Editora Abril é processada por mortes no "Espaço Cultural Veja SP"
Por Thaís Naldoni
Editora-executiva do Portal IMPRENSA
Três famílias paulistanas entraram com processos contra a Editora Abril por danos morais e materiais, em razão da morte por asfixia de três prestadores serviço do "Espaço Cultural Veja São Paulo Campos de Jordão", em oito de julho do ano passado.
As ações - uma impetrada em conjunto pelas famílias de duas das vítimas, na cidade de Campos de Jordão (SP), e outra individual, protocolada na cidade de São Paulo (SP) - estão em fase de citação e requerem que a Abril seja responsabilizada por "negligência e imprudência" na sequência de acontecimentos que resultaram nas mortes de Yuri Tosi de Freitas (25), Ronei Carlos Rodrigues (39) e Renan Borges Ottoni (23) por asfixia causada por monóxido de carbono, em um quarto do espaço de eventos mantido pela Editora.
A petição das famílias é de uma indenização calculada com base no faturamento final do evento, na expectativa de vida das vítimas e toma por valor principal o patamar salarial atingido ao tempo da morte. "Nosso objetivo é de que seja uma condenação exemplar, que desencoraje a própria editora ou qualquer outra promotora de eventos a, por economia, negligenciar as condições a que estão expostas as pessoas que trabalham nesses espaços", diz Ângela Freitas, mãe de Yuri Freitas.
do Luis Nassif
Quem são os “eleitores” a quem se deve agradar?
Como era de se esperar, há choro e ranger de dentes na mídia serro-conservadora hoje, com a decisão de Lula de conceder a ampliação de 6,14% para 7,7% no reajuste dos aposentados. Desde ontem à noite, nos telejornais, as matérias se esmeram em dar um tom eleitoreiro à decisão coerente tomada pelo Presidente da República.
Ora, quem daria tom eleitoreiro – alguém duvida? – seriam eles próprios se Lula tivesse caído na esparrela de negar ente mínimo aumento – justíssimo – aos trabalhadores aposentados. E, se o assunto é discutir a despesa que isso vai gerar, a gente não tem medo de enfrentar o problema.
A Folha, numa matéria que é puro veneno, calcula de que despesa (que será de mais R$ 2 bilhões) vai beneficiar “6% do eleitorado” – na verdade, são oito milhões de pessoas, mas pessoas não importam – e, se considerados os beneficiados pela política de reajustes reais do salário-mínimo, “20% do eleitorado”. Ou, como prefiro eu, 23 milhões de seres humanos, que vivem modestamente.
Gostaria que a Folha fizesse um cálculo sobre quantos por cento do eleitorado serão os beneficiários dos dois aumentos consecutivos da taxa de juros do Banco Central. Afinal, eles vão custar aos cofres públicos nada menos que R$ 28 bilhões, ou 14 vezes mais que o reajuste dos aposentados.
Quantos serão os aplicadores no mercado financeiro? 1%, nem 2% dos eleitores? Não teria sido uma medida eleitoreira aumentar os juros?
Francamente, é preciso grande dose de crueldade para ficar contra um aumento que representa, em média, apenas R$ 20 reais para gente que recebe os valores nada astronômicos que têm as aposentadorias.
Imginem se o velho Frias ou o velho Marinho tivessem de viver de aposentadoria. Mas eles não precisaram, não é?
Aposentado, aposentada, pensionista: olho nessa gente, eles acham que você é lixo, que o trabalho de suas vidas é lixo, que o seu remédio, a sua comida, o seu transporte, as suas contas de luz, de água, de telefone, que nada disso é importante.
Eles acham, como achava FHC, que vocês são vagabundos e que os proventos modestos que lhes permitem viver são dinheiro jogado fora.
Dinheiro bem aplicado é o que o estado dá aos bancos, este “grande eleitor”, que, para eles, deveria poder governar o Brasil sem a interferência deste “elemento inútil” chamado povo brasileiro.
E vão fazer tudo para eleger um Congresso onde haja gente que, mesmo sem pensar assim, tenha medo de dizer o contrário.Eles sabem que o tiro saiu pela culatra, pois seus agentes, parlamentares do PSDB e do DEM votaram em massa pelo reajuste apenas para submeter Lula ao desgaste de vetá-lo.
Parabéns ao Lula, que os peitou, e peitou os tecnocratas que não queriam o aumento. E parabéns a nós, da base aliada a Lula que não entramos nessa furada, deixando de lado nossos compromissos para ficar impressionados com argumentação tecnocrática, ao mesmo tempo em que não fomos além do que era viável fazer, como a decisão de Lula provou que era.
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