Capital não tem pátria. mas pode ter ilhas. E gregas
A Grécia está disposta a vender ou a oferecer em regime de comodato por longo prazo algumas de suas 6 mil ilhas para poder pagar sua enorme dívida, informa hoje o jornal “The Guardian”.
Segundo o jornal britânico, uma área da ilha de Mykonos, um dos principais destinos turísticos do país, está em venda.
Um terço da área pertence ao Estado, que procura um comprador para injetar capital e desenvolver um complexo turístico, diz a publicação, que cita uma fonte próxima às negociações.
Investidores russos e chineses estariam interessados em propriedades da ilha de Rodas, pensando o local como futuro destino no Meditarrâneo para as povoações cada vez mais opulentas desses países.
Entre os supostos interessados está o magnata Roman Abramovich, o multimilionário proprietário do clube de futebol inglês Chelsea.
Segundo o portal de internet Private Islands, a ilha de Nafsika, no Jônico, está em venda por 15 milhões de euros.
Outras, no entanto, são vendidas por 2 milhões de euros, menos do que custa uma casa elegante em bairros londrinos de Chelsea ou Mayfair, diz o jornal.
“É algo que me entristece, vender ilhas ou áreas que pertencem ao povo grego deveria ser o último recurso”, explica Makis Perdikaris, diretor de Greek Island Properties.
Mas acrescenta o empresário, “a primeira missão é desenvolver a economia e atrair investimentos estrangeiros e internos para criar infraestrutura necessária. O importante é obter financiamento”.
do Tijolaço
Fidel: Como desejaria estar errado
Via Granma
Como desejaria estar errado
QUANDO estas linhas se publiquem no jornal Granma, amanhã, sexta-feira, o dia 26 de julho, data na qual sempre lembramos com orgulho a honra de ter resistido os embates do império, ficará distante, apesar de que somente restam 32 dias.
Aqueles que determinam cada passo do pior inimigo da humanidade — o imperialismo dos EUA, uma mistura de mesquinhos interesses materiais, desprezo e subestimação as demais pessoas que habitam o planeta — o calcularam tudo com precisão matemática.
Na reflexão de 16 de junho escrevi: "Entre jogo e jogo da Copa Mundial de Futebol, as notícias diabólicas vão deslizando aos poucos, de forma tal que ninguém se ocupe delas".
O famoso evento esportivo entrou nos seus momentos mais emocionantes. Durante 14 dias os times integrados pelos melhores futebolistas de 32 países competiram para avançar rumo a fase de oitavas de final; depois vêm sucessivamente as fases de quartas de final, semifinais e o final do evento.
O fanatismo esportivo cresce incessantemente, cativando centenas e talvez milhares de milhões de pessoas em todo o planeta.
Haveria que se perguntar quantos, no entanto, conhecem que desde 20 de junho navios militares norte-americanos, inclusive o porta-aviões Harry S. Truman, escoltado por um ou mais submarinos nucleares e outros navios de guerra com mísseis e canhões mais potentes que o dos velhos navios de guerra utilizados na última guerra mundial entre 1939 e 1945, navegavam rumo as costas iranianas através do canal de Suez.
Juntamente com as forças navais ianques avançavam navios militares israelenses, com armamento igualmente sofisticado, para inspecionar quanta embarcação parta para exportar e importar produtos comerciais que o funcionamento da economia iraniana requer.
O Conselho de Segurança da ONU, por proposta dos EUA, com o apoio da Grã-Bretanha, França e Alemanha, aprovou uma poderosa resolução que não foi vetada por nenhum dos cinco países que ostentam esse direito.
Outra resolução mais forte foi aprovada por acordo do Senado dos Estados Unidos.
Com posterioridade, uma terceira resolução mais poderosa ainda, foi aprovada pelos países da Comunidade Europeia. Tudo isto aconteceu antes de 20 de junho, o que motivou uma viagem urgente do presidente francês, Nicolas Sarkozy à Rússia, segundo notícias, para entrevistar-se com o chefe de Estado desse poderoso país, Dimitri Medvédev, com a esperança de negociar com o Irã e evitar o pior.
Agora se trata de calcular quando as forças navais dos EUA e de Israel se desdobrarão frente às costas do Irã, para unir-se aos porta-aviões e demais navios militares norte-americanos que estão à espreita nessa região.
O pior é que, igual que os Estados Unidos, Israel, seu gendarme no Oriente Médio, possui modernos aviões de ataque e sofisticadas armas nucleares fornecidas pelos EUA, que o tornou na sexta potência nuclear do planeta por seu poder de fogo, entre as oito reconhecidas como tais, que incluem à Índia e o Paquistão.
O Xá do Irã foi derrocado pelo aiatolá Ruhollah Jomeini em 1979 sem empregar uma arma. Depois, os Estados Unidos impuseram-lhe a guerra àquela nação com o emprego de armas químicas, cujos componentes forneceu ao Iraque juntamente com a informação requerida pelas suas unidades de combate e que foram empregues por estas contra os Guardiães da Revolução. Cuba o conhece porque nesse então era, como temos explicado outras vezes, presidente do Movimento de Países Não-Alinhados. Sabemos muito bem os estragos que causou na sua população. Mahmud Ahmadineyad, atualmente chefe de Estado no Irã, foi chefe do sexto exército dos Guardiães da Revolução e chefe dos Corpos dos Guardiães nas províncias ocidentais do país, que levaram o peso principal daquela guerra.
Hoje, em 2010, tanto os EUA quanto Israel, depois de 31 anos, subestimam o milhão de homens das Forças Armadas do Irã e sua capacidade de combate por terra, e às forças de ar, mar, e terra dos Guardiães da Revolução.
A estas se acrescentam os 20 milhões de homens e mulheres, entre 12 e 60 anos, selecionados e treinados sistematicamente por suas diversas instituições armadas entre os 70 milhões de pessoas que habitam o país.
O governo dos EUA elaborou um plano para organizar um movimento político que, apoiando-se no consumismo capitalista, dividisse os iranianos e derrubasse o regime.
Tal esperança é atualmente inócua. Resulta risível pensar que com os navios de guerra estadunidenses, unidos aos israelenses, despertem as simpatias de um só cidadão iraniano.
Pensava inicialmente, ao analisar a atual situação, que a contenda começaria pela península da Coreia, e ali estaria o detonador da segunda guerra coreana que, a sua vez, daria lugar de imediato à segunda guerra que os Estados Unidos lhe imporiam ao Irã.
Agora, a realidade muda as coisas no avesso: a do Irã desatará de imediato a da Coreia.
A direção da Coreia do Norte, que foi acusada do afundamento do "Cheonan", e sabe perfeitamente que foi afundado por uma mina que os serviços de inteligência ianque conseguiram colocar no casco desse navio, não esperará um segundo para atuar enquanto no Irã se inicie o ataque.
É justo que os fanáticos do futebol desfrutem das competições da Copa do Mundo. Somente cumpro o dever de exortar o nosso povo pensando, sobretudo em nossa juventude, cheia de vida e esperanças, e especialmente nas nossas maravilhosas crianças, para que os fatos não nos surpreendam absolutamente desprevenidos.
Dói-me pensar em tantos sonhos concebidos pelos seres humanos e nas assombrosas criações das quais têm sido capazes em só uns poucos milhares de anos.
Quando os sonhos mais revolucionários se estão cumprindo e a Pátria se recupera firmemente, como desejaria estar errado!
Fidel Castro Ruz
do Gilson Sampaio
A diarreia da British Petroleum no Golfo do México: Greenpeace lambuzado de petrodólares
Sanguessugado do AssazAtroz
Beline Chaves
Interessante a atitude do Greenpeace, de acordo com matéria do site Terra:
"O Greenpeace decidiu não fazer campanha por um boicote [dos produtos específicos da BP]. Ao invés disso, seus representantes apresentam um desafio diferente: as pessoas que realmente querem punir a BP precisam encontrar formas de viver sem o petróleo."
Eu particularmente posso viver sem o Greenpeace, mas qual será o real motivo de tanta tolerância, aliviando a barra do principal culpado e generalizando os criminosos? É claríssimo. Seus membros não podem ir contra quem lhes mantém como um batalhão de mercenários que realmente revelam ser.
Se quisessem parar o vazamento, torpedeando o local e lacrando o poço, já o teriam feito, mas o poder da BP é tão grande que Obama parece hesitante há algumas semanas, ou impotente perante as consequências da maior eco-tragédia já registrada em toda a era do petróleo. Impotente ou intimidado por uma assessoria incompetente e generais intolerantes, belicosos.
Na luta contra o mar de petróleo no Golfo, uma ONG está se esforçando para barrar o óleo usando boias e tapetes recheados de tufos de cabelo humano. Com essa ONG posso até contribuir, doando alguns gramas de meus pentelhos.
Tá pianinho o Greenpeace, nem parece aquele que enfrenta barcos baleeiros como piratas abordando navios da Coroa britânica no Mar do Caribe.
Agora precisamos ver se algum lorde descendente de alguma tribo extinta do Reino Unido se manifesta com o apoio, por exemplo, da Survival. Afinal, tudo leva a crer que os donos do “óleo” (uma das gírias para “dinheiro”) são também donos das ONGs mais enganadoras do Planeta que está poluído delas, essas se apresentam como alternativa às inações dos governos corruptos, os que se sustentam com o apoio de seus comparsas corruptores.
___________________
Beline Chaves é piloto comercial agrícola (código DAC 910018) e escritor; leitor assíduo desta nossa Agência Assaz Atroz, nos enviou esse texto a título de colaboração.
Nenhum comentário:
Postar um comentário