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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, junho 28, 2010

O coração é a razão

Lula, sobre Vargas


Da coluna Painel, da Folha de S. Paulo, hoje:

“Em entrevista para o documentário “Os Herdeiros de Vargas, Memórias do Brasil”, Lula, que tinha oito anos quando Getúlio se matou, disse que só foi entendê-lo “muito tempo depois, quando virei político”. “No começo da vida sindical, eu não gostava dele. Depois, verifiquei que o povo gostava de Vargas. Foi ele quem criou tudo o que existe aí, como a Petrobras.”
Segundo Lula, a culpa pelo golpe de 1964 “não foi dos americanos”, mas “da UDN, que se aliou às elites e aos militares para derrubar Jango”, assim como, prosseguiu o presidente, havia derrubado Getúlio. “A diferença dos meus dois governos para os de Vargas, JK e Jango é que no tempo deles os militares estavam na oposição, eu sou respeitado por eles e vice-versa.”
Na entrevista a Yacy Nunes e Daniel Zarvos, diretores do documentário, Lula opinou que o “peso udenista” ainda existe no país, mas está acabando. O filme será lançado no primeiro semestre de 2011.
O presidente disse ainda que, assim como Getúlio, JK e Jango, ele governa “com o coração”. “É melhor do que com a cabeça.”

do Tijolaço


Sem dúvida que o trabalhismo é a direção,
a humanidade só avança assim, podemos claramente perceber nestes governos a luta avançar, as conquistas atingirem um maior numero de pessoas, e o povo se beneficiar.
Os que querem manter os privilégios a ostentação e opulência, na base do entreguismo que se cuidem.
Vivemos em outra era, ou racionalizamos a vida pela Paz entre os povos, e a sustentabilidade preservando a natureza e reduzindo drasticamente o consumismo. Oferecendo consumo mais necessário e durável. É preciso que haja mudança também na publicidade e na mídia para que cooperem nesta mudança. Ou não terá para ninguém, os UDnistas resistem mas são cada vez mais ilhas de suas próprias fantasias. O patamar que o país atingiu com o governo Lula os torna "os Udnistas" verdadeiros terroristas quando se fala em privatizar Petrobras ou tirar direitos adquiridos., como a nossa soberania em não mais depender do FMI. Os militares sendo aliados do Lula e tendo hoje papel de parceiros como no Haiti, ou na catástrofe em Alagoas, só nos orgulham deste novo tempo. E Viva a renovação que se renovem os que ainda estão olhando para o próprio umbigo. Grande deputado Brizola Neto, como Graças a Deus podemos hoje ter uma vida mais fácil para nos expressar coisa que nem Getúlio nem seu avô tiveram em tempos idos. É bom ver que sempre teremos lutas mas que gradativamente com inteligência e Paz no coração como ensina Lula estamos todos juntos vencendo

Eu

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