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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, junho 16, 2010

Mais fracassos neo liberal






Neoliberalismo de Serra provocou apagão da Copa 2014 em SP

Em maio do ano passado a Fifa confirmou as 12 sedes da Copa do Mundo de 2014 no Brasil, incluindo o Estádio Morumbi na capital Paulista, mediante reformas.

José Serra (PSDB/SP) e Gilberto Kassab (DEMos/SP) fizeram sua festa particular diante dos holofotes televisivos. O MOrumbi deveria abrir a Copa e ser uma das sedes das semi-finais.

O comitê paulista organizador da Copa é comandado pelo tucano Caio Luiz de Carvalho, presidente da SPTURIS ─ Empresa de Turismo e Eventos da Cidade de São Paulo (estatal da prefeitura).

Seguindo a cartilha neoliberal demo-tucana, José Serra e Kassab, deixaram tudo por conta da mão invisível do mercado, para que a iniciativa privada e a diretoria do São Paulo Futebol Clube se virassem com a reforma do estádio, de sua propriedade.

É sabido que os clubes brasileiros tem dificuldades financeiras até para manter seus craques, apesar de também ser sabido da má gestão e corrupção de muitos cartolas. Mas, até por isso, era óbvio que deixar tudo na mão de clubes tinha tudo para não dar certo. Era necessário formar um tipo de parceria público-privada, com forte proteção ao interesse público, e com forte fiscalização estatal para impedir desvios.

Seguindo as regras de mercado, a diretoria do tricolor decidiu contratar um escritório internacional, o GMP, com tradição em reformas semelhantes. Em maio deste ano, um novo projeto acabou aprovado pela Fifa com elogios.

Maio foi o prazo final para apresentar mudanças nos projetos e junho é o tempo para apresentar garantias de cumprimento do cronograma financeiro.

O São Paulo FC não conseguiu viabilizar o orçamento de R$ 630 milhões da reforma apresentada à Fifa. Então, o clube mudou novamente seu projeto para baratear, ficando a reforma em R$ 265 milhões. Como o prazo para mudanças nas propostas acabou há cerca de um mês, o Comitê Organizador desqualificou o Morumbi.

A história é muito parecida com o apagão de 2001, quando em 1995 e 1996, José Serra era ministro do Planejamento, e planejou a expansão do sistema elétrico brasileiro, contando com a mão invisível do mercado, privatizando as distribuidoras de energia, e deixando por conta de empresas privadas investirem em geração. Em 2001, o sistema estava em limites críticos. Bastou uma estiagem fazendo o nível dos reservatórios baixarem, para que o Brasil fosse obrigado a racionar energia elétrica por meses.

A CBF (e a FIFA) ainda estão abertos à possível construção de novo estádio em São Paulo, coisa que o governo demo-tucano paulista é contra, alegando que o Morumbi atende. O problema é que Comitê Paulista formado por demo-tucanos ficaram um ano sem planejamento viável de modernização do Morumbi, e voltam à estaca zero com um novo projeto mais barato, e ainda sem garantias de verbas para cumprir.

dos Amigos do Presidente Lula

BP trocou segurança pelo lucro, documentos provam

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Hoje surgiram novidades – tristes – sobre o vazamento de petróleo no Golfo do México, que você vê aí em cima em uma transmissão ao vivo, do fundo do mar, que mostra a imensa quantidade de óleo que continua, quase dois meses depois, se espalhando pelo oceano. Cientistas convocados pelo governo americano revisaram os cálculos da quantidade de óleo que vaza, antes estimada em no máximo 40 mil barris diários, que “o fluxo mais provável” alcança entre 35 e 60 mil barris diários. Como o “funil” que a BP instalou seria capaz de coletar até 18 mil barris/dia, o que se podia imaginar recolherem a metade do petróleo que vaza raduz a até menos de um terço.

A outra notícia, publicada pelo The New York Times é a de que docmentos da British Petroleum, incluindo e-mail na qual o poço submarino perfurado pela Deepwater Horizon é chamado de “pesadelo”, mostram uma série de opções arriscadas feitas com o objetivo de poupar tempo e dinheiro nas semanas que antecederama explosão da plataforma. Segundo o relatório, a escolha do projeto para a perfuração, que usou uma técnica bem mais barata, e a falta de equipamentos que garantisse a possibilidade de vedar o poço em caso de problemas estão registradas nos documentos internos da companhia.

Os fatos vão comprovando que, em matéria de exploração de petróleo, o risco ambiental é, essencialmente, como eu disse aqui, há mais de um mês, um risco capitalista.

O xoque de jestão tucano: Fifa corta SP da Copa-2014

Dilma diz que FHC impediu que fossem criadas centenas de escolas no Brasil


A candidata do PT Dilma Rousseff, acusou nesta quarta-feira o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso de ter assinado uma lei que "impediu que fossem criadas centenas de escolas no Brasil".

Ao comentar a criação de escolas técnicas, a petista disse, em seu programa de rádio "Fala Dilma", que o governo do tucano errou na formulação da lei voltada para esta área e que o governo Lula fez em oito anos "muito mais do que fizeram em cem anos".

Para Dilma, as escolas técnicas precisam ser não só construídas, mas também mantidas com ajuda do governo federal. Segundo a candidata, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma revolução no setor e "tirou o atraso".

"Na época do Fernando Henrique Cardoso, fizeram uma lei, em 1998, (...) que dizia o seguinte: o governo federal constrói a escola técnica, mas quem tem a obrigação de manter a escola são os governos dos Estados ou as prefeituras ou a iniciativa privada. Por isso, não se fazia escolas profissionalizantes. (...) Os Estados e municípios mais pobres, que têm poucos recursos, não têm como manter as escolas. (...) Na prática, mesmo, para valer, a lei do Fernando Henrique impediu que fossem criadas centenas de escolas no Brasil", disse.


Em relação às escolas técnicas, Dilma disse no programa que entre 1909 e 2003 foram construídas 140 escolas técnicas e que o PT em oito anos deixará 214 unidades. "É, de fato, é consertando um erro. (...) De 2003 até o fim do desse ano, o governo do presidente Lula vai entregar 214 novas escolas. Portanto, nós fizemos, em oito anos, muito mais do que fizeram em cem anos", disse.

Dilma segue fazendo comparação de gestões entre os governos Lula e Fernando Henrique para desqualificar seu principal adversário, José Serra (PSDB).

No domingo, durante a convenção do PT que oficializou sua candidatura ao Palácio do Planalto, a petista fez promessas para a educação, sustentando que vai criar creches e investir no ensino técnico e no ensino superior.

Ela aproveitou para alfinetar Serra, ao afirmar que professor em greve não pode ser recebido pela polícia, em referência aos embates ocorridos em São Paulo quando o tucano ainda era governador do Estado.

dos Amigos da Presidente Dilma

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