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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, junho 18, 2010

FIFA retifica decisão sobre copa de 2014 / Tornar visível os invisíveis




do esquerdopata


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As muitas violências contra os moradores de rua de São Paulo

Por Márcio Zonta [Sexta-Feira, 18 de Junho de 2010 às 13:24hs]

A invisibilidade da população em situação de rua pode explicar, de uma maneira mais ampla, a chacina ocorrida na madrugada de 11 de maio, no bairro do Jaçanã, em São Paulo, quando seis pessoas que dormiam sob um viaduto foram mortas a tiros (leia detalhes na matéria abaixo).

A opinião é de Átila, ex-morador de rua e um dos coordenadores do Movimento Nacional da População de Rua. Segundo ele, é difícil dizer por que a violência contra esse setor social vem crescendo tanto nos últimos anos, mas acredita que alguns fatores são determinantes para tal comportamento. “Isso vem sendo motivado pelo incômodo que a sociedade, como um todo, sente dos moradores de rua. São pessoas mais vulneráveis, pois são invisíveis por não terem a proteção do Estado, geralmente por não terem documentos e por terem perdido seus vínculos familiares”.

Albergues fechados
Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, dentre toda a população de moradores de rua de São Paulo, 79,6% fazem apenas uma refeição por dia e 19% não conseguem se alimentar diariamente.

Na opinião de Átila, essa vulnerabilidade e consequente violência acontecem porque faltam, em São Paulo, políticas públicas diferenciadas, não somente aquelas aplicadas hoje pela prefeitura ou governo estadual – que acabam discriminando a população de rua e sempre terminam na tentativa de sua remoção, sobretudo dos espaços físicos centrais, como se sua presença incomodasse ou sujasse o lugar – mas, principalmente, “políticas intersetoriais, integralistas, que incluam a saúde, tratem a questão do álcool e das drogas, atenuem a questão do trabalho e da habitação. Todos esses elementos não são abordados juntos”, lamenta.

Em 2009, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), fechou três albergues na região central, acabando com 1.154 das 8 mil vagas que existiam, conforme dados da prefeitura.

Átila pontua que as vagas não precisariam ser fechadas; a estrutura de atendimento desses albergues é que deveriam ser repensadas. “No que restou dos albergues centrais, como, por exemplo, o da Pedroso, construído debaixo do próprio viaduto Pedroso, no bairro da Bela Vista, todos os moradores de rua que chegam são colocados juntos e recebem o mesmo tipo de tratamento. Sabemos que essa população é heterogênea em suas características – há pessoas com problemas de saúde física ou mental, por exemplo –, portanto, há de existir um tratamento individual”, propõe.

“Toque de despertar”
Kassab também determinou, através de uma portaria assinada no dia 1º de abril de 2010, que a Guarda Civil Metropolitana passasse a “contribuir para evitar a presença de pessoas em situação de risco nas vias e áreas públicas da cidade e locais impróprios para a permanência saudável das pessoas”. O cumprimento dessa determinação inclui “toque de despertar”, inclusive com utilização de bombas, para impedir que a população moradora de rua possa dormir.

Diante desse quadro, para Átila, sem uma diretriz governamental que resolva ou minimize os problemas das pessoas que moram nas ruas – que, hoje, na cidade de São Paulo, formam um contingente de, aproximadamente, 14 mil pessoas, segundo dados da própria prefeitura –, a violência contra elas será difícil de cessar. “É difícil prever se teremos outras ações criminosas como essas, mas sabemos que o que está sendo feito hoje pelas autoridades leva a isso”, desabafa.

Os crimes que vitimaram os sete moradores de rua em agosto de 2004, na região da Sé, não tiveram um desfecho investigativo que chegasse aos culpados ou mandantes e suas motivações. Portanto, para Átila, fica claro que “as corporações de segurança e a população sabem que existe um movimento de policiais envolvidos nessa violência contra os moradores de rua.

Márcio Zonta



Por que a elite de SP não quer o Morumbi.
Para ocupar uma favela


Já pensou se eles também falassem francês ?

A rádio que troca a notícia, a CBN, oferece em São Paulo um colonista (*) que discute os assuntos da cidade.

Na verdade, ouvi-lo é ter a sensação de que São Paulo é Lucerne, uma aprazível cidade suíça.

Faz parte do universo intelectual do colonismo (*) paulista.

Este notável colonista ofereceu hoje de manhã todos os argumentos para São Paulo repudiar a Copa.

Ele é uma espécie de Glenn Beck, aquele radical de direita de televisão americana, que disse que odeia futebol (soccer), porque é coisa de pobre.

A elite de São Paulo faz isso sem radicalismo.

É tudo muito suave, delicado, como o Fernando Henrique quando fala francês.

Atento à explanação do dito colonista, me assaltou uma idéia: já sei !

Eureka !

Eles não querem o Morumbi, porque seriam obrigados a construir uma linha de metrô.

Com o metrô, se tornaria irreversível a ocupação de uma área gigantesca, vizinha ao aristocrático bairro do Morumbi.

Nessa área gigantesca moram, na maioria, nordestinos, habitante da favela de Paraisópolis.

Um dos planos (nem tão) secretos da elite paulista é esvaziar Paraisópolis, retirar os equipamentos sociais, não levar escolas nem polícia, não abrir meios de acesso.

Enclausurar a favela.

E obrigar a favela sair de lá.

E aí, a elite chama a indústria da construção civil e transforma Paraisópolis num novo paraíso, parecido com o outro lado do bairro, onde mora o Governador: o Morumbi nobre, que fala francês.

Tão simples quando isso.

Com a Copa, tinha metrô e os pobres não sairiam de lá.

Sem a Copa, os pobres vão para o gueto da Zona Leste.

E que lá fiquem !

Paulo Henrique Amorim

(*) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG (***) que combatem na milícia para derrubar o presidente Lula. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

do conversa afiada



Proeza tucana: fábrica de vacina fechada

Revoltante o descaso dos governos tucanos com o Butantan...

Simplesmente revoltante o descaso dos governos tucanos em relação ao Butantan, um dos grandes centros científicos e de pesquisas do Brasil, devastado há três semanas por um incêndio. Agora, chegou ao presidente da Comissão de Saúde e Higiene da Assembléia Legislativa de São Paulo, deputado Fausto Figueira (PT) e ao líder petista na Casa, deputado Antônio Mentor, uma nova denúncia: a de que o Instituto não produziu nenhuma dose de vacina da gripe até hoje.

É isso mesmo. Ampliações e adaptações ao Instituto, reinauguradas inúmeras vezes pelos governos tucanos que se revezam ha 16 anos no poder em São Paulo, tinham como meta o início da produção das vacinas a partir de 2005. Desde então, nada. Resultado, como bem salientou o deputado Fausto aqui em entrevista a este blog, o Butantan servia apenas como um grande estoque de vacinas compradas a granel do exterior e só envasadas aqui.

Curioso: as últimas instalações para a produção dessas vacinas foram montadas há três anos. E eu li que autoridades responsáveis pelo Butantan consideram normal e dentro do previsto o fato da produção não ter começado ainda...Mas, espera, vocês conhecem ou já ouviram falar de uma fábrica montada e que três anos depois, ainda não começou a funcionar? E que isso é normal?

Eu nunca. Só essa fábrica montada pela administração tucana de José Serra que, depois de três anos e meio como governador é agora o candidato da oposição (PSDB-DEM-PPS) a Presidência da República. Será que é porque não conseguiram privatizá-la, iniciativa de que os tucanos tanto gostam?

Matéria prima para produção de vacinas foi para o lixo

Figueira e Mentor conversaram esta semana com Otávio Mercadante, diretor do Instituto que confirmou que a fábrica de vacinas da gripe comum e H1N1 do Butantan não funciona. Segundo os parlamentares petistas, centenas de milhares de ovos de galinha - base para a fabricação das vacinas - foram simplesmente para as latas de lixo.

E pior, o Butantan tem um contrato de cinco anos que envolve R$ 68 milhões dos governos federal e paulista com a empresa de avicultura Globoaves, responsável pelo fornecimento dos ovos para a produção de vacinas.

Como vocês podem ver, uma prova cabal que não apenas justifica a CPI do Butantan na Assembléia Legislativa, como mostra o desrespeito e a incompetência dos governo tucanos. Ou será que em quase duas décadas de governo em São Paulo, eles não viram a gravidade da situação no Butantan?

Francamente...

do Varal de Noticias


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o bola murcha

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