Serra afunda. E o “Celso Furtado” navega…
Estive agora de manhã no Estaleiro Mauá, no lançamento do “Celso Furtado”, o primeiro navio construído no estado do Rio para o programa de expansão da frota da Petrobra e o único de grande porte a ser produzido aqui – pasmem- desde 1997! Conversei com Sergio Machado, presidente da Transpetro e ele me confirmou que outras 15 embarcações serão construídas aqui, e as encomendas já contratadas estão gerando hoje emprego para quase 25 mil trabalhadores. Para vocês terem uma ideia, toda a indústria brasileira de construção naval empregava cerca de 2 mil trabalhadores em todo o País, antes das encomendas da petrobras, que já elevou este número para 46 mil.
É uma enorme alegria ver centenas de trabalhadores felizes e realizados com a descida ao mar do navio, ainda por cima uma merecida homenagem a um grande brasileiro, Celso Furtado, um economista que se preocupava com desenvolvimento brasileiro e, especialmente, com o povo do seu Nordeste. Fiquei pensando: como seria possível que o nosso país pudesse retroceder ao tempo do desmonte de nossa indústria, às encomendas de tudo no exterior, ao desemprego de nossos operários, técnicos e engenheiros navais, uma tradição carioca e brasileira, pois já fomos a 2a maior indústria naval do mundo?
Felizmente, foi só um pensamento ruim. Porque os fatos mostram que estes tristes tempos se foram para sempre.
do Tijolaço
Serra não entende nada de mulher, deveria ficar calado
Segundo o candidato tucano, a legalização do aborto “Dificultaria o trabalho de prevenção... Vai (ter) gravidez para todo o lado porque (a mulher) vai para o SUS e faz o aborto”, “seria uma carnificina”, disse o candidato, demonstrando retumbante ignorância dos números que acompanham a tragédia dos abortos inseguros no país, bem como da subjetividade feminina.
A Globo não respeita os mortos nem a verdade
Fiquei indignado com uma chamadinha de capa de O Globo hoje, sobre o lançamento do navio “Celso Furtado”, ao qual estive presente, ontem, no Ri. Não é apenas infeliz e desrespeitoso com um dos brasileiros mais respeitados, tanto pela sua qualidade como economista quanto por sua paixão pelo desenvolvimento brasileiro, mas nada tem a ver com a história que, muito corretamente, a repórter Danielle Nogueira conta lá dentro, na página 31 do jornal.
O que ocorre é o seguinte: a única fabricante de chapas de aço na espessura exigida em petroleiros no Brasil é a Usiminas, empresa privatizada no Governo Collor – e com apoio de O Globo - que aumentou e parece que pretende aumentar mais o seu preço. Não há outra empresa nacional que fabrique este material, enquanto não entrar em operação a Siderurgica do Atlântico, aqui no Rio, que terá uma unidade de chapas pesadas.
A Petrobras supervisiona as compras de aço pelos estaleiros, para que o preço do material não torne demasiadamente cara a produção das embarcações e assim se inviabilizar a sua construção no Brasil.
Não temos outras usinas capazes de produzir estes aços pesados porque quem poderia investir nisso, que é a Vale, não apenas compra navios lá fora como se recusa a investir mais na siderurgia. Mas, pelo menos, estamos fazendo aqui os navios, que os tucanos compravam todos no exterior.
O Celso Furtado é um navio brasileiro, feito por brasileiros e batizado com o nome de um grande brasileiro. E se parte – só parte - do seu aço vem da China, feito talvez com o minério brasileiro é porque gente que não ama este país, mas é adorada pelo O Globo, tem privatizado e atrasado a siderurgia brasileira.
do Tijolaço
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