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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, agosto 03, 2010

A PROPRIEDADE PRIVADA – MORTE POR APEDREJAMENTO











Intervenção de Lula suspende sentença de iraniana

O caso de Ashtiani voltará a ser examinado pela Justiça

A intervenção de Lula no caso da iraniana Sakineh Asthtiani, condenada à morte por adultério pelas leis islâmicas, pode ainda não ter tido um desfecho exitoso, mas uma primeira vitória já foi conquistada. Teerã anunciou hoje que suspendeu a sentença, que voltará a ser analisada pelo Judiciário do país.

Não se enganem os que costumam perguntar o que que o Brasil foi fazer no Irã, que a intervenção de Lula, que ofereceu asilo a Asthiani, foi a responsável pelo recuo do país na execução da sentença. Lula criou o fato político e ampliou mundialmente o absurdo da situação, mesmo que sob uma ótica de moral e de costumes diferente da nossa.

A atitude do presidente brasileiro repercutiu em todos os lugares. Os principais jornais do mundo deram amplo destaque à proposta brasileira, o que gerou uma pressão internacional para que o Irã aceitasse a oferta de Lula como gesto humanitário. O apelo do presidente renovou as esperanças da família de Ashtiani que já havia anunciado a disposição de viver no Brasil, conforme reportagem do Estadão, na edição desta terça-feira. A proposta tem o apoio de ativistas que defendem os direitos humanos no Irã, e incentivou inúmeras comunidades internacionais a pedir pela vida da iraniana, de 43 anos, acusada de suposto adultério.

Muitos apostaram que a gestão brasileira seria infrutífera, e por aqui, certamente, não foram poucos os que torceram para que desse errado, mas com a decisão iraniana de suspender a execução e voltar a examinar a sentença judicialmente, Lula calou a boca de seus adversários e ganhou mais uma vez o reconhecimento mundial de líder inconteste.

Vamos todos torcer para um final feliz, mas desde já, embora não fosse essa sua intenção, Lula sai fortalecido do episódio perante a opinião pública das nações que acompanham com preocupação o destino de Sakineh.


A PROPRIEDADE PRIVADA – MORTE POR APEDREJAMENTO

Laerte Braga

O sargento norte-americano Mike Kellems, da Polícia de Indiana, EUA, recebeu um comunicado em sua delegacia ou distrito, que o foragido Robert Aubin estava na Feira de La Porte. Fora reconhecido por John Boyd, um policial de folga.

Kellems dirigiu-se ao local da Feira para efetuar a prisão e só conseguiu seu intento depois de pagar cinco dólares, preço do ingresso para entrada na Feira. A alegação do caixa é que o evento era propriedade privada, fora do alcance da Polícia sem o pagamento do valor cobrado a qualquer visitante.

O fato ocorreu no dia 23 de julho e a decisão de exigir o pagamento do ingresso ao sargento foi de um dos funcionários da empresa de segurança privada encarregada de zelar pela ordem durante a Feira.

Ramin Mehmanparast, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã disse na segunda-feira, dia 2 de agosto, que o presidente do Brasil Luís Inácio Lula da Silva fez a proposta de dar asilo à iraniana Sakineh Mahammadi Ashtiani, condenada a morte por apedrejamento por “crime” de adultério. Lula, segundo o porta-voz tem “uma personalidade emotiva e por ser muito humano”.

Segundo o porta-voz, Lula desconhece outros crimes praticados pela mulher. O pedido de Lula foi considerado uma “interferência nos negócios internos do Irã”. A campanha internacional em defesa de Ashtiani acabou por suspender a execução por apedrejamento, mas mantém a pena de morte. Com 43 anos de idade ela pode ser enforcada ou morta por outro meio qualquer utilizado para os condenados a morte naquele país.

Ashtiani cometeu o crime de ter relações sexuais, que o governo do Irã considera ilícita, com dois homens e está presa desde 2006. Registre que a acusada é viúva.

O bloqueio imposto por Israel à Faixa de Gaza mata palestinos todos os dias, seja pela falta de alimentos, de atendimento médico a doentes, ou pela barbárie costumeira dos militares israelenses. Centenas de mulheres palestinas são estupradas por sionistas.

A queda do muro de Berlim não significou, como se disse à época, o fim do tempo dos muros segregacionistas, ou limitadores de liberdade. Dois muros mantêm mexicanos distantes dos EUA e palestinos longe de suas terras ocupadas por Israel.

Os documentos secretos da guerra do Afeganistão liberados por um site mostram o caráter brutal, de saque e de interesses econômicos dos EUA e revelam o outro lado da invasão e ocupação. Primeiro uma guerra onde a vitória é impossível, segundo os “mercados” paralelos desenvolvidos em torno do conflito, tráfico de drogas e mulheres por militares norte-americanos. O preço de uma virgem para um soldado dos EUA anda em torno de 20 dólares.

A decisão de aceitar a tortura de prisioneiros como fato corriqueiro, os assassinatos seletivos, o espírito boçal dos norte-americanos ao comemorar a morte de civis iraquianos – guerra do Iraque – a prática constante de estupros contra mulheres afegãs, como aconteceu no Iraque, toda a sorte de crimes contra o ser humano, no que Hans Blinx chamou de embriaguez pelo poder militar.

Cobrar ingressos de um policial para entrar numa feira e prender um foragido da justiça é um fato menor diante de toda essa barbárie. Mas é revelador da natureza perversa da sociedade norte-americana, do culto à propriedade privada.

Segundo Millôr Fernandes, “o primeiro humano a cercar a sombra inventou a propriedade privada”.

Condenar uma mulher por “adultério” a ser apedrejada e em seguida suspender a pena para transformá-la em enforcamento ou qualquer outra forma estúpida de matar, é o resultado de um fundamentalismo religioso equivocado e criminoso que não tem nada a ver com o Islã, como não tem nada a ver com Bíblia as práticas fanáticas de seitas neopentecostais no Brasil e em vários países do mundo. Ou as lições históricas do judaísmo e o sionismo fascista do governo de Israel.

São características da barbárie que vai transformando o mundo num palco de violência e estupidez em todos os cantos.

Seja no sargento que pagou para prender um criminoso, ou no latifundiário brasileiro que contrata pistoleiros para matar camponeses submetidos a trabalho escravo. Tanto faz que seja a guerra do Afeganistão ou do Iraque, o cerco a Gaza.

É o mundo capitalista, da chamada nova ordem econômica, da realidade neoliberal.

Uma Europa que venceu o nazismo e perdeu para os EUA (A Europa é um continente em sua quase totalidade cercado de bases militares norte-americanas e em passo acelerado para a falência total), mas que não muda a bandeira, a suástica está implícita nas estrelas dos estados federados.

Ou a América Latina debaixo da ameaça de golpes e bases militares, sob o mesmo tacão, na tentativa de fazê-la de novo América Latrina. A Ásia e o Paquistão com seus generais assentados em bombas nucleares e transformando-as em dólares, bilhões, capazes de eliminar a fome no continente africano. A China transformando-se em segunda economia do mundo, bilhões em fome e trabalho escravo.

Prender um foragido, executar um ser humano por adultério, espocar em gritos de alegria por matar inimigos que chamam de bastardos, construir muros para cercar zoológicos de animais humanos. Tudo isso é conseqüência de uma só matriz e não é na natureza humana. Mas, em nossos tempos, o imperialismo montado em arsenais de boçalidade e travestido de barbárie democrática, cristã e ocidental.

Ou vindas do Islã na interpretação fanática e cega que o fundamentalismo proporciona. Qualquer fundamentalismo.

Um templo umbandista em Santa Catarina foi invadido por policiais militares (esses que liberam atropeladores à custa de propina, matam camponeses a mando do latifúndio, crianças em salas de aula) sem razão alguma, mas insuflados pelos interesses políticos de pastores corruptos, vendedores de tijolos para mansões fictícias num céu irreal.

Essa, aliás, tem sido prática constante nos últimos tempos com a ascensão do neopentecostalismo como forma e caminho usado pelo lumpém do capitalismo em sua sanha de fazer triunfar e tremular o fascismo.

Nesse meio tempo, independente de avaliação disso ou daquilo, o presidente do Brasil ganha o rótulo de “emotivo e humano”, por se propor a abrigar a mulher que exerceu o direito de ser dona de si, num mundo que a despeito dos muitos avanços, ainda tem seus quartos escuros e as penumbras sombrias que não diferem em nada do fascismo que combatem em Israel.

“Oh, cansativa condição da humanidade!

Nascida sob uma lei, ligada à outra,

Vaidosamente gerada, e todavia proibida à vaidade,

Criada enferma, obrigada a ser perfeita.

(Fukle Greville, determinando a relação correta entre o mundo da realidade e o mundo temporal humano)

“Como um gorila raivoso

Promove embates tão fantásticos diante do paraíso

Que faz os anjos chorarem”.

(William Shakespeare, refletindo sobre o mesmo que Malraux refletiu séculos depois, A CONDIÇÃO HUMANA).

Esses gorilas matam um por dia, pelo menos, em Honduras, na construção do processo “democrático” e na preservação da “liberdade”.

Têm a bênção do cardeal. Sua Eminência reza a missa matinal, no palácio e cercado de ouro por todos os lados. O Vaticano é só uma empresa. Gere um dos muitos bancos que saqueiam seres humanos nos juros de cada dia.

Que o governo do Irã reflita sobre a importância de sobrepor-se ao atraso, afinal o país vive um processo revolucionário e principalmente, sobre a importância de ser “emotivo” e “humano”.

A liberdade e a justiça não podem custar cinco dólares. E muito menos apedrejamentos.

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segunda-feira, agosto 02, 2010

psdb perdeu o controle do sistema prisional, diz Mercadante







O candidato a governador de São Paulo, Aloizio Mercadante (PT), afirmou nesta segunda-feira, no bairro do Capão Redondo, na capital paulista, que o governo demo-tucano de Serra, Alckmin e Goldman, perdeu o controle do sistema prisional paulista.

Independente dos episódios da madrugada do último domingo, quando a polícia sofreu atentados e ataques, ele lembrou que o problema do PCC é crônico há muito tempo:

"Não quero falar dos indícios de um novo ataque às forças de segurança do Estado. Mas não é de hoje que o governo do PSDB perdeu o controle do sistema prisional aqui em São Paulo. Estamos à véspera do indulto do Dia dos Pais e é preciso atenção redobrada neste momento", afirmou.

Segundo Mercadante, já era hora de São Paulo ter introduzido o controle eletrônico dos presos, em casos como os de indulto. "A situação em São Paulo é hoje muito defasada. Não há um controle efetivo dos presos, a aplicação de penas alternativas é mínima e há um descaso com a carreira de policiais e homens do sistema carcerário. Podemos aplicar em São Paulo o mesmo plano de inteligência que foi adotado pela Polícia Federal", disse.

Mercadante afirmou que em um eventual governo irá adotar o sistema que é aplicado no Rio de Janeiro, das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), a serem instaladas em áreas de maior concentração de violência. (Do Portal Terra).

dosamigosdopresidentelula


USP cai 64 posições.
Serra é um jenio


Serra não se atrasa. Ele é o atraso




USP cai mais de 60 posições em ranking mundial de universidades

A Universidade de São Paulo (USP) é a 122º universidade mais qualificada do mundo, de acordo com o ranking das melhores instituições de ensino superior divulgado pela Webometrics Ranking Web of World Universities. No início do ano, a instituição aparecia na 58ª colocação, perdendo 64 posições. A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) ficou como primeira universidade federal entre as instituições brasileiras, ocupando a 377ª posição geral. Veja aqui o ranking mundial.

As instituições americanas marcam posição no ranking até a 21ª colocação. As três primeiras colocadas são a Harvard University, o Massachusetts Institute of Technology e a Stanford University. A primeira universidade europeia no levantamento é Cambridge, localizada na Inglaterra.

Entre as 10 primeiras colocadas no ranking da América Latina, cinco são instituições do Brasil. A USP, primeira colocada na última divulgação, perdeu a posição para a Universidad Nacional Autónoma de México. Veja aqui o ranking América Latina.

Desde 2004, o ranking é divulgado duas vezes por ano – em janeiro e julho – cobrindo mais de 20 mil instituições de ensino superior em todo o mundo. O relatório leva em conta o desempenho global e a visibilidade das instituições na web, incluindo indicadores de pesquisa e qualidade de estudantes e professores.

O Webometrics Ranking Web of World Universities é promovido pelo Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC, na sigla em espanhol) da Espanha.

Outras informações podem ser obtidas no site www.webometrics.info.

doconversaafiada

Agora ele quer a guerra na região, no Irã mas ali vai se arrepender











Obama finge que guerra do Iraque vai acabar

A dor da população foi tudo o que os EUA criaram no Iraque

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As guerras sempre terminaram com a rendição de uma das partes ou com a fuga das tropas de um dos lados, como aconteceu com os Estados Unidos na guerra do Vietnã. Agora, o presidente dos EUA, Barack Obama, quer criar a guerra com data marcada para terminar, ao dizer que o conflito criado por seu país no Iraque terminará no dia 31 de agosto “como prometido e previsto”.

O que Obama faz é apenas uma figura de linguagem ao considerar que a guerra acaba com a retirada de mais de 90 mil soldados norte-americanos, já que o que deixa para trás é um cenário de permanente conflito, guerra civil iminente, com atentados semanais, que causam muitas baixas, sobretudo entre a população iraquiana.

Obama retira 90 mil soldados, mas mantém 50 mil no que chamada de força de transição, que também tem data para sair, no fim do ano que vem. O objetivo dos EUA é que as forças de segurança iraquianas, por eles treinadas, assumam o controle do país, o que é uma situação de risco explosivo, já que representam um governo títere de Washington, sem o menor respaldo da população.

A guerra do Iraque foi criada pelos Estados Unidos que deslocaram suas tropas até lá sob o pretexto de derrubarem o então presidente iraquiano Saddam Husseim, acusado de ligações com Al Qaeda, a quem se atribui o atentado contra as torres gêmeas de Nova York, em setembro de 2001. Saddam não tinha nenhuma ligação com a AlQaeda e os EUA, na verdade, queriam assegurar o fornecimento e o controle sobre o petróleo do país, que tem a terceira maior reserva mundia comprovada.

O Iraque vive um estado de guerra crônica, com conflitos não resolvidos entre diferentes grupos religiosos e com forte presença de facções radicais islâmicas, como a Al Qaeda, que os EUA pretendiam combater. Obama tenta passar uma situação de aparente tranquilidade e controle sobre o país islâmico, mas basta a leitura diária dos jornais para saber que o Iraque continua sendo um barril de pólvora.

dotijolaço
















TSE confirma direito de resposta do PT no site do PSDB


Confirmado: a irresponsabilidade do Da Costa afirmando que o PT tinha ligações com o narcotráfico vai mesmo gerar direito de resposta no site do PSDB. Por unanimidade os ministros do TSE recusarma o “golpe do joão-sem-braço” aplicado pela efesa tucana, que se fixou na eventual ligação política com integrantes das FARC e reconheceu, como não poderia deixar de ser, que o partido foi diretamente associado ao narcotráfico, como mostra o vídeo que mostramos aqui no Tijolaco.com.

Ainda não tenho notícias sobre a aplicação de multa aos tucanos pela divulgação das mentiras.

Como é que fica aquela afirmação da Dra. Cureu de que o PSDB era “mais zeoloso” com a lei eleitoral?

dotijolaço


TSE concede direito de resposta ao PT contra a revista 'Veja'

Por quatro votos a três, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgou procedente, nesta segunda-feira, o pedido de resposta do PT contra a revista Veja, por conta de reportagem sobre as declarações do candidato tucano à vice-presidência da República pela coligação liderada pelo PSDB, Indio da Costa (DEM-RJ). Em entrevista a um site do PSDB, o vice na chapa de José Serra associou o PT às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

De acordo com a decisão do TSE, a resposta deverá ser publicada em uma página da próxima edição da revista.

Os ministros divergiram em sua análise do caso, que levantou uma discussão sobre a liberdade de imprensa. O ministro Arnaldo Versiani votou a favor da concessão do direito de resposta dizendo que a publicação "antecipou um juízo de valor" ao afirmar que o candidato a vice estaria correto em suas afirmações.

Para ele, a liberdade de imprensa não seria afetada pela concessão do direito de resposta. "A liberdade de imprensa existe, tanto que a matéria foi divulgada. E também não se trata de censura, tanto que (a matéria) foi divulgada", disse. Para ele, "se acontecem essas ofensas, o direito existe exatamente para punir aqueles excessos que foram cometidos".

A ministra Cármen Lúcia, que votou contra a concessão do direito de resposta, argumentou "não haver clareza" sobre a ofensa. "O que pode aparentar ofender seria extraído de uma certa leitura feita de matéria jornalística", avaliou. "Não havendo clareza, o princípio que deve prevalecer, a meu ver, é o da liberdade de imprensa".

Além de Carmén Lúcia, também votaram contra o direito de resposta os ministros Marco Aurélio Mello e Aldir Passarinho. Eles foram vencidos pelos votos de Versiani, Hamilton Carvalhido, do relator, Henrique Neves, e do presidente do TSE, Ricardo Lewandowski.
dosamigosdopresidentelula

O PERFIL DOS LEITORES DA REVISTA VEJA

REVISTA VEJA:
NÃO COMPRE, SE COMPRAR NÃO ABRA!
SE ABRIR, NÃO LEIA!
SE LER, NÃO ACREDITE!
E SE ACREDITAR: RELINCHE!







TSE assegura direito de reposta para PT na revista Veja

Por quatro votos a três, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concedeu nesta segunda-feira (2) direito de resposta na próxima edição da revista Veja para o Partido dos Trabalhadores (PT) e sua candidata a presidente da República, Dilma Rousseff.
A decisão foi tomada no julgamento de pedido de resposta feito pela coligação "Para o Brasil Seguir Mudando" contra a matéria “Indio acertou o alvo”, publicada na edição nº 2175 da revista.
A reportagem repercutiu afirmações feitas pelo candidato a vice-presidente na chapa de José Serra, o deputado federal Indio da Costa, sobre supostas relações entre o PT e narcoterroristas.
A maioria dos ministros seguiu voto do relator do processo, ministro Henrique Neves. Para ele, a reportagem extrapolou o limite da informação ao atribuir veracidade à fala de Índio do Costa que relacionou o PT a narcoterroristas.
Segundo o ministro, isso fica evidente no título da matéria e no seu subtítulo, que diz o seguinte: “O episódio foi uma afobação de iniciante, mas o vice de José Serra está correto em se espantar com a ligação dos membros do PT com a Farc e seus narcoterroristas”.
O ministro citou ainda a trechos da matéria que complementariam a afirmação de Indio. Ainda de acordo Henrique Neves, a revista Veja se sobrepôs à Justiça Eleitoral, que antes de a matéria ser publicada já havia considerado as declarações de Indio da Costa ofensivas.
Resposta
Ele determinou a retirada de alguns trechos do texto da reposta apresentada pela coligação e decidiu que ela deverá ser publicada em local e página com caracteres semelhantes aos utilizados na reportagem original.
Acompanharam o relator os ministros Arnaldo Versiani, Hamilton Carvalhido e Ricardo Lewandowski.
Divergência
Primeira a abrir divergência, a ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha afirmou que a ofensa alegada pela coligação não fica patente na matéria. “Não havendo clareza, o princípio que deve prevalecer é o da liberdade de imprensa”, concluiu.
O ministro Marco Aurélio acompanhou a divergência. Segundo ele, a revista informou o grande público a partir de dados concretos, ficando nos limites do direito da liberdade de expressão assegurado pela Constituição Federal.
O ministro Aldir Passarinho se posicionou no mesmo sentido. Ele afirmou que a reportagem é ampla e levanta dados dentro da liberdade de imprensa. “O direito de resposta tem de partir de uma ofensa claramente configurada”, disse.

docelsomelo

Não Se Esqueça, Com ssERRA

Promessa é Dúvida e Diploma é Rolo


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Não esta acima da Lei o papa







O papa não está acima da Lei

Christopher Hitchens,

Uma por uma, como eu previ, as patéticas desculpas dos defensores de Joseph Ratzinger evaporam diante de nossos olhos. Era dito até recentemente que quando o reverendo Peter Hullermann foi descoberto como um pederasta viciado em 1980, o homem que hoje é papa não teve envolvimento pessoal na sua subsequente transferência para sua própria diocese ou em sua futura e desempedida carreira como estuprador e molestador. Mas agora descobrimos que o psiquiatra que a igreja procurou para “terapia” foi inflexível em que Hullermann nunca mais deveria ser permitido se aproximar de crianças. Também descobrimos que Ratzinger foi um daqueles a quem o relatório sobre a transferência de Hullermann realmente se destinava. Todas as tentativas para colocar a culpa em um leal subordinado, o vigário-geral de Ratzinger, reverendo Gerhard Gruber, previsivelmente falharam. De acordo com uma recente reportagem, “a transferência do padre Hullermann de Essen não teria sido uma questão rotineira, dizem especialistas.” Ou isso – o que já é bastante condenatório – ou talvez teria sido uma questão rotineira, o que é ainda pior. Certamente o padrão – de encontrar uma outra paróquia com crianças frescas para o padre violentar – se tornou horrível “rotina” desde então, e se tornou prática padrão quando Ratzinger virou cardeal e ficou encarregado da resposta global da igreja à pederastia clerical.

Então agora uma nova defesa teve que ser apressadamente improvisada. É dito que, durante seu período como arcebispo de Munique e Freising, Alemanha, Ratzinger estava mais preocupado com questões doutrinais do que com meras questões disciplinares. Claro, claro: O futuro papa tinha seus olhos fixos em questões etéreas e divinas e não poderíamos esperar que se preocupasse com atrocidades de nível paroquial. Essa desculpa tosca na verdade compensa um pouquinho de exame. Quais exatamente eram essas questões doutrinais? Bem, fora punir um padre que celebrou uma missa num protesto anti-guerra – o que incidentalmente parece falar a favor de uma abordagem “prática” em relação a clérigos –, a principal preocupação de Ratzinger parece ter sido com primeira comunhão e primeira confissão. Na década anterior, havia se tornado habitual na Baviera submeter crianças à primeira comunhão com pouca idade, mas esperar um ano até que fizessem a primeira confissão. Era uma questão de se elas eram velhas o bastante para entender o processo. Basta desse liberalismo, disse Ratzinger, a primeira confissão deveria ocorrer no mesmo ano da primeira comunhão. Um padre, reverendo Wilfried Sussbauer, informa que escreveu a Ratzinger expressando receios acerca dessa medida e recebeu “uma carta extremamente cáustica” em resposta.

Então parece que 1)Ratzinger estava bastante disposto a acertar as contas com padres que lhe dessem qualquer problema e 2)ele era bastante firme a respeito de um ponto crucial da doutrina: Pegue as crianças ainda novas. Diga a elas durante a infância que elas é que são as pecadoras. Incuta nelas o sentimento de culpa necessário. Isso não é de todo irrelevante para o nojento escândalo no qual o papa agora irremediavelmente mergulhou a igreja que lidera. Quase todo episódio desse show de horror envolveu crianças pequenas sendo seduzidas e molestadas em confessionários. A se tomar os mais lacerantes casos que emergiram recentemente, a saber, o tormento de crianças surdas em escolas administradas pela igreja em Wisconsin e Verona, Itália, é impossível deixar passar a maneira calculada com que os predadores usaram a autoridade do confessionário para praticarem seus atos. E mais uma vez o padrão idêntico se repete: Compaixão deve ser mostrada apenas em relação aos criminosos. O próprio congênere de Raztiner em Wisconsin escreveu-lhe urgentemente – nessa época ele era cardeal em Roma, supervisionando o acobertamento global católico de estupro e tortura –, suplicando para que removesse o reverendo Lawrence C. Murphy, que havia arruinado as vidas de 200 crianças que não podiam comunicar sua situação exceto em linguagem de sinais. E nenhuma resposta estava a caminho, até que o padre Murphy apelou ao perdão de Ratzinger – que lhe foi concedido.

Para Ratzinger, o único teste para bom padre é esse: Ele é obediente, discreto e leal à ala tradicionalista da igreja? Testemunhamos isso em outras ações suas como papa, notavelmente na suspensão da excomunhão de quatro arcebispos que eram membros da auto-proclamada Fraternidade Sacerdotal de São Pio X, aquele grupo de cismáticos de extrema-direita fundado pelo padre Marcel Lefebvre, e que incluiu o negador do Holocausto Richard Williamson. Testemunhamos isso quando ele era cardeal, defendendo a idólatra e medonha Legião de Cristo, cujo líder fanático conseguiu se tornar pai de algumas crianças, bem como proteger a violação de muitas mais. E testemunhamos hoje, quando incontáveis estupradores e pederastas estão sendo desmascarados. Um dos acusados na escola de surdos em Verona é o arcebispo da cidade, Giuseppe Carraro. Na sequência, se nossas cortes encontrarem tempo, estará o reverendo Donald McGuire, um ofensor serial contra garotos que também foi confessor e “diretor espiritual” de Madre Teresa. (Ele, também, achou o confessionário um lugar agradável e privado, do qual fez grande uso.)

É isso o que torna o escândalo institucional, e não uma questão de delinquência aqui e acolá. A igreja precisa e quer o controle de crianças muito novas, e pede aos pais para confiarem seus filhos a certos “confessores”, que até recentemente gozavam de enorme prestígio e imunidade. Ela não pode se permitir a admissão de que muitos desses confessores, e seus superiores, são sádicos calcificados que mal podem acreditar na própria sorte. E nem pode se permitir a admissão de que regularmente abandonou as crianças e fez seu melhor para proteger e às vezes mesmo promover seus atormentadores. Então, ao invés, ela está chorosa e falsamente declarando que todas as acusações contra o papa – nenhuma delas vindo à tona a não ser de dentro da própria comunidade católica – são parte de um plano para embaraçá-lo.

Isso não foi verdade até aqui, mas é necessário que seja verdade de agora em diante. Esse terrível homenzinho não está acima ou fora da lei. Ele é o cabeça titular de um pequeno estado. Sabemos cada vez mais dos nomes das crianças que foram vítimas e dos pederastas que foram seus carrascos. Isso é um crime sob qualquer lei (bem como um pecado), e crimes não demandam doentias cerimônias privadas de “arrependimento” ou falsas compensações por meio de pagamentos financiados pela igreja, mas sim justiça e punição. As autoridades seculares têm sido fracas por muito tempo, mas agora alguns advogados e procuradores estão começando a se movimentar. Sei de alguns sérios homens da lei que estão discutindo o que fazer se Bento tentar levar a cabo sua intencionada viagem à Grã-Bretanha no outono. Basta! Um acerto de contas deve ser feito, e deve começar agora.

Tradução: Daniel Lopes. O artigo original, aqui.

doamalgama

SS erra fióte do bush






Serra parece um filhote do Bush

Por Altamiro Borges

Nos últimos dias, o candidato José Serra consolidou a sua guinada direitista ao tratar quase com exclusividade das relações externas do Brasil. Temeroso de atacar as políticas internas altamente populares do governo Lula, o demotucano concentrou seu ódio contra a ação soberana e altiva do Itamaraty. Em vários eventos e coletivas à imprensa, ele reforçou a imagem do “vira-lata”, criada pelo dramaturgo Nelson Rodrigues, mostrando total servilismo diante do império estadunidense.

As suas bravatas foram alvo de ironias. “Serra é candidato a Uribe”, fustigou o deputado Brizola Neto, lembrando que o presidente narcoterrorista da Colômbia deixará o governo nesta semana e que já tem substituto a capacho dos EUA. Já o blogueiro Luis Carlos Azenha afirmou que José Serra é “candidato a porta-voz de Washington”. Concordo com ambos, mas optei pela descrição corrosiva apresentada pelo Comitê Bolivariano de São Paulo: “Serra é um filhote de Bush”.

Platéia de 497 ricaços

Num almoço-debate ocorrido na semana passada, o ensandecido José Serra até parecia o próprio George W. Bush, o ex-presidente genocida dos EUA, rosnando colérico contra o “eixo do mal”. Para uma platéia de 497 ricaços – seduzidos pelo Grupo de Líderes Empresariais, o sinistro Lide, que encabeçou as manifestações fascistóides do falido movimento “Cansei” –, o demotucano se apresentou sem qualquer fantasia ou maquiagem dos marqueteiros e escancarou seu servilismo.

Ele criticou a atual política externa por priorizar as relações Sul-Sul e, de forma indireta, indicou que, se eleito, retomará a trágica orientação de FHC do “alinhamento automático” com os EUA. “Negócios são negócios”. Apesar dos estudos que indicam que o Brasil reduziu o impacto da crise capitalista ao diminuir a dependência com o império do norte e diversificar suas relações externas, Serra afirmou na maior caradura que o país “não tem política de comércio exterior”.

Seguindo o roteiro da CIA

Para o demotucano, que já disse que o Mercosul é inútil, o governo Lula faz “filantropia” com os países vizinhos. Para delírio dos empresários egoístas, ele questionou a remuneração cobrada ao governo do Paraguai pela energia da hidrelétrica de Itaipu. Também atacou a relações cordiais do presidente Lula com o governo cubano. “É amigo de Cuba? Então usa essa amizade para libertar os presos cubanos”, afirmou, sendo efusivamente aplaudido pelos ricaços anticomunistas.

Seguindo o roteiro da CIA, José Serra esbravejou contra a Venezuela no conflito provocado pela Colômbia. “É inegável que o Brasil tem simpatia maior pelo Chávez. E é inegável que o Chávez abriga as Farc [Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia]”. Nada disse sobre o presidente narcoterrorista Álvaro Uribe, que já invadiu o Equador e transformou a Colômbia num campo de extermínio, recordista mundial no assassinato de sindicalistas e território de esquadrões da morte.

“Fim melancólico da carreira política”

George Bush, o genocida que mentiu ao mundo para justificar a invasão do Iraque, deve admirar o “filhote” brasileiro. Nos bastidores de Washington, ele deve fazer seu lobby afirmando: “Esse é o cara”. Para Marco Aurélio Garcia, assessor do governo Lula, é constrangedor “ver uma pessoa que teve um passado de esquerda como José Serra ter corrido tanto em direção à direita, aquela direita mais raivosa, mais atrasada. Parece-me um final melancólico da sua carreira política”.

Vale o alerta do Comitê Bolivariano de São Paulo: “Derrotar Serra e o seu grupo passou a ser um ato de patriotismo e de defesa da democracia... É evitar que o Brasil se torne subalterno à política externa dos EUA... É derrotar o que existe de mais retrógrado no Brasil e na América do Sul, expressão das forças golpistas, de ontem e de hoje, que tantos danos têm causado. É derrotar os herdeiros de todas as ditaduras militares, dos filhinhos de Pinochet, de Carmona, chefe golpista da Venezuela, e de tantos genocidas que destruíram milhares de vidas na América Latina”.