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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, junho 22, 2010

Israel tem que tomar vergonha na cara






Maior comboio de ajuda de todos os tempos partirá, em Setembro, para a Palestina


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O fundador do Viva Palestina,George Galloway, falando a uma multidão de cerca de 20 mil pessoas que protestavam em frente à embaixada israelense em Londres, no dia 05 de junho, revelou o último plano para quebrar o cerco a Gaza:dois comboios simultâneos - um por terra a outra por via marítima - estão sendo planejados para iniciar sua viagem em 12 de setembro com destino a Gaza. O Viva Palestina. juntamente com o Comitê Internacional para Romper o Cerco de Gaza e todos os aliados se uniram para organizar os dois comboios.

O comboio terrestre, que sairá de Londres, atravessará toda a Europa até a Turquia, depois irá para a Síria e, finalmente, através da fronteira de Rafah , entrará em Gaza. Eles estão buscando cooperação com governos e agências relevantes. Espera-se que o comboio seja reforçado por veículos e voluntários em cada país por onde passar. A meta é entrar em Gaza com 500 veículos.

O comboio marítimo viajará por todo o Mediterrâneo reunindo navios, cargas e voluntários de cada país. A meta é entrar em Gaza com sessenta navios. Os organizadores planejam chegar nas fronteiras de Gaza,ao mesmo tempo, realizando maior comboio de ajuda do mundo em todos os tempos e , assim, tornar nulo o cerco.

Para mais informações sobre como participar do comboio " Viva Palestina " de ajuda a Gaza por terra e por mar, cadastre-se para receber e-mails através do site Viva Palestina e do Viva Palestina Saudita.

http://www.vivapalestina.org/home.htm
http://www.vivapalestinaarabia.org/

por Beth Monteiro

do cidadã do mundo

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