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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, junho 26, 2010

São Paulo merece sair do fosso criado por 16 anos de ss Erra e sua gangue




Professor da USP especialista em transporte será vice de Mercadante

A chapa do PT para a disputa ao governo do estado de São Paulo está formada. O professor da USP São Carlos e especialista em transporte, Antonio Clóvis Pinto Ferraz (PDT), foi oficializado, na tarde desta sexta-feira (25/06), como vice de Aloizio Mercadante. O senador, que também é professor, explicou que a indicação de Coca Ferraz mostra a importância de duas de suas principais propostas: prioridade absoluta da educação e desenvolvimento do interior.

“Nós queremos interiorizar o desenvolvimento do estado. São Paulo precisa olhar para o interior de outra forma. Nós não podemos aceitar que 440 cidades representem apenas 5% do PIB do estado. Isso vai ter que mudar”, defendeu Mercadante. Segundo o senador Mercadante, Coca Ferraz será essencial nesse projeto, que inclui diversos desafios no setor de transportes.

Coca Ferraz explicou algumas de suas propostas: subsídio ao transporte coletivo, combate à violência no trânsito e nas estradas e luta contra a expansão dos pedágios. “Os pedágios estão muito caros no estado de São Paulo. Eles têm aumentado o custo dos produtos e têm impedido as pessoas de viajar. Dependendo da viagem, o pedágio custa mais que o combustível”, afirmou.

A homologação da candidatura da chapa de Aloizio Mercadante e Coca Ferraz acontecerá neste sábado (26/06) na Convenção Estadual do PT-SP. O evento começa às 09h no Expo Center Norte, na capital paulista.

Perfil - Coca Ferraz é de uma família do município de Rincão, região de Araraquara. Além de professor titular da USP, é consultor de transportes do Banco Mundial. Nessa função, auxiliou a implementação de políticas de tráfego em várias cidades do mundo, como na Cidade do México.


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A Pefeição, José Saramago


"Há momentos assim na vida: descobre-se inesperadamente que

a perfeição existe, que é também ela uma pequena esfera que

viaja no tempo, vazia, transparente, luminosa, e que

às vezes (raras vezes) vem na nossa direcção, rodeia-nos

por breves instantes e continua para outras paragens e outras gentes."


(José Saramago)

do Pensamentos e Fragmentos

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