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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, junho 25, 2010

Bike elétrica já








A Volkswagen apresentou na feira de tecnologia "Auto China 2010" sua mais nova criação tecnológica que certamente vai, no futuro, dar uma mãozinha no caótico trânsito das grandes cidades. O projeto é ousado e inovador: uma bicicleta elétrica com várias funcionalidades e praticidades.
A gigante do automobilismo mundial pegou pesado, lançando um produto inovador e único no mercado: com bateria de autonomia de 20 km; recarregável em qualquer tomada elétrica e em automóveis; totalmente dobrável, levíssima e equipada com freio a disco nas duas rodas.
Objetivando alcançar a classe média, este projeto com certeza vai pegar, porque é um conceito novo - chamado "Think Blue" - de meio de transporte e diversão para grandes cidades que não possibilitam aos seus moradores opções de trânsito, locomoção e estacionamento adequadas.

O projeto já é uma realidade. Faltam agora as condições ideais de trafego, segurança e financiamento. Difícil é mudar conceitos, mentalidades e quebrar barreiras culturais, principalmente aqui no Brasil, onde ainda em muitas cidades, pessoas com "certas condições financeiras e posição social" não andam de transporte público e muito menos de BIKE.


As ciclovias, no futuro, serão uma realidade que farão a grande diferença no trânsito. É viver pra crer!

do Com Texto Livre

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