Guerrilheira, há quem diga, para definir Dilma Rousseff. Negativamente, está claro. A
verdade factual é outra, talvez a jovem Dilma tenha pensado em pegar em armas, mas nunca chegou a tanto. A questão também é outra: CartaCapital respeita, louva e admira quem se opôs à ditadura e, portanto, enfrentou riscos vertiginosos, desde a censura e a prisão sem mandado, quando não o sequestro por janízaros à paisana, até a tortura e a morte.
O cidadão e a cidadã que se precipitam naquela definição da candidata de Lula ou não perdem a oportunidade de exibir sua ignorância da história do País, ou têm saudades da ditadura. Quem sabe estivessem na Marcha da Família, com Deus e pela Liberdade há 46 anos, ou apreciem organizar manifestação similar nos dias de hoje.
De todo modo, não é apenas por causa deste destemido passado de Dilma Rousseff que CartaCapital declara aqui e agora apoio à sua candidatura. Vale acentuar que neste mesmo espaço previmos a escolha do presidente da República ainda antes da sua reeleição, quando José Dirceu saiu da chefia da Casa Civil e a então ministra de Minas e Energia o substituiu.
E aqui, em ocasiões diversas, esclareceuse o porquê da previsão: a competência, a seriedade, a personalidade e a lealdade a Lula daquela que viria a ser candidata. Essas inegáveis qualidades foram ainda mais evidentes na Casa Civil, onde os alcances do titular naturalmente se expandem.
E pesam sobre a decisão de CartaCapital. Em Dilma Rousseff enxergamos sem a necessidade de binóculo a continuidade de um governo vitorioso e do governante mais popular da história do Brasil. Com largos méritos, que em parte transcendem a nítida e decisiva identificação entre o presidente e seu povo. Ninguém como Lula soube valerse das potencialidades gigantescas do País e vulgarizá-las com a retórica mais adequada, sem esquecer um suave toque de senso de humor sempre que as circunstâncias o permitissem.
Sem ter ofendido e perseguido os privilegiados, a despeito dos vaticínios de alguns entre eles, e da mídia praticamente em peso, quanto às consequências de um governo que profetizaram milenarista, Lula deixa a Presidência com o País a atingir índices de crescimento quase chineses e a diminuição do abismo que separa minoria de maioria. Dono de uma política exterior de todo independente e de um prestígio internacional sem precedentes. Neste final de mandato, vinga o talento de um estrategista político finíssimo. E a eleição caminha para o plebiscito que a oposição se achava em condições de evitar.
Escolha certa, precisa, calculada, a de Lula ao ungir Dilma e ao propor o confronto com o governo tucano que o precedeu e do qual José Serra se torna, queira ou não, o herdeiro. Carregar o PSDB é arrastar uma bola de ferro amarrada ao tornozelo, coisa de presidiário. Aí estão os tucanos, novos intérpretes do pensamento udenista. Seria ofender a inteligência e as evidências sustentar que o ex-governador paulista partilha daquelas ideias. Não se livra, porém, da condição de tucano e como tal teria de atuar. Enredado na trama espessa da herança, e da imposição do plebiscito, vive um momento de confusão, instável entre formas díspares e até conflitantes ao conduzir a campanha, de sorte a cometer erros grosseiros e a comprometer sua fama de “preparado”, como insiste em
afirmar seu candidato a vice, Índio da Costa. E não é que sonhavam com Aécio...
Reconhecemos em Dilma Rousseff a candidatura mais qualificada e entendemos como injunção deste momento, em que oficialmente o confronto se abre, a clara definição da nossa preferência. Nada inventamos: é da praxe da mídia mais desenvolvida do mundo tomar partido na ocasião certa, sem implicar postura ideológica ou partidária. Nunca deixamos, dentro da nossa visão, de apontar as falhas do governo Lula. Na política ambiental. Na política econômica, no que diz respeito, entre outros aspectos, aos juros manobrados pelo Banco Central. Na política social, que poderia ter sido bem mais ousada.
E fomos muito críticos quando se fez passivamente a vontade do ministro Nelson Jobim e do então presidente do STF Gilmar Mendes, ao exonerar o diretor da Abin, Paulo Lacerda, demitido por ter ousado apoiar a Operação Satiagraha, ao que tudo indica já enterrada, a esta altura, a favor do banqueiro Daniel Dantas. E quando o mesmo Jobim se arvorou a portavoz dos derradeiros saudosistas da ditadura e ganhou o beneplácito para confirmar a validade de uma Lei da Anistia que desrespeita os Direitos Humanos. Hoje apoiamos a candidatura de Dilma Rousseff com a mesma disposição com que o fizemos em 2002 e em 2006 a favor de Lula. Apesar das críticas ao governo que não hesitamos em formular desde então, não nos arrependemos por essas escolhas. Temos certeza de que não nos arrependeremos agora.
A revista demonstra transparência e honestidade quando assume sua posição perante os leitores.
Veja, Estadão, Folha e Globo deveriam seguir o exemplo e serem honestas, também declarando o que todo mundo sabe: que apoiam Serra, em vez de ficarem se dizendo neutras, mas desdizendo no conteúdo de seus textos, onde fazem campanha para o demo-tucano.
dos amigos do Presidente Lula
5º feira, Campinas-SP: Dilma Rousseff recebe o apoio de 117 prefeitos do Estado de SP -- 50 deles pertencentes a partidos da oposição. O PSDB foi o partido que mais levou prefeitos ao evento, denominado de Movimento Pluripartidário de Prefeitos Pró-Dilma Rousseff. No total, compareceram 25 tucanos. O PT, partido da candidata, e o PMDB, do vice, levaram 22 prefeitos cada um. Esse apoio pode explicar o crescimento de Dilma na região. Nas últimas pesquisas a petista passou o tucano José Serra, no Sudeste.Dilma ainda conseguiu agregar o apoio de mais 9 prefeitos do DEM e 8 do PPS --legendas que oficializaram o apoio ao candidato do PSDB, José Serra. Além disso, o encontro teve a presença de 8 prefeitos do PV...
PARA MEDIR A CONSISTENCIA DO DATAFOLHA VALE RECORDAR O CAVALO-DE-PAU PRODUZIDO PELO INSTITUTO DA FAMÍLIA FRIAS EM 22 DE MAIO [Carta Maior 22-05]
Em um mês [entre o final de abril e o final de maio] o Datafolha 'deu' e 'tirou' 12 pontos de Serra para ajustar os números do instituto à evidência incontornável de um crescimento generalizado de Dilma em todo o país, conforme os levantamentos da Sensus e da Vox Populi já haviam sinalizado. Mais do que colocar o instituto da família Frias e seu diretor, Mauro Paulino, sob suspeição, o cavalo-de-pau de agora, com o empate entre os dois presidenciáveis, reflete uma crise de identidade na candidatura Serra. O patético figurino de um candidato 'cordial progressista' tentado nos últimos meses derreteu pelo artificialismo abusivo que nenhum gênio do marketing pode contornar. A 'virada' do Datafolha não resultou apenas da exposição de Dilma no programa eleitoral do PT, como quer o reducionismo conveniente dos 'analistas'da pág 2. Acontece que o figurino 'cordial progressista', quase lulista, de Serra fere uma percepção difusa porém marmorizado no imaginário social, que é a oposição golpista, sistemática, da própria mídia ao governo Lula, indissociável de seu alinhamento escandaloso à candidatura demotucana. As manobras em alta velocidade do Datafolha apenas corroboram essa adesão agressiva. O que se está colhendo agora é o efeito bumerangue dessa endogamia despudorada: o golpismo de seus aliados na mídia denuncia a farsa de um Serra 'continuador' do governo Lula. Evidencia, ademais, uma profunda crise de identidade de sua estratégia eleitoral, decorrente da falta de um projeto político e econômico convincente para o país. Só o Datafolha ainda não havia mensurado o desdobramento desse vazio, mas agora não dava mais para esconder. As coisas então ficam assim: ou a mídia muda totalmente seu discurso golpista e adere ao 'lulismo' de Serra --com as consequências eleitorais desse 'ajuste' ; ou Serra sai do armário e se junta ao udenismo lacerdista do diretório midiático.--
Gilmar Dantas passa por cima da Lei do Ficha Limpa para salvar o Sapo-Boi, braço direito do Serra.
Vice do Serra: "Não Tenho a Menor Idéia de Nada".
"Data-Trolha: O Resultado da Pesquisa Depende do Cliente."
do Vendedor de Bananas
Vox Populi dá Dilma 5% na Frente de Serra.
Mais uma pesquisa de intenção de votos aponta a liderança da candidata do PT, Dilma Rousseff entre o eleitorado. O canal de televisão Band divulgou ante-ontem levantamento feito pelo instituto Vox Populi que mostra a petista com 40% da intenção de votos.
O candidato do PSDB, José Serra, novamente aparece em segundo, com 35%. E Marina Silva, do PV, permanece em terceiro com 8%. Os percentuais se referem ao cenário em que todos os nomes dos postulantes à Presidência da República são apresentados aos entrevistados.
A margem de erro da pesquisa é de 1,8% para mais ou para menos. O levantamento ouviu 3 mil eleitores entre 24 e 26 de junho.
Na última pesquisa divulgada pela Band em parceria com o Vox Populi, Dilma já liderava, mas dentro da margem de erro. Em 15 de maio, ela tinha 38% das intenções de voto e Serra acumulava 35%. Marina Silva manteve os 8% do último levantamento.
Cenários
Na pesquisa espontânea, Dilma ampliou sua vantagem sobre o candidato da oposição em relação a maio. A petista tinha 19% das intenções naquele mês e, agora, subiu para 26%. Serra subiu de 15% para 20%. Marina Silva é lembrada espontaneamente por 4% dos eleitores, segundo a Vox Populi.
Num possível segundo turno entre Dilma e o tucano, ela levaria vantagem por quatro pontos percentuais: 44% a 40%. Essa diferença era de dois pontos percentuais a favor de Dilma em maio. Segundo o levantamento, para 50% dos eleitores Dilma tem mais chances de vencer a eleição do que os demais candidatos. Esse percentual em relação a Serra é de 35%.
SURGE GILMAR DANTAS/SERRA MENDES – E O DATA MENTIRA FOLHA
Laerte Braga
Estava faltando, onde já se viu trapaça de grande porte, bandalheira de assustar criança, habeas corpus para Daniel Dantas, liminar para Heráclito Fortes, esse tipo de “negócio” sem o brilho corrupto e impávido de Gilmar Mendes?
Ou sem pesquisa montada para José Arruda Serra, tudo acertadinho pela porta dos fundos, dinheiro por baixo do pano e absoluta falta de caráter e integridade, ou coisa que o valha?
Toda vez que dá dor de barriga em Arruda Serra o DATA FOLHA, da FOLHA DE SÃO PAULO (a dos caminhões para desovar as vítimas da tortura) entra em cena com uma pesquisa a favor do tucano. Só que Arruda Serra, quando chega na espontânea perde. É muita ficha suja a um tempo só. Os caras não têm um pingo de vergonha, tudo quatrocentão em matéria de canalhice.
O candidato José Arruda Serra, enquanto tenta desesperadamente nos bastidores rifar Índio da Costa, foi à sede da CNA – Confederação Nacional da Agricultura – (latifundiários), declarar, entre outras diatribes, que a imprensa não deve destacar o passado corrupto do seu companheiro de chapa e que Índio da Costa “é preparado e experiente para o cargo”.
Segundo Arruda Serra o “destaque negativo” é um erro.
Uai, Arruda Serra quando em disputa dentro do seu partido contra Aécio Neves montou um baita dossiê negativo do então governador de Minas e valeu-se do seu empregado Juca Kfoury para mandar um recado ao mineiro, daquele tipo se não sair da parada eu prendo e arrebento.
Em seguida derramou-se em declarações de amor a Aécio, convidando-o a ser seu companheiro de chapa. Quer dizer cínico ao absoluto, achou que enrolava o companheiro (vá ser companheiro assim no raio que os parta!), aquele máxima da máfia, de qualquer máfia, inclusive as tipo PSDB, DEM, PPS, “são só negócios, nada pessoal”.
Sem falar na esnobação do faraó FHC chamando Aécio para “aprender a comer virado paulista, não ficar só no virado a mineira”. Pô os caras ou não têm desconfiômetro, ou não têm vergonha na cara. Não têm nem uma coisa e nem outra.
Índio da Costa, quando secretário de Administração da Prefeitura do Rio de Janeiro, dividiu a cidade em 49 regiões para efeito de licitação de compra de produtos básicos de merenda escolar, não fez licitação coisa alguma e uma única firma, a Milano, ganhou todas as áreas. Mesmo onde não tinha concorrente apresentou preço mais baixo.
No relatório da vereadora Andréa Gouvêa Vieira, do PSDB, em CPI sobre as tais licitações, todas as irregularidades foram apontadas, demonstradas e provadas.
Al Capone contribuía para o natal dos pobres em Chicago. Ia aos abrigos noturnos distribuía beijos, abraços, roupas, cestas natalinas, era considerado um grande benfeitor.
É para deixar para lá então, segundo o raciocínio de Arruda Serra? Juca Kfoury quando mandou o recado para Aécio fez menção a um tapa que o mineiro teria dado em sua namorada num hotel no Rio, em meio a um evento e concitou os brasileiros a refletirem sobre os candidatos para não eleger um novo Collor. Está lá com todas as letras.
Não pode “refletir” sobre Índio da Costa não? Tem que ficar calado?
É como diz o Aécio em sua “vingança salamaligna” – “o Serra consegue desorganizar tudo que está organizado –.
A vereadora em questão, Andréa Gouvêa Vieira, reiterou em entrevista a vários jornais todas as acusações constantes do relatório de 2005 sobre o vice DEM do tucano Arruda Serra. Diz que vota em Arruda Serra, afinal é tucana, mas lamenta e deplora o companheiro de chapa.
Relatou o projeto da ficha limpa? E daí? Muito ficha suja votou a favor do projeto escorado nas emendas que foram feitas para não limpar tanto assim. Tipo sabão que lava mais ou menos, deixa meio amarelado.
Heráclito Fortes, DEM do Piauí, é aquele senador que na armação da revista VEJA para salvar a pele do ministro Gilmar Mendes e do banqueiro Daniel Dantas, a tal gravação que nunca aconteceu, tudo para desmoralizar o delegado Protógenes Queiroz. É ficha suja. Quando foi prefeito de Teresina aprontou e foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Estado.
Aí, lógico quem? Quem? Gilmar Mendes, ministro do STF (o dele é SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL DANTAS INCORPORATION LTD), concedeu efeito suspensivo ao senador para que ele possa ser candidato. Em liminar suspendeu a lei da ficha limpa.
Gilmar Mendes foi um dos principais colaboradores (putz que esculhambação!) do governo de FHC, foi ministro inclusive (Advogado Geral da União) daquele presidente e indicado pelo vendedor/presidente (vendeu quase todo o patrimônio público e até bueiro da Light explode no Rio, no milagre da privatização) para a Corte Suprema.
Está suspensa a lei da ficha limpa pelo tucano Gilmar Mendes, dono de Diamantino no Mato Grosso e parceiro do dinheiro público em vários contratos irregulares com um centro de estudos que mantém em Brasília, onde emprega/compra o silêncio de jornalistas da GLOBO.
É amigo do peito de Arruda Serra.
Agora, cá para nós é estranho, muito estranho, que todos esses recursos digamos assim meio complicados, no caso do senador um recurso extraordinário, sejam sempre distribuídos ao ministro (ministro? Pelo amor de Deus meus sais!) Gilmar Mendes. Tem um trem errado aí, no duro que tem.
Os caras diante do naufrágio da candidatura Arruda Serra estão tentando desmoralizar o processo democrático, transformar as eleições em esculacho geral, criar uma baita confusão, só pode.
E o Arruda Serra disse na CNA que vai criar o “transgênico verde e amarelo”. Será que não sabe que todos aqueles latifundiários, sustentados a trabalho escravo, inclusive a senadora DEM Kátia de Abreu (que responde a processo por desvio de verba pública) estão nas mãos da MONSANTO?
Que a MONSANTO é forte “contribuidora” das campanhas eleitorais do DEM e do tucanato?
Juca Kfoury errou no diagnóstico dele. Quem está pirado é Arruda Serra. Está que nem trem desembestado descendo montanha abaixo e ninguém acha o freio.
Protagonista de um acintoso e aviltante desrespeito ao povo brasileiro, ao Brasil, seja no que fala, seja na escolha de um vice corrupto e atolado até a alma em bandidagem na Prefeitura do ex-quase sogro César Maia. Cacciola é mais negócio.
E não quer comentários negativos?
Quer então que sejam realçadas as virtudes do seu vice? Quais? A Milano, empresa que ganhou a concorrência para fornecer produtos do cardápio da merenda escolar deve saber quais as “virtudes” dele.
Os caras perderam de vez a vergonha e assim vai ficar difícil para a GLOBO sustentar a candidatura tucana. Para VEJA inventar milagres e atribuí-los a Serra, ou demonizar Dilma. Para a FOLHA DE SÃO PAULO ficar publicando currículos falsos.
Pior, vai ser difícil, quase impossível, montar pesquisas ao feitio tucano. Aquelas que o resultado é sempre a favor deles mesmo quando estão perdendo.
É como diz o ex-governador de Minas, perplexo quando soube dos esquemas, “o Serra desorganiza tudo que está organizado”.
Se fosse só isso tudo bem, questão de reorganizar, o diabo é que o dinheiro some. Vai para o bolso deles.
E para variar, nas trapaças de agora, o indispensável Gilmar Mendes. É peça obrigatória nessas tranças e destranças, arroz de festa em matéria de corrupção.
E tome liminar. E haja habeas corpus.
Falta alguém para fechar o caixão de Arruda Serra.
Tem um detalhe, foram vários os relatores do projeto ficha limpa, uma espécie de mistão partidário. Um deles o deputado José Eduardo Cardoso do PT de São Paulo (que, aliás, nem vai disputar a reeleição).
Integrante da mesa da convenção do DEM o deputado Alberto Fraga, de Brasília, ex-secretário do governo do Arruda original. O José Roberto (“vote num careca e leve dois”, frase de José Arruda Serra com a mão sobre os ombros de José Roberto Arruda).
Tem certeza que os caras são “aliados?” Sei lá, tenho minhas dúvidas.
Ao conceder a liminar a Heráclito Fortes o “ministro” Gilmar Mendes chama o assunto ao STF, abre portas para que todos impedidos pela lei possam ser candidatos subjudice, até decisão final do plenário da Corte e com isso avacalha geral. Tenta isso, essa a manobra, inclusive o ficha suja Índio da Costa, por conta da merenda escolar. Assim tipo roubar pirulito de criança.
Mas cá para nós, tem outra coisa, quem precisa de lei para não eleger bandido é porque o negócio está bravo para todos os lados.
do Gilson Sampaio
PARA QUEM SÃO FEITAS AS PESQUISAS:A BALA DE PRATA
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Folha: dá para confiar?
Emir Sader da Agência Carta Maior,
O jornal que emprestou seus caros para a Operação Bandeirantes, disfarçada de jornalistas, levar a cabo prisões arbitrárias, fuzilamentos sumários de detidos, conduzir os sobreviventes para tortura, para a desaparição, para a morte.
O jornal que considerou a ditadura militar – o mais ditatorial dos regimes, de imposição do terror, o mais antidemocrático – como a salvação do país, pregou sua realização, saudou a ruptura da democracia e a deposição de um presidente legitimamente eleito pelos cidadãos, apoio a ditadura, ajudou a escondeu seus crimes e, mais recentemente, chamou-o de “ditabranda”.
O jornal que publicou uma ficha falsa da Dilma em manchete de primeira página de um domingo. Pego em flagrante, nunca corrigiu sua brutal manipulação.
Uma executiva do jornal declarou que, dada a fraqueza dos partidos da oposição, a imprensa assume o papel de partido da oposição. Isto é, o jornaleco virou boletim de um partido opositor, os jornalistas não são mais jornalistas, todos eles militantes desse partido opositor. A direção, que nunca foi eleita por ninguém, mas designada pela família, o Comitê Central desse partido. O seu diretor, escolhido por seu pai para sucedê-lo na direção da empresa familiar, presidente do partido.
Suas pesquisas são pesquisas internas dos tucanos, feitas por encomenda e atendendo às penúrias do candidato-colunista do jornal, que passeia pela redação do jornal como pela sua casa, dá broncas no que não gosta, nomeia empregados, como a chefe da sucursal de Brasília, nomeada por ele, porque tucana e porque casada com publicitário – ex funcionário da Globo – que codirige a campanha derrotada em 2002 e agora em 2010.
Quem acredita nas pesquisas do Databranda?
Quem compraria um jornal usado da família Frias?
Que lê o Diario Oficial dos Tucanos, com todos os editorais cheios de pluma tucana da página 2?
O povo não é tonto. Com tudo o que eles dizem, apenas 3% aceitam seus argumentos e rejeitam Lula.
Ou será 0%, na margem de erro?
A derrota de Serra e seu vice de ocasião é também a derrota da imprensa das oligarquias familiares, da imprensa mercantil, da imprensa mentirosa e manipuladora, a derrota dos Frias, dos Marinhos, dos Mesquitas, dos Civitas e dos seus associados regionais e internacionais.
Daí seu desespero, daí sua depressão, daí mentiras como essa pesquisa encomendada pelos tucanos e em que nem eles mesmos acreditam. Otávio Frias Filho (que ocupa o cargo por ser filho de Otávio Frias pai), seus parentes e militantes do seu partido, não conseguem mais ditabrandar em nome do país.
Prêmio Corvo do semestre para Otávio Frias Filho e sua trupe!
Kassab é investigado em fraude na merenda..Índio também comeu merenda das crianças...
O que as pesquisas podem e o que não podem mais
A nova pesquisa Ibope, é claro, deu os números naquele velho esquema de “nado sincronizado” que mantém com o Datafolha.
Serra está sendo mantido vivo por aparelhos, embora seja perceptível que quase ninguém, entre os operadores da política, acredite mais em sua candidatura.
Tanto é assim que a debandada em suas forças é mais que evidente.
Como é evidente que a escolha de Indio da Costa como seu candidato a vice seria impensável se as forças políticas serristas estivessem disputando para valer. Um lugar de vice-presidente não é “dado” assim, “no más”, como dizem os gaúchos.
Amanhã, com os dados mais detalhados, tento fazer o que for possível de análise. Sabem vocês que não é fácil estabelecer a densidade da lama, não é?
Você quer saber digo isso? Basta olhar a série da Datafolha sobre a intenção de voto no Sul do Brasil, que me remeteu o leitor Daniel: 17 de Abril: Serra 48%, Dilma 26%; 22 de Maio: Serra 38%, Dilma 35%; 01 de Julho: Serra 50%, Dilma 32%.
Um candidato – não importa se Serra ou Dilma – abrir 15 pontos de vantagem em um mês sobre outro não existe, a não ser se um deles, como eu já disse aqui, salvar uma criança que morria afogada em um rio diante das câmeras de televisão ou o outro atropelar uma velhinha andando com o carro na contra-mão. Ou, talvez, se ambas as coisas ocorrerem.
Mas eles apostam até o fim na sua capacidade de “fazer a cabeça” do povo brasileiro.
Esquecem que a propaganda, embora forte e bem-feita, tem grande, enorme dificuldade em se sobrepor á realidade.
do Tijolaço