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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, junho 30, 2010

Tucanic essa amizade com corruptos é longa











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Charge Angeli



Cacciola, sogro do vice de Serra, ocupa prisão VIP em Bangu 8

Publicado em 03/08/2008 | AGÊNCIA ESTADO

RIO DE JANEIRO - A movimentação começa cedo. Antes das 9 horas, o desfile de mulheres de sapatos de salto alto toma conta da entrada do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, Zona Oeste do Rio. Toyotas, Mitsubishis, Hondas, Citroëns e até um carro oficial da Assembléia Legislativa do Rio, todos com vidros escuros, trazem as visitantes, carregadas de sacolas e bolsas térmicas com comida.

"É um pessoal muito educado", comentava, na sexta-feira, o cabo Faria, após checar a identificação de Rafaella Cacciola, filha do ex-banqueiro Salvatore Cacciola.

O frenesi em frente ao complexo aumentou nas duas últimas semanas, principalmente às segundas e sextas, dias de visita em Bangu 8, como é mais conhecida a Penitenciária Pedrolino Werling de Oliveira, uma das 23 do complexo de segurança máxima. Ela virou a prisão mais VIP do Rio.

O título se justifica pela lista de presos célebres. Além de Cacciola, estão lá o médico Joaquim Ribeiro Filho, acusado de manipular a fila da espera por transplante de fígado; o deputado estadual Natalino Guimarães (ex-DEMos) e seu irmão, o vereador Jerominho; o ex-chefe da Polícia Civil Ricardo Hallack e o inspetor da Polícia Civil Odnei Fernando da Silva (acusado de comandar a milícia que torturou jornalistas de O Dia), entre outros. "Só tem sangue bom no 8", brinca um agente penitenciário que dá plantão no Presídio Moniz Sodré, no mesmo complexo.

Mas tanta gente influente junta dá trabalho. Um policial que prefere não ser identificado define o clima lá dentro. "Está um inferno. Milionário, policial civil, deputado, miliciano e bicheiro juntos é demais para os agentes penitenciários darem conta. É muita gente pra colocar banca."

A pressão parece ser intensa. O subsecretário adjunto de Tratamento Penitenciário, major Márcio da Silva Rosa, admite que o trabalho aumentou. "É mais fácil administrar Bangu 1 (onde estão os chefões do tráfico de drogas) do que o Bangu 8. O poder deles é maior. As tentativas de interferência atrapalham." Tentar não significa conseguir. "Estão todos submetidos às regras do presídio, inclusive o senhor Cacciola", afirma o major.

Corrupção dos demos Kassab e Índio da Costa na merenda escolar

Antonio Pedro de Siqueira Indio da Costa atuou como secretário de Administração da Prefeitura do Rio de Janeiro entre 2001 e 2006.

Entre as empresas fornecedoras de merenda escolar para a Prefeitura de São Paulo, apontadas pelo Ministério Público de São Paulo como formadoras de cartel e pagar propinas na Prefeitura de Serra e Kassab, está a Comercial Milano Brasil Ltda.

A empresa é velha conhecida da facção carioca dos DEMos, composta por César Maia, Rodrigo Maia e o deputado Índio da Costa, casado com Rafaella Cacciola, filha do ex banqueiro Salvatore Cacciola, preso dno Rio de Janeiro.

É alvo de inquérito na Delegacia Fazendária, e foi alvo de CPI na Câmara dos Vereadores carioca, em 2006, pelos mesmos motivos que está sendo denunciada em São Paulo.

Sob pressão, e para o escândalo não ganhar dimensões maiores, a prefeitura do Rio foi obrigada a fazer nova licitação, e, sem os vícios da anterior, gerou economia de R$ 11 milhões ao ano nos gastos com merenda.

Além da sangria nos cofres públicos, frutas estragadas, carne bovina com excesso de sebo e frango com gelo acima do permitido também eram problemas comuns na merenda do carioca fornecida pela empresa.

A corrupção no Rio, em 2005, aconteceu quando o genro de Cacciola, Índio da Costa, era Secretário Municipal de Administração e responsável pela licitação, quando o prefeito era César Maia.

Segundo apurou o relatório da CPI, e agora é objeto de inquérito policial na Delegacia Fazendária, o esquema de fraude na licitação se procedeu da seguinte forma:

O edital da licitação tinha entre as regras atrair um número expressivo de participantes.

As empresas Milano e Ermar agiram em jogo combinado. A Ermar apresentou recursos de impugnação contra todos os concorrentes, exceto contra a Milano, deixando caminho livre.

Com isso, as regras do edital não foram atendidas, e o genro de Cacciola, Índio da Costa, deveria ter cancelado o processo e feito outra licitação. Mas ele fez o contrário, e a Milano foi vencedora da licitação, ficando com 99% do fornecimento de gêneros alimentícios para a merenda.

O comportamento de Índio da Costa ainda levantou mais suspeitas ao insistir na contratação centralizada de fornecimento de merenda escolar quando, desde 2001, estudo da Controladoria Geral do Município (CGM) já recomendava a descentralização do sistema.

A evidência do prejuízo aos cofres públicos municipais, são os R$ 11 milhões a menos, quando houve a nova licitação, estendendo a participação a nove empresas fornecedoras de gêneros alimentícios.

Apesar de tudo isso, no ano de 2007, findo o contrato com a Milano, o sucessor de Índio da Costa na secretaria municipal de Administração, Wagner Siqueira, assinou despacho, publicado no Diário Oficial, em que afirma que a empresa "executou o contrato de forma satisfatória para o serviço público municipal (...), especialmente no que se refere a preço, qualidade e especificações".

Parece até uma carta de apresentação de César Maia, para a empresa se qualificar em São Paulo.O resultado da licitação de São Paulo foi 15 de maio de 2007, bem depois do escândalo no Rio.Parece até caso de transferência de tecnologia em corrupção da gestão César Maia para a gestão Kassab

O vice de José Serra é genro do ex banqueiro Cacciola, que está na cadeia

Deputado do DEM, Antonio Pedro de Siqueira Indio da Costa é casado com Rafaella Cacciola, filha do ex banqueiro Salvatore Cacciola atualmente cumprindo pena na cadeia do Rio de Janeiro

Entenda o caso do banco Marka e de Salvatore Cacciola

Sob a alegação de evitar uma quebradeira no mercado no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB)--que acabou ocorrendo--, o BC vendeu dólar mais barato ao Marka e ao FonteCindam, ajuda que causou um prejuízo bilionário aos cofres públicos.

Dois meses depois, cinco testemunhas vazaram o caso alegando que Cacciola comprava informações privilegiadas do próprio BC. Sem explicações, Lopes pediu demissão em fevereiro.

A chefe interina do Departamento de Fiscalização do BC era Tereza Grossi, que mediou as negociações e pediu à Bolsa de Mercadorias & Futuros uma carta para justificar o socorro. O caso foi alvo de uma CPI, que concluiu que houve prejuízo de cerca de R$ 1,5 bilhão aos cofres públicos.

A CPI acusou a alta cúpula do Banco Central de tráfico de influência, gestão temerária e vários outros crimes. Durante depoimento na comissão, Lopes se recusou a assinar termo de compromisso de falar só a verdade e recebeu ordem de prisão.

Em 2000, o Ministério Público pediu a prisão preventiva de Cacciola com receio de que o ex-banqueiro deixasse o país. Ele ficou na cadeia 37 dias, mas fugiu no mesmo ano, após receber liminar do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello --revogada em seguida. Pouco tempo depois de se descobrir o paradeiro do ex-banqueiro, o governo brasileiro teve o pedido negado pela Itália, que alegou o fato de ele ter a cidadania italiana.

No livro "Eu, Alberto Cacciola, Confesso: o Escândalo do Banco Marka" (Record, 2001), o ex-banqueiro declarou ter ido, com passaporte brasileiro, do Brasil ao Paraguai de carro, pego um avião para a Argentina e, de lá, para a Itália.

Em 2005, a juíza Ana Paula Vieira de Carvalho, da 6ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, condenou Salvatore Cacciola, à revelia, a 13 anos de prisão pelos crimes de peculato (utilizar-se do cargo exercido para apropriação ilegal de dinheiro) e gestão fraudulenta.

O então presidente do BC, Francisco Lopes, recebeu pena de dez anos em regime fechado e a diretora de Fiscalização do BC, Tereza Grossi, pegou seis anos. Os dois entraram com recurso e respondem o processo em liberdade.

Também foram condenados na mesma sentença outros dirigentes do BC: Cláudio Mauch, Demosthenes Madureira de Pinho Neto, Luiz Augusto Bragança (cinco anos em regime semi-aberto), Luiz Antonio Gonçalves (dez anos) e Roberto José Steinfeld (dez anos). alvatore Cacciola, ex-dono do Banco Marka, foi protagonista de um dos maiores escândalos do país. O caso atingiu diretamente o então presidente do BC (Banco Central), Francisco Lopes.

Em janeiro de 1999, o BC elevou o teto da cotação do dólar de R$ 1,22 a R$ 1,32. Essa era a saída para evitar estragos piores à economia brasileira, fragilizada pela crise financeira da Rússia, que se espalhou pelo mundo a partir do final de 1998.

Naquele momento, o banco de Cacciola tinha 20 vezes seu patrimônio líquido aplicado em contratos de venda no mercado futuro de dólar. Com o revés, Cacciola não teve como honrar os compromissos e pediu ajuda ao BC.

Genro de Cacciola escolhido para vice de Serra


Se confirmar o que diz a jornalista Adriana Vasconcelos (do jornal O Globo), o Deputado Federal Indio da Costa (DEMos/RJ) foi escolhido para vice de José Serra (PSDB/SP).

Trata-se do genro do ex-banqueiro Salvatore Cacciola (foto), atualmente cumprindo pena de prisão.

Informe Zé Pedágio: à meia-noite tem novo aumento nas rodovias paulistas

Quando o sino bater a 12ª badalada à meia-noite, na virada de quarta para quinta-feira, o que já tinha tarifas abusivas, vai ficar mais caro.

Os 227 pontos de cobrança de pedágios nas rodovias estaduais paulistas sofrerão novo aumento de preços.

Rodovias com contratos de concessão antigos, o reajuste aplicado será de 4,18%, baseado no Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M).

As rodovias com contratos assinados no governo de José Serra (PSDB/SP) entre 2008 e 2009, como o Rodoanel Mário Covas e o corredor Ayrton Senna-Carvalho Pinto, terão reajuste mais salgado, de 5,22%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Com o reajuste, ir da capital paulista a Santos, cidade litorânea a 80 quilômetros de São Paulo, vai custar R$ 18,50 (ida e volta), o pedágio mais caro do estado.

Viajar de carro de Presidente Prudente a São Paulo vai passar de R$ 125,80, ida e volta, para R$ 131,30 e o motorista vai encontrar 24 pedágios ao longo do caminho.

Uma viagem de São Paulo a Bauru, ida e volta, vai passar de R$ 87 para R$ 90,50. O motorista encontra 16 pedágios. De Piracicaba a São Paulo, a viagem de 158 quilômetros ficará em R$ 36,60. (Com informações da Rede Brasil Atual).

Serra vai ter que fazer um programa de Índio



Tupã trouxe uma semana ruim, muito ruim, para Serra. Teve contra ele as pesquisas do Ibope e do Vox Populi, teve a derrota do seu time para o Brasil, teve a crise do Vice e, para piorar, hoje Serra teve de se curvar ao tacape de Cesar Maia e aceitar a indicação do deputado Índio da Costa para ser seu Vice. Poucos Dias depois de humilhar os "aliados" Demos, esses se vingam com uma flechada certeira no Álvaro. Por outro lado, os votos que essa escolha vai acrescentar à candidatura tucana serão cerca de ... nenhum voto!

Sem vice e sem discurso, Serra agoniza


ESTOU INDIGNADO ! SERRA DESPREZA OS BRASILEIROS ! DEPOIS DE JOSÉ ALENCAR , ESSE SERIA O VICE-PRESIDENTE DO BRASIL ?







VICE-PRESIDENTE JOSÉ ALENCAR
DEPUTADO INDIO DA COSTA

SE SERRA FOSSE ELEITO,MAS NÃO SERÁ,ESTABELECERIA A REPÚBLICA DA MENTIRA E DO CINISMO


E vice, no meu caso, tem muita gente boa e não há um processo de barganha ou nomeações para ministérios e negócios. Vice é uma pessoa atuante e que eu não vou esconder. Uma vez tendo, vai ser alguém muito bom e isso não terá problemas”, declarou Serra.


Ficha do vice

Do Blog do Brizola Neto

O vice é o homem da merenda? Leia o próprio PSDB

O Blog do barrigueiro Noblat acaba de anunciar que o vice do Serra será o deputado Índio da Costa, do DEM. Apresenta-o como o relator do ficha-limpa. Mas não é bem assim. Ele foi um dos alvos da CPI na Câmara dos Vereadores que investigou superfaturamento e má-qualidade nos alimentos comprados para a merenda escolar, quando eu ainda era vereador. A CPI foi pedida pelo meu amigo e deputado Edson santos (PT) e relatada pela – atenção – vereadora tucana Andrea Gouvêa Vieira. Vou transcrever o texto que está numa das páginas dela na internet, de onde tirei também a ilustração:

O relatório de Andrea concluiu que a licitação para a compra de gêneros alimentícios para a merenda, entre julho de 2005 e junho de 2006, realizada pela Secretaria Municipal de Administração e pela Secretaria Municipal de Educação, no valor de R$ 75.204.984,02, causaram prejuízo aos cofres públicos. 99% do fornecimento ficaram concentrados numa única empresa, a Comercial Milano, que apresentou uma engenhosa combinação de preços em suas propostas. A licitação ocorreu num único dia, mas foi dividida 10 coordenadorias de educação (CREs). O "curioso" foi que esta empresa ofertou preços diferentes para o mesmo alimento. O preço do frango da proposta da Milano, por exemplo, para Santa Cruz, era cerca de 30 % mais caro do que o preço ofertado para Campo Grande. Detalhe: em Santa Cruz a Milano não teve concorrentes e em Campo Grande sim. Como ela soube da falta de concorrentes, um mistério. E a Prefeitura aceitou isso! Pagou à mesma empresa, pela mesma mercadoria, preços muito diferentes. Essa foi a característica geral dessa licitação: uma combinação de preços que otimizaram os ganhos de uma única empresa fornecedora em prejuízo dos cofres públicos.

Na primeira parte do relatório, a CPI concluiu que o então Secretário de Administração, Índio da Costa, deveria ter cancelado a licitação porque as regras do edital levaram a um resultado que contrariou o objetivo inicial de atrair dezenas de pequenos comerciantes locais a vender para as escolas dos bairros, descentralizando o fornecimento, e pelo melhor preço. Ao contrário, a licitação acabou por provocar a maior concentração de entrega de gêneros alimentícios na história da merenda escolar.

Como evidência incontestável do prejuízo aos cofres públicos, o relatório revelou que o pregão presencial adotado depois da instalação da CPI pelo sucessor do Secretário Índio, um ano depois, possibilitou uma economia de cerca de R$ 11 milhões na compra da mesma merenda escolar.

Durante o processo licitatório, segundo o relatório da CPI, foram identificadas diversas irregularidades no registro das atas das reuniões de entrega, abertura e verificação de documentos. Chamou a atenção o fato de a empresa Milano ter sido a única a ter acesso aos documentos das empresas concorrentes ainda durante o período em que a Comissão de Licitação analisava a documentação dia 23 de março de 2005, enquanto os pedidos de vista das demais só ocorreram após o dia 31 do mesmo mês, quando já havia sido anunciado o julgamento dos documentos.

Uma das empresas eliminadas – a única que conseguiu na Justiça liminar para que a Secretaria de Administração não destruísse sua proposta de preços – mostrou, quase um ano depois, quando a Justiça obrigou a abertura do envelope, que se não tivesse sido desabilitada, teria vencido a Milano em vários quesitos, com condições mais vantajosas para o Município.

A Prefeitura não conseguiu demonstrar, de forma objetiva, como a empresa Milano conseguiu um resultado tão favorável. A única explicação dada pelo então Secretário de Administração, Índio da Costa, e pelos diretores da Milano, de que o acerto se deu em virtude do estudo das concorrências anteriores, levou a CPI a duas conclusões:

1- Se era possível antecipar resultados, houve falha nas regras do edital.

2- Se a Administração municipal aceitou pagar, pelo mesmo produto, preços significativamente diferenciados, sem que houvesse uma explicação objetiva para esse fato – custo de logística, por exemplo – não cumpriu um dos preceitos da licitação que é comprar pelo menor preço.

As duas conclusões deveriam ter levado a Secretaria de Administração a, obrigatoriamente, cancelar a licitação.

Na segunda parte do relatório apresentado pela vereadora Andrea Gouvêa Vieira, a CPI concluiu que houve omissão, negligência e despreparo na fiscalização do contrato assinado com a empresa Milano, que reiteradamente entregou, durante todo o ano, carne bovina e frango fora das condições exigidas, trazendo complicações ao funcionamento já precário de muitas escolas, dificultando o preparo das refeições, e, em muitas ocasiões reduzindo a quantidade de alimento, principalmente carne e frango, no prato das crianças.

Depoimentos de merendeiras e o relatório das visitas às escolas feito pelo Conselho de Alimentação Escolar (CAE), enviado à CPI, comprovaram a omissão da Secretaria de Educação que, apesar da continuada e permanente reclamação das escolas, não se posicionou de forma adequada para exigir o cumprimento do contrato.

Ao contrário, disse a CPI, o total de multas, de R$ 8.330,28, ao longo do ano, num contrato de R$ 75 milhões, claramente induziu a empresa Milano a insistir na entrega do alimento fora dos padrões contratuais, diante de tão pequena penalização.

Documento em poder da CPI revelou que auditoria da Controladoria Geral do Município responsabilizou a Secretaria de Educação pela fragilidade no acompanhamento da execução do contrato, vindo ao encontro das conclusões da CPI.

O documento propôs as devidas ações para responsabilização civil e criminal dos infratores, em especial dos dois secretários – de Administração e de Educação, principais responsáveis, no mínimo, pela relapsia no trato da coisa e do dinheiro públicos. O primeiro, Índio da Costa, ao homologar uma licitação cujo resultado era evidentemente contrário ao interesse da administração; e a segunda, Sonia Mograbi, ao negligenciar por completo a fiscalização da execução do contrato. “Em ambos os casos, é de ser aferida tanto a responsabilidade pessoal dos secretários quanto a dos agentes a eles subordinados, quer na condução da licitação, que levou à elaboração do contrato, no caso da SMA, quer na fiscalização e acompanhamento da sua execução, no caso da SME”.

Além do Ministério Público Estadual, a CPI encaminhou o relatório ao Ministério Público Federal, uma vez que parte dos recursos da merenda escolar são repasses de verba do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Também foram encaminhadas cópias do relatório à Delegacia de Polícia Fazendária, ao Tribunal de Contas do Município e à Prefeitura do Rio.”

Há muito mais material sobre o tema na página da vereadora, repito, do PSDB, e nos jornais cariocas. Quem quiser – imagino que a imprensa queira – procurar, vai achar muito…

do esquerdopata

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh31rRi0B1gO0FhNhUUZTyTx0KYiVZtLNQhDcYzt001cYkB9kizBNByUikg0VKxubOl0EhhPzTBJfN6BSmIR0Z2ECqwTMjAQbDiA0W0iGh90r7R3qouREYMgM2Y_VKOAbWZIJxZfl_vGSdj/s1600/Vixe.jpg

Ultraje Eu gosto é de Mulher






José Serra pede proibição de música do Ultraje a Rigor por causa da frase "mulher pra presidente"

Representantes do PSDB nacional entraram semana passada junto ao TSE com um pedido de proibição da música "Eu gosto de mulher", da banda paulistana Ultraje a Rigor, durante o período de campanha eleitoral. A música, que fez sucesso e foi gravada no final dos anos 80, faz em determinado momento a seguinte citação: "Mulher dona-de-casa, mulher pra presidente".Para Sérgio Guerra, a medida é preventiva, ou seja, estão entrando no TSE agora, para evitar que Dilma use a música durante a eleição

O partido acredita que a música caracteriza propaganda para a candidata do PT à presidência, Dilma Rousseff, principal concorrente do partido tucano, e deve ser proibida de tocar nas rádios e TVs brasileiras durante o período de eleição. "É um absurdo, temos que ficar de olho neste tipo de propaganda discreta" - disse Sérgio Guerra, presidente do PSDB - "é preciso ter atenção, pois detalhes como este ficam na mente do eleitor e influenciam no momento do voto", completou em tom repreendedor.

Caso não consiga censurar a reprodução da música nas rádios, o PSDB do José Serra pretende sugerir a substituição da frase por outra que não faça apologia a candidata - que dispute as eleições deste ano.

O PT se manifestou dizendo que não tem nenhuma ligação com a banda. Em nota à imprensa, o partido diz se tratar "de uma feliz coincidência".

Veja abaixo a letra da música que causou polêmica e ira dos tucanos:


Eu Gosto De Mulher

Vou te contar o que me faz andar

Se não é por mulher não saio nem do lugar

Eu já não tento nem disfarçar

Que tudo que eu me meto é só pra impressionar

Mulher de corpo inteiro

Não fosse por mulher eu nem era roqueiro

Mulher que se atrasa, mulher que vai na frente

Mulher dona-de-casa, mulher pra presidente (trecho questionado)

Mulher de qualquer jeito

[...]

Mulher faz bem pra vista

Tanto faz se ela é machista ou se é feminista

Cê pode achar que é um pouco de exagero

Mas eu sei lá, nem quero saber,

eu gosto de mulher, eu gosto de mulher

eu gosto de mulher

Ooo ooo ooo oo

Eu gosto é de mulher!


Dilma começará governo se Deus quiser economizando milhões ao ganhar no primeiro turno

Mesmo deixando de lado a hipótese (viável) de Serra seguir ladeira abaixo e ter a mais baixa votação que a direita já teve, as chances de segundo turno são próximas de zero.

É preciso considerar que brasileiro não gosta e não acompanha política e estamos no meio de uma copa do mundo. Antes de começar o horário eleitoral a campanha não terá começado para uma grande parte do eleitorado, justamente aquela parte onde Lula tem quase 100% de aprovação. Grande parte do eleitorado que mal sabe que haverá eleição esse ano e declara, em parte, intenção de voto em Lula, e que votaria em mim se o Lula aparecesse na TV pedindo isso.

Com apenas dois candidatos fortes, uma meia-boca e meia dúzia de unicelulares que terão uns 2% somados isso já é um segundo turno. Os elogios sem fim da mídia a Marina Silva buscam justamente evitar a derrota já. Mas sem partido, sem palanques fortes e com um discurso patético Marina vai cair, não crescer na hora H.

Não esquecendo que votos em branco e nulos não valem nada, não entram na conta, Dilma precisa de pouco mais de 5% para vencer já e numa eleição de dois candidatos cada voto perdido por um é voto ganho pelo outro. Dilma tem 40% e o resto 43%, somando os unicelulares Zé Maria, Eymael, Plínio e aquele outro cujo nome nem sei, temos uns 40 % contra 45%. Um modestíssimo aumento de 3% acompanhado de uma queda dos outros no mesmo nível significa vitória já.

Descontando os fanáticos babões que ganham a vida como comentaristas das Organizações Serra todo mundo sabe que quando começar o horário eleitoral e Dilma aparecer todo dia na TV ao lado de Lula vai ser como fogo morro acima ou água morro abaixo. Para quem tem memória curta era isso que Serra queria prevenir começando a campanha de verdade com grande vantagem no país e IMENSA vantagem na vanguarda do atraso São Paulo.

Com a campanha começando com Dilma vencendo no Norte, Nordeste, Centro-oeste, mais Minas, Espírito Santo e Rio no sudeste e a diferença caindo no sul, Serra tem menos chances que o Paraguai na copa do mundo. Muito menos. Na verdade estou ofendendo aos paraguaios. Perdão, paraguaios.

Hamba Kakuhle, Serra!


terça-feira, junho 29, 2010

A era PIG

PIG - Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista

Áudio - PT/BR
Formato Vídeo - AVI

Concessões de TVs e os abusos

27 06 2010

Precisamos dar combate aos abusos pelas grandes redes

A Constituição impede a monopolização do setor, mas as principais redes atuam como grandes monopólios privados

Mais de cem emissoras de rádio e TV precisam renovar seus processos de concessão para continuar em funcionamento. Algumas das principais redes de TV estão nessa situação, inclusive a Rede Globo, que é a mais poderosa emissora do País – pelo alcance de suas transmissões, o grande número de geradoras e retransmissoras e pelo papel que desempenha na defesa dos interesses políticos e econômicos das classes dominantes.

De acordo com a Constituição de 1988, as concessões públicas das emissoras de rádio valem por 10 anos e as de TV por 15 anos. A da Rede Globo entre elas. Para que aconteça a renovação da concessão, o Poder Executivo precisa encaminhar o pedido para o Senado Federal, que pode aprová-lo com o voto de 3/5 dos senadores. Caso o governo decida não renovar a concessão de uma emissora, o ato do Executivo será submetido ao Congresso Nacional, que poderá aprovar a não renovação com os votos de 2/5 dos parlamentares.

Os processos de concessão e de renovação têm conseguido, ao longo das últimas décadas, uma tramitação silenciosa e aparentemente tranqüila, com acertos apenas nos bastidores – especialmente porque boa parte dos deputados e senadores também são concessionários públicos da radiodifusão, sócios e afiliados das grandes redes e defendem o controle desse sistema de comunicação nas mãos de empresários conservadores e das oligarquias e caciques políticos regionais – os novos “coronéis” eletrônicos.

Não se tem notícia de que o Ministério das Comunicações, a Anatel, Congresso Nacional ou o Senado Federal tenham vetado a renovação de alguma concessão de rádio e TV para empresas comerciais, seja para um grande grupo ou para o mais inexpressivo político. Da mesma forma, não se tem notícia de que o Legislativo brasileiro tenha obedecido e cumprido a Constituição nesse caso específico das concessões da radiodifusão, como deveria fazer por se tratar de um serviço público.

Acho que enquanto o povo não começar a manifestar-se por uma tomada de posição mais firme, esse estado de coisas não se modificará.

A Constituição impede a monopolização do setor, mas as principais redes atuam como grandes monopólios privados, além disso exige que a comunicação social promova a produção da cultura nacional e regional e a divulgação da produção independente, mas as redes – como a TV Globo – impõem uma programação centralizada e geralmente importada da indústria cultural estrangeira.

Reiteramos mais uma vez que a nossa Constituição exige que a TV tenha finalidade educativa, artística, cultural e informativa, mas boa parte das emissoras produz e veicula programas que não atendem essas exigências constitucionais – pior ainda é que despejam em cima da população brasileira programas de baixaria e o lixo importado que nada tem a ver com a identidade, os valores e a cultura nacional.

Tanto os órgãos do Executivo quanto do Legislativo têm a obrigação – moral, política e legal – de fiscalizar o sistema de comunicação social; verificar se essa concessão de serviço público de radiodifusão está sendo fiel aos preceitos constitucionais e, mais do que isso, se esse serviço de comunicação atende as demandas da sociedade brasileira, se contribui para fortalecer a riqueza cultural do povo, se ajuda na elevação do nível de informação e de conhecimento da realidade e se contribui efetivamente para a formação da cidadania e a construção da democracia no Brasil.

Antes de propor a renovação automática dessas concessões, os órgãos de governo deveriam proceder a uma análise cuidadosa dos serviços prestados pelas emissoras de rádio e TV, com a devida divulgação para sociedade. Antes de votar novos períodos de concessão, o Senado Federal deveria, em primeiro lugar, estabelecer impedimento ético para os parlamentares envolvidos com a radiodifusão e, em segundo lugar, só aprovar a renovação para emissoras que estejam de acordo com a Constituição, a começar pelo fim dos oligopólios – já que o objetivo maior deve ser o da democratização da comunicação social. A sociedade e o Estado precisam urgentemente resgatar o serviço público de radiodifusão.

O que não podemos é continuar reféns de um serviço que deveria primordialmente atender aos interesses da sociedade brasileira e que no entanto tem se prestado a alienar grande parte do povo, oferecendo uma programação muitas vezes de caráter precário, entrando nos lares daqueles desavisados que ainda não se conscientizaram dos malefícios trazidos com a programação exibida, e pela ação de grupos economicos que visam simplesmente o lucro enquanto que o povo que se lixe.

Relembrei diversas vezes o que dita a nossa Constituição porque é a ela que temos que nos apegar da mesma forma em que os grandes grupos de comunicação devem submeter-se ao que ela estabelece. Que não venha alguem dizer que estamos tramando contra a liberdade de expressão. Queremos apenas um televisão mais direcionada à nossa realidade e não a mostrada nos lixos dos “Big Brothers” da vida.

do Simonleonidas´s



Dunga e a arrogância histórica da Globo



Reproduzo excelente artigo do professor Venício Lima, publicado no sítio Carta Maior:

Embora tenha apoiado o golpe de 64, o regime militar e se consolidado como a mais poderosa rede de televisão do país durante a ditadura, houve períodos em que a percepção de boa parte da elite fardada era de que a Rede Globo de Televisão representava uma ameaça real de controle da opinião pública brasileira e precisava ser enfrentada.

No governo do General Geisel (1974-1979), sendo ministro das Comunicações o Coronel Euclides Quandt de Oliveira, foi certamente quando surgiram as maiores contradições e divergências entre o regime autoritário e a Globo. Documentos da época e sua análise estão disponíveis, por exemplo, no livro “Dossiê Geisel”, organizado por Celso Castro e Maria Celina Araújo e publicado pela FGV em 2002.

Encontro na UnB

Faço esta rápida introdução para relatar um encontro emblemático acontecido há 35 anos, entre professores do então Departamento de Comunicação da Universidade de Brasília e altos dirigentes globais, entre eles, Walter Clark (diretor geral), Luiz Eduardo Borgerth (diretor), Otto Lara Resende (assessor da presidência), infelizmente, já falecidos.

O contexto do encontro trazia, no mínimo, preocupações para as Organizações Globo:

1- A Globo havia perdido a disputa por um canal de TV aberta em João Pessoa, PB, por interferência direta do ministro Quandt que considerava um risco “aumentar o monopólio da emissora”.

2- O ministro vinha fazendo uma série de críticas públicas à televisão brasileira, todas de grande repercussão. Uma delas, a aula inaugural no curso de comunicação do CEUB, Centro de Ensino Unificado de Brasília, sobre “A televisão no Brasil” (17/2/1975). Na sua fala ele destacava os “perigos do monopólio” tanto de canais, quanto de audiência, quanto na programação “alienígena”.

3- Estava em andamento a criação da Radiobras [Lei n. 6301 de 15/12/1975] que era vista com desconfiança pela Globo pelo temor de que se transformasse em destinação preferencial de verbas publicitárias do governo.

4- Estava em discussão, dentro do governo, um pré-projeto de regulação da radiodifusão que deveria substituir o superado Código Brasileiro de Telecomunicações [Lei 4. 117/1962].

5- O Departamento de Comunicação da UnB era uma unidade acadêmica que produzia pesquisa crítica sobre a radiodifusão brasileira e acabara de elaborar um pioneiro projeto de unificação das televisões públicas que recebeu o nome de SINTIS, Sistema Nacional de Televisão de Interesse Social. Além disso, circulava que alguns de seus professores tinham acesso ao ministro das Comunicações e o abasteciam com dados nos quais ele fundamentava sua posição, direta e/ou indiretamente, contrária à hegemonia da Globo.

O objetivo do encontro, realizado por iniciativa da Globo, na UnB, era “trocar idéias” sobre as comunicações no Brasil. O que acabou acontecendo, todavia, foi quase um bate-boca.

Apesar da conjuntura politicamente adversa - para a Globo - em que se realizava o encontro, a memória de professores presentes é unânime em afirmar a arrogância de seus dirigentes. Não houve diálogo possível e cada um saiu do encontro ainda mais convicto em relação às respectivas posições. Divergimos em relação à existência de um virtual monopólio na TV brasileira; às finalidades educativas da televisão (previstas em lei); à prioridade ao conteúdo nacional e à necessidade de criação de uma rede pública de radiodifusão.

No presente como no passado

Relembro este encontro e a memória que dele ficou para reforçar os inúmeros comentários já escritos e publicados nesta Carta Maior sobre o enfretamento que a Globo faz a Dunga, aparentemente, por ele não ser conivente com os privilégios da emissora em relação aos demais veículos de mídia que estão cobrindo a Copa do Mundo na África do Sul.

Ao longo de sua existência, uma característica da Rede Globo tem sido ignorar que a televisão é apenas a concessão de um serviço público que tem como soberano o cidadão e seu interesse. Ao contrário, a Globo tem historicamente se comportado como proprietária das concessões de radiodifusão.

A própria Seleção Brasileira de Futebol constitui um patrimônio cultural do país que não pode ser apropriado por interesses privados. No entanto, o futebol brasileiro - não só a Seleção - tem sido explorado comercialmente pela Globo como se sua propriedade fosse.

A Globo, por óbvio, não tem mais em 2010 o poder que teve na década de 70 do século passado, enfrentado, por razões próprias, pelo regime militar. Mas conserva a arrogância.

Por outro lado, uma diferença do passado para o presente é que o inconformismo em relação à Globo não está mais restrito a alguns professores isolados em departamentos universitários. Repetindo a resistência que se expressou em outras situações históricas no lema popular “o povo não é bobo, abaixo a rede Globo”, a internet fornece hoje o suporte tecnológico necessário para que milhões de pessoas se mobilizem em torno de iniciativas como o “cala a boca Galvão” e o “cala a boca Tadeu”. Além disso, dezenas de blogs e sites alternativos tornaram pública a opinião daqueles que fazem contraponto à TV hegemônica.

Outro mundo possível

Resta manter a esperança de que - um dia - a transmissão de jogos dos campeonatos locais, regionais e nacional de futebol e a cobertura dos jogos da Seleção Brasileira, não serão exclusividade de concessionárias comerciais, mas estejam disponíveis nas redes públicas de televisão.

Em se tratando de um patrimônio cultural brasileiro, as redes comerciais privadas não deveriam remunerar as redes públicas para distribuir e comercializar este tipo de conteúdo?

O episódio Globo versus Dunga - que certamente ainda não terminou - deixa claro que já existe no país, não só uma ampla consciência da arrogância e dos privilégios históricos da Globo, como também novas e eficientes formas de expressar inconformismo diante dessa situação. E mais importante: novas e eficientes formas de apoiar aqueles que, como Dunga - correndo o risco de perder o emprego - não se curvam ao poder de concessionários de um serviço público que continuam a se comportar como se dele fossem proprietários.

do Altamiro Borges

Liriel pela Paz e pelo Amor

Cadê a notícia no PIG alguém viu




atualização das 11:59 h

O Tijoladas acaba de receber essa carta de mães de alunos do Colégio Catarinense

Filho de Sérgio Sirotsky estupra menina de 14 anos

Caros leitores,

Estamos nos dirigindo a vocês, por ser nosso único meio de comunicação ainda livre de controle da informação falada e escrita, especialmente para o nosso caso de Florianópolis onde o domínio é total pela RBS que controla tudo.

Somos um grupo de mães do tradicional Colégio Catarinense de Florianópolis. É de conhecimento geral de que se trata de um colégio no qual estudam os filhos das famílias mais tradicionais, influentes e ricas de nossa Cidade, ou seja, a chamada “elite” Florianopolitana. Neste momento em que escrevemos isso estamos profundamente envergonhadas, pois este colégio está se tornando uma escola formadora de alunos pedantes, arrogantes, sem escrúpulos, sem noção do que é certo ou errado, pois esta escola está travestida de uma impunidade para os atos de seus alunos de pais influentes.

- Já não bastassem que há anos existam drogas circulando pelas dependências da escola, trazidas e servidas pois filhos de pais influentes;

- Já não bastassem que há anos acontece de tudo nas dependências da escola, como cheirar, fumar todos os tipos de fumo, transar, bater e intimidar os mais fracos;

- Já não bastassem as gangues famosas do Catarinense ameaçando os próprios alunos que não fazem parte, ou andando pela cidade ameaçando alunos de outras escolas, ou nas baladas cantando de galos, ou lutando entre si até sangrarem como já apareceu na TV;

Como se isso não bastasse, sem que nós pais pouco ou nada pudéssemos fazer junto a Direção do Colégio para que tomassem uma atitude com essa permissividade absurda que estava crescendo nas dependências da escola, principalmente em relação a esses filhos dessa elite maldita de nossa Cidade, agora temos um estupro de uma de nossas adolescentes. Isso mesmo, uma aluna do Colégio Catarinense foi brutalmente estuprada por três colegas, igualmente com 14 anos cada e colegas do mesmo colégio.

Tomamos essa medida de contar esta história que aconteceu há poucos dias (hoje é 28/06/2010), mas que está sendo abafada pela imprensa, porque um dos alunos estupradores é o filho de 14 anos do Sr. Sérgio Sirotsky, um dos Diretores da RBS TV e o outro é o Bruno, filho de um Delegado de Polícia da Cidade. O outro aluno ainda não conseguimos levantar. Quanto ao nome da adolescente, não divulgaremos a pedido da família que está em choque. O que podemos divulgar é que a garota fez o exame de corpo de delito e o processo esta correndo em sigilo (o sigilo não foi pedido pelos pais da garota e sim pelo Delegado e pelo Sr. Sérgio Sirotsky pra preservar os delinqüentes e estupradores de seus filhos).

O caso ocorreu porque a menina terminou o namoro com o filho do Delegado, aí os amigos resolveram se vingar da garota. Encontraram com ela no Shopping Beira Mar, colocaram alguma droga na sua bebida (parece que foi a droga Boa Noite Cinderela) e a levaram para o apartamento da Mãe do filho do Sérgio Sirotsky que fica bem próximo ao Shopping Beira Mar. No quarto do garoto, os três estupraram a garota de todas as maneiras possíveis, até introduziram um controle remoto na vagina. Quando estavam estrangulando a garota, a mãe (ex mulher do Sérgio Sirotsky) entrou no quarto. Disseram que em princípio, e acreditamos que sim, pois deve ter sido uma cena grotesca e inimaginável para qualquer pai ou mãe, teve um ataque e bateu muito nos garotos e principalmente no filho. Porém passado o choque inicial, ela deve ter pensado nas conseqüências terríveis do ato de seu filho e resolveu protegê-lo. A garota ainda estava desacordada, então ela vestiu a menina, enrolou um cachecol em volta de seu pescoço para esconder as marcas e ligou para a mãe da menina dizendo: “Venham buscar sua filha, pois sabe como são esses adolescentes, fizeram uma festinha aqui em casa na minha ausência, andaram bebendo e se passando, ela está meio bêbada e caindo pelas tabelas.” Os pais foram buscá-la e a levaram para casa desacordada, porém aos poucos ela foi acordando e começou um choro desesperado e a falar coisas desconexas beirando ao histerismo. A mãe apavorada com o comportamento da filha, tentando acalma-la e ao tirar o cachecol viu as marcas no pescoço da filha em choque sem saber o que pensar ou dizer levaram imediatamente a filha ao médico e lá chegando o mundo foi caindo para esta família. Depois do médico foram orientados a ir a Polícia e a fazer o exame de corpo e delito.

Desnecessário dizer que os pais da garota receberam o telefonema do todo poderoso da RBS para que resolvessem esse “problema” e forma discreta, pois a final era o futuro de “seus” filhos que estava em jogo.

Pergunta: Qual futuro está em jogo???? Da garota estuprada ou dos garotos estupradores?????

Resposta: A garota irá sofrer muito com certeza e juntamente com toda a sua família, mas irá superar porque o mal não está com ela. Agora, esses garotos estupradores e quase assassinos, porque se a mãe não tivesse chegado a tempo eles teriam matado a menina, esses não têm mais jeito, esses estão marcados pro resto da vida têm que ser punidos, pois se não forem continuarão a fazer isso com outras meninas respaldados por essa impunidade garantida pelos seus pais poderosos.

Divulguem isso por favor, nos ajude a impedir que mais essa aberração desses garotos passe impune. Que aliás não é a primeira vez que esses garotos aprontam, são uns delinquentes, prodígios de bandidos.

Assinado: Mães indignadas do Colégio Catarinense

Crime bárbaro – Mídia podre

Menina estuprada esteve internada no Hospital Infantil de Florianópolis. Até controle remoto de TV foi usado no ato criminoso.

O Boletim de ocorrência está registrado, o crime acobertado.


este programa da tv

do Tijoladas do Mosquito

Vergonha






Suprema Corte rejeita imunidade a Vaticano

O governo Obama pediu, em vão, para que a Justiça concedesse imunidade ao papa e outros dirigentes
REUTERS


A Justiça americana determinou que sacerdotes acusados de abusos contra crianças podem ser julgados

Washington. A Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitou, ontem, uma apelação pela imunidade do Vaticano, em um processo contra o Estado soberano católico pelas diversas transferências de um padre acusado de abuso sexual de crianças.

O Vaticano queria que as cortes federais americanas rejeitassem o processo que visa responsabilizar a Igreja Católica pela transferência do reverendo Andrew Ronan da Irlanda para Chicago e, depois, para Portland, apesar das várias acusações de pedofilia.

A decisão permite que os sacerdotes acusados de pedofilia nos Estados Unidos sejam julgados e anula os efeitos das leis de imunidade soberana que determinam que um Estado soberano, incluindo o Vaticano, fique imune a processos judiciais. As cortes federais de menor instância determinaram, neste caso, que haveria uma exceção ao Ato de Imunidade Soberana Internacional que afetaria o Vaticano.

O juiz determinou que havia provas para uma conexão entre o Vaticano e Ronan, considerado um funcionário do Estado católico sob a lei Oregon. A decisão foi mantida pela Nona Corte de Apelação, na Califórnia.

Segundo os documentos da corte, Ronan começou a abusar de garotos em meados da década de 50, quando era padre da Arquidiocese de Armagh, na Irlanda. Ele foi transferido para Chicago, onde admitiu ter abusado sexualmente de três garotos na Escola St. Philip. Ronan foi transferido ainda para a Igreja St. Albert, em Portland, no Oregon, onde foi acusado de abusar sexualmente de uma pessoa, que apresentou o processo agora na Corte de Apelação. A vítima acusa o Vaticano de não ter expulso ou adotado qualquer outra sanção contra o padre, apesar de ter conhecimento das denúncias de pedofilia. Ronan morreu em 1992.

O governo de Barack Obama pedira, em vão, à Suprema Corte que concedesse imunidade ao papa Bento XVI e a outros dirigentes da Igreja nos julgamentos de padres acusados de pedofilia. Os nove juízes do Supremo pediram a opinião do governo Obama, como fazem regularmente nos casos que afetam as relações diplomáticas.

Nos EUA, as maiores autoridades do Vaticano, incluindo o papa, então cardeal Joseph Ratzinger, teriam encoberto o reverendo americano Lawrence Murphy, acusado de abusar de 200 crianças surdas.



camisinha-do-papado Briguilino

Demoniocratas o dem Dem







O velório na convenção dos demos

Enviado pelo amigo navegante Rossetto:

Mais uma pérola para a coleção. Olhe as informações da Folha sobre a Convenção Nacional do DEM que homologará (ou não) a aliança com o Serra:

"No total, 265 democratas, entre congressistas, membros do Diretório Nacional e delegados estaduais, têm direito a 350 votos".

"A convenção, que irá custar aproximadamente R$ 15 mil, perdeu o clima de festa com a decisão do PSDB de indicar o senador do partido para vice na chapa de Serra, tirando a vaga do DEM."

1. Um partido político que reúne apenas 265 delegados já mostra o seu tamanho.

2. Tem mais votos (350) que eleitores (265) - já diz também o conceito de democracia desse partido, chamado de Democrata.

3. A convenção custará 15 mil reais, para reunir 265 delegados. É uma média de 57 reais por delegado. Me engana que eu gosto. Devem trazer marmita de casa!

do Altamiro Borges

Serra uniu os demos contra ele

Reproduzo artigo de Maria Inês Nassif e Raquel Ulhôa, publicado no jornal Valor Econômico:

Não é confortável a situação do candidato do PSDB a presidente, José Serra, depois que ele optou por uma chapa "puro sangue" e lançou o senador Álvaro Dias (PR) como seu candidato a vice. Se o PSDB não recuar e ceder a vice-presidência ao DEM, dificilmente conseguirá desarmar o mal-estar criado por essa decisão sem graves danos à candidatura tucana.

Uma alternativa estudada pelo DEM é a de não apoiar qualquer candidato a presidente, na convenção nacional de quarta-feira. Nesse caso, o tempo de propaganda eleitoral gratuita que a lei reserva ao partido seria dividido proporcionalmente entre os demais candidatos: a coligação da petista Dilma Rousseff ficaria com 65,11% do tempo do DEM na televisão e Serra, com 29,48%. A outra alternativa é lançar candidato próprio e, nos quase três minutos a que tem direito - tempo igual ao do PSDB -, fazer proselitismo partidário. "Assim nos fixamos como o partido da direita moderna", disse o ex-deputado Saulo Queiroz.

Nas duas hipóteses, o tempo de propaganda gratuita de Serra cairia muito: com o apoio do DEM, disporia de 6m46s, enquanto Dilma teria 8 minutos. Com uma candidatura do DEM, cairia para 4m38s. Se não apoiar nenhum candidato, Dilma ganha mais, Serra perde muito. "O PSDB fica quase como uma candidatura nanica", disse um deputado que não quis se identificar.

Presidente do DEM, Rodrigo Maia, segundo uma fonte, chegou a consultar um advogado para se certificar das vantagens que o DEM teria com o lançamento de um candidato a vice, independente da concordância do PSDB. Seria inócuo para o DEM e uma bênção para os tucanos: o DEM ficaria sem a vice e o PSDB, com o horário eleitoral do DEM. A alternativa de não apoiar nenhum candidato sofre restrições ideológicas de parcela do partido. "Nessa hipótese, o DEM estará, pela lei, concedendo 29% do tempo a que teria na televisão para o PT, seu adversário histórico", afirmou o ex-deputado Saulo Queiroz. Um grupo do DEM insiste que lançar um candidato que se apresente como uma opção de "direita moderna", mesmo sem expectativa de vitória.

Independente das posições que defendem os demais grupos, é majoritária a disposição de não compor com o PSDB nas condições que Serra quer. "O Serra uniu o DEM, contra ele", brincou um parlamentar. É grande o número de demistas que defende não recompor com o tucano mesmo que ele recue. Avaliam que foram humilhados. Não consideram que Dias supere os quadros apresentados pelo DEM para a chapa e ficaram sabendo da decisão por um "twitter" desaforado de Roberto Jefferson, réu confesso no caso do Mensalão do PT. "Se o escolhido ainda fosse um dom Paulo Evaristo Arns, um Guga, um artista famoso ou um cientista genial, tudo bem, mas é o Álvaro Dias. Como ele, temos uns 30 ou 40 para oferecer ao PSDB", disse o senador Demóstenes Torres (GO). "Me agradaria estar do lado do Serra, mas não em qualquer condição", disse.

O PSDB pretende manter a escolha de Dias. O presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), tenta hoje "restabelecer a conversa" com o presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ). Eles devem se encontrar hoje, provavelmente em São Paulo. Existe a hipótese de que Serra entre no circuito das negociações. O objetivo é buscar uma saída, pela via do entendimento. Lideranças do PSDB avaliam que o pior fato ocorrido nos últimos dias foi Maia ter tomado conhecimento da escolha pelo microblog de Jefferson. Apesar desse problema de condução, a escolha de Dias é tratada pelos tucanos como "irreversível".

FHC afirmou: "tem tanto tempo daqui até amanhã".


Respondendo se havia tempo para fechar acordo até quarta-feira, dia em que ocorre a convenção nacional do DEM, FHC afirmou: "tem tanto tempo daqui até amanhã"




Pesquisa Vox Populi confirma morte de candidatura Serra

Pesquisa Vox Populi sobre a eleição presidencial indica que Dilma tem 40% das intenções de voto. José Serra tem 35%. Marina (quem?) Silva, 8%. A margem de erro é de 1,8 ponto percentual.

Os resultados são da pesquisa estimulada. Na modalidade espontânea Dilma tem 26% e Serra tem 20%.

A pesquisa foi feita de 24 a 26.jun.2010 com 3 mil eleitores. Seu registro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) é o 16944/2010.

do esquerdopata

Hugo Chavez






Venezuela doa 12 tneadas de mantimentos a vítimas das chuvas

A primeira ajuda internacional aos atingidos pelas chuvas em Pernambuco e Alagoas chegou neste domingo (27), da Venezuela. Em decorrência das fortes chuvas que atingiram o Nordeste, morreram 51 pessoas - 34 em Alagoas e 17 em Pernambuco. Os dois Estados têm juntos cerca de 160 mil desabrigados e desalojados.

Um C-130 das Forças Armadas Venezuelana aterrissou na Base Aérea do Recife com quase 12 toneladas de donativos - 100 colchonetes, 100 mantas, 1,5 tonelada de roupas, 250 quilos de fraldas descartáveis, 200 quilos de papel higiênico, quatro mil litros de água mineral, uma tonelada de arroz, meia tonelada de macarrão, 900 quilos de atum, duas toneladas de sardinha, meia tonelada de leite em pó e 700 quilos de geleia infantil.
Metade foi desembarcada, à tarde, no Recife. Vistoriada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, foi levada para a central de distribuição da "Operação Reconstrução", na Ceasa. Nesta segunda-feira, as doações serão entregues em Água Preta, na zona da mata. A outra metade da carga enviada pela Venezuela foi desembarcada em Maceió.
Em nota, o embaixador da Venezuela no Brasil, Maximillien Arvelaiz Sanchés, afirmou que “o país costuma ajudar outras nações em casos de tragédias como a que se abateu sobre Pernambuco há cerca de dez dias”. “Temos uma forte ligação histórica com o estado de Pernambuco e esta é uma forma de reforçar ainda mais a unidade entre os povos latino-americanos”, disse.
No total, Pernambuco recebeu até agora 128 toneladas de roupas, 10,9 mil colchões, 8,2 mil toalhas, 10,1 mil cobertores, 8,3 mil lençóis, 7,99 mil travesseiros, 3,3 mil fronhas, 3,8 mil mosquiteiros, 19,4 mil cestas básicas, 171,5 toneladas de água e 178,5 mil toneladas de alimentos diversos.
Equipes de profissionais começaram a ser enviadas no sábado, pelo governo de Pernambuco, aos municípios atingidos pelas chuvas no Estado, com a missão de manter a limpeza dos abrigos para evitar proliferação de doenças, organizar a distribuição de alimentos e donativos e cadastrar as famílias desabrigadas.
"É importante a ordem e a higiene nos abrigos e também a esperança de futuro dos desabrigados", afirmou o secretário executivo de Desenvolvimento Social, Acácio Carvalho. A maioria dos abrigos é improvisada, tanto em Pernambuco como em Alagoas, e alojam grande número de pessoas em pequeno espaço, sem higiene e muitos ainda sem água.
As equipes também vão ajudar na catalogação dos equipamentos públicos e dos que perderam ou tiveram suas moradias danificadas para receberem benefícios.

do Gilson Sampaio

Dos terroristas de governo

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Vizinho Descompassado
(Jornal “O Povo”, Fortaleza)
Manuel Domingos
É difícil crer que o presidente eleito da Colômbia reúna legitimidade para garantir perspectiva alvissareira a uma sociedade dilacerada por crises múltiplas e profundas. Juan Manuel Santos, sem enfrentar adversário de peso, mal obteve 22% dos votos dos eleitores habilitados. Ao contrário do que informaram os grandes jornais, como manifestação de massas, a eleição foi um fiasco: 66% do eleitorado se absteve. A alardeada popularidade de Alvaro Uribe, padrinho político de Juan Santos, ficou sem comprovação.
Além disso, este ex-ministro da Defesa rescende a coisa antiga, fora do clima e do compasso da dinâmica política latino-americana. Trata-se de um quadro político de velha cepa, membro de famílias oligárquicas agarradas ao poder desde o século XIX, curtidas em banhos de sangue de seus compatriotas. Sua biografia, sua figura e seu discurso, por mais que se queira, não sugerem promessas de renovação.
O jeito antigo do presidente eleito é reforçado por seu alinhamento incondicional a Washington. Juan Santos comandou oficiais adestrados nas academias de guerra dos Estados Unidos, como, aliás, são todos os integrantes da hierarquia militar colombiana. Enquanto ministro de Uribe, foi personalidade central na implementação do Plano Colômbia, uma inquietante intervenção norte-americana na América Latina travestida de combate ao narcotráfico e ao terrorismo.
No momento em que bases militares norte-americanas são rechaçadas nos mais diversos continentes por pressões populares e governantes cansados da tutela de Washington e em que a integração subcontinental, conjugada ao avanço da democracia e às reformas sociais, dá passos concretos, abrangendo inclusive o sistema de Defesa, é na Colômbia que o Pentágono encontra espaço para seus dispositivos bélicos.
E que espaço! Mais de um milhão de km2 aos quais os barcos de guerra norte-americanos podem acessar pelos dois oceanos. Das bases colombianas, bombardeiros supersônicos podem chegar num piscar de olhos a qualquer canto do mar das Caraíbas ou da Amazônia brasileira.
A Colômbia é especial, foge do tom em política externa e interna. Nenhum outro país sul-americano tem resistido de forma tão contundente à mudança das estruturas herdadas do período colonial. Na direção de seus negócios públicos persistem - aglomeradas nos partidos Liberal e Conservador, cujos chefes reprimiram duramente demandas sociais e novos arranjos representativos - dinastias tenebrosas, inamovíveis, beneficiadas pelos expedientes dos esquadrões da morte e pelo negócio de drogas.
Hernando Ospina, em livro recentemente publicado (“Colombia, Laboratorio de Embrujos: Democracia y Terrorismo del Estado” ), revela com riqueza de detalhes como foi negada participação política às massas desfavorecidas e mesmo aos setores médios urbanos. Tendências de centro-esquerda foram violentamente reprimidas e criminalizadas. Ao contrário do que ocorreu entre seus vizinhos (Brasil, Venezuela, Peru e Equador), que vivenciaram experiências reformistas importantes ao longo do século XX, nenhum partido renovador, mesmo trabalhista ou social-democrata, foi tolerado.
Não há país sul-americano relativamente mais armado que o de Juan Santos. Com um PIB cinco vezes menor que o do Brasil, a Colômbia mantém tropas regulares equivalentes, em número, ao efetivo total das Forças Armadas brasileiras. Só o contingente paramilitar colombiano formalmente declarado supera, em quantidade, as tropas regulares da Argentina, que detém o segundo PIB sul-americano.
O pensamento conservador se preocupa com as compras de armas do governo venezuelano, mas, enquanto o gasto militar da Colômbia em 2008 foi equivalente a 3,7% de seu PIB, o da Venezuela chegou a 1,4% - menor, aliás, que o do Brasil (1,5%). Na última década o dispêndio militar colombiano cresceu 111%, mais que o dobro do brasileiro (39%). No mesmo período, o gasto venezuelano cresceu apenas 27%.
Apesar de comprometer os recursos públicos em aparato militar e de contar com o amparo maciço dos Estados Unidos, quem mais, além dos governantes colombianos apostaria no fim dos sangrentos confrontos internos?
A antiga prática de assassinatos contra lideranças populares chega à atualidade em números assustadores. Sob o governo Uribe, esquadrões da morte a serviço do poder executaram cerca de 500 ativistas e líderes sindicais; milhões de colombianos foram expulsos violentamente de suas moradias sob a acusação de apoio às FARC e a outros movimentos.
Juan Santos, mal legitimado pelas urnas, assumirá o governo prometendo segurança, não reformas sociais. A tarefa de manter a Colômbia na contracorrente das tendências sul-americanas não será fácil.
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Manuel Domingos
(Professor da Universidade Federal Fluminense;
editor de “Tensões Mundiais”)
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Álvaro Uribe e Santos, min. defensa