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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, junho 26, 2010

Desenhando para entender...fala um militar veterano do Iraque e o Presidente Lula












do cidadã do mundo

Com o dedo no gatilho

Por Mel Frykberg [Sexta-Feira, 25 de Junho de 2010 às 15:43hs]

"Onde está meu papai? Por que não volta para casa? Quero meu papai”, soluça a palestina Yasmin, de sete anos, com seus grandes olhos azuis cheios de lágrimas. Todas as noites, acorda chorando. “Minha vida começou quando conheci Ziad. Nunca conhecerei outro homem tão maravilhoso”, disse amãe de Yasmin, Moira Julani. A menina tem duas irmãs: Hannah, de 17 anos, e Mirage, de 15, ambas cidadãs norte-americanas.

Moira, cujo nome de solteira era Reynolds, nasceu no Estado do Texas, de onde partiu há 17 anos para iniciar uma nova vida com seu marido em Jerusalém. Agora perdeu sua alma gêmea. Ziad Julani tinha 41 anos e vivia em Jerusalém oriental. Há duas semanas, as forças especiais israelenses dispararam várias vezes contra sua cabeça e abdome enquanto jazia, ferido, no chão. Uma ambulância o levou para o hospital, onde morreu pouco depois. Os soldados israelenses acusaram Ziad de tentar atropelar dois soldados que caminhavam pela rua.

Entretanto, testemunhas contam que o carro de Julani virou levemente quando uma pedra bateu em seu parabrisa, assim, sem se dar conta, foi parar no meio de um confronto entre soldados israelenses e jovens palestinos que jogavam pedras. Dois soldados levemente feridos e dois colegas abriram fogo contra o automóvel de Julani, atingindo seu ombro. Julani entrou em pânico e dirigiu um pouco mais, até que chegou a uma rua sem saída.

Segundo testemunhos compilados pelo Jerusalem Centre for Social and Economic Rights, em seguida Julani saiu do carro. Quatro policiais das forças especiais o haviam seguido e voltaram a atirar várias vezes contra ele, antes que caísse ao chão. Em seguida, um dos policiais disparou outra vez, a curta distância, em ambos os lados da cabeça e no abdome, antes de chutá-lo. As testemunhas que tentaram ajudar Julani apanharam com cacetetes. Uma sofreu 20 pontos na cabeça. Outros transeuntes ficaram feridos, entre eles uma menina de cinco anos, quando polícia e soldados dispararam balas de aço recobertas com borracha.

As autoridades israelenses acusaram Julani de tentar cometer um “ataque terrorista” e de ter “antecedentes penais”. “Há cerca de um mês, soldados israelenses deram uma surra em Ziad quando tentava rezar na mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém. Ficou detido cerca de duas horas e foi liberado, sem acusações. Talvez um desses soldados tivesse raiva do meu marido”, disse Moira à IPS. “Ele não estava envolvido na política e nem pertencia a nenhum grupo político. Era um homem pacífico com antecedentes cosmopolitas, que quando criança viveu na Suíça e depois estudou química farmacêutica nos Estados Unidos. No dia em que o mataram planejava levar a família a passeio ao Mar Morto”, acrescentou.

A ocupada Jerusalém oriental se converteu em uma panela de pressão, cheia de raiva e ressentimento, na medida em que a judaização que Israel realiza nessa parte da cidade implica, cada vez mais, em destruição de casas palestinas, jogando famílias na rua para dar espaço aos colonos. Com o aumento das tensões, vários palestinos fazem ataques contra israelenses na parte ocidental de Jerusalém, utilizando veículos e tratores, matando e ferindo vários.

As autoridades israelenses usam estes incidentes como argumento para a “autodefesa” na grande quantidade de casos em que palestinos desarmados foram mortos a tiros pelas forças de segurança, a curta distância, apesar de não representarem ameaça.

No começo deste ano, os Serviços de Segurança de Israel baixaram uma lei da mordaça contra a imprensa em relação à prisão domiciliar da jornalista israelense Anat Kamm, que copiara documentos secretos das forças armadas israelenses enquanto realizava seu serviço militar.

Esses documentos dizem que esquadrões israelenses estavam assassinando ativistas palestinos, alguns desarmados, em lugar de prendê-los, em flagrante violação da decisão da Suprema Corte do Estado judeu. Kamm foi acusada de traição. A IPS informou sobre vários casos em que jovens palestinos da Cisjordânia morreram vítimas de disparos nas costas e na cabeça. As forças de Israel inicialmente alegaram que usaram munições não letais, agindo em defesa própria após serem atacadas.

Depois, investigações das próprias forças admitiram o uso de munição comum e que em alguns casos os soldados envolvidos usaram uma “força excessiva”. As autópsias realizadas pela Turquia nos ativistas mortos a bordo do navio Mavi Marmara, que em 31 de maio liderava uma flotilha humanitária com destino a Gaza, também indicaram que vários cadáveres receberam diversos disparos na cabeça, feitos à curta distância, como parte da política israelense de “matança de confirmação”.

“Pedimos uma investigação independente sobre o assassinato de meu marido. Não queremos que as forças de segurança israelenses investiguem a si mesmas”, disse Moira. Desde a morte de seu marido, os funcionários de segurança israelenses prenderam quem filmou a matança e confiscaram suas câmeras, eliminando os registros.

Com informações de IPS/Envolverde


Mel Frykberg

do Revista Fórum

















A condenação do Cristo marxista


Nas páginas do “Evangelho segundo Jesus Cristo", a grande heresia não está no fato de o personagem pedir perdão pelos pecados de Deus. O que o Vaticano não pode perdoar é a denúncia corajosa a um cristianismo imperial e colonialista.
Que estranhos desígnios inspiraram o "L'Osservatore Romano" a atacar,em editorial, o escritor José Saramago, falecido recentemente na Espanha? Chamá-lo de populista extremista, que se referia “com comodidade a um Deus no qual jamais acreditou por considerar-se todo poderoso e onisciente”, não revela apenas uma atitude fria e inflexível com um humanista ateu. Vai além. Reforça apreensões em relação aos objetivos políticos do Vaticano e suas consequências éticas.

Se a eleição do cardeal Ratzinger como supremo pontífice da Igreja Católica constituiu um acontecimento cuja gravidade poucos subestimaram, a superação integrista das contradições do Concílio Vaticano II já se delineava claramente no pontificado de seu antecessor, João Paulo II, quando as bases sociais da Teologia da Libertação foram firmemente atacadas.

Em 1983, ao visitar a América Central, suas homilias mantiveram fina sintonia com o projeto do governo Reagan para a região. Em Manágua, o papa não apenas não correspondeu às expectativas do povo nicaraguense de condenação clara às agressões incentivadas pelo imperialismo estadunidense, como também deu ênfase ao que mais dividia o governo sandinista e a hierarquia eclesiástica, à época: o da fidelidade dos sacerdotes e religiosas à igreja e à exigência de não participarem na responsabilidade da gestão governamental. Uma declaração de guerra aos partidários de um cristianismo progressista. Reafirmação classista de uma instituição multissecular.

Na Guatemala, um dos países em que a repressão dos governos militares fez mais vítimas entre os religiosos, João Paulo II não só visitou o presidente Ríos Montt, conhecido por ordenar massacres contra a oposição, como permitiu que o general lhe pedisse o afastamento de sacerdotes da política. Nos discursos papais não houve qualquer protesto contra fuzilamentos sistemáticos; apenas menções genéricas a Direitos Humanos. O Cristo do Vaticano, ao contrário do de Saramago, não deu ouvido a comunidades indígenas e camponesas tratadas como estrangeiras em seus próprios países.

Embora saiba muito bem que estão implícitas, na violência que se expande, a questão do poder, dos interesses econômicos nacionais e internacionais, além das considerações geopolíticas, o Jesus do "L'Osservatore" ignora que a promessa anunciada só se efetivará provocando uma transformação radical da condição social do homem. No livro de Saramago, Jesus, filho de José e amante de Madalena, vive a Paixão dos novos sujeitos. Seu sacrifício é a labuta das populações negras, o sofrimento das índias e o sangue camponês que jorra nos latifúndios.

A coexistência de um papado ultra-reacionário com governos de extrema-direita, como foi o de Bush, implica uma luta mundial de idéias que, não duvidem, será muito intensa. A crítica a uma religião de mercado, que exige o sacrifício de vidas humanas e o aniquilamento de natureza é a batalha da esquerda de nosso tempo.

Nessa guerra, ao contrário do que afirma o Vaticano, o Cristo de Saramago é aliado fundamental. Nas páginas do “Evangelho segundo Jesus Cristo", a grande heresia não está no fato de o personagem pedir perdão pelos pecados de Deus. O que o Vaticano não pode perdoar é a denúncia corajosa a um cristianismo imperial e colonialista. Um sistema de crenças que, para validar a opressão, necessita de uma metafísica negativa sobre os homens e sua história.

Saramago provocou a ira da cúpula da Igreja Católica ao reafirmar a modernidade e os valores de igualdade e liberdade. Foi isso que seu Cristo Marxista proclamou. Não de maneira idílica, mas de forma dialética, como reafirmação de vidas que devem transcender a si mesmas, eliminando práticas e relações que geram opressão e miséria.

do Cidadã do Mundo

O teatro nuclear

A “comunidade ocidental” procura tranqüilizar-nos informando que hoje há 40 mil armas nucleares menos que nos tempos críticos da Guerra Fria. O que eles nos dizem é: durante a guerra fria a capacidade nuclear existente poderia destruir o mundo centenas de vezes. Mas, agora, todos podem se acalmar pois os lideres mundiais, que são muito racionais, informam que fizeram um acordo e o mundo poderá ser destruído apenas algumas dezenas de vezes. Nesse terreno estamos mais próximos do Teatro do Absurdo do que propriamente da política internacional. O artigo é de Reginaldo Nasser.

A proliferação de armas nucleares e um possível desarmamento se encontram entre os principais temas da agenda política mundial apesar de as chamadas armas leves e portáteis (pistolas, rifles, metralhadoras leves, lança-granadas, morteiros, armas anti-tanques móveis e lança-foguetes, inclusive lança-mísseis anti-aéreos portáteis) serem as verdadeiras armas de destruição em massa. A Small Arms Survey realizou pesquisa em 2009 que confirma o crescimento contínuo do comércio global dessas armas. O valor do comércio mundial de atingiu US $ 2,9 bilhões em 2006, um aumento de 28% desde 2000. Os Estados Unidos, aparecem como o maior exportador e o maior importador dessas armas que entre 2001 e de 2006 foram responsáveis pela morte de 450.000 pessoas.

O ano de 2010 se revela de particular importância na questão nuclear. O acordo firmado entre Rússia e os Estados Unidos sobre a redução da armas nucleares estratégicas, a publicação do informe Nuclear Posture Review que identifica a capacidade nuclear que a administração Obama espera para os próximos quatro anos e a conferência de avaliação do Tratado de Não Proliferação Nuclear. Curioso notar que os Estados que possuem armas nucleares (Estados Unidos, Rússia, França, Inglaterra e China – todos signatarios del TNP- possuem 90% das armas nucleares sendo o restante distribuído entre Índia, Paquistão e Israel) são os que mais reivindicam um “mundo sem armas nucleares.”

A mídia saudou como um grande passo para a paz o encontro ( maio) entre o Nobel da Paz, Obama, e o recém admitido na “comunidade ocidental”, Medvedev, em que acordaram reduzir seus arsenais estratégicos em torno de 1550 ogivas para cada um. Especula-se que, atualmente, existam em torno de 23.000 armas nucleares, ou em outras palavras, 150.000 explosões nucleares como a de Hiroshima – não fique abismado que é isso mesmo! Mas a “comunidade ocidental” procura tranqüilizar-nos informando que são 40.000 menos que nos tempos críticos da Guerra Fria. Vamos traduzir em números, mais uma vez. O que eles nos dizem é: durante a guerra fria a capacidade nuclear existente poderia destruir o mundo centenas de vezes. Portanto, agora pode-se acalmar que os lideres mundiais, que são muito racionais, informam que fizeram um acordo e o mundo poderá ser destruído apenas algumas dezenas de vezes.

A administração Obama apresentou a sua reformulação da estratégia nuclear como algo completamente revolucionário. Agora, diferentemente da era Bush, ao invés de reservar a possibilidade de ataques nucleares, em resposta a um ataque nuclear, ou um ataque por outras formas de destruição em massa (como armas químicas e biológicas) os EUA declaram que o papel fundamental de seu arsenal é impedir eventuais ataques nucleares ao pais e seus aliados. A chamada revisão da estratégia declara que "os EUA não pode usar ou ameaçar usar armas contra os não-nucleares que fazem parte do tratado de não proliferação nuclear, ou seja Irã e Coréia do Norte ainda se constituem em um possível alvo.

Pergunto se agora algum lugar do mundo se sente seguro com esta nova declaração no caso de uma crise ou uma guerra com o envolvimento dos EUA. Você sabe realmente quando ou como um Estado nuclear poderá realmente usar o seu arsenal para proteger seus interesses? Você acha que é razoável correr esse risco?

Além disso, a decisão de excluir estados com armas nucleares, não-signatários do TNP, parece contraproducente como bem assinalou o especialista Stephen Walt. Pois, se o Irã continua a ser um alvo nuclear, mesmo quando não tem suas próprias armas isso apenas poderá lhe dar incentivos adicionais para perseguir uma opção das armas nucleares pelos mesmos argumentos que os EUA justificam em ter o seu próprio arsenal.

Se o governo dos EUA acredita que o papel fundamental das armas nucleares é impedir um ataque, e agora diz que ainda reserva a opção de usar armas nucleares contra o Irã, então não seria razoável concluir que o Irã ou qualquer outro pais, da mesma forma, poderia usar um arsenal nuclear para sua segurança cujo papel fundamental seria o de impedir que os EUA façam isso?

Creio que nesse terreno estamos mais próximos do Teatro do Absurdo do que propriamente da política internacional.

(*) Professor de Relações Internacionais da PUC-SP

do Carta Maior

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQX5mfEUP7DPKDvlHum8WlXKsNByOeneml37YjuGEthVQYI8Sj-Coe1IonZns1uKg3f2GdTy5t-jBeng1-Dd6Hs5FPYkMHA3Bb291jEKXMSMkl7p_OczDB08_GG35d2aNHqLzVKyxH0GI/s1600/AIPC+guerras.bmp

sexta-feira, junho 25, 2010

Dilma +++






Esta é minha candidata, em quem me comprazo”

Dilma com boné do MST

Vejam essas fotos da Dilma com o boné do MST, na convenção estadual do PT-SE, na noite de ontem.

Ela fez o discurso todo com o boné do MST.

O PIG, que tenta pressioná-la a se colocar contra o MST, não deu nada.
Querem criar a idéia de que existe um consenso na sociedade contra o MST.
Não é verdade.

Conversa Afiada PHA

Um destino para o Brasil

Por Mauro Santayana

Se tivermos, no futuro, o que nos faltou no passado, o Brasil poderá transformar-se em uma das mais coesas sociedades humanas. Nossa história, ao contrário do juízo alienado de alguns observadores, foi intensamente rica, porque construída com todas as dificuldades. Tivemos que vencer uma natureza ao mesmo tempo generosa e áspera, que se escondia além de escarpadas montanhas, durante dois séculos e meio, até estabelecer as fronteiras que seriam nacionais a partir de 1822.

O embaixador Samuel Pinheiro Guimarães – um dos brasileiros que conhecem melhor a história de nossa inserção na América e no mundo – está trabalhando em um projeto estratégico de desenvolvimento, com o horizonte de 2022, quando completaremos dois séculos de vida mais ou menos independente. Nenhum país do mundo é absolutamente soberano, nem mesmo os que disso se presumem. Os ventos do mundo nos trazem os costumes alheios, assim como também portam as tempestades e as pestes. A vida de todos os seres vivos e de suas comunidades exige uma troca permanente, em que alguns, mais fortes ou mais astutos, costumam levar a melhor – mas nem sempre.

Tratando de um projeto nacional, Samuel, como é de sua competência, trabalha dentro do espírito de nosso tempo, que é o do desenvolvimento da economia. O Estado tem o dever de promover a prosperidade, da qual retirará, mediante os tributos, os recursos necessários para promover a segurança e a busca da felicidade de seus súditos. Samuel, em seus estudos, encontrou um número ideal para o crescimento anual do nosso Produto Interno Bruto, durante os próximos 12 anos, o de 7%. É, de acordo com os cálculos a que chegaram os especialistas que consultou, o ritmo de crescimento que poderemos manter, sem sacrificar os nossos recursos naturais, nem a qualidade de vida do povo brasileiro. O ministro retorna à plataforma da Aliança Liberal, lida por Vargas na Esplanada do Castelo, em janeiro de 1930, e que prometia tratar da questão social. Ora, o então presidente, Washington Luis, contra o qual se formava a Aliança, declarara, com arrogância, que a questão social era apenas um caso de polícia. Avançamos muito, desde então, mas as expectativas do povo também cresceram.

O ponto mais importante do documento de Samuel é o que toca na educação. Teremos que formar engenheiros em número expressivo para garantir o desenvolvimento tecnológico, de forma a depender menos dos processos industriais estrangeiros. Mas não podemos descuidar da formação humanística, com a qual também se preocupa o ministro. Com engenheiros mudamos a natureza e a colocamos ao serviço dos homens. Mas com o conhecimento das ideias e da história edificamos seres humanos, capazes de ver no outro toda a grandeza da vida. Para lembrar o velho humanismo grego, o verdadeiro milagre é o homem. Uma sociedade solidária é o que nos faltou no passado, não obstante a pregação de grandes visionários, como foram os inconfidentes de Minas e da Bahia. Uma sociedade solidária é a reparação das injustiças que sofremos no passado. A partir da redemocratização, em que pese o eclipse neoliberal dos governos Collor e Fernando Henrique, temos combatido a secular desigualdade social no Brasil. Vimos que basta um pouco de melhoria na distribuição da renda nacional para que essa desigualdade comece a ser superada.

Se não houver uma pausa em nossa caminhada, ninguém passará fome, nem ficará sem teto no prazo previsto. E essa será uma grande conquista do povo brasileiro.
do JB

Liberdade para Cesare Battisti

Assine AQUI a petição
a entregar ao presidente Lula

(o prazo foi dilatado)
E transmita esse endereço
aos seus amigos e conhecidos.
Obrigado.

agir_cesareA decisão sobre extraditar ou não extraditar Cesare Battisti para a Itália está nas mãos do presidente Lula. A questão lhe foi entregue nesses moldes pelo acórdão de 15 de Abril do Tribunal Supremo brasileiro.

Mas é da maior importância que esse objetivo, a ser atingido brevemente, seja alcançado por meio das vozes que se levantam nas ruas, nos bairros, nas escolas e faculdades. Não é apenas a libertação física e formal de Cesare que está em causa, são também as causas - revolucionárias e anticapitalistas - que o levaram à prisão.

Como o Passa Palavra refere no recente artigo “Libertação de Cesare Battisti: dilemas e problemas“, esta luta não é separável do contexto de criminalização dos movimentos sociais que se vive agora no Brasil e no mundo.

Por isso é da maior importância que os movimentos sociais brasileiros compreendam quão relevante pode ser esta luta particular para o avanço das suas lutas mais gerais.

Mas que posso eu fazer para se ouvir a minha voz neste caso?

perguntará você.

Muitas e diversas iniciativas, nos mais diversos contextos - respondemos nós.

Nos bairros, nas empresas, nas escolas e faculdades, difundam pequenos cartazes e panfletos volantes pressionando o presidente Lula para libertar Cesare.

Na internet, nos espaços de sociabilidade virtual, nas listas de emails, façam circular petições, abaixo-assinados, declarações, pressionando o presidente Lula.

Estimulem os coletivos, associações, sindicatos, movimentos sociais a que estejam ligados para que tomem posições públicas pressionando o presidente Lula.

Realizem atos públicos em todo o lado, pressionando o presidente Lula para negar a extradição de Cesare e o libertar de imediato.

Não falta o que fazer, e o que quer que se faça é por demais urgente.

Mãos à obra!


cesare-5


Dunga marcou já como o início de um novo tempo.









O dia sem Globo é o dia de um novo tempo

Ninguém espere que o Ibope da Globo vá despencar, porque despencar no Ibope, para quem é da Globo, é missão lenta e persistente, e taí o José Serra para o provar. Mas hoje é um novo dia, de um novo tempo, que já começou, nas barbas dos donos do poder da mídia.

O movimento “Dia Sem Globo” já é um sucesso por uma razão muito simples.

Porque nos mexemos, nos vimos uns nos outros, nos descobrimos muitos, e com muita força.

Nós não somos mais mudos, embora a voz da mídia siga sendo um trovão.

Nos não somos mais indefesos, embora o poder da mídia seja gigantesco.

Mas não podemos mais dizer que é avassalador.

Porque já não somos vassalos.

Porque falamos, e o que falamos ecoa em outras vozes que falam também.

Estamos vivendo o final da era da comunicação de mão única. O tempo onde falar significa ter ouvir e ouvir nunca mais será algo sem o direito de falar, também.

A civilização de massas, que anulava o indivíduo, paradoxalmente construiu , com a tecnologia da comunicação de massas, o direito de um único indivíduo poder ser o estopim de grandes mudanças.

Exatamente como o menino que gritou na praça que o vaidoso rei estava nu.

Um bom dia para todos, este Dia Sem Globo. Porque é o dia em que cada um de nós descobre que pode existir, pensar, falar e decidir.

Nesta multidão que dissemina o movimento na internet, há gente de todas as idades, de todos os partidos, de todas as idéias, de todas as maneiras.

Mas um coisa toda esta gente tem em comum: quer ter direito de escolher sozinha, sem tutelas, como será sua vida, como será o seu país e o seu mundo.

E que de cada uma destas escolhas livres possam sair melhor as nossas vidas, o nosso país e o nosso mundo.

Viva a democracia de verdade, onde todos podem falar e ninguém pode deixar de ouvir.

do Tijolaço


E Agora Zé Meleka????


ssERRA NÃO SE EXPLICA SOBRE TERRENO DA GROBO

VIOLANDO A LEI ELEITORAL

Os tucanos insistem em violar a lei eleitoral.José Perdido Serra, depois de usar os programas partidários do DEMO, PPS, num manifesto desrespeito ao Tribunal Tucano Eleitoral, usou o programa do PTB, do corrupto Roberto Jefferson, para tentar se salvar de uma retumbante derrota que se avizinha.Inacreditável como o TSE e o MPE assistem impassível a violação da lei eleitoral.Aliás, o consórcio DEMO-PPS-PSDB-PTB não está violando a lei eleitoral não, está ESTUPRANDO, na cara da procuradora aloprada, que não faz nada, que fica inerte como uma cachorra no momento da cópula.Veja que faz quase 40 dias dias que o DEMO cedeu seu espaço para José Serra fazer propaganda e até agora o TSE nem sequer mandou intimar o DEM para se defender.O engraçado nisso tudo é que quanto mais Serra aparece na TV pedindo votos, mais cai nas pesquisas de itenções de voto.Serra pode usar os programas do PR, PV, PMDB, PP, PAN, PUM, PSC, PJ, PDT, PTC, PCO, PSTU, PSOL, PHS, PA que não tem que evite a sua derrota no mês de outubro.Ontem um irmão meu, eleitor fanático de Serra, disse-me o seguinte:o azar de Serra vai ser disputar uma eleição com uma candidata apoiada por Lula, reconhecidamente o melhor presidente que o Brasil já teve.De fato, azar de Serra.

do Desabafo Brasil


O vice ficha suja de José Serra

Da tribuna, o senador rei do botox, das perucas, e maquiagem, Alvaro Dias (PSDB-PR), informam os portais de notícias, que está prestes a se tornar o vice de José Serra. O candidato pelo PSDB, José Serra, afirmou nesta sexta-feira (25) que o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) é "sem dúvidas um bom nome" para ser o candidato a vice em sua chapa.Álvaro Dias está com a ficha mais suja de que banheiro de boteco de décima categoria.

O senador Osmar Dias (PDT-PR) disse que foi pego de surpresa pela notícia de que o seu irmão, o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) ser o vice de Serra...Mentiu. Na coluna da Lo Prete a informação... "Proposta levada ao comando da campanha de José Serra: primeiro Álvaro Dias (PSDB) é escolhido vice, depois seu irmão Osmar (PDT) anuncia apoio aos tucanos no Paraná, em vez de sair candidato ao governo e dar palanque a Dilma Rousseff (PT). Um dirigente da oposição protesta: "Eles negociaram com os dois lados e agora querem um cheque em branco?". "....Não tinha mais ninguém querendo ser vice, sobrou o resto. Ainda bem que Serra não vai ganhar a eleição, já imaginou a possibilidade deste resto ocupando a presidência? Conheça um pouco do vice do Serra

Álvaro Dias, igual a José Serra: Mandam bater em professores(Veja todos os outros vídeos aqui)



O senador Álvaro Dias está sendo processado por uso da cavalaria da PM contra professores.Também é acusado de crime contra a administração pública, movidas pelo Supremo Tribunal Federal. (Veja a petição: Pet/4316 - (Veja no STF). Situação atual: 09/02/2009 - Baixa dos autos em diligência, Guia nº 276/2009, Ofício nº 215/SEJ, à Superintendência Regional do Departamento de Policia Federal no Distrito Federal.
A operação Castelo de Areia, tem documento em que mostra que, as construtoras Camargo Corrêa e a Norberto Odebrecht doou R$50 mil para o tucano Álvaro Dias (PSDB-PR).

Álvaro Dias (PSDB-PR) não declarou R$ 6 milhões à Justiça Eleitoral...Já prestou contas?

A revista Época (aqui -) mostrou que o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) omitiu de sua declaração de bens à Justiça Eleitoral R$ 6 milhões em aplicações financeiras.

Em 2006, Dias informou que tinha um patrimônio de R$ 1,9 milhão dividido em 15 imóveis: apartamentos, fazendas e lotes em Brasília e no Paraná. O patrimônio dele, porém, era pelo menos quatro vezes maior.

A omissão desses dados à Justiça Eleitoral é questionável mas não é ilegal. A lei determina apenas que o candidato declare "bens". Na interpretação conveniente, a lei não exige que o candidato declare "direitos", como contas bancárias e aplicações em fundos de investimento.

Álvaro Dias diz que o dinheiro não consta em sua declaração porque queria se preservar. "Não houve má intenção", afirma.

O dinheiro não declarado seria fruto da venda de uma fazenda de 36 hectares em Maringá (PR) por R$ 5,3 milhões. As terras, presente de seu pai, foram vendidas em 2002. O dinheiro rendeu em aplicações, até que, em 2007, Álvaro Dias comprou um terreno no Setor de Mansões Dom Bosco, em Brasília, uma das áreas mais valorizadas da capital. No local, estão sendo construídas cinco casas, cada uma avaliada em cerca de R$ 3 milhões.

Quem se lembra do assessor de Alvaro Dias, André Eduardo da Silva Fernandes?

Foi o receptador de informações furtadas da Casa Civil da Presidência da República, entregue à revista Veja, para forjar um falso dossiê de despesas de FHC, com o objetivo de derrubar a ministra Dilma Rousseff.

Pois André Fernandes, além de assessorar Álvaro Dias, também servia ao Governo de José Roberto Arruda (ex-DEMos/DF).Em 2007, foi nomeado pelo Governo do Distrito Federal, membro do conselho fiscal da CEB (Companhia Energetica de Brasilia), estatal do Governo do Distrito Federal.

dos amigos do Presidente Lula

Buemba Buemba, Exclusiva


FOI ENCONTRADO O VICE DO ssERRA


Não, ao contrário do que diz o senso comum, ao contrário do que se poderia deduzir a partir do caráter do candidato, o seu vice não saiu da lixeira; nem do brejo ou do lamaçal.

O vice do ssERRA também não saiu direto da cadeia do DF, nem das terras nordestinas, castigadas ora pela seca, ora por enchentes destruidoras; não saiu também das engarrafadas e sujas ruas de São Paulo, nem das areias poluídas das praias do Rio.

O vice do ssERRA não saiu também das insalubres águas da região amazônica, montado nas costas de um boto pedófilo; nem saiu das profundas (e cheias de talco) minas das Gerais, ou da suja soja do Centro Oeste, terra onde a abolição da escravatura ainda não chegou.

O vice do ssERRA saiu do putrefato e mumificado senado nacional, onde seu partido ainda tem alguma capacidade de ferrar com o povo. Ele saiu de lá por que seu mandato no senado vai até 2014, logo na crônica dessa derrota anunciada, só se licenciará do senado pra voltar a assumir a cadeira cagada que ocupa na casa senior do legislativo!

Traição: Mercadante (PT) tem maioria na bancada de Gilberto Kassab (DEM)

Do deputado petista Cândido Vaccarezza:
– Prestem atenção. A maioria da bancada de vereadores do DEM já apoia o (Aloízio) Mercadante para governador de São Paulo. Como o prefeito Gilberto Kassab tem os vereadores do seu partido nas mãos, temos então uma conclusão óbvia: a maioria da bancada de Kassab apoia Mercadante.
Vaccarezza só não chega a outra conclusão obvia de seu raciocínio: Então Gilberto Kassab está contra a candidatura do tucano Geraldo Alckmin a governador.
Autor: Tales Faria
do Amoral Nato

Noivo crava faca nas costas da noiva na véspera do casamento

image

do Gilson Sampaio

Outdoor: Serra é PSDB.
Pior Salário do Brasil


Não fosse o PIG (*), os tucanos de SP não passavam de Resende.

O Conversa Afiada reproduz imagem que representa a grande obra tucana de São Paulo.

A sugestão é do amigo navegante Carlos Jorge Rosseto.

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

[CHAPA_PURO_SANGUE4.jpg]

O Lesa Pátria Neo Liberal






Capital não tem pátria. mas pode ter ilhas. E gregas

Inacreditável

A Grécia está disposta a vender ou a oferecer em regime de comodato por longo prazo algumas de suas 6 mil ilhas para poder pagar sua enorme dívida, informa hoje o jornal “The Guardian”.
Segundo o jornal britânico, uma área da ilha de Mykonos, um dos principais destinos turísticos do país, está em venda.
Um terço da área pertence ao Estado, que procura um comprador para injetar capital e desenvolver um complexo turístico, diz a publicação, que cita uma fonte próxima às negociações.
Investidores russos e chineses estariam interessados em propriedades da ilha de Rodas, pensando o local como futuro destino no Meditarrâneo para as povoações cada vez mais opulentas desses países.
Entre os supostos interessados está o magnata Roman Abramovich, o multimilionário proprietário do clube de futebol inglês Chelsea.
Segundo o portal de internet Private Islands, a ilha de Nafsika, no Jônico, está em venda por 15 milhões de euros.
Outras, no entanto, são vendidas por 2 milhões de euros, menos do que custa uma casa elegante em bairros londrinos de Chelsea ou Mayfair, diz o jornal.
“É algo que me entristece, vender ilhas ou áreas que pertencem ao povo grego deveria ser o último recurso”, explica Makis Perdikaris, diretor de Greek Island Properties.
Mas acrescenta o empresário, “a primeira missão é desenvolver a economia e atrair investimentos estrangeiros e internos para criar infraestrutura necessária. O importante é obter financiamento”.

É…A gente fala que as policas neoliberais vendem o Estado, mas eu acho que nunca tinha ouvido falar em venderem, literalmente, o território do país. Mas, procurando uma foto, acabei achando esta aí, na revista novaiorquina Vanity Fair, com várias ofertas para magnatas e um conselho: “pode ser o momento de comprar estas ilhas priveé”.

do Tijolaço

Fidel: Como desejaria estar errado

Via Granma

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Como desejaria estar errado

QUANDO estas linhas se publiquem no jornal Granma, amanhã, sexta-feira, o dia 26 de julho, data na qual sempre lembramos com orgulho a honra de ter resistido os embates do império, ficará distante, apesar de que somente restam 32 dias.

Aqueles que determinam cada passo do pior inimigo da humanidade — o imperialismo dos EUA, uma mistura de mesquinhos interesses materiais, desprezo e subestimação as demais pessoas que habitam o planeta — o calcularam tudo com precisão matemática.

Na reflexão de 16 de junho escrevi: "Entre jogo e jogo da Copa Mundial de Futebol, as notícias diabólicas vão deslizando aos poucos, de forma tal que ninguém se ocupe delas".

O famoso evento esportivo entrou nos seus momentos mais emocionantes. Durante 14 dias os times integrados pelos melhores futebolistas de 32 países competiram para avançar rumo a fase de oitavas de final; depois vêm sucessivamente as fases de quartas de final, semifinais e o final do evento.

O fanatismo esportivo cresce incessantemente, cativando centenas e talvez milhares de milhões de pessoas em todo o planeta.

Haveria que se perguntar quantos, no entanto, conhecem que desde 20 de junho navios militares norte-americanos, inclusive o porta-aviões Harry S. Truman, escoltado por um ou mais submarinos nucleares e outros navios de guerra com mísseis e canhões mais potentes que o dos velhos navios de guerra utilizados na última guerra mundial entre 1939 e 1945, navegavam rumo as costas iranianas através do canal de Suez.

Juntamente com as forças navais ianques avançavam navios militares israelenses, com armamento igualmente sofisticado, para inspecionar quanta embarcação parta para exportar e importar produtos comerciais que o funcionamento da economia iraniana requer.

O Conselho de Segurança da ONU, por proposta dos EUA, com o apoio da Grã-Bretanha, França e Alemanha, aprovou uma poderosa resolução que não foi vetada por nenhum dos cinco países que ostentam esse direito.

Outra resolução mais forte foi aprovada por acordo do Senado dos Estados Unidos.

Com posterioridade, uma terceira resolução mais poderosa ainda, foi aprovada pelos países da Comunidade Europeia. Tudo isto aconteceu antes de 20 de junho, o que motivou uma viagem urgente do presidente francês, Nicolas Sarkozy à Rússia, segundo notícias, para entrevistar-se com o chefe de Estado desse poderoso país, Dimitri Medvédev, com a esperança de negociar com o Irã e evitar o pior.

Agora se trata de calcular quando as forças navais dos EUA e de Israel se desdobrarão frente às costas do Irã, para unir-se aos porta-aviões e demais navios militares norte-americanos que estão à espreita nessa região.

O pior é que, igual que os Estados Unidos, Israel, seu gendarme no Oriente Médio, possui modernos aviões de ataque e sofisticadas armas nucleares fornecidas pelos EUA, que o tornou na sexta potência nuclear do planeta por seu poder de fogo, entre as oito reconhecidas como tais, que incluem à Índia e o Paquistão.

O Xá do Irã foi derrocado pelo aiatolá Ruhollah Jomeini em 1979 sem empregar uma arma. Depois, os Estados Unidos impuseram-lhe a guerra àquela nação com o emprego de armas químicas, cujos componentes forneceu ao Iraque juntamente com a informação requerida pelas suas unidades de combate e que foram empregues por estas contra os Guardiães da Revolução. Cuba o conhece porque nesse então era, como temos explicado outras vezes, presidente do Movimento de Países Não-Alinhados. Sabemos muito bem os estragos que causou na sua população. Mahmud Ahmadineyad, atualmente chefe de Estado no Irã, foi chefe do sexto exército dos Guardiães da Revolução e chefe dos Corpos dos Guardiães nas províncias ocidentais do país, que levaram o peso principal daquela guerra.

Hoje, em 2010, tanto os EUA quanto Israel, depois de 31 anos, subestimam o milhão de homens das Forças Armadas do Irã e sua capacidade de combate por terra, e às forças de ar, mar, e terra dos Guardiães da Revolução.

A estas se acrescentam os 20 milhões de homens e mulheres, entre 12 e 60 anos, selecionados e treinados sistematicamente por suas diversas instituições armadas entre os 70 milhões de pessoas que habitam o país.

O governo dos EUA elaborou um plano para organizar um movimento político que, apoiando-se no consumismo capitalista, dividisse os iranianos e derrubasse o regime.

Tal esperança é atualmente inócua. Resulta risível pensar que com os navios de guerra estadunidenses, unidos aos israelenses, despertem as simpatias de um só cidadão iraniano.

Pensava inicialmente, ao analisar a atual situação, que a contenda começaria pela península da Coreia, e ali estaria o detonador da segunda guerra coreana que, a sua vez, daria lugar de imediato à segunda guerra que os Estados Unidos lhe imporiam ao Irã.

Agora, a realidade muda as coisas no avesso: a do Irã desatará de imediato a da Coreia.

A direção da Coreia do Norte, que foi acusada do afundamento do "Cheonan", e sabe perfeitamente que foi afundado por uma mina que os serviços de inteligência ianque conseguiram colocar no casco desse navio, não esperará um segundo para atuar enquanto no Irã se inicie o ataque.

É justo que os fanáticos do futebol desfrutem das competições da Copa do Mundo. Somente cumpro o dever de exortar o nosso povo pensando, sobretudo em nossa juventude, cheia de vida e esperanças, e especialmente nas nossas maravilhosas crianças, para que os fatos não nos surpreendam absolutamente desprevenidos.

Dói-me pensar em tantos sonhos concebidos pelos seres humanos e nas assombrosas criações das quais têm sido capazes em só uns poucos milhares de anos.

Quando os sonhos mais revolucionários se estão cumprindo e a Pátria se recupera firmemente, como desejaria estar errado!

Fidel Castro Ruz

do Gilson Sampaio

A diarreia da British Petroleum no Golfo do México: Greenpeace lambuzado de petrodólares

Sanguessugado do AssazAtroz


Beline Chaves

Interessante a atitude do Greenpeace, de acordo com matéria do site Terra:


"O Greenpeace decidiu não fazer campanha por um boicote [dos produtos específicos da BP]. Ao invés disso, seus representantes apresentam um desafio diferente: as pessoas que realmente querem punir a BP precisam encontrar formas de viver sem o petróleo."

Eu particularmente posso viver sem o Greenpeace, mas qual será o real motivo de tanta tolerância, aliviando a barra do principal culpado e generalizando os criminosos? É claríssimo. Seus membros não podem ir contra quem lhes mantém como um batalhão de mercenários que realmente revelam ser.
Se quisessem parar o vazamento, torpedeando o local e lacrando o poço, já o teriam feito, mas o poder da BP é tão grande que Obama parece hesitante há algumas semanas, ou impotente perante as consequências da maior eco-tragédia já registrada em toda a era do petróleo. Impotente ou intimidado por uma assessoria incompetente e generais intolerantes, belicosos.

Se o vazamento fosse da nossa Petrobras e tivesse ocorrido na costa brasileira ou em qualquer de seus empreendimentos mundo afora, o Greenpeace já teria recrutado dezenas de milhares de velejadores do todo o mundo, partiriam rumo à costa brasileira, com a cobertura da mídia internacional, com o apoio incondicional dos seus pares autóctones e inserções de hora em hora, ao vivo, na BBC, alegando que, além da Amazônia, o oceano e a costa brasileira também seriam patrimônios da humanidade. Iriam boicotar nossas exportações até que o poço fosse lacrado e o vazamento estancado. Exigiriam que todo o processo de perfuração em alta profundidade fosse suspenso até que se apresentassem novos planos de segurança e atendimento emergencial em caso de acidente. Alguém tem dúvida de que seria assim?
Na luta contra o mar de petróleo no Golfo, uma ONG está se esforçando para barrar o óleo usando boias e tapetes recheados de tufos de cabelo humano. Com essa ONG posso até contribuir, doando alguns gramas de meus pentelhos.
Tá pianinho o Greenpeace, nem parece aquele que enfrenta barcos baleeiros como piratas abordando navios da Coroa britânica no Mar do Caribe.
Agora precisamos ver se algum lorde descendente de alguma tribo extinta do Reino Unido se manifesta com o apoio, por exemplo, da Survival. Afinal, tudo leva a crer que os donos do “óleo” (uma das gírias para “dinheiro”) são também donos das ONGs mais enganadoras do Planeta que está poluído delas, essas se apresentam como alternativa às inações dos governos corruptos, os que se sustentam com o apoio de seus comparsas corruptores.
___________________
Beline Chaves é piloto comercial agrícola (código DAC 910018) e escritor; leitor assíduo desta nossa Agência Assaz Atroz, nos enviou esse texto a título de colaboração.

Operação Chumbo Impune

Para se justificar, o terrorismo do Estado fabrica terroristas: semeia ódio e colhe álibis. Tudo indica que esta carnificina de Gaza, que segundo seus autores quer acabar com os terroristas, conseguirá multiplicá-los.

Desde 1948, os palestinos vivem condenados à humilhação perpétua. Não podem nem respirar sem permissão. Perderam sua pátria, suas terras, sua água, sua liberdade, seu tudo. Sequer tem o direito de escolher seus governantes. Quando votam em quem não devem votar, são punidos. Gaza está sendo punida. Converteu-se em uma ratoeira sem saída, desde que o Hamas ganhou de forma justa as eleições no ano de 2006. Algo semelhante ocorreu em 1932, quando o Partido Comunista ganhou as eleições em El Salvador. Banhados em sangue, os salvadorenhos expiaram sua má conduta e desde então viveram submetidos às ditaduras militares. A democracia é um luxo que nem todos merecem.

São filhos da impotência, os foguetes caseiros que os militantes do Hamas, encurralados em Gaza, disparam com pouca pontaria sobre as terras que eram palestinas e que a ocupação israelense usurpou. E o desespero, à beira da loucura suicida, é a mãe das bravatas que negam o direito à existência de Israel, gritos sem nenhuma eficácia, enquanto a muito eficiente guerra de extermínio vem negando, há anos, o direito à existência da Palestina.

Pouca Palestina resta. Passo a passo, Israel a está exterminando do mapa.

Os colonos invadem, e atrás deles os soldados vão consertando a fronteira. As balas consagram os restos mortais, em legítima defesa.

Não há guerra agressiva que não diga ser guerra defensiva. Hitler invadiu a Polônia para evitar que esta invadisse à Alemanha. Bush invadiu o Iraque para evitar que este invadisse o mundo. Em cada uma das suas guerras defensivas, Israel engoliu outro pedaço da Palestina e, os almoços seguem. A comilança se justifica pelos títulos de propriedade que a Bíblia outorgou, pelos dois mil anos de perseguição que o povo judeu sofreu, e pelo pânico gerado pelos palestinos na espreita.

Israel é o país que jamais cumpre as recomendações nem as resoluções das Nações Unidas, e que nunca acata as sentenças dos tribunais internacionais, que zomba do direito internacional, e é também o único país que legalizou a tortura dos prisioneiros.

Quem lhe deu o direito de negar todos os direitos? De onde vem a impunidade com que Israel está executando a matança de Gaza? O governo espanhol não poderia bombardear impunemente o País Basco para acabar com o ETA, nem o governo britânico poderia devastar a Irlanda para liquidar ao IRA. Por acaso a tragédia do Holocausto implica uma apólice de eterna impunidade? Ou esse sinal verde provêm da potência manda chuva que tem em Israel o mais incondicional dos seus servos?

O exército israelense, o mais moderno e sofisticado do mundo, sabe quem mata. Não mata por erro. Mata por horror. As vítimas civis são chamadas de danos colaterais, segundo o dicionário de outras guerras imperiais. Em Gaza, de cada dez danos colaterais, três são crianças. E somam-se os milhares de mutilados, vítimas da tecnologia do esquartejamento humando, que a indústria militar está testando com êxito nesta operação de limpeza étnica.

E como sempre, sempre o mesmo: em Gaza, cem a um. A cada cem palestinos mortos, há um israelense.

Gente perigosa, adverte outro bombardeio, a cargo dos meios massivos de manipulação, que nos chamam a acreditar que uma vida israelense vale tanto quanto cem vidas palestinas. E esses meios também nos chamam a crer que são humanitárias as duzentas bombas atômicas de Israel, e que uma potência nuclear chamada Irã foi a que devastou Hiroshima e Nagasaki.

A chamada comunidade internacional, existe?

É algo mais que um clube de mercadores, banqueiros e guerreiros? É algo mais que o nome artístico que os EUA se auto denominam quando fazem teatro?

Diante da tragédia de Gaza, a hipocrisia mundial aparece mais uma vez. Como sempre, a indiferença, os discursos vazios, as declarações ocas, as declamações bombásticas, as posturas ambíguas, rendem tributo à sagrada impunidade.

Diante da tragédia de Gaza, os países árabes lavam suas mãos. Como sempre. E como sempre, os países europeus esfregam as mãos.

A velha Europa, tão capaz de beleza e de perversidade, derrama uma que outra lágrima enquanto secretamente celebra esta jogada de mestre. Porque a caça aos judeus foi sempre um costume europeu, mas há meio século atrás essa dívida histórica está sendo cobrada dos palestinos, que também são semitas e que nunca foram, nem são, anti semitas.

Eles estão pagando, com sangue, uma conta alheia.

Do escritor uruguaio Eduardo Galeano pescado da página do Opera Mundi.

Dunga deu conciência, contribuição que perdurará.






O texto é de Leandro Fortes, jornalista do Brasília Eu Vi.


Leandro Fortes: Os que querem aparecer mais que a jabulani
A nova Era Dunga: o fim do besteirol esportivo


Por Leandro Fortes, no Brasília Eu Vi

Foi na Copa do Mundo de 1986, no México, com Fernando Vanucci, então apresentador da TV Globo, que a cobertura esportiva brasileira abandonou qualquer traço de jornalismo para se transformar num evento circense, onde a palhaçada, o clichê e o trocadilho infame substituíram a informação, ou pelo menos a tornaram um elemento periférico.

Vanucci, simpático e bonachão, criou um mote (“alô você!”) para tornar leve e informal a comunicação nos programas esportivos da Globo, mas acabou por contaminar, involuntariamente, todas as gerações seguintes de jornalistas com a falsa percepção de que a reportagem esportiva é, basicamente, um encadeamento de gracinhas televisivas a serem adaptadas às demais linguagens jornalísticas, a partir do pressuposto de que o consumidor de informações de esporte é, basicamente, um retardado mental. Por diversas razões, Vanucci deixou a Globo, mas a Globo nunca mais abandonou o estilo unidunitê-salamê-minguê nas suas coberturas esportivas, povoadas por sorridentes repórteres de camisa pólo colorida. Aliás, para ser justo, não só a Globo. Todas as demais emissoras adotaram o mesmo estilo, com igual ou menor competência, dali para frente.

Passados quase 25 anos, o estilo burlesco de se cobrir esporte no Brasil passou a ser uma regra, quando não uma doutrina, apoiado na tese de que, ao contrário das demais áreas de interesse humano, esporte é apenas uma brincadeira, no fim das contas. Pode ser, quando se fala de handebol, tênis de mesa e salto ornamental, mas não de futebol. O futebol, dentro e fora do país, mobiliza imensos contingentes populacionais e está baseado num fluxo de negócios que envolve, no todo, bilhões de reais.

Ao lado de seu caráter lúdico, caminha uma identidade cultural que, no nosso caso, confunde-se com a própria identidade nacional, a ponto de somente ele, o futebol, em tempos de copa, conseguir agregar à sociedade brasileira um genuíno caráter patriótico. Basta ver os carros cobertos de bandeiras no capô e de bandeirolas nas janelas. É o momento em que mesmos os ricos, sempre tão envergonhados dos maus modos da brasilidade, passam a ostentar em seus carrões importados e caminhonetes motor 10.0 esse orgulho verde-e-amarelo de ocasião. Não é pouca coisa, portanto.

Na Copa de 2006, na Alemanha, essa encenação jornalística chegou ao ápice em torno da idolatria forçada em torno da seleção brasileira penta campeã do mundo, então comandada pelo gentil Carlos Alberto Parreira. Naquela copa, a dominação da TV Globo sobre o evento e o time chegou ao paroxismo. A área de concentração da seleção tornou-se uma espécie de playground particular dos serelepes repórteres globais, lá comandados pela esfuziante Fátima Bernardes, a produzir pequenos reality shows de dentro do ônibus do escrete canarinho.

Na época, os repórteres da Globo eram obrigados a entrar ao vivo com um sorriso hiperplastificado no rosto, com o qual ficavam paralisados na tela, como em uma overdose de botox, durante aqueles segundos infindáveis de atraso de sinal que separam as transmissões intercontinentais. Quatro anos antes, Fátima Bernardes havia conquistado espaço semelhante na bem sucedida seleção de Felipão. Sob os olhos fraternais do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, foi eleita a musa dos jogadores, na Copa de 2002, no Japão. Dentro do ônibus da seleção. Alguém se lembra disso? Eu e a Globo lembramos, está aqui.

O estilo grosseiro e inflexível de Dunga desmoronou esse mundo colorido da Globo movido por reportagens engraçadinhas e bajulações explícitas confeitadas por patriotadas sincronizadas nos noticiários da emissora. Sem acesso direto, exclusivo e permanente aos jogadores e aos vestiários, a tropa de jornalistas enviada à África do Sul se viu obrigada a buscar informações de bastidores, a cavar fontes e fazer gelados plantões de espera com os demais colegas de outros veículos. Enfim, a fazer jornalismo. E isso, como se sabe, dá um trabalho danado. Esse estado de coisas, ao invés de se tornar um aprendizado, gerou uma reação rançosa e desproporcional, bem ao estilo dos meninos mimados que só jogam porque são donos da bola. Assim, o sorriso plástico dos repórteres e apresentadores se transformou em carranca e, as gracinhas, em um patético editorial.

Dunga será demitido da seleção, vença ou perca o mundial. Os interesses comerciais da TV Globo e da CBF estão, é claro, muito acima de sua rabugice fronteiriça e de sua saudável disposição de não se submeter à vontade de jornalistas acostumados a abrir caminho com um crachá na mão. Mas poderá nos deixar de herança o fim de uma era medíocre da crônica esportiva, agora defrontada com um fenômeno com o qual ela pensava não mais ter que se debater: o jornalismo.

Clique aqui para conferir o post na íntegra no Vi o Mundo.

do Conversa Afiada

o video abaixo foi feito no carnaval de Recife contém palavras de baixo calão. Mas é o povo contra a Globo de novo.


O governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho (PSDB).Esse partido é tão azarado que traz enchente até para o nordeste