor Comparato.

Queremos liberdade de expressão !

Cala a boca, Galvão !

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

do Conversa Afiada


Concessões na terra de ninguém

Por Venício A. de Lima

O problema não é novo. Já foi tratado neste Observatório inúmeras vezes. O que estarrece é a cara de pau de autoridades que insistem em afirmar que ele não existe: o cidadão comum não tem acesso ao cadastro dos concessionários de emissoras de rádio e televisão no país.

Com o "desaparecimento" de cadastro geral que esteve por alguns meses no site do MiniCom em 2003, resta ao interessado recorrer às informações disponíveis no site da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Lá se encontram dois bancos de dados: o Sistema de Acompanhamento de Controle Societário (SIACCO) e o Sistema de Informação dos Serviços de Comunicação de Massa (SISCOM).

No SIACCO pode-se pesquisar o "perfil das empresas" por nome (razão social ou nome de fantasia?) ou CNPJ e, a partir daí, chega-se ao quadro societário e/ou à diretoria das entidades, em geral, incompletos. Vale dizer: aquele que já souber o nome e/ou o CNPJ de concessionários de rádio e televisão no Brasil (?!) poderá confirmar dados complementares.

No SISCOM, totalmente desatualizado e facilmente burlado por controladores mal intencionados, a busca pode ser feita por localidade e por serviço. Vale dizer: aquele que quiser compor um cadastro com nomes de empresas que não necessariamente correspondem àqueles sob os quais elas operam publicamente, deverá pesquisar os 5.564 municípios brasileiros, um por um (?!) [ver, neste OI, "Onde está a informação oficial?"].

PO: um caso emblemático

O recente escândalo denominado Caixa de Pandora ou "mensalão do DEM", envolvendo a cúpula do Governo do Distrito Federal (GDF), recolocou na pauta o império de comunicação construído em Brasília por seu maior empresário (construção e aluguel de imóveis, hotelaria, shopping centers, seguros, concessionárias de veículos e agencia de publicidade), o ex-deputado federal, ex-senador, ex-vice-governador e governador Paulo Octávio (PO). Mas, exatamente, quais são as emissoras de rádio e televisão controladas pelo empresário/político?

Quem consultar o site das Organizações Paulo Octávio encontrará uma Divisão de Comunicação que "atua em vários segmentos, como publicidade, marketing, televisão e rádios AM e FM": a agência de comunicação e marketing é a Gabinete C; as rádios são a JK FM, a Mix FM, a Globo AM e a Band AM; e a emissora de televisão é a TV Brasília.

Ao acessar os sistemas de informação da Anatel, todavia, o interessado somente encontra no Distrito Federal a Rádio JK FM Ltda., com localidade de outorga na cidade satélite de Taguatinga, e a TV Brasília. As outras emissoras de rádio simplesmente não constam das relações de radiodifusão sonora em freqüência modulada (serviço 230) ou em onda média (serviço 205) [consulta feita em 19/6/2010].

Mais grave: como não está disponível o CNPJ da Rádio JK FM Ltda. ou da TV Brasília, não é possível sequer verificar se de facto o empresário/político PO consta da relação de controladores dessas emissoras.

Aliás, não há também como saber de que forma essas emissoras passaram para o controle de PO. Parece que ele só é concessionário direto da JK FM, tendo adquirido as outras emissoras de rádio e a de televisão. A "transferência" de concessões e permissões de radiodifusão foi regulamentada pelo Decreto 52.795/1963 (artigos 89 a 97) que não estabelece qualquer limite. Vale dizer, aquele que tiver dinheiro e encontrar interessados na venda de concessões poderá montar seu "império midiático".

Matéria publicada pela Folha de S.Paulo em 13 de janeiro último [ver aqui, para assinantes] informa que três das quatro emissoras de rádio controladas por PO atuam sem registro no MiniCom, o que constitui infração administrativa.

Estranha-se que duas dessas emissoras façam parte das redes de rádio Globo e Band. Aliás, aparentemente, PO conseguiu estabelecer na capital federal um conglomerado midiático em sociedade com as citadas Globo e Band e com os Diários Associados (TV Brasília) – vale dizer, três dos maiores grupos de mídia do país.

O caso de PO ganha em relevância se se levar em conta que por ser o maior empresário de Brasília ele é também – ao lado do próprio governo do Distrito Federal – o maior anunciante (privado) local. Por mais de três anos, portanto, PO atuou diretamente nas três pontas desse processo – empresas de mídia, anunciante privado e governo.

A não disponibilidade de informações pelos sistemas da Anatel se torna ainda mais crítica quando se sabe que enquanto vice-governador, pelo menos 10,4 milhões de reais em publicidade oficial – só da administração direta – foram destinados às emissoras de rádio e televisão de PO, conforme dados disponíveis no sistema de execução orçamentária do Distrito Federal levantados pela Folha de S. Paulo [ver aqui, para assinantes]. Esse, aliás, é um dos objetos de investigação da operação Caixa de Pandora.

Compromisso mínimo

Faz tempo se fala na imperiosa e inadiável necessidade de um recadastramento geral dos concessionários de radiodifusão no país. Um recadastramento foi anunciado pelo Ministério das Comunicações (portaria 447, Diário Oficial da União, 13/8/2007], mas não se sabe em que resultou.

Sem que exista transparência em relação aos reais concessionários do serviço público de rádio e televisão do país será possível algum tipo de fiscalização do cumprimento das poucas normas legais existentes?

Essa é uma questão sobre cuja gravidade não é mais necessário insistir. Em ano eleitoral, o recadastramento e a transparência total dos dados referentes aos concessionários de emissoras de rádio e televisão deveriam constar como compromisso básico mínimo para o setor de comunicações por parte daqueles(as) que disputam a presidência da República.

Venício A. de Lima

do Revista Fórum

PIG aumenta aposta contra a Seleção

Anotem aí: a mídia está cometendo um erro fatal ao disparar contra Dunga e a Seleção ao ficar inflando a bola até dos inimigos número um dos brasileiros no futebol, os argentinos, sobrepondo-os ao nosso time.

A sociedade brasileira já vem olhando a mídia de lado desde 2006 por esta atacar sem parar o popularíssimo presidente Lula. Mas atacar a nossa chance de conquistar o hexa campeonato – será entendido assim pela população – rebaixando o moral do time, é uma burrada pra burro nenhum botar defeito.

Dunga xingou a imprensa da mesma forma que dezenas de milhões de homens velhos, jovens e até infantes – e até muitas mulheres – tiveram vontade de xingá-la por estar diminuindo uma bela vitória como a de domingo sobre Côte D’Ivoire. Vitória que, àquela altura, já tinha colocado o Brasil em festa.

Ao predisporem a população contra si pelo método mais eficiente que há para fazê-lo, ou seja, tentando furtar dela a vontade de vencer nada mais, nada menos do que uma Copa do Mundo, Globo e companhia fazem uma aposta que pode acabar se mostrando exorbitante.

Se o Brasil perder, tudo bem. A mídia conseguirá se vingar de Dunga. Grande coisa. O efeito eleitoral disso – de o Brasil ir mal numa Copa – será, como em 2006, nulo. Mas, se a Seleção vencer, Dunga será impiedoso com o PIG. Provavelmente, confraternizará com Lula e, se encherem muito o saco dele, até com Dilma, quando voltar ao Brasil com o caneco.

Enfim, é outra aposta cretina que a mídia faz que, se vencer, não conseguirá mais do que uma vingancinha infantil. Mas, se perder, vai se indispor com o país justamente no momento em que estará tentando lhe vender José Serra.

Pensando bem, tomara que o PIG não leia isto – e, se ler, tomara que não dê bola, o que me parece provável que faria. Mesmo assim, já quase me arrependo de ter escrito…


blog da cidadania


Depois de Dunga, Kaká entra em conflito com jornalista

Portal Terra

JOHANNESBURGO - As farpas e rusgas entre a imprensa e a Seleção Brasileira aumentou um pouco mais na entrevista concedida pelo meia Kaká nesta terça-feira. Depois de uma pergunta do repórter André Kfouri, da ESPN Brasil, o meio-campista resolveu falar sobre a coluna no jornal Folha de S.Paulo publicada por Juca Kfouri, pai de André, em que o jornalista comentou sobre a lesão sofrida pelo meia do Real Madrid no púbis.

"Eu queria aproveitar a sua pergunta sobre minha recuperação para falar sobre a coluna publicada por seu pai ontem (segunda-feira), dizendo que o meu problema era mais sério do que o divulgado", disse o jogador. "Há muito tempo, a artilharia do Juca Kfouri já está voltada para minha pessoa. O problema dele em relação a mim é minha fé em Jesus Cristo. Da mesma forma que respeito ele como ateu, queria que ele me respeitasse pela minha fé em Jesus Cristo".

O jornalista Juca Kfouri, que está na África do Sul cobrindo a Copa do Mundo credenciado pela Folha de S. Paulo, não estava presente na entrevista em que Kaká fez as reclamações.

A crítica causou um pouco de surpresa na sala de entrevistas já que Kaká sempre se mostrou mais comedido em relação a reclamar da imprensa. Mesmo afirmando que não viu a discussão de Dunga com o jornalista Alex Escobar, da TV Globo, o meio-campista saiu em defesa do treinador da Seleção Brasileira.

"Acabei de dar uma resposta porque estava na hora de fazer isso. Dunga sofreu muito com críticas ao longo da carreira, sobre isso cada um fala por si só". O jogador comentou também sobre as reclamações da imprensa de que tem pouco acesso aos atletas da Seleção.

"Entrevistas e este tipo de coisa, juntos de uma forma coletiva decidimos que seria feito desta forma, com entrevistas coletivas diárias e um contato maior apenas depois dos jogos. Muitos já foram em Madri, fizeram entrevistas especiais, de vários tipos comigo. Não vejo nenhum problema em dar entrevista. Não me atrapalha. Só que acho que vocês têm que ressaltar este sentimento da Seleção que é ver a foto de uma criança com a camisa, gritando 'Brasil'. É este sentimento que temos de patriotismo. Isso que motiva, de ajudar a Seleção, porque é unico.

do JB

Kaká detona o tucano Juca Kfouri

Kaká faz desabafo sobre opção religiosa e reclama de preconceito



Durante a longa entrevista coletiva que concedeu nesta terça-feira na concentração da seleção brasileira em Johanesburgo, Kaká fez uma pausa para desabafar a respeito de seus hábitos religiosos e de um suposto preconceito contra pessoas que seguem a orientação evangélica.

Kaká citou o jornalista Juca Kfouri, blogueiro do UOL, para iniciar o desabafo de tom religioso.

“Ele [Kfouri] tem dirigido os canhões para mim, não profissionalmente, mas de uma forma pessoal, direcionada a minha fé em Jesus Cristo. Respeito ele como ateu, mas espero respeito com aquele que professa sua fé através de Jesus Cristo”, declarou o meio-campo.
“E digo isso não só a meu respeito, mas falando de milhões de brasileiros que creem em Deus e em Jesus Cristo”, completou Kaká.

Com texto livre


Na internet, Dunga ganha apoio contra Globo


O jornalista Bob Fernandes relata, em matéria publicada no Terra, as causas da briga do técnico da seleção brasileira de futebol contra a rede Globo. Segundo esse relato, Dunga não aceitou dar à Globo acesso privilegiado a jogadores da seleção. Bob Fernandes conta o que presenciou logo após o jogo do Brasil contra a Costa do Marfim:

Soccer City, caminho entre o estádio e as tendas da FIFA que abrigam o Centro de Mídia. Galvão Bueno, Arnaldo Cezar Coelho e o diretor da Central Globo de Esportes, Luiz Fernando Lima conversam, não escondem a irritação e nem se preocupam com quem passa ao lado e ouve. O alvo é o técnico da seleção brasileira, Dunga. Minutos antes, na coletiva pós Brasil x Costa do Marfim o técnico, numa dividida bem a seu estilo, deu na canela do comentarista Alex Escobar, da Globo.

Luiz Fernando Lima lembra as conversas recentes da emissora com Dunga, já na África do Sul:

- Falamos com ele duas vezes e ele não consegue entender que não é “a Globo”, ele está falando para todo o país…

Seguem as observações do grupo, sempre ferinas. Um deles chega a dizer: – …e a única coisa que eu acho que ele aprendeu em quatro anos foi falar ‘conosco’ e não mais ‘com nós’ como sempre fez…

A Globo reagiu com um texto em tom de editorial, cujo conteúdo acabou sendo reproduzido e apoiado pela maioria dos jornalistas e empresas de comunicação que cobrem a Copa. Outro jornalista, Maurício Stycer, afirma, no portal UOL, que as entrevistas foram negociadas diretamente pela Globo com o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira. Dunga não gostou e vetou.

Aparentemente, os jornalistas de outras empresas consideram uma grosseria maior o fato de Dunga reagir contra esse tipo de privilégio a uma empresa do que a concessão do privilégio em si mesma. Mas a repercussão do episódio na internet indica que a maioria dos internautas está ficando com Dunga e contra a Globo.

Uma enquete do Terra pergunta: vocês está com Dunga, com a Globo ou contra os dois? Com 113 votos, apenas 4,17% (5 votos) apoiavam a Globo. Dunga tinha 66,37% (75 votos) de apoio e a opção “contra os dois”, 29,20% (33 votos). Ontem, uma outra pesquisa no site do Globo indicava amplo apoio a Dunga. Participe aqui também da enquete Lancenet e ajude a defenestrar a Globo.

Na seção de comentários do Terra, leitores propõem um boicote nacional à TV Globo na sexta-feira, data do próximo jogo do Brasil, proposta feita também em redes sociais. A julgar pelo resultado do movimento desencadeado no twitter contra o locutor Galvão Bueno, a Globo pode estar entrando em rota de colisão não apenas com o temperamento de Dunga, mas com milhões de brasileiros e brasileiras.

Na madrugada desta terça-feira, cresceu no twitter o chamado para um #diasemglobo, que estimula as pessoas a verem o jogo entre Brasil e Portugal, sexta-feira, em qualquer outra emissora que não a Globo. Um pedido, aliás, não muito difícil de atender, dada a crescente antipatia do locutor Galvão Bueno.




Rede Globo e a farsa do Soletrando

24 de junho de 2010



Veja a Globo e o bocó do Luciano Huck manipulando o programinha chato, Soletrando
dos amigos da Presidente Dilma

Só para desviar atenção do principal ou seja mudar a estrutura dos regimes é o que importa Einsten é gênio de verdade e é Socialista pra quem ñ sabe






O Greenpeace se corrompeu??


Dinheiro do petróleo e da grande mídia financia o Greenpeace

A organização ecologista mais famosa do mundo recebe doações de grandes magnatas do petróleo, do setor automotivo e da mídia. O caso mais gritante é o dos Rockefeller — acionistas e fundadores de petrolíferas como a Exxon Mobil. Sua fundação financiou o Greenpeace com mais de um milhão de dólares.


Por Manuel Llamas, no blog Libertad Digital via Vermelho

O Greenpeace, a organização ecologista mais famosa e, possivelmente, poderosa do mundo, é financiado por meio de doações voluntárias, que seus membros realizam anualmente. Segundo rezam seus estatutos, a fim de "manter sua total independência, o Greenpeace não aceita dinheiro procedente de empresas, governos ou partidos políticos. Levamos isso muito a sério e controlamos e devolvemos os cheques quando são provenientes de uma conta corporativa. Dependemos das doações de nossos simpatizantes para levar a cabo nossas campanhas não violentas para proteger o meio ambiente".
Entretanto, tal lema não inclui as generosas doações que habitualmente a organização recebe de grandes fundações e organismos sem fins lucrativos que, curiosamente, pertencem a grandes famílias e magnatas vinculados ao petróleo, ao sistema financeiro, aos meios de comunicação e, inclusive, à indústria de automóveis.

Como assim? A ONG ambientalista por excelência financiada com dinheiro gerado por alguns dos setores produtivos mais contaminantes do planeta? Uma investigação mias acurada nas opacas contas desta organização revela grandes segredos e, sobretudo, muitas surpresas.
O Greenpeace conta com múltiplas filiais, espalhadas por todo o mundo, mas uma das mais poderosas e influentes é, sem dúvida, a sede estabelecida nos Estados Unidos. A franquia do Greenpeace local conta com quatro fachadas: Greenpeace Foundation, Greenpeace Fund Inc., Greenpeace Inc. e Greenpeace Vision Inc..

O projeto Activist Cash, criado pelo Center for Consumer Freedom — uma importante associação de consumidores estadunidenses —, revela algumas das fontes de financiamento mais polêmicas deste grupo apologista da ecologia.
O projeto surgiu com a ideia de levantar informações sobre o perfil e os recursos econômicos dos grupos anticonsumo. E, como não podia deixar de ser, a entidade dedica um espaço exclusivo para o Greenpeace. Segundo o Activist Cash, o Greenpeace recebeu importantes doações das seguintes fundações, tal e como revela o gráfico abaixo:

Agora, quem são estes grupos? São fundações que pertencem a algumas das famílias mais ricas do mundo, cujas fortunas procedem dos negócios do petróleo, do setor automotivo e os grandes grupos de comunicação estadunidense. O blog Desdeelexilio investigou estas cifras para conferir a quantia e a veracidade de tais doações e o resultado é o seguinte:

O fluxo de dinheiro entre as franquias do Greenpeace com sede nos Estados Unidos é constante. A legislação americana obriga estes organismos a apresentarem anualmente uma declaração de impostos na qual figuram as rendas e as despesas.

A informação anual do pagamento de impostos de tais filiais se encontra nos denominados IRS Form 990 (Return of Organization Exempt From Income Tax). Em tais documentos oficiais, aparecem em detalhes algumas das tais doações ao longo dos últimos anos.

Rockefeller Brother´s Fundation: US$ 1,15 milhões de dólares

De 2000 a 2008 a fundação da família Rockefeller financiou o Greenpeace com US$ 1,15 milhões. A fortuna dos Rockefeller procede dos negócios petrolíferos.

John D. Rockefeller fundou a empresa Standard Oil, que chegou a mopnopolizar o negócio do petróleo no princípio do século 20. Entretanto, o governo dos Estados Unidos acusou a empresa de monopólio e decretou sua divisão em 34 empresas, embora os Rockefeller mantivessem sua presença nas mesmas.

A mais famosa é, atualmente, a Exxon Mobil Corporation, uma das maiores multinacionais petrolíferas do mundo. Os descendentes de John D. Rockefeller são acionistas da Exxon Mobil. Embora minoritários, possuem todavia uma grande influência e peso na empresa. Os Rockefeller também têm ou tiveram presença em grandes bancos como o JP Morgan Chase & Co (Chase Manhattan Bank), o Citybank, que, por sua vez, possuem participações em grandes petrolíferas internacionais.


Marisla Foundation: US$ 460 mil
Tal fundação também é conhecida sob o nome de Homeland Foundation. Foi fundada em 1986 pela poderosa família Getty. J. Paul Getty fundou a petrolífera Getty Oil, agora nas mãos da russa Lukoil.


Turner Foundation: US$ 450 mil
A Turner Foundation foi criada por Robert Edward Turner em 1990. Ted Turner é um dos grandes magnatas da comunicação nos Estados Unidos, dono de conhecidas cadeias de televisão como CNN, TNT e AOL Time Warner, entre outras coisas. Doou em apenas três anos US$ 450 mil ao Greenpeace.


Charles Stewart Mott Foundation: 199.000 dólares
Charles Stewart Mott foi o pai do terceiro grupo industrial automotivo do mundo, a General Motors. Antes de declarar-se falida, em junho de 2009, esta indústria fabricava seus veículos sob marcas tão paradigmáticas e pouco contaminantes como Buick, Cadillac, Chevrolet, GMC, GM Daewoo, Holden, Opel, Vauxhall e o famoso Hummer, que participa da ocupação do Iraque sob o nome de Humvee.


No fim das contas, não deixa de ser supreendente que uma das organizações ecologistas mais ativas contra a emissão de CO2 na atmosfera aceite suculentas somas de dinheiro de algumas das principais referências mundiais do setor petrolífero e automobilístico. Sobretudo, se for levado em consideração que o Greenpeace realiza campanhas que acusam os céticos da mudança climática de receberem dinheiro do setor petrolífero e de grandes empresas industriais.

Fonte: Libertad Digital

do blog do Turquinho


Porquê o Socialismo?


Será aconselhável para quem não é especialista em assuntos económicos e sociais exprimir opiniões sobre a questão do socialismo? Eu penso que sim, por uma série de razões.

Consideremos antes de mais a questão sob o ponto de vista do conhecimento científico. Poderá parecer que não há diferenças metodológicas essenciais entre a astronomia e a economia: os cientistas em ambos os campos tentam descobrir leis de aceitação geral para um grupo circunscrito de fenómenos de forma a tornar a interligação destes fenómenos tão claramente compreensível quanto possível. Mas, na realidade, estas diferenças metodológicas existem. A descoberta de leis gerais no campo da economia torna-se difícil pela circunstância de que os fenómenos económicos observados são frequentemente afectados por muitos factores que são muito difíceis de avaliar separadamente. Além disso, a experiência acumulada desde o início do chamado período civilizado da história humana tem sido – como é bem conhecido – largamente influenciada e limitada por causas que não são, de forma alguma, exclusivamente económicas por natureza. Por exemplo, a maior parte dos principais estados da história ficou a dever a sua existência à conquista. Os povos conquistadores estabeleceram-se, legal e economicamente, como a classe privilegiada do país conquistado. Monopolizaram as terras e nomearam um clero de entre as suas próprias fileiras. Os sacerdotes, que controlavam a educação, tornaram a divisão de classes da sociedade numa instituição permanente e criaram um sistema de valores segundo o qual as pessoas se têm guiado desde então, até grande medida de forma inconsciente, no seu comportamento social.

Mas a tradição histórica é, por assim dizer, coisa do passado; em lado nenhum ultrapassámos de facto o que Thorstein Veblen chamou de “fase predatória” do desenvolvimento humano. Os factos económicos observáveis pertencem a essa fase e mesmo as leis que podemos deduzir a partir deles não são aplicáveis a outras fases. Uma vez que o verdadeiro objectivo do socialismo é precisamente ultrapassar e ir além da fase predatória do desenvolvimento humano, a ciência económica no seu actual estado não consegue dar grandes esclarecimentos sobre a sociedade socialista do futuro.

Segundo, o socialismo é dirigido para um fim sócio-ético. A ciência, contudo, não pode criar fins e, muito menos, incuti-los nos seres humanos; quando muito, a ciência pode fornecer os meios para atingir determinados fins. Mas os próprios fins são concebidos por personalidades com ideais éticos elevados e – se estes ideais não nascerem já votados ao insucesso, mas forem vitais e vigorosos – adoptados e transportados por aqueles muitos seres humanos que, semi-inconscientemente, determinam a evolução lenta da sociedade.

Por estas razões, devemos precaver-nos para não sobrestimarmos a ciência e os métodos científicos quando se trata de problemas humanos; e não devemos assumir que os peritos são os únicos que têm o direito a expressarem-se sobre questões que afectam a organização da sociedade.

Inúmeras vozes afirmam desde há algum tempo que a sociedade humana está a passar por uma crise, que a sua estabilidade foi gravemente abalada. É característico desta situação que os indivíduos se sintam indiferentes ou mesmo hostis em relação ao grupo, pequeno ou grande, a que pertencem. Para ilustrar o meu pensamento, permitam-me que exponha aqui uma experiência pessoal. Falei recentemente com um homem inteligente e cordial sobre a ameaça de outra guerra, que, na minha opinião, colocaria em sério risco a existência da humanidade, e comentei que só uma organização supra-nacional ofereceria protecção contra esse perigo. Imediatamente o meu visitante, muito calma e friamente, disse-me: “Porque se opõe tão profundamente ao desaparecimento da raça humana?”

Tenho a certeza de que há tão pouco tempo como um século atrás ninguém teria feito uma afirmação deste tipo de forma tão leve. É a afirmação de um homem que tentou em vão atingir um equilíbrio interior e que perdeu mais ou menos a esperança de ser bem sucedido. É a expressão de uma solidão e isolamento dolorosos de que sofre tanta gente hoje em dia. Qual é a causa? Haverá uma saída?

É fácil levantar estas questões, mas é difícil responder-lhes com um certo grau de segurança. No entanto, devo tentar o melhor que posso, embora esteja consciente do facto de que os nossos sentimentos e esforços são muitas vezes contraditórios e obscuros e que não podem ser expressos em fórmulas fáceis e simples.

O homem é, simultaneamente, um ser solitário e um ser social. Enquanto ser solitário, tenta proteger a sua própria existência e a daqueles que lhe são próximos, satisfazer os seus desejos pessoais, e desenvolver as suas capacidades inatas. Enquanto ser social, procura ganhar o reconhecimento e afeição dos seus semelhantes, partilhar os seus prazeres, confortá-los nas suas tristezas e melhorar as suas condições de vida. Apenas a existência destes esforços diversos e frequentemente conflituosos respondem pelo carácter especial de um ser humano, e a sua combinação específica determina até que ponto um indivíduo pode atingir um equilíbrio interior e pode contribuir para o bem-estar da sociedade. É perfeitamente possível que a força relativa destes dois impulsos seja, no essencial, fixada por herança. Mas a personalidade que finalmente emerge é largamente formada pelo ambiente em que um indivíduo acaba por se descobrir a si próprio durante o seu desenvolvimento, pela estrutura da sociedade em que cresce, pela tradição dessa sociedade, e pelo apreço por determinados tipos de comportamento. O conceito abstracto de “sociedade” significa para o ser humano individual o conjunto das suas relações directas e indirectas com os seus contemporâneos e com todas as pessoas de gerações anteriores. O indivíduo é capaz de pensar, sentir, lutar e trabalhar sozinho, mas depende tanto da sociedade – na sua existência física, intelectual e emocional – que é impossível pensar nele, ou compreendê-lo, fora da estrutura da sociedade. É a “sociedade” que lhe fornece comida, roupa, casa, instrumentos de trabalho, língua, formas de pensamento, e a maior parte do conteúdo do pensamento; a sua vida foi tornada possível através do trabalho e da concretização dos muitos milhões passados e presentes que estão todos escondidos atrás da pequena palavra “sociedade”.

É evidente, portanto, que a dependência do indivíduo em relação à sociedade é um facto da natureza que não pode ser abolido – tal como no caso das formigas e das abelhas. No entanto, enquanto todo o processo de vida das formigas e abelhas é reduzido ao mais pequeno pormenor por instintos hereditários rígidos, o padrão social e as interrelações dos seres humanos são muito variáveis e susceptíveis de mudança. A memória, a capacidade de fazer novas combinações, o dom da comunicação oral tornaram possíveis os desenvolvimentos entre os seres humanos que não são ditados por necessidades biológicas. Estes desenvolvimentos manifestam-se nas tradições, instituições e organizações; na literatura; nas obras científicas e de engenharia; nas obras de arte. Isto explica a forma como, num determinado sentido, o homem pode influenciar a sua vida através da sua própria conduta, e como neste processo o pensamento e a vontade conscientes podem desempenhar um papel.

O homem adquire à nascença, através da hereditariedade, uma constituição biológica que devemos considerar fixa ou inalterável, incluindo os desejos naturais que são característicos da espécie humana. Além disso, durante a sua vida, adquire uma constituição cultural que adopta da sociedade através da comunicação e através de muitos outros tipos de influências. É esta constituição cultural que, com a passagem do tempo, está sujeita à mudança e que determina, em larga medida, a relação entre o indivíduo e a sociedade. A antropologia moderna ensina-nos, através da investigação comparativa das chamadas culturas primitivas, que o comportamento social dos seres humanos pode divergir grandemente, dependendo dos padrões culturais dominantes e dos tipos de organização que predominam na sociedade. É nisto que aqueles que lutam por melhorar a sorte do homem podem fundamentar as suas esperanças: os seres humanos não estão condenados, devido à sua constituição biológica, a exterminarem-se uns aos outros ou a ficarem à mercê de um destino cruel e auto-infligido.

Se nos interrogarmos sobre como deveria mudar a estrutura da sociedade e a atitude cultural do homem para tornar a vida humana o mais satisfatória possível, devemos estar permanentemente conscientes do facto de que há determinadas condições que não podemos alterar. Como mencionado anteriormente, a natureza biológica do homem, para todos os objectivos práticos, não está sujeita à mudança. Além disso, os desenvolvimentos tecnológicos e demográficos dos últimos séculos criaram condições que vieram para ficar. Em populações com fixação relativamente densa e com bens indispensáveis à sua existência continuada, é absolutamente necessário haver uma extrema divisão do trabalho e um aparelho produtivo altamente centralizado. Já lá vai o tempo – que, olhando para trás, parece ser idílico – em que os indivíduos ou grupos relativamente pequenos podiam ser completamente auto-suficientes. É apenas um pequeno exagero dizer-se que a humanidade constitui, mesmo actualmente, uma comunidade planetária de produção e consumo.

Cheguei agora ao ponto em que vou indicar sucintamente o que para mim constitui a essência da crise do nosso tempo. Diz respeito à relação do indivíduo com a sociedade. O indivíduo tornou-se mais consciente do que nunca da sua dependência relativamente à sociedade. Mas ele não sente esta dependência como um bem positivo, como um laço orgânico, como uma força protectora, mas mesmo como uma ameaça aos seus direitos naturais, ou ainda à sua existência económica. Além disso, a sua posição na sociedade é tal que os impulsos egotistas da sua composição estão constantemente a ser acentuados, enquanto os seus impulsos sociais, que são por natureza mais fracos, se deterioram progressivamente. Todos os seres humanos, seja qual for a sua posição na sociedade, sofrem este processo de deterioração. Inconscientemente prisioneiros do seu próprio egotismo, sentem-se inseguros, sós, e privados do gozo naïve, simples e não sofisticado da vida. O homem pode encontrar sentido na vida, curta e perigosa como é, apenas dedicando-se à sociedade.

A anarquia económica da sociedade capitalista como existe actualmente é, na minha opinião, a verdadeira origem do mal. Vemos perante nós uma enorme comunidade de produtores cujos membros lutam incessantemente para despojar os outros dos frutos do seu trabalho colectivo – não pela força, mas, em geral, em conformidade com as regras legalmente estabelecidas. A este respeito, é importante compreender que os meios de produção – ou seja, toda a capacidade produtiva que é necessária para produzir bens de consumo bem como bens de equipamento adicionais – podem ser legalmente, e na sua maior parte são, propriedade privada de indivíduos.

Para simplificar, no debate que se segue, chamo “trabalhadores” a todos aqueles que não partilham a posse dos meios de produção – embora isto não corresponda exactamente à utilização habitual do termo. O detentor dos meios de produção está em posição de comprar a mão-de-obra. Ao utilizar os meios de produção, o trabalhador produz novos bens que se tornam propriedade do capitalista. A questão essencial deste processo é a relação entre o que o trabalhador produz e o que recebe, ambos medidos em termos de valor real. Na medida em que o contrato de trabalho é “livre”, o que o trabalhador recebe é determinado não pelo valor real dos bens que produz, mas pelas suas necessidades mínimas e pelas exigências dos capitalistas para a mão-de-obra em relação ao número de trabalhadores que concorrem aos empregos. É importante compreender que, mesmo em teoria, o pagamento do trabalhador não é determinado pelo valor do seu produto.

O capital privado tende a concentrar-se em poucas mãos, em parte por causa da concorrência entre os capitalistas e em parte porque o desenvolvimento tecnológico e a crescente divisão do trabalho encorajam a formação de unidades de produção maiores à custa de outras mais pequenas. O resultado destes desenvolvimentos é uma oligarquia de capital privado cujo enorme poder não pode ser eficazmente controlado mesmo por uma sociedade política democraticamente organizada. Isto é verdade, uma vez que os membros dos órgãos legislativos são escolhidos pelos partidos políticos, largamente financiados ou influenciados pelos capitalistas privados que, para todos os efeitos práticos, separam o eleitorado da legislatura. A consequência é que os representantes do povo não protegem suficientemente os interesses das secções sub-privilegiadas da população. Além disso, nas condições existentes, os capitalistas privados controlam inevitavelmente, directa ou indirectamente, as principais fontes de informação (imprensa, rádio, educação). É assim extremamente difícil e mesmo, na maior parte dos casos, completamente impossível, para o cidadão individual, chegar a conclusões objectivas e utilizar inteligentemente os seus direitos políticos.

Assim, a situação predominante numa economia baseada na propriedade privada do capital caracteriza-se por dois principais princípios: primeiro, os meios de produção (capital) são privados e os detentores utilizam-nos como acham adequado; segundo, o contrato de trabalho é livre. Claro que não há tal coisa como uma sociedade capitalista pura neste sentido. É de notar, em particular, que os trabalhadores, através de longas e duras lutas políticas, conseguiram garantir uma forma algo melhorada do “contrato de trabalho livre” para determinadas categorias de trabalhadores. Mas tomada no seu conjunto, a economia actual não difere muito do capitalismo “puro”.

A produção é feita para o lucro e não para o uso. Não há nenhuma disposição em que todos os que possam e queiram trabalhar estejam sempre em posição de encontrar emprego; existe quase sempre um “exército de desempregados. O trabalhador está constantemente com medo de perder o seu emprego. Uma vez que os desempregados e os trabalhadores mal pagos não fornecem um mercado rentável, a produção de bens de consumo é restrita e tem como consequência a miséria. O progresso tecnológico resulta frequentemente em mais desemprego e não no alívio do fardo da carga de trabalho para todos. O motivo lucro, em conjunto com a concorrência entre capitalistas, é responsável por uma instabilidade na acumulação e utilização do capital que conduz a depressões cada vez mais graves. A concorrência sem limites conduz a um enorme desperdício do trabalho e a esse enfraquecimento consciência social dos indivíduos que mencionei anteriormente.

Considero este enfraquecimento dos indivíduos como o pior mal do capitalismo. Todo o nosso sistema educativo sofre deste mal. É incutida uma atitude exageradamente competitiva no aluno, que é formado para venerar o sucesso de aquisição como preparação para a sua futura carreira.

Estou convencido que só há uma forma de eliminar estes sérios males, nomeadamente através da constituição de uma economia socialista, acompanhada por um sistema educativo orientado para objectivos sociais. Nesta economia, os meios de produção são detidos pela própria sociedade e são utilizados de forma planeada. Uma economia planeada, que adeque a produção às necessidades da comunidade, distribuiria o trabalho a ser feito entre aqueles que podem trabalhar e garantiria o sustento a todos os homens, mulheres e crianças. A educação do indivíduo, além de promover as suas próprias capacidades inatas, tentaria desenvolver nele um sentido de responsabilidade pelo seu semelhante em vez da glorificação do poder e do sucesso na nossa actual sociedade.

No entanto, é necessário lembrar que uma economia planeada não é ainda o socialismo. Uma tal economia planeada pode ser acompanhada pela completa opressão do indivíduo. A concretização do socialismo exige a solução de problemas socio-políticos extremamente difíceis; como é possível, perante a centralização de longo alcance do poder económico e político, evitar a burocracia de se tornar toda-poderosa e vangloriosa? Como podem ser protegidos os direitos do indivíduo e com isso assegurar-se um contrapeso democrático ao poder da burocracia?

A clareza sobre os objectivos e problemas do socialismo é da maior importância na nossa época de transição. Visto que, nas actuais circunstâncias, a discussão livre e sem entraves destes problemas surge sob um tabu poderoso, considero a fundação desta revista como um serviço público importante.

Albert Einstein

Einstein escreveu este trabalho especialmente para o lançamento da Monthly Review , cujo primeiro número foi publicado em Maio de 1949. Tradução de Anabela Magalhães.

By: Cidadã do Mundo



UNICEF confirma que Cuba é o único país da América Latina e do Caribe, onde a desnutrição infantil foi eliminada.


Brasil para brasileiros mas (cuidado com os manés os Laranjas)






Governo Lula quer conter venda de terras a estrangeiros

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu propor alterações à Constituição para proibir a compra de terras brasileiras por estrangeiros. Preocupado com o que considera um "abuso", o presidente Lula determinou a retomada dos debates por um grupo de ministros e auxiliares sob a coordenação da Casa Civil, que elabora uma Proposta de Emenda Constitucional com essa finalidade. A PEC teria poder para anular títulos já registrados por estrangeiros a partir de uma data de corte a ser estabelecida.

"Não queremos que comprem terras aqui. Não precisamos de estrangeiros para produzir aqui. Essa é a política anunciada pelo presidente Lula", revelou ao Valor o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel.



"Temos que proibir que eles tomem conta. As terras brasileiras têm de ficar nas mãos de brasileiros, porque isso tem a ver com segurança alimentar".

O governo avalia, desde 1998, alterar as regras para restringir a aquisição de terras por estrangeiros no Brasil.



A principal mudança seria equiparar a empresa nacional de capital estrangeiro ao conceito de companhia controlada por acionistas não residentes no país ou com sede no exterior.


Até agora, as compras de terras têm sido feitas com base em um parecer da Advocacia-Geral da União, que dispensou autorização para a aquisição de imóveis rurais em território nacional.


Até 1995, o Artigo nº 171 da Constituição, depois revogado, permitia a distinção entre os dois conceitos.


Uma lei de 1971 limitava os investimentos estrangeiros a um quarto da área de cada município brasileiro e previa que pessoas da mesma nacionalidade não podiam ser donas de mais de 40% desse limite.

A preocupação de Lula tem fundamento em dados do Banco Central e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).



Estatísticas inéditas do cadastro rural mostram que, até 2008, havia 4,04 milhões de hectares registrados por estrangeiros.


São 34.218 imóveis concentrados no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Bahia e Minas.


De 2002 a 2008, o governo registrou grandes investimentos estrangeiros em terras no país - US$ 2,43 bilhões, segundo o BC.


"Não sou xenófobo, mas nosso território é finito, a população cresce e demanda comida", disse Cassel.

do blog briguilino


Brasil precisa urgente regular venda de terras para estrangeiros

O presidente Lula afirmou que o Brasil deve começar a discutir a regulamentação da venda de terras brasileiras à estrangeiros. Lula afirmou que o Congresso Nacional deve estar atento à questão. “A compra de terra no Brasil para estrangeiros é um problema que precisamos começar a discutir."
Segundo o Incra, há 1.396 municípios com comunicado oficial de terras compradas por estrangeiros. Em 124 desses municípios, metade das áreas de médias e grandes propriedades está em nome deles, que, no total, têm a posse de 3,6 milhões de hectares nas regiões Sul e Centro-Oeste, além de São Paulo, Minas, Bahia, Pará, Tocantins e Amazonas.”

Além das terras, a Bunge, uma das maiores empresas de agronegócio do mundo já comprou em São Paulo cinco das seis usinas do Grupo Moema, em São Paulo e Minas. Somente a usina a Santa Juliana processa sozinha 2,5 milhões de toneladas de cana.

No inicio deste ano foi anunciado discretamente que Pedro Parente, ex-ministro do governo Fernando Henrique Cardoso e que vinha ocupando o cargo de vice-presidente executivo do grupo RBS, é o novo presidente da Bunge Brasil, a holding do grupo no País. Parente conduziu as negociações da venda de 12,64% do controle da RBS para o grupo Gávea, do ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, seu companheiro no governo FHC. Em função de sua participação nas negociações, o executivo participa hoje do Conselho de Administração da RBS.

A Bunge Brasil é a holding controladora das empresas Bunge Alimentos (dona de marcas como as margarinas Delícia e Primor e os óleos Soya e Salada) e Bunge Fertilizantes (que detém marcas como Manah, Iap e Ouro Verde.

Mídia Lunática só pensa na 'GRANA'













Por Georges Bourdoukan

O que é o terrorismo?


Há quatro tipos de denominação:

1-O terrorismo, propriamente dito;
2 –O terrorismo de Estado;
3-O terrorismo patriótico, ou libertário.
4-O terrorismo midiático

1-O terrorismo, propriamente dito, é produto de mentes insanas, que nada reivindica e não escolhe seus alvos.

2- O de Estado se subdivide em dois:
a- Terrorismo interno
b- Terrorismo externo.

O terrorismo interno é aquele que não permite nenhum tipo de manifestação de seus cidadãos e onde não existem as garantias individuais. Como exemplo podemos citar as ditaduras;

O terrorismo externo é aquele em que uma nação invade e ocupa outra. Se formos citar um exemplo diríamos que a História da humanidade é uma sucessão de terrorismos de Estado. Raro é o século em que nações não invadiram e colonizaram outras nações. Em pleno século 21 temos alguns exemplos, os mais notórios são Estados Unidos e Israel.

O patriótico, ou libertário, representa a luta pela independência e contra o jugo estrangeiro.

Temos vários exemplos. O Hamas, na Palestina; o Hizbollah no Líbano; as várias organizações revolucionárias iraquianas, todos eles movimentos anticolonialistas, para nos atermos apenas àqueles que a mídia denomina de terroristas.

O terrorismo midiático
O mais letal de todos. Age globalmente moldando mentes e corações. Sua matriz fica nos Estados Unidos, responsável por 85 por cento de todas as informações que cobrem o planeta.


PARA A IMPRENSA BRASILEIRA POUCO IMPORTA QUE O BRASIL ESTEJA NA COPA DO MUNDO E QUE SENDO CAMPEÃO TRARÁ ALEGRIA À 190 MILHÕES DE PESSOAS


O QUE IMPORTA É CUMPRIR A PAUTA , MESMO QUE ISSO SIGNIFIQUE ATRAPALHAR E DESESTABILIZAR TREINADOR E ATLETAS QUE LUTAM DIARIAMENTE PELA VITÓRIA NA COPA DO MUNDO.
ELES QUEREM A DERROTA , MAS SE VIER A VITÓRIA , DIRÃO QUE FOI SEM BRILHO.

do aposentado invocado

Ajude a defenestrar a Globo


De que lado você está na briga entre Dunga e a imprensa?

- Do Dunga, porque a imprensa pega muito no pé dele e faz ataques pessoais.

- Da imprensa, que está fazendo seu trabalho e nada justifica a falta de educação do treinador.

Vote AQUI.

do Com Texto Livre


Dunga dá de goleada na Globo

O torcedor brasileiro tomou o lado de Dunga no conflito com a TV Globo, criado depois que a emissora não se conformou com o veto do técnico a entrevistas exlusivas.

Além das manifestações em diversas mídias sociais e a proposta do “diasemglobo” no próximo jogo do Brasil, os torcedores estão mostrando sua posição em enquete promovida pelo UOL com a pergunta “De que lado você está na guerra entre a Globo e o técnico Dunga?”

Pelo que está no vídeo que chama para a enquete, a sondagem começou às 13:17h. Na consulta que fiz, às 16:45h , 12.930 pessoas tinham respondido da seguinte forma: ao lado de Dunga, 78,69%; do lado da Globo, 11,76%; de lado nenhum, 9,54%.

Acho que a Globo não contava com essa goleada e deve estar mais perdida que a seleção da Coréia do Norte diante de Portugal. Ainda mais depois que a Fifa frustrou seus planos de punir o técnico

do Tijolaço