O exército é de esquerda
Por Capitão Luís Fernando Souza.
Embora a Ditadura Militar tenha marcado o imaginário popular, atribuindo uma posição política conservadora às Forças Armadas, o papel da instituição ao longo da história mostra que às suas origens estão bem mais perto da esquerda do que muitos poderiam imaginar.
Alguns militares podem até declarar que são de direita, e devemos respeitá-los, já que vivemos em uma sociedade onde a liberdade de expressão é uma das máximas constitucionais. Mas isso não significa que o exército em si adote essa posição. Basta recordar acontecimentos históricos, como a abolição da escravatura no Brasil. Na época, as Forças Armadas trabalharam, juntamente com a Maçonaria, para dissolver a aristocracia agrária que insistia em explorar os trabalhadores negros. Ou seja, ao lado do povo, a instituição opôs-se à direita.
No final da Monarquia, mais uma vez, o Exército combateu os ideais da realeza brasileira e toda a sua corte. Os militares mantiveram-se à esquerda destes, e, novamente juntamente com maçonaria, instituíram a República. Não é à toa que o primeiro presidente do Brasil foi Deodoro da Fonseca, um general.
Mais adiante, nas décadas de 20 e 30, quando vigorava a política Café com Lei representada pela oligarquia agrária, os militares organizaram o Movimento Tenentista, de caráter político-militar. Composto em sua maioria por jovens tenentes, a iniciativa visava ao combate do coronelismo imposto pelas oligarquias cafeeiras. Entre os ideais, estava acabar com o voto de cabresto, propondo a mudança do voto aberto para secreto, e reformar o sistema educacional público.
Na mesma época, foi promovida uma campanha nacionalista que pregava o lema "O petróleo é nosso", sendo materializada com a fundação da Petrobrás. Isso sem falar na Intentona Comunista de 1935, também conhecida como Revolta Vermelha, e da Coluna Prestes, movimento liderado por militares que faziam oposição à República Velha e às classes dominantes na época.
Já nas décadas de 40 e 50 foi a vez de os militares mostrarem a sua força na Itália. Eles foram para a Itália, ombrear com estadunidenses, russos e demais aliados, combater na Força Expedicionária Brasileira colocando-se mais uma vez à esquerda.
Passamos por um breve hiato nos anos 60, 70 e 80, quando os militares foram conduzidos pelos norte-americanos a defenderem os seus interesses imperiais.
A partir da década de 90, com o estabelecimento do período neoliberal, a direita foi representada pelos presidentes Sarney, Collor, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso. As conseqüências foram uma diminuição lenta e gradual nos orçamentos e no tamanho das Forças Militares Nacionais. E o resultado dessa linha política está sendo uma completa deterioração e um desmantelamento do Estado Nacional.
Felizmente, a cada dia aumenta a geração de militares que percebem esse progresso e, com uma visão global, voltam-se para a preservação da instituição que visa a atender aos anseios do povo. Isso significa ficar à esquerda do neoliberalismo e apoiar as novas ações de projetos de desenvolvimento nacional, como o propagado pelo presidente Lula, através da Estratégia Nacional de Defesa.
Parece que novamente voltamos para onde sempre estivemos: à esquerda, onde está a maioria da população. Mesmo que pensem o contrário, a história segue, confirmando a nossa real missão. http://capitaofernando.blogspot.com/
do Blog da Dilma
Embora a Ditadura Militar tenha marcado o imaginário popular, atribuindo uma posição política conservadora às Forças Armadas, o papel da instituição ao longo da história mostra que às suas origens estão bem mais perto da esquerda do que muitos poderiam imaginar.
Alguns militares podem até declarar que são de direita, e devemos respeitá-los, já que vivemos em uma sociedade onde a liberdade de expressão é uma das máximas constitucionais. Mas isso não significa que o exército em si adote essa posição. Basta recordar acontecimentos históricos, como a abolição da escravatura no Brasil. Na época, as Forças Armadas trabalharam, juntamente com a Maçonaria, para dissolver a aristocracia agrária que insistia em explorar os trabalhadores negros. Ou seja, ao lado do povo, a instituição opôs-se à direita.
No final da Monarquia, mais uma vez, o Exército combateu os ideais da realeza brasileira e toda a sua corte. Os militares mantiveram-se à esquerda destes, e, novamente juntamente com maçonaria, instituíram a República. Não é à toa que o primeiro presidente do Brasil foi Deodoro da Fonseca, um general.
Mais adiante, nas décadas de 20 e 30, quando vigorava a política Café com Lei representada pela oligarquia agrária, os militares organizaram o Movimento Tenentista, de caráter político-militar. Composto em sua maioria por jovens tenentes, a iniciativa visava ao combate do coronelismo imposto pelas oligarquias cafeeiras. Entre os ideais, estava acabar com o voto de cabresto, propondo a mudança do voto aberto para secreto, e reformar o sistema educacional público.
Na mesma época, foi promovida uma campanha nacionalista que pregava o lema "O petróleo é nosso", sendo materializada com a fundação da Petrobrás. Isso sem falar na Intentona Comunista de 1935, também conhecida como Revolta Vermelha, e da Coluna Prestes, movimento liderado por militares que faziam oposição à República Velha e às classes dominantes na época.
Já nas décadas de 40 e 50 foi a vez de os militares mostrarem a sua força na Itália. Eles foram para a Itália, ombrear com estadunidenses, russos e demais aliados, combater na Força Expedicionária Brasileira colocando-se mais uma vez à esquerda.
Passamos por um breve hiato nos anos 60, 70 e 80, quando os militares foram conduzidos pelos norte-americanos a defenderem os seus interesses imperiais.
A partir da década de 90, com o estabelecimento do período neoliberal, a direita foi representada pelos presidentes Sarney, Collor, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso. As conseqüências foram uma diminuição lenta e gradual nos orçamentos e no tamanho das Forças Militares Nacionais. E o resultado dessa linha política está sendo uma completa deterioração e um desmantelamento do Estado Nacional.
Felizmente, a cada dia aumenta a geração de militares que percebem esse progresso e, com uma visão global, voltam-se para a preservação da instituição que visa a atender aos anseios do povo. Isso significa ficar à esquerda do neoliberalismo e apoiar as novas ações de projetos de desenvolvimento nacional, como o propagado pelo presidente Lula, através da Estratégia Nacional de Defesa.
Parece que novamente voltamos para onde sempre estivemos: à esquerda, onde está a maioria da população. Mesmo que pensem o contrário, a história segue, confirmando a nossa real missão. http://capitaofernando.blogspot.com/
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