Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, julho 05, 2010

SS erra MENTE descaradamente sempre







Vicentinho: “Nem o FAT nem o seguro-desemprego são criações do Serra”

por Conceição Lemes

Há duas semanas foi ao ar o programa nacional do PSDB. José Serra, candidato tucano à Presidência da República, ocupou metade da apresentação, onde foi dito que ele criou o FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) e o seguro-desemprego.

O site de Serra insiste: Emenda de Serra criou o FAT e tirou o seguro o seguro-desemprego do papel.

Na Convenção Nacional do PTB, em 12 de junho, o próprio Serra alardeou em seu discurso:

Fui também o autor da emenda à Constituição brasileira que instituiu o que veio a ser o Fundo de Amparo ao Trabalhador, o FAT. O Fundo, hoje, é o maior do Brasil e é patrimônio dos trabalhadores brasileiros, e financia o BNDES, a expansão das empresas, as grandes obras, os cursos de qualificação profissional, o salário dos pescadores na época do defeso. Tudo isso vem do FAT. E tenho orgulho de ter iniciado esse processo.

Graças ao FAT, também, tiramos o seguro-desemprego do papel e demos a ele a amplitude que tem hoje. O seguro-desemprego dormia há mais de 40 anos nas gavetas. Existia na lei, mas pouco na prática. Conseguimos viabilizá-lo e ele já pagou mais de 50 milhões de benefícios na hora mais difícil de qualquer família e de qualquer trabalhador.

“Nem o FAT nem o seguro-desemprego são criações do Serra”, afirma o deputado federal Vicente Paulo da Silva (PT-SP), o Vicentinho, ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema e ex-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT). “Eu respeito o Serra, mas ele não pode usar a mentira como expediente para se promover e alavancar a sua candidatura, pois ele vai perder mais credibilidade.Ainda mais hoje em dia que, graças à internet, tudo é descoberto rapidamente.”

JORGE UEQUED É AUTOR DA LEI DO FAT; SARNEY CRIOU O SEGURO-DESEMPREGO

Vicentinho tem razão. O autor de projeto de lei (PL) que criou o FAT é o ex-deputado federal Jorge Uequed (PMDB-RS), considerado pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar – o Diap — um constituinte nota 10. O PL é o número 991, de 1988. Ele foi apresentado em 11 de outubro de 1988.

O projeto de Serra sobre o Fundo de Amparo ao Trabalhador foi apresentado sete meses depois: 5 de maio de 1989. Recebeu o número 2250/1989: www. camara. gov.br/internet/sileg/ Prop_Detalhe.asp?id=201454

Na sessão de 13 de dezembro de 1989, foi considerado prejudicado pelo plenário da Câmara dos Deputados devido à aprovação do projeto de Jorge Uequed.

O trâmite do projeto de Serra na Casa comprova que o candidato tucano à Presidência está faltando com a verdade em relação ao FAT.

Quanto ao seguro-desemprego, Serra reincide. Na campanha de 2002, o presidenciável tucano já havia trombeteado que criara o seguro-desemprego. A Frente Trabalhista, então integrada pelo PTB, PPS (hoje aliados de Serra) e PDT, contestou.

Em entrevista à Folha de S. Paulo, publicada em 10 de agosto de 2002, o senador José Sarney (PMDB-AP) desmentiu Serra: “Não sei de onde ele tirou que criou o seguro-desemprego. O seguro foi criado no meu governo. Na época, ele [Serra] era secretário de Economia e Planejamento do governador Franco Montoro”.

Verdade. O seguro-desemprego foi criado em 1986, quando Sarney ocupava a Presidência da República. Foi instituído junto com o Plano Cruzado pelo decreto-lei nº 2.284, de 10 de março de 1986. Passou a ser concedido aos trabalhadores após a sua regulamentação, que ocorreu 40 dias depois, pelo decreto nº 92.608, de 30 de abril do mesmo ano.

“Se o Serra mente assim na campanha que dirá, depois, governando”, arremata Vicentinho. “Ainda bem que ele não vai ganhar.”

doviomundo


Partimônimo de Serra saltou de R$ 873 mil para R$ 1,42 milhão, em 4 anos

A passagem de 3 anos e 3 meses pelo governo de São Paulo, com casa, comida, roupa lavada, e SerraCARD (cartão corporativo) do Palácio dos Bandeirantes, fez bem para a poupança de José Serra (PSDB/SP).

Nas eleições de 2006, o demo-tucano declarou ao TSE um patrimônio de R$ 872.893,62.


Quatro anos depois, agora em 2010, declarou R$ 1.421.254,87.


O patrimônio engordou R$ 548.361,25, um aumento de 63%.

José Serra continua sem declarar sua mansão, onde mora em São Paulo, na Rua Antonio Gouveia Giudice.

dosamigosdopresidentelula

Serra mente de novo, e "rouba" lei do FATde Jorge Uequed

José Serra (PSDB/SP) foi pego na mentira de novo.

Ele tem falado por aí, nas propagandas demo-tucanas na TV que é autor da emenda (lei) que criou o FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) e garantiu o seguro-desemprego.

É pura mentira.

O seguro-desemprego foi criado em 1986, no governo Sarney, instituído junto com o Plano Cruzado pelo decreto-lei nº 2.284, de 10 de março de 1986. Passou a ser concedido aos trabalhadores após a sua regulamentação, que ocorreu 40 dias depois, pelo decreto nº 92.608, de 30 de abril do mesmo ano.

O FAT foi criado pelo projeto de lei PL-991/1988, de autoria do ex-deputado federal Jorge Uequed (PMDB-RS), apresentado em 11 de outubro de 1988.

Clique na imagem para ampliar


Serra tentou "piratear" o projeto de Jorge Uequed sete meses depois, apresentando o PL-2250/1989, em 5 de maio de 1989.

Na sessão de 13 de dezembro de 1989, o projeto "pirata" de Serra foi desconsiderado pela Câmara dos Deputados, devido à aprovação do projeto original de Jorge Uequed.

Clique na imagem para ampliar


O trâmite do projeto de Serra na Casa comprova que o candidato demo-tucano à Presidência mentiu tanto em relação ao seguro-desemprego quanto em relação ao FAT.

Aliás, Serra também mente e "pirateou" os genéricos. Quem fez o decreto que implantou os genéricos foi Jamil Haddad, quando era ministro da Saúde de Itamar Franco. (A partir de informações do Viomundo)

Passeio Socrático, Consumismo, Neo Liberal, Planeta.












PASSEIO SOCRÁTICO


Ao viajar pelo Oriente mantive contatos com monges do Tibete, da Mongólia, do Japão e da China. Eram homens serenos, comedidos, recolhidos e em paz nos seus mantos cor de açafrão.
Outro dia, eu observava o movimento do aeroporto de São Paulo: a sala de espera cheia de executivos com telefones celulares, preocupados, ansiosos, geralmente comendo mais do que deviam. Com certeza, já haviam tomado café da manhã em casa, mas como a companhia aérea oferecia um outro café, todos comiam vorazmente.
Aquilo me fez refletir: 'Qual dos dois modelos produz felicidade?' Encontrei Daniela, 10 anos, no elevador, às nove da manhã, e perguntei: 'Não foi à aula?' Ela respondeu: 'Não, tenho aula à
tarde'. Comemorei: 'Que bom, então de manhã você pode brincar, dormir até mais tarde'. 'Não', retrucou ela, 'tenho tanta coisa de manhã...'. 'Que tanta coisa?', perguntei.. 'Aulas de inglês, de
balé, de pintura, piscina', e começou a elencar seu programa de garota robotizada. Fiquei pensando: 'Que pena, a Daniela não disse: 'Tenho aula de meditação!'
Estamos construindo super-homens e super-mulheres, totalmente equipados, mas emocionalmente infantilizados. Uma progressista cidade do interior de São Paulo tinha, em 1960,
seis livrarias e uma academia de ginástica; hoje, tem sessenta academias de ginástica e três livrarias! Não tenho nada contra malhar o corpo, mas me preocupo com a desproporção em relação à malhação do espírito. Acho ótimo, vamos todos morrer esbeltos: 'Como estava o defunto?'. 'Olha, uma maravilha, não tinha uma celulite!' Mas como fica a questão da subjetividade? Da espiritualidade? Da ociosidade amorosa? Hoje, a palavra é virtualidade. Tudo é virtual.. Trancado em seu quarto, em Brasília, um homem pode ter uma amiga íntima em Tóquio, sem nenhuma preocupação de conhecer o seu vizi nho de prédio ou de quadra! Tudo é virtual. Somos místicos virtuais, religiosos virtuais, cidadãos virtuais. E somos também eticamente virtuais...
A palavra hoje é 'entretenimento'. Domingo, então, é o dia nacional da imbecilização coletiva. Imbecil o apresentador, imbecil quem vai lá e se apresenta no palco, imbecil quem perde a tarde
diante da tela. Como a publicidade não consegue vender felicidade, passa a ilusão de que felicidade é o resultado da soma de prazeres: 'Se tomar este refrigerante, calçar este tênis, usar esta camisa, comprar este carro, você chega lá!' O problema é que, em geral, não se chega! Quem cede desenvolve de tal maneira o desejo, que acaba precisando de um analista. Ou de remédios. Quem resiste, aumenta a neurose. O grande desafio é começar a ver o quanto é bom ser livre de todo esse condicionamento globalizante, neoliberal, consumista.
Assim, pode-se viver melhor.. Aliás, para uma boa saúde mental, três requisitos são indispensáveis: amizades, auto-estima, ausência de estresse.
Há uma lógica religiosa no consumismo pós-moderno. Na Idade Média, as cidades adquiriam status construindo uma catedral; hoje, no Brasil, constrói-se um shopping center. É curioso: a maioria dos shoppings centers tem linhas arquitetônicas de catedrais estilizadas; neles não se pode ir de qualquer maneira, é preciso vestir roupa de missa de domingo. E ali dentro sente-se uma sensação paradisíaca: não há mendigos, crianças de rua, sujeira pelas calçadas....
Entra-se naqueles claustros ao som do gregoriano pós-moderno, aquela musiquinha de esperar dentista. Observam-se os vários nichos, todas aquelas capelas com os veneráveis objetos de consumo, acolitados por belas sacerdotisas. Quem pode comprar à vista, sente-se no reino dos céus. Se deve passar cheque pré-datado, pagar a crédito, entrar no cheque especial, sente-se no purgatório. Mas se não pode comprar, certamente vai se sentir no inferno...
Felizmente, terminam todos na eucaristia pós-moderna, irmanados na mesma mesa, com o mesmo suco e o mesmo hambúrguer do Mc Donald...
Costumo advertir os balconistas que me cercam à porta das lojas: 'Estou apenas fazendo um passeio socrático. Diante de seus olhares espantados, explico: 'Sócrates, filósofo grego, também gostava de descansar a cabeça percorrendo o centro comercial de Atenas. Quando vendedores como vocês o assediavam, ele respondia: "Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz!".



Não posso deixar de comentar, porque o texto é ótimo.

A história trágica que eu descobri começou com a leitura do livro O Fim do Emprego de Jeremy Rifkin. Como tudo se relaciona, um dia um amigo me deu o livro do André Gorz, também sobre o trabalho, o fim dele, a insatisfação e a prisão que gera nas pessoas. Não à toa, Gorz cita Rifkin no seu livro, mas o soco dele é muito mais forte.

A sociedade inconsciente consumista atual é muito recente, tem pouco mais que cinco décadas e começou com a força produtora que emergiu nos Estados Unidos no período pós-guerra. Produção gigante, demanda inexistente. A produção era desnecessária, a demanda, bom, os estadunidenses daquela época eram muito simplórios, poupadores e religiosos.

O marketing e a psicologia vieram em socorro para mudar essa situação, com o reconhecimento que aquilo que mais agrada as pessoas é a desgraça alheia e o que mais incomoda as pessoas e o sucesso alheio. Para vender, basta colocar o produto ao lado de alguém bem sucedido, sinônimo de felicidade.

A fórmula vale até hoje, mas quando vinha de bicicleta para o banco, fiquei pensando numa carta ao Paul Krugman para criticar sua litania do crescimento, mas é mais ou menos isso: a necessidade de crescer e de demanda eterna vem de alguma fonte. Essa fonte é uma classe produtora, com meios de produção extremamente concentrados, cujos investimentos são feitos em busca de retornos crescentes, com poder suficiente para fazer os governos tomarem as piores decisões da história contra a coletividade (BP no Golfo do México é um horrendo exemplo, mas é uma ponta pequeníssima de um gigante iceberg). Para combater a idéia do crescimento eterno das economias, não adiantou nada dizer há mais de 80 anos que isso é uma impossibilidade ecológica, biológica, planetária e que já provocou a maior extinção da vida dos últimos 65 milhões de anos e, como Stephen Jay Gould alerta, é muita ingenuidade achar que essa extinção jamais irá se voltar contra os causadores.

Os governos promovem tudo que for possível para manter o nível de demanda para satisfazer o retorno desses investimentos: todas as suas políticas, cada vez mais fracassadas, são voltadas para esse único norte. É cruel, porque na verdade objetivo final é produzir uma concentração de riqueza nas mãos de poucas pessoas num patamar inimaginável. Por qual razão, difícil de entender, porque todos morrerão num prazo muito curto e tudo ficará para trás, mas essa sanha de poder é claramente o mote principal das classes reguladoras que dominam a classe política. Nossas vidas são uma fração infinitesimalmente irrelevante da vida coletiva que ignoramos.

A boa notícia é que as classes reguladoras estão em processo de mudança, só não sabemos se na velocidade e direção necessária. Sabemos que a mudança é recente, pequena e ainda bastante desprezível para ter feito alguma diferença. Copenhagen que o diga.

Isso é um bom caminho para começarmos a discutir porque o mundo é tal como ele é: metas de crescimento física e planetariamente impossíveis, justificadas pelo bem estar social que supostamente produz, lado a lado com empregos parcos, embora esse resultado além de maligno, insustentável, temporário, já foi questionado por uma miríade de pessoas e estudos. A realidade é que o crescimento serve apenas como mecanismo de diferenciação social, cristalização das desigualdades dentro e fora das nações, guerras e fim da capacidade da Terra sustentar todas as formas de vida. Se questionarmos a justificativa social do crescimento, abraçada pelos governos todos, podemos quem sabe, começar a entender nosso papel insignificante e vulnerável como seres rastejantes em cima desse planeta que, diga-se de passagem, não possui o menor interesse em nós.

O planeta irá acabar de qualquer jeito e a vida nele também, pode acontecer a qualquer momento que não sabemos, mas o que fizemos aqui, enquanto ele ainda vicejava, terá um significado profundo na vida espiritual de todos. Triste determinar o fim da vida fora de eras geológicas, mas esse será o maior feito da humanidade e, se houver espectadores, não gostaria de ajudar a empunhar esse troféu.

É o que Frei Beto tenta alertar.

Hugo Penteado

O povo do Nordeste Brasileiro precisa de ajuda.

SOS Palmares:

ajuda para vítimas de tsunami fluvial
O professor Beto Gesteira, técnico de hóquei sobre patins do Sport Recife e que, entre outras coisas, usa esse esporte para mudar a vida de crianças carentes na comunidade de Caranguejo-Tabaiares, em Recife, envia mensagem descrevendo a tragédia que se abateu sobre a cidade de Palmares, na Zona da Mata Sul, em Pernambuco. Palmares é uma das cidades arrasadas por um verdadeiro tsunami fluvial causado pelas fortes chuvas na região. Beto Gesteira sobrevoou a cidade de helicóptero registrou a tragédia com várias fotografias e está pedindo ajuda. Ele escreve:
Estas fotos foram tiradas por mim. Fiz um vôo de helicóptero e andei pela cidade. Fiquei muito triste com o que vi, não foi só uma enchente onde a água chega e inunda as casas e ruas, foi uma “tsunami fluvial”, onde uma enxurrada de mais de 15 metros de altura de água destruiu casas, quarteirões, bairros. A situação aqui é muito difícil de descrever, faltam remédios, produtos de higiene pessoal, colchões, água mineral. Quanto à infraestrutura da cidade…
Sem energia elétrica, postes e mais postes arrancados e partidos pela força da água, canos de esgotos e água estourados, um metro de lama pelas ruas e dentro das residências, muitos animais mortos, alimentos estragados na lama, cheiro muito ruim por todos os lados, centenas de estabelecimentos comerciais completamente destruídos, hospitais com 5 metros de água.
O povo está necessitando de tudo, são milhares de pessoas que tiveram não só suas casas como também seus estabelecimentos comerciais destruídos. Palmares vive da cana de açúcar e da entressafra do comércio. O povo está perambulando pelas ruas sem esperança e muita tristeza. Como estou aqui sei das maiores necessidades, peço que quem puder ajude de alguma maneira, mobilize seus amigos, parentes, vizinhos, o pessoal do trabalho e do condomínio. As maiores necessidades são:
-Produtos de higiene pessoal
-Produtos de limpeza
-Água mineral
-Colchões
-Mobília em geral
Quem quiser pode também contribuir com a conta:
S.O.S. PALMARES
AG – 0916
CC – 258-4
Operação – 06
Caixa Econômica Federal
Amigos, estou muito triste e conto com ajuda de todos.
By: RS Urgente

Capacho bem pago






Ricardo Teixeira devolve seleção ao Galvão



Cala a boca, Teixeira



O Conversa Afiada publica comentário do amigo navegante Flavio:


Um dia depois da demissão do Dunga, a Globo faz uma edição especial do Bem Amigos com o Ricardo Teixeira.
Ele vai ao estúdio da Globo no IBC de Joanesburgo e explica pessoalmente ao Galvão Bueno que o Dunga era como o piloto de um avião sobrevoando o Atlântico.

Ele tinha que esperar o avião pousar para mexer no piloto.

Ou seja, o presidente da CBF vai beijar a mão da Globo, restabelece o acesso exclusivo e ainda explica por que não demitiu o técnico no dia da briga com o Alex Escobar.

Agora já dá até para a Fátima Bernardes tirar o gorro.
do conversaafiada

Quem a rede BÔBO acha que engana






A Ditadura e a Globo

A lógica farsesca e patética do Globo chateia mais a cada dia. A sorte é que os leitores do mesmo jornal, diminuem na mesma velocidade.
Significando dizer que O Globo fala para meia dúzia de gatos pingados.
Para pouca gente ou não, é indisfarçável a maneira mentirosa sobre a qual, os globistas (ou seria golpistas?) debruçam suas análises e notícias.
Pelo tom da manchete, comentando que Lula se reunirá com o Presidente da Guiné Equatorial, até parece que o sapo barbudo adora ditadores.
Quem nasceu ontem talvez não saiba que o Globo foi aquele folhetim que manifestou em editorial, o apoio à ditadura e ao golpe militar de 1964 que mergulhou o Brasil em duas décadas de regime da bala, da tortura e do desaparecimento.
Diziam que era a melhor coisa que poderia acontecer no Brasil e, pasmen, AGRADECERAM aos golpistas pelo levante.
Quem nasceu ontem talvez não saiba também que o Globo batia palmas toda vez que os presidentes americanos tinham negócios com os golpistas e ditadores da África e da América Latina.
A quem o Globo quer enganar?
Crianças de 14 anos?
Bem, elas não lêem o jornal. E os velhos, muitos já se deram conta de quanto ridícula é sua linha editorial.
As organizações Globo, junto com a Folha e o estadinho, assinaram seu atestado de óbito quando resolveram enfrentar o governo de frente. Achavam que seria moleza.
Mas a direita brasileira nunca soube lutar ou fazer política. Ela nunca precisou se dar a este trabalho. Agora, como o Brasil e o mundo mudaram, estão mal das pernas.
Que pena dos golpistas.


A mídia é o partido do capital

Reproduzo entrevista concedida ao jornal O Piquete, editado pelo Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista (BA):

O filósofo italiano Antonio Gramsci teorizou que nos momentos de crise das instituições burguesas, a imprensa ocuparia o lugar do partido das classes dominantes. Altamiro Borges, jornalista e autor do livro A Ditadura da Mídia, confirma essa tese e aponta que, nesses momentos, a mídia transforma-se num verdadeiro “partido do capital”.

Essa prática tem sido corrente em Vitória Conquista, quando setores da mídia local têm transformado o ato de informar e o debate de idéias, tão essenciais à cidadania, em espaços de manipulação e utilização político-partidária dos meios de comunicação.

Em entrevista concedida ao Piquete Bancário, Altamiro Borges esclareceu como a grande imprensa perde o seu papel e assume essa visão político-partidária.

Os interlocutores da mídia comercial, em muitas ocasiões, transformam-se em verdadeiros representantes do partido do capital. Como o senhor avalia esse processo?

Este processo é antigo. Antes de se constituir como mídia, a imprensa já atuava como partido político, desestabilizando governos e promovendo golpes. Na história ficaram conhecidos os casos de Getúlio Vargas, levado ao suicídio por pressão da imprensa, e de João Goulart, derrubado por uma conspiração militar-civil que teve papel ativo da imprensa.

Na fase mais recente, a mídia fabricou candidatos – como o tal “caçador de marajás” -, defendeu o modelo neoliberal, destrutivo e regressivo de FHC e tentou derrubar o presidente Lula no famoso caso do “mensalão”, em 2005/2006. A grande mídia sempre atuou politicamente, defendendo os interesses dos poderosos. Ela exerce um duplo poder – econômico e ideológico -, manipulando informações e deformando comportamentos.

Em suas palestras, o senhor aponta que na Venezuela e na Bolívia o povo venceu a mídia. Há possibilidades dessa realidade se repetir no Brasil?

Na Venezuela, o golpe de abril de 2002 foi patrocinado por dois jornalões e por três emissoras de televisão. Eles clamaram pelo golpe, instigaram a violência nas ruas, mentiram descaradamente sobre o presidente eleito, Hugo Chávez, que tachou a conspiração de “golpe midiático” e tomou várias medidas para democratizar a comunicação e estimular meios alternativos e comunitários. Já na Bolívia, 86% das notícias dos jornais, revistas, rádios e televisões foram contrárias à candidatura de Evo Morales, inclusive com ataques preconceituosos. Em ambos os casos, o povo não se iludiu e derrotou a ditadura midiática.

No Brasil, a mídia não dá sossego para o presidente Lula. Ela apostou no impeachment em 2006 e hoje está completamente vinculada à candidatura demotucana de José Serra. Com o resultado das pesquisas recentes, que confirma o crescimento da candidatura de Dilma Rousseff, a mídia tende para baixaria. Acho que esta será a campanha mais suja da história recente do país.

O senhor também discute, em seu livro, a questão da criminalização dos movimentos sociais pela mídia comercial. Como ocorre essa criminalização?

Desde sua origem, a imprensa burguesa foi inimiga das lutas dos trabalhadores. Ela foi contra a revolta dos escravos, contra a luta de Canudos, contra as greves lideradas pelos anarquistas no início do século passado e sempre se posicionou contra os direitos dos trabalhadores. Atualmente, usa os mesmos argumentos dos senhores de escravos para se contrapor à redução da jornada de trabalho – diz que a economia vai afundar, que a medida estimula a preguiça e outros besteiras preconceituosas.

Esta criminalização é feita com requintes de manipulação. Toda a greve é tratada como “congestionamento de trânsito” e transtornos para a sociedade. Todos os direitos são encarados como privilégios. A grande mídia tem nojo dos trabalhadores e rejeita suas lutas e seus direitos.

Em meio às práticas antidemocráticas de setores da grande imprensa, qual deve ser o papel da imprensa ligada aos movimentos sociais?

A imprensa popular, principalmente a sindical, tem um papel fundamental nos dias de hoje e precisa denunciar as manipulações da mídia patronal, ajudando a estimular a consciência crítica dos trabalhadores. Para isto, precisa ser cada vez mais fortalecida e não pode ser encarada como um gasto, mas sim como um investimento na conscientização dos trabalhadores, na luta de idéias na sociedade.
do altamiroborges

USA obama CENSURA informação sôbre DESASTRE ECOLÓGICO




EUA limitam liberdade de imprensa

na cobertura do desastre ambiental provocado pela BP

Onde estão os histéricos do PIG que ainda não denunciaram esse grave atentado à democracia?
Recebo mensagem do cientista Vanner Boere:
Prezado Feil,
O Scienceblogs, um conglomerado de blogs científicos, divulgou ontem que funcionários do governo estadunidense, federais e locais, estão dificultando o registro por filmes, por fotos e o trabalho da imprensa em registrar o desastre ambiental do derramamento de óleo no Golfo do México pela BP.
Parte da comunidade cientifica está interpretando que essa atitude é um desrespeito à Primeira Emenda da Constituição dos EUA, que se refere às limitações na liberdade de expressão e na liberdade de imprensa, entre outras. Só o presidente dos EUA poderia tomar essa decisão, e apenas quando há risco da segurança nacional.
A imprensa insiste em informar que esse “pode ser o maior desastre ambiental dos EUA”. Não é. Esse é o pior desastre ambiental causado pelo homem em todos os tempos. As correntes marinhas que passam naquela região do Golfo do México, se espalham por milhares de quilômetros ao norte, ao longo da América do Norte, do Ártico e costeando a Europa. Essa corrente esquenta o oceano e ameniza as correntes frias que vem do Ártico. Muito da vida nessas partes do oceano depende da integração entre correntes que faz proliferar milhares de espécies de microrganismos que servem como base na cadeia alimentar marinha. A propagação da real dimensão do desastre pode colocar a hegemonia dos EUA em cheque, e dessa vez por seus aliados europeus e vizinhos norte-americanos (Canadá e México).

Veja detalhes aqui:
Prof. Dr. Vanner Boere
Departamento de Medicina e Pesquisa
Universidade Federal de Viçosa - Minas Gerais
By DiarioGauche


USA estão LOUCOS







Chomsky: os Estados Unidos e a ameaça iraniana

Via CartaMaior

A capacidade de dissuasão do Irã é vista por Washington como um exercício ilegítimo de soberania que interfere nos desígnios globais dos Estados Unidos. Ameaça, especialmente, o controle dos EUA sobre os recursos energéticos do Oriente Médio, uma alta prioridade dos estrategistas desde a Segunda Guerra Mundial, recursos que rendem frutos como o “controle do mundo”. Além disso, o Irã também estaria buscando expandir sua influência, o que provocaria a desestabilização da região. A invasão e ocupação militar do Irã seriam a estabilização. O artigo é de Noam Chomsky.

Noam Chomsky - ZNET


A ameaça calamitosa do Irã é largamente reconhecida como a crise política mais séria da administração Obama. O Congresso dos EUA acaba de ratificar as sanções contra o Irã, com medidas ainda mais severas contra as empresas do país. A administração Obama tem expandido rapidamente sua capacidade ofensiva na ilha de Diego Garcia, território da Grã Bretanha, que expulsou a população do local para que os EUA pudessem erguer a grande base militar que usa para atacar o Oriente Médio e a Ásia Central. A Marinha informa da oferta de envio de um submarino equipado com mísseis teleguiados de potência nuclear e com mísseis Tomahawk, os quais podem carregar ogivas, à ilha. Cada submarino desses é reportado como tendo o poder de fogo de uma frota de guerra.
De acordo com um documento descritivo de carga obtido pelo Sunday Herald (Glasgow), o equipamento militar que Obama despachou inclui 387 “bunker busters” [bombas destruidoras de bunkers] usadas para atacar estruturas subterrâneas fortificadas. Os preparativos para esses “ataques maciços de bunker busters”, as mais poderosas bombas no pequeno arsenal de armas nucleares, foram iniciados na administração Bush, mas se enfraqueceram. Ao tomar posse, Obama imediatamente acelerou os planos, e eles devem ser desenvolvidos por vários anos ainda, visando especificamente o Irã.
“Eles estão em marcha acelerada para a destruição do Irã”, diz Dan Plesch, diretor do Centro de Estudos Internacionais e Diplomacia na Universidade de Londres. “Bombardeiros e mísseis de longo alcance estão prontos hoje para destruir 10.000 alvos no Irã em poucas horas”, afirmou. “O poder de fogo das forças dos EUA quaduplicaram desde 2003”, tendo sido acelerado durante a administração Obama.
A imprensa árabe reporta que uma frota norteamericana (com um navio israelense) atravessou o Canal de Suez em direção ao Golfo Pérsico, onde sua missão é “implementar as sanções contra o Irã e supervisionar os navios que chegam e partem do Irã”. A mídia israelense e a britânica reportam que a Arábia Saudita está providenciando um corredor para o bombardeio israelense do Irã (negado pela Arábia Saudita). Em seu retorno do Afeganistão para reassegurar aos aliados da OTAN que os EUA continuam no comando depois da substituição do General McChrystal por seu superior, General Petraeus, o chefe de Estado-Maior conjunto, almirante Michael Mullen visitou Israel para se encontrar com o chefe das Forças Armadas e militar sênior do staff de inteligência e planejamento de unidades de combate, Gabi Ashkenazi, continuando o diálogo estratégico anual entre Israel e EUA, em Tel Aviv. O encontro esteve focado “na preparação de ambos, Israel e EUA para a possibilidade de o Irã tornar-se uma potência nuclear”, de acordo com o Haaretz, o qual reporta, além disso, que Mullen disse: “eu sempre tento ver os desafios da perspectiva israelense”. Mullen e Ashkenazi estão em contato permanente por telefone.
O aumento das ameaças de ações militares contra o Irã está, é claro, violando a Carta das Nações Unidas, e especificamente violando a Resolução 1887 de setembro de 2009 do Conselho de Segurança, que reafirmou a convocação de todos os estados para resolver as questões nucleares pacificamente, em acordo com a Carta, que bane o uso ou a ameaça do uso da força.
Alguns analistas respeitados descrevem a ameaça iraniana em termos apocalípticos. Amitai Etzioni alerta que “Os EUA terão de se confrontar com o Irã ou desistir do Oriente Médio”, nada menos. Se o programa nuclear iraniano prosseguir, ele diz, Turquia, Arábia Saudita e outros estados vão “se mover em direção” à nova “superpotência” iraniana. Numa retórica menos fervorosa, uma aliança regional pode tomar forma independentemente dos EUA. No jornal das forças armadas dos EUA, o Military Review, Eztioni defende um ataque dos Estados Unidos que mire não apenas as instalações nucleares iranianas, mas também alvos não nucleares, inclusive da infraestrutura – quer dizer, na sociedade civil. “Esse tipo de ação militar é semelhante às sanções – causando 'pânico' para mudar o comportamento, embora por meios muito mais poderosos”.
Deixando de lado esse tipo de pronunciamento estreito, qual é exatamente a ameaça iraniana? Uma resposta autorizada foi dada em abril deste ano, no estudo do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, Balanço Militar 2010. O regime clerical brutal é sem dúvida uma ameaça ao seu próprio povo, embora não seja particularmente mais alta em comparação aos aliados dos EUA na região. Mas não é isso o que preocupa o Instituto; o Instituto está preocupado com a ameaça que o Irã oferece à região e ao mundo.
O estudo torna claro que a ameaça iraniana não é militar. O gasto militar iraniano é “relativamente baixo em comparação com os demais gastos na região”, e menos de 2% do estadunidense. A doutrina militar do Irã é estritamente defensiva... desenhada para protelar uma invasão e forçar uma solução diplomática às hostilidades”. O Irã tem apenas “uma capacidade limitada de projetar forças para além das suas fronteiras”. No que concerne à opção nuclear, “o programa nuclear iraniano e sua vontade de manter aberta a possibilidade de desenvolvimento de armas nucleares são parte central de sua estratégia de dissuasão”.
Mesmo que a ameaça iraniana não seja militar, isso não significa que deva ser tolerável para Washington. A capacidade de dissuasão do Irã é um exercício ilegítimo de soberania que interfere nos desígnios globais dos EUA. Especificamente, ameaça o controle dos EUA dos recursos energéticos do Oriente Médio, uma alta prioridade dos estrategistas desde a Segunda Guerra Mundial, recursos que rendem frutos como o “controle substancial do mundo”, segundo um influente conselheiro (A.A. Berle).
A ameaça do Irã vai além da dissuasão, contudo. O país também está buscando expandir sua influência. Como o Instituto de Estudos formula a ameaça, o Irã está “desestabilizando” a região. A invasão e ocupação militar estadunidense do Irã é “estabilização”. Os esforços do Irã para expandirem sua influência nos países vizinhos é “desestabilização”, logo, é claramente ilegítima. Deve ser anotado que esse tipo de uso revelador dessas expresssões é rotineiro. Então, o proeminente analista de política externa, James Chace, ex-editor do principal jornal do establishment, o Foreign Affairs, estava usando o termo “estabilidade” adequadamente, em seu sentido técnico, quando explicou que, para se obter “estabilidade” no Chile seria necessário “desestabilizar” o país (por meio da derrubada do governo eleito de Allende e da instalação da ditadura Pinochet).
Além desses crimes, o Irã está dando apoio ao terrorismo, segundo o informe do mesmo Instituto; por meio do suporte ao Hezbollah e ao Hamas, as mais importantes forças políticas no Líbano e na Palestina – como se eleições importassem. A coalizão do Hezbollah venceu facilmente as eleições no Líbano no último (2009) pleito. O Hamas venceu a eleição de 2006 na Palestina, levando os EUA e Israel a instituírem o rude e brutal bloqueio de Gaza, para punirem os infiéis por terem votado errado nas eleições livres. Essas foram as únicas eleições relativamente livres no mundo árabe. É normal a opinião da elite temer a ameaça da democracia e agir para dissuadi-la; mas este é, antes, um caso notável, particularmente porque se dá junto ao forte apoio dos EUA às ditaduras regionais, e particularmente notável diante do forte elogio de Obama ao ditador brutal do Egito, Mubarak, a caminho de seu famoso discurso ao mundo islãmico, no Cairo.
Os atos terroristas atribuídos ao Hamas e ao Hezbollah tornam-se opacos em comparação com o terrorismo estadunidense e israelense, na mesma região, mas ainda assim eles merecem mais atenção.
Em 25 de maio o Líbano celebrou seu feriado nacional, o Dia da Liberação, comemorando a retirada israelense do sul do Líbano depois de 22 anos de ocupação, como um resultado da resistência do Hezbollah – descrita pelas autoridades israelenses como “agressão iraniana” contra Israel na área ocupada pelo Líbano (Ephraim Sneh). Este também é um uso imperial comum. Assim, o presidente John F. Kennedy condenou o “ataque a partir de dentro, manipulado pelo Norte”. O ataque da resistência sul-vietnamita contra os bombardeiros de Kennedy, armas químicas que levaram camponeses a virtuais campos de concentração, e outras medidas benignas do gênero foram denunciados como “agressões internas” pelo embaixador dos EUA de Kennedy, o herói liberal Adlai Stevenson. O apoio dos norte-vietnamitas aos seus compatriotas no sul ocupado pelos EUA é agressão, interferência intolerável na honrada missão de Washington.
Os conselheiros de Kennedy, Arthur Schlesinger e Theodore Sorenson, considerados pombas da paz, também elogiaram a intervenção de Washington para reverter a “agressão” no Vietnã do Sul – da resistência indígena, como eles ficaram sabendo, ao menos se se lê os informes da inteligência dos EUA. Em 1955 a Junta dos Chefes das Forças Armadas estadunidense definiu vários tipos de “agressões”, incluindo “agressões que não as armadas, isto é, ações políticas ou subversão”. Por exemplo, um levante interno contra uma política de estado imposta pelos EUA, ou eleições cujos resultados deram errado. O uso também é comum nos comentários de acadêmicos e analistas políticos, e faz sentido com base na aceitação da tese de que Nós Temos o Mundo.
O Hamas resiste à ocupação militar israelense e a suas ações ilegais e violentas nos territórios ocupados. É acusado de se recusar a reconhecer Israel (partidos políticos não reconhecem estados). Em contraste, os EUA e Israel não só não reconhecem a Palestina como têm agido por décadas para assegurar que ela nunca venha a existir em qualquer forma que tenha sentido; o partido do governo em Israel na sua plataforma de campanha de 1999 barrava a existência de qualquer Estado palestino.
O Hamas é acusado de lançar foguetes nos assentamentos israelenses da fronteira com Gaza, atos sem dúvida criminosos, embora uma fração da violência de Israel em Gaza, isolada num outro lugar. É importante ter em mente, nessa conexão, que os EUA e Israel sabem exatamente como eliminar o terror que eles deploram com tanta paixão. Oficialmente Israel concede que, não haveria foguetes do Hamas caso Israel cumprisse parcialmente com o acordo de trégua de 2008. Israel rejeitou a oferta do Hamas de renovar a trégua, preferindo lançar o ataque assassino e destrutivo na Operação Chumbo Fundido contra Gaza em dezembro de 2008, com pleno apoio dos EUA, uma exploração da agressão assassina sem o menor pretexto crível ou mesmo bases legais ou morais.
O modelo de democracia no mundo muçulmano, a despeito das falhas graves, é a Turquia, que tem eleições relativamente livres, e também tem sido alvo de críticas severas nos EUA. O caso mais extremo foi quando o governo seguiu a posição de 95% da sua população e se recusou a participar da invasão do Iraque, obtendo a condenação brusca de Washington por seu fracasso em compreender como um governo democrático deve se comportar: sob nosso conceito de democracia, a voz do Mestre determina a política, não a quase unânime voz da população.
A administração Obama ficou mais uma vez enfurecida quando a Turquia se juntou ao Brasil na tentativa de acordo com o Irã para que o país restrinja seu enriquecimento de urânio. Obama elogiou a iniciativa numa carta ao presidente Lula, do Brasil, aparentemente dando de barato que o acordo fracassaria, fornecendo assim armas de propaganda contra o Irã. Quando a tentativa ocorreu, os EUA ficaram furiosos, e rapidamente minaram o acordo, chamando através do Conselho de Segurança uma resolução com novas sanções contra o Irã, que eram tão sem sentido que a China concordou alegremente pela primeira vez – reconhecendo que ao menos as sanções iriam impedir os interesses do Ocidente em competirem com a China pelos recursos iranianos. Mais uma vez, Washington agiu diretamente para assegurar que ninguém interferisse no controle dos EUA sobre a região.
Não foi uma surpresa o voto de Turquia e Brasil contra às sanções propostas pelos EUA no Conselho de Segurança; o outro membro regional do Conselho, o Líbano, absteve-se. Essas sanções levantaram novas preocupações em Washington. Philip Gordon, o diplomata da administração Obama para assuntos europeus alertou a Turquia de que as suas ações não tinham sido entendidas nos EUA e que o país deve “demonstrar seu compromissode parceria com o Ocidente”, reportou a AP, “uma rara advertência de um aliado crucial da OTAN”.
A classe política entende da mesma maneira. Steven A. Cook, um acadêmico do Conselho de Política Externa, observou que a questão crítica agora é “como mantemos a Turquia no seu lugar?” - seguindo as regras, como um bom democrata. Uma manchete do New York Times capturou o ânimo geral: “O Acordo do Irã é visto como uma marca do legado da liderança brasileira”. Em resumo, faça o que eu digo, ou arque com as consequências.
Não há sinais de que outros países na região estejam mais favoráveis às sanções dos EUA do que a Turquia. No lado dos opositores ao Irã, por exemplo, o Paquistão e o Irã, reunidos na Turquia recentemente assinaram um acordo para a construção de um novo oleoduto. Ainda mais preocupante para os EUA é que esse oleoduto deve se estender até a Índia. O Tratado de 2008 dos EUA com a Índia apoiando seus programas nucleares – e indiretamente seus programas de armas nucleares – visava impedir que a Índia fizesse parte do acordo para esse oleoduto, segundo Moeed Yusuf, um conselheiro do sul da Ásia para o United States Institute of Peace, expressando uma interpretação comum. A Índia e o Paquistão são duas das três potências nucleares que se recusaram a assinar o Tratado de Não-Proliferação Nuclear, o terceiro é Israel. Todos os três países desenvolveram armas nucleares com o apoio dos EUA, e ainda o fazem.
Nenhuma pessoa em sã consciência quer que o Irã desenvolva armas nucleares; nem o Irã nem ninguém. Uma maneira óbvia de mitigar ou eliminar essas ameças é estabelecer uma Zona Livre de Armas Nucleares [NFWZ em sua sigla em inglês] no Oriente Médio. A questão foi levantada (mais uma vez) na Conferência de Exame do Tratado de Não Proliferação Nuclear na sede das Nações Unidas no início de maio de 2010. O Egito, como representante de 118 nações do Movimento Não-Alinhado propôs que a conferência apresentasse um plano para dar início às negociações em 2011 ou uma NWFZ no Oriente Médio, como foi acordado pelo Ocidente, inclusive pelos EUA, na Conferência de Exame de 1995.
Washington concorda formalmente, mas insiste que Israel se mantenha isento – e não tem dado pistas de que esses dispositivos sejam aplicados a si mesmo. Ainda não chegou o momento de se criar uma zona, disse a Secretária de Estado Hillary Clinton nessa Conferência. Ao mesmo tempo, o Washington insistia que nenhuma proposta voltada para que o programa nuclear israelense se sujeite aos auspícios da Agência Internacional de Energia Atômica [IAEA em sua sigla em inglês] poderia ser aceita. Também não aceitou as exigências de que os signatários do Tratado de Não-Proliferação Nuclear, especialmente os EUA, liberassem informações sobre “as instalações e atividades nucleares israelenses, incluindo informações pertencentes a transferências nucleares prévias a Israel”. A técnica de evasão de Obama visa adotar a posição israelense segundo a qual uma proposta dessas deve estar condicionada por um amplo acordo de paz, que os EUA podem adiar indefinidamente, como vem fazendo há 35 anos, com raras e temporárias exceções.
Ao mesmo tempo, Yukiya Amano, chefe da Agência Internacional de Energia Atômica pediu aos ministros de relações exteriores de seus 151 países-membros que trocassem opiniões a respeito de como implementar uma resolução demandando a Israel que “faça parte” no Tratado de Não-Proliferação Nuclear e que deixe suas instalações nucleares abertas à supervisão da IAEA, reportou a AP.
Raramente é registrado que os EUA e a Grã Bretanha têm uma responsabilidade especial em trabalhar para estabelecer uma NWFZ no Oriente Médio. A fim de concederem alguma aparência legal para sua invasão do Iraque em 2003, eles apelaram à Resolução 687 do Conselho de Segurança (1991), que exijiu do Iraque que desse fim ao desenvolvimento de suas armas de destruição em massa. Os EUA e a Grã Bretanha disseram que não fizeram isso. Não precisamos esperar os pedidos de desculpas, mas essa Resolução obriga os seus signatários a se engajarem na constituição de uma NWFZ no Oriente Médio.
De maneira patente, podemos acrescentar que a insistência dos EUA em manter instalações nucleares na ilha Diego Garcia mina a Zona Livre de Armas Nucleares (NFWZ) estabelecida pela União Africana, bem como Washington continua a bloquear a constituição de uma NFWZ ao excluir suas dependências.
O compromisso retórico de Obama com a não-proliferação tem recebido muitos elogios, até um prêmio Nobel da Paz. Um passo prático no estabelecimento dessa direção é o estabelecimento de uma NFWZ. Outro é a retirada do apoio a programas nucleares dos três não-signatários do Tratado de Não-Proliferação [Paquistão, Índia e Israel]. Como sempre, retórica e ações raramente se alinham, de fato estão em contradição direta neste caso, fatos que ocorrem com pouca atenção.
Em vez de dar passos práticos na direção de reduzir a verdadeiramente calamitosa ameaça de proliferação de armas nucleares, os EUA devem dar passos maiores na direção do reforço do seu controle das regiões produtoras de petróleo no Oriente Médio, por meio da violência, caso outros meios não sejam bem sucedidos. Isso é compreensível e até razoável, sob a prevalência de uma doutrina imperial.
Tradução: Katarina Peixoto

dogilsonsampaio



doportalvermelho

Tortura nunca mais






Tortura Nunca Mais quer tirar
Médici de nome de placa


Sai Médici, entra Frei Tito

O Conversa Afiada reproduz carta do leitor


Caro Paulo Henrique,

envio aos amigos navegantes do Conversa Afiada o manifesto pela troca do nome da praça do ditador Médici.

PELO DIREITO A MEMÓRIA, À VERDADE E À JUSTIÇA.

PELO RESPEITO À MEMÓRIA DOS QUE MORRERAM E DESAPARECERAM LUTANDO POR UM BRASIL JUSTO E DEMOCRÁTICO.

PELA REPONSABILIZAÇÃO DOS TORTURADORES DO REGIME MILITAR.

Abraços


Marcelo Zelic
Vice-presidente do Grupo Tortura Nunca Mais-SP e membro da Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo
Coordenador do Projeto Armazém Memória
(11) 3052-2141
(11) 9206-9284
www.armazemmemoria.com.br
mzelic@uol.com.br



PRAÇA “EMÍLIO GARRASTAZU MÉDICI” NUNCA MAIS!


Em 1964 ocorreu no Brasil um golpe militar que instarou a mais longa ditadura que já vivenciamos. Foram vinte e um anos de repressão. Muitas pessoas foram presas e barbaramente torturadas; peças de teatro, jornais, revistas e livros foram censurados; órgãos como a UNE (União Nacional de Estudantes) postos na ilegalidade; os partidos políticos foram fechados, sendo permitida a existência somente de dois partidos; opositores foram exilados; civis julgados em tribunais militares; e até hoje temos desaparecidos políticos no Brasil: pessoas que foram presas, torturadas e desapareceram, não sendo esclarecido à família e à sociedade as circunstâncias desses desaparecimentos.

Para que possamos superar todos estes fatos faz-se necessário implementar os mecanismos da chamada Justiça de Transição. Estes mecanismos devem ser utilizados em países que passaram por regimes ditatoriais ou totalitários para que a democracia possa ser reconstruída. Há três preceitos básicos a serem implementados: verdade, justiça e reparação. A verdade, se relaciona com a abertura dos arquivos públicos, com a construção de monumentos e memoriais em homenagem às vítimas da ditadura. A justiça, com a punição dos culpados, sejam torturadores, mandantes ou financiadores. A reparação, se refere não somente a uma reparação econômica, mas também moral e política, ou seja, o amplo esclarecimento dos fatos.

A universidade, como espaço de livre pensamento, sempre foi um foco de construção democrática e de fomento de uma nova realidade, pautada na liberdade e na justiça. Através da ação de diversos de seus atores – e nem sempre institucionalmente – tem cumprido ao longo da história um importante papel na defesa das liberdades civis e dos Direitos Humanos, em sua resistência contra a opressão e à violência.

Dentro disso, é absurdo constatar que uma praça no principal campus da Pontifícia Universidade Católica de Campinas eternize a memória do general Emilio Garrastazu Medici, o general dos anos de chumbo da ditadura militar, responsável pelo endurecimento das perseguições políticas e pela efetiva implementação do nefasto Ato Institucional n°5 (AI 5), responsável por mortes, desaparecimentos forçados e torturas de presos políticos.

Curioso, ainda, que tal homenagem se refere à constante preocupação do ditador com “a educação e cultura do povo brasileiro”, apesar das prisões e exílios de intelectuais, da censura à músicas, peças teatrais e à imprensa e, especialmente, pelo ceifeamento do salutar debate acadêmico, então vigiado e sob forte controle dos agentes da repressão. Em tais termos, a cumplicidade desta universidade com o regime foi, além de imoral, escandalosa, cuja reparação é medida de rigor.

Para tanto, não basta a simples exclusão desta odiosa homenagem. Isso significa esquecimento, e o que necessitamos é de memória. Memória àqueles que lutaram e resistiram contra a ditadura, a fim de que esta não mais se repita.

Assim, dentro dos preceitos da Justiça de Transição, e em reconhecimento à resistência de diversos integrantes da Igreja que esta universidade representa, entendemos ser de plena justiça a homenagem à Frei Tito de Alencar Lima, histórico lutador e consequente vítima do regime ditatorial, cujas torturas o levaram ao suicídio.

Manter a homenagem aos algozes do povo brasileiro significa uma violência permanente. Este reconhecimento por parte da PUC-Campinas cumprirá um papel de reparação e uma oportunidade de remissão desta universidade, sedimentando um compromisso com o futuro e não mais com um passado sangrento.


PELO DIREITO A MEMÓRIA, À VERDADE E À JUSTIÇA.

PELO RESPEITO À MEMÓRIA DOS QUE MORRERAM E DESAPARECERAM LUTANDO POR UM BRASIL JUSTO E DEMOCRÁTICO.

PELA REPONSABILIZAÇÃO DOS TORTURADORES DO REGIME MILITAR.

As entidades que subcrevem este manifesto, junto com a solidariedade das demais entidades civis, pessoas físicas e jurídicas que o apoiam, exigem que a PUC-Campinas remova a homenagem à Ditadura Militar em sua praça “Emilio Garrastazu Médici”, ostentando no local a “PRAÇA FREI TITO DE ALENCAR LIMA (1945 – 1974)” em memória dos que lutaram e que ainda aguardam justiça.


Campinas, 05 de julho de 2010


Centro Acadêmico XVI de Abril

Núcleo de Preservação da Memória Política

Fórum de Ex-Presos e Perseguidos Políticos do Estado de São Paulo

Grupo Tortura Nunca Mais de São Paulo

Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CONDEPE)

Fórum de Direitos Humanos de Campinas

Por que a bola da Argentina
é mais redonda que a brasileira.


Se fosse brasileiro, Videla leria o PiG e escreveria Cartas dos Leitores contra a carga tributária


Saiu na Folha (*), pág. A12:

Argentina volta a julgar ex-ditador”.

“Rafael Videla, 84 anos, começou a ser julgado pela execução de 31 presos políticos na cidade de Córdoba em 1976.”

do conversa afiada


E no Brasil os torturadores continuam impunes...


Depoimento de Videla é repudiado por críticos da ditadura militar argentina

Vinte e sete anos após o fim da ditadura militar argentina (1976-1983), o ex-ditador Jorge Rafael Videla senta mais uma vez no banco dos réus. Acostumado a manter-se calado durante os julgamentos, ontem (5/7), numa atitude inédita, Videla assumiu e defendeu os crimes cometidos no período. O fato provocou revolta entre ex-presos políticos, familiares de desaparecidos e políticos argentinos.

“Ver Videla me causa uma rejeição visceral, pois ele é o símbolo da pior ditadura”, disse o deputado portenho, Aníbal Ibarra, ex-prefeito de Buenos Aires, que foi secretário do julgamento das Juntas Militares. Videla e outros 24 acusados respondem pelo fuzilamento em 1976 de 30 detidos em uma prisão da província de Córdoba.

Carlos Arco/Efe (02/07/2010)

Jorge Videla e o general Luciano Benjamín Menéndezacompanham início do julgamento

Na sessão de ontem, Videla não negou as acusações imputadas. “Assumo minha responsabilidade na guerra interna, meus subordinados se limitaram a cumprir minhas ordens”, afirmou diante do tribunal de Córdoba.

Segundo a imprensa local, os outros réus pediram para deixar a sala durante o depoimento do ex-ditador, que se comportou de forma “fria, como se estivesse justificando os crimes cometidos”, detalhou em uma reportagem publicada no Clarín a jornalista Marta Platía.

Após a declaração de Videla, a presidente da Associação das Mães da Praça de Maio, Hebe de Bonafini, disse que “repudia a divulgação permanente das palavras do genocida”.

“Em vez de passar o que Videla disse, para que os jovens saibam o que aconteceu durante a ditadura, as Mães acreditam que é preciso mostrar o que ele fez”, afirmou, por meio de um comunicado. Segundo Hebe, as palavras de Videla são “repugnantes”, pois o ex-ditador quer justificar a tortura, os fuzilamentos, sequestros e destruição de famílias.

Leia mais:
Especial: Memórias do passado de terror
Esma: Por dentro da escola de tortura argentina
Argentina julga primeiro presidente da ditadura militar
Videla assume culpa por crimes na ditadura argentina
Hoje na História: Golpe militar instaura ditadura na Argentina
Ex-ditadores argentinos serão julgados em setembro por roubo de bebês

Desde sexta-feira (2/7), o ex-ditador, 84 anos, está sendo julgado por crimes de violação de direitos humanos, como assassinato, tortura, sequestro e prisão arbitrária. Essa foi a primeira vez que o ex-ditador deu uma declaração pública após a redemocratização, segundo o promotor Julio César Strassera, que acompanha o julgamento de ex-repressores.

Na avaliação do promotor Carlos Gonella, no depoimento de Videla está “evidente a cumplicidade com o terrorismo de Estado”.

“Estamos diante de um julgamento paradigmático do que foi o terrorismo de Estado e o que é importante é que vai ficar em evidência o consentimento que houve entre setores da sociedade civil que atuaram junto com aquele governo”, afirmou Gonella, citado pelo site Diário do Julgamento, criado pela associação Hijos da filial de Córdoba para reunir e divulgar o material do processo.

Ficha

Videla encabeçou o golpe de estado de 24 de março de 1976 que substituiu a então presidente Isabelita Perón por uma junta militar, formada por ele, representando o Exército, o almirante Emilio Eduardo Massera da Marinha e o brigadeiro general Orlando Ramón Agosti pela Força Aérea, dando início ao “Processo de Reorganização Nacional”.

Hoje, devem ser ouvidos os outros 24 réus. Depois, serão apresentadas provas e documentos, além de testemunhos de ex-presos e familiares. Segundo o Ministério Público da Argentina, desde 2003, 625 pessoas foram processadas por violações de direitos humanos cometidas na ditaduras. Destas, 53 foram condenadas.

O ex-ditador, que também enfrenta acusações na Itália, na Espanha, na França e na Alemanha pelas mortes de civis na Argentina, chegou a ficar em cadeias militares e em prisão domiciliar, mas agora está em uma cela comum. Com o ex-ditador já condenado à prisão perpétua, o julgamento que começa nesta sexta não pode elevar seu tempo na cadeia, mas as famílias das vítimas consideram que uma possível condenação pode ajudar a superar as mortes.

Fonte: Opera Mundi