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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, setembro 09, 2010

Serra, o hipócrita

Brizola Neto, do Tijolaço


Por recomendação de comentaristas, fui atrás de um vídeo publicado pelo Luís Nassif que mostra quanto de hipocrisia e exploração eleitoral está por trás na “indignação” de Serra e da mídia com o vazamento de informações sigilosas sobre os tucanos. E, de fato, está lá, numa reportagem especial do SBT, em outubro de 2009, que se comprava nas ruas de São Paulo informações sobre milhares ou milhões de pessoas, inclusive, nas palavras dele, sua mulher e seus filhos. O mesmo foi feito com o presidente Lula, D. Marisa, seus filhos, o ministro da Fazenda, Guido Mântega, o então ministro da justiça, Tarso Genro e muitas outros servidores, inclusive da alta cúpula da secretaria de segurança de São Paulo. Informações que deveriam ser mantidas secretas por vários órgãos, inclusive a própria PM, que confirma que foram violados cadastros internos da corporação a que ninguém de fora teria acesso.

Uma prova de que atividades criminosas, sem qualquer aparente vinculação política e eleitoral, embora sejam graves e devam ser profundamente investigadas e punidas, já aconteciam, inclusive dentro do que era responsabilidade do Governo paulista, então commendado por… José Serra, que fala sobre o problema sem 1% do furor com que fala agora.

*estadoanarquista

Opus Dei, CIA e neopentecostais






SOBRE ”VERDADES ABSOLUTAS”

Laerte Braga

O pastor norte-americano Terry Jones está tirando o sono de Barack Obama e todo o governo dos EUA, ao conclamar pessoas em todo o mundo para o “DIA INTERNACIONAL DE QUEIMAR UM ALCORÃO”. Terry Jones é um dos líderes da igreja “cristã” DOVE WORLD OUTREACH, na cidade de Gainesville, pouco mais de 95 mil habitantes.

Jones é autor de um livro com o título ISLAM IS OF THE DEVIL. Uma página no site FACEBOOK criada pelo pastor para sua campanha tem perto de onze mil seguidores.

Há cerca de sete dias uma senhora de pouco mais de setenta anos, viúva e mãe de dois filhos com distúrbios mentais provocados pelo uso de drogas dirigia-se a um Terreiro Umbandista de sua cidade, quando foi abordada por um pastor. Recebeu um convite para freqüentar sua igreja (a dele) e a advertência que estava se dirigindo a uma “casa do demônio”.

Bispos da seção paulista da CNBB (CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL) divulgaram uma carta em que recomendam a fiéis a não votar em candidatos que defendam posições contrárias às da Igreja Católica Apostólica Romana, especificando dentre os candidatos Dilma Roussef. Acusam a candidata de Lula de ser pró-aborto. O apelo foi ouvido pelo arcebispo do Pará que quer a carta divulgada em todo o país.

O pastor Jones, no mesmo FACEBOOK enfrenta três outras páginas que condenam sua atitude e que somam pelo menos vinte vezes mais seguidores que os seus fanáticos.

Barack Obama e Hilary Clinton já se manifestaram publicamente contra a convocação de Terry Jones e advertem que atitudes como essa podem aumentar o radicalismo de setores islâmicos, beneficiando organizações terroristas como a AL QAEDA.

Não difere da OPUS DEI, católica, de extrema-direita e que desde a eleição do papa João Paulo II controla o Vaticano com mão de ferro, agora mais ainda com o ex-integrante da juventude hitlerista o papa Bento XVI. A ascensão de João Paulo II significou a retomada de um processo inquisitório dentro da Igreja Católica contra setores da Teologia da Libertação e não identificados com o extremismo visceral do papa polonês. João Paulo II foi eleito com apoio do governo dos EUA, através de negociações do cardeal Marcinkus (chegou a ter sua prisão preventiva pedida pelo governo da Itália por fraudes bancárias, dirigia o banco do Vaticano).

O “sonho” de Edir Macedo, que no Brasil responde a processos por lavagem de dinheiro, extorsão, estelionato, é levar sua igreja ao “mundo muçulmanos” e “libertá-lo do “atraso”. De Miami comanda uma rede que envolve bancos, veículos de comunicação, empresas imobiliárias, toda a sorte de “negócios” a partir do dízimo pago pelos fiéis.

Segundo o site GLOBO.COM, uma espécie de revista do nada na internet, causou risos e espanto a forma como Larissa Riquelme, chamada musa da Copa do Mundo, referiu-se às suas partes íntimas.

A moça estava aproveitando os quinze minutos de fama, posando para a revista PLAYBOY e usou a expressão PANCHULA para definir tais partes.

O Irã, na cabeça dessa gente, é o grande culpado de todas essas mazelas, digamos assim, inclusive dos que aguardam execução nas prisões do Texas, ou do Iraque. Há cerca de dois anos o FBI aceitou como real um estudo de organizações de direitos humanos, que pelo menos cinqüenta condenados a morte eram inocentes e foram executados assim mesmo. Como os exames de DNA só são possíveis de um determinado tempo para cá, a justiça falhou. A maior parte dos executados era de negros, latinos e pobres.

Todos os que estavam no Texas pediram clemência, direito previsto em lei, ao então governador do Estado do Texas, George Bush, mais tarde presidente, que negou todos os pedidos.

O avanço das quadrilhas neopentecostais é exportado pelos Estados Unidos e se instala primeiro na América Latina a partir do Chile e em seguida o Brasil. Pastores formados e treinados por um dos braços mais ativos da inteligência norte-americana a CIA substituem os norte-americanos (chegaram aqui com a Aliança para o Progresso, uma espécie de pedofilia política, dá um pirulito e rouba a essência do ser). À época o principal consultor “religioso” do governo dos EUA era Billy Graham, inspirador de Ronald Reagan em sua cruzada contra o comunismo.

Visitou o Brasil a convite de organizações de extrema-direita e do próprio governo militar, a ditadura.

Hoje a praga se espalha pela África, Europa Ocidental (nova grande colônia dos EUA) e almeja conquistar o mundo muçulmano.

Foi uma resposta, na América Latina, à Teologia da Libertação. Opção de católicos pelos pobres que ganhou força com os papas João XXIII e Paulo VI. Seus papados foram varridos da história da Igreja por João Paulo II e agora Bento XVI, sem falar nos mistérios que cercam a morte de João Paulo I, papa por um mês.

Inúmeros sacerdotes católicos ligados à Teologia da Libertação foram assassinados por extremistas de direita e por governos militares. Caso do cardeal Oscar Romero em El Salvador e de freis como frei Tito no Brasil.

As três mais conhecidas vítimas desse período foram o arcebispo de Olinda e Recife, D. Hélder Câmara, o cardeal Paulo Evaristo Arns e o frei Leonardo Boff. Não foram assassinados, mas a própria Igreja tratou de silenciá-los enquanto sacerdotes. Boff inclusive abandonou o hábito.

A cúpula da Igreja Católica Romana no Brasil, hoje, é controlada pela OPUS DEI (aparece como vilã no filme CÓDIGO DA VINCI) e as perseguições a remanescentes da Teologia da Libertação permanecem.

Não há diferença alguma entre o extremismo de seitas neopentecostais, ou de católicos da OPUS DEI (RENOVAÇÃO CARISMÁTICA) e fundamentalistas judeus ou muçulmanos. Na essência são apenas a doença da verdade absoluta, variam no modus operandi.

Nas eleições presidenciais de 2006 a OPUS DEI tentou alcançar o governo da República através de Geraldo Alckimin, um dos seus mais proeminentes líderes no Brasil.

A disputa entre neopentecostais e fundamentalistas católicos é apenas pelo controle da “verdade”. Essa “verdade” enche cofres.

Quando os cristãos deixaram Jerusalém nas cruzadas todos os monumentos e prédios religiosos muçulmanos haviam sido destruídos. Quando os mouros – muçulmanos – deixaram a Espanha todos os monumentos católicos estavam preservados.

A nota de bispos paulistas, apoiada pela maioria da CNBB, sobre a candidata Dilma Roussef é inaceitável. Pesquisas anteriores às eleições mostram que a Igreja Católica Romana vive um processo lento e gradativo de extinção. A imensa maioria dos seus fiéis é favorável a pontos que a cúpula fascista de Roma considera inaceitáveis, como divórcio e aborto (sem juízo de mérito aqui).

Bento XVI, como Edir Macedo é um dos braços do capitalismo norte-americano. No fundo não diferem em nada.

Fiéis são instrumentos usados e manobrados em sua boa fé para sustentar todo esse aparato de “verdade absoluta”, de “mandato divino”.

Os generais/gorilas que deram o golpe em Honduras, em 2009, entraram no Palácio do Governo com a imagem de Cristo e assistiram a um ato religioso celebrado pelo cardeal daquele país. Ontem, quarta-feira, dia 8 de setembro de 2010, a repressão hondurenha, naturalmente em nome de Deus e dessa “verdade” absoluta matou dezoito oposicionistas. Esses assassinatos são diários, sistemáticos, fazem parte da política de “limpeza” ou eliminação dos “impuros”, aqueles que não se ajoelham diante das lojas da rede McDonald’s.

O Estado, como instituição, surgiu quando numa determinada comunidade, há milênios, o mais inteligente percebeu que se chamasse o mais esperto conseguiriam um transformar-se em monarca, rei, imperador, dono, outro, em sacerdote, intérprete da “vontade divina”, para legitimar a autoridade do rei e, por via das dúvidas, chamaram o mais boçal, o mais forte, deram-lhe uma borduna para garantir a ordem e as “liberdades”.

Tem sido assim historicamente. A luta de classes nasce ali, pois nasceu ali a exploração do homem pelo homem.

Quando Karl Marx disse que a “religião é o ópio do povo”, o fez fora do contexto de sua obra maior, o capital. O fez num poema, ao constatar que os líderes religiosos de sua época apoiavam com todo ardor o sistema escravagista que negava direitos mínimos e elementares a trabalhadores (salário digno, folga aos domingos, limite de horas de trabalho, licença por doença, etc). Aqueles líderes eram sustentados pelo poder.

Como o são hoje as cúpulas católicas e de seitas neopentecostais. A disputa entre eles é de eficiência na capacidade de seduzir e iludir seres humanos para garantir a “verdade absoluta”, ora com sede em Washington e filial em Wall Street. No resto do mundo os donos espalham bases repletas de armas nucleares, só um tipo diferente de borduna. Coisa de avanços tecnológicos.

Condenar a uma mulher a morrer por apedrejamento é um resquício de estupidez e boçalidade. Maria Madalena, companheira de Cristo, foi salva pelo próprio. A decisão de matá-la dessa forma bárbara fora dos chefes judeus à época.

Em qualquer circunstância a pena de morte é um ato de barbárie. De negação dos princípios mínimos e elementares da essência e do sentido da vida.

Nas prisões do Iraque mais de 1 500 cidadãos iraquianos aguardam execução, muitos deles por resistirem à invasão, ocupação e saque promovido pelos EUA. Em várias prisões de estados norte-americanos que adotam a pena de morte centenas de pessoas aguardam o chamado para serem mortos por uma injeção letal.

O mundo, não teve como esconder, viu os requintes de perversidade dos norte-americanos nas prisões do Iraque. E, recentemente, através de documentos secretos da guerra do Afeganistão, liberados por um site na internet, a prática de tortura, assassinatos seletivos, a forma arrogante como soldados (empregados de empresas privadas que controlam as forças armadas dos EUA e nos “negócios” da guerra) festejavam e festejam a morte de civis.

Ou, também não tem como esconder, o terrorismo de Estado que tomou conta do Israel e como havia previsto Einstein (em carta publicada pelo NEW YORK TIMES), o “fim do sonho”.

A decisão da CNBB é um acinte aos brasileiros. Um desrespeito às liberdades fundamentais do homem.

É bem mais que isso, é a cretinice de bispos católicos transformando a Igreja em partido –o que nunca deixou de ser – dos setores mais atrasados da sociedade brasileira. Não foi por outra razão que surgiu em São Paulo, berço do esquema FIESP/DASLU, um dos últimos bastiões de escravagistas, a serviço de potência estrangeira.

Deus nos livre dessa gente.

É o mundo das PANCHULAS, do culto a PLAYBOY, dos assassinatos de camponeses que lutam contra o latifúndio, da mídia transformada em catedral da “verdade absoluta”, a que aliena, mente, distorce.

Não é por outro motivo que um dos cardeais desse “evangelho” é Arnaldo Jabor.

Já não se fazem cardeais como Richilieu. Banalizaram o “negócio”, qualquer um compra uma indulgência, ou diploma. Vira comendador. Existem aos montes, comendadores, na FIESP/DASLU. Deitam vômito diariamente pela GLOBO.

Judeus queimam o Novo Testamento


Está no jornal israelense Haaretz de hoje (AQUI).

Judeus ortodoxos queimaram centenas de cópias do Novo Testamento.

Aconteceu na cidade de Or Yehuda, de 34 mil habitantes e foi uma represália aos missionários de uma seita evangélica.

A manifestação foi liderada pelo vice-prefeito Uzi Aharon, que ficou irritado com o fato dos evangélicos distribuírem de casa em casa o Novo Testamento.

Com um carro de som, o prefeito solicitou aos moradores empilharem diante de suas casas os exemplares da bíblia e o material de propaganda distribuído pelos evangélicos.

Em seguida, o material foi amontoado por estudantes e incendiado diante da sinagoga.

Este não é o primeiro caso de conflagração entre evangélicos e judeus em Israel.

Em outras vezes, estudantes de judaísmo invadiram o templo da seita messiânica e quebraram tudo sob as visitas da policia que não os repreendeu.

Os messiânicos são odiados porque eles lutam para converter os judeus ao cristianismo.

Os judeus seguem o Antigo Testamento, que inclui os Cinco Livros de Moisés (Pentateuco) e os escritos de profetas antigos.

Os cristãos acreditam tanto no Velho quanto no Novo Testamento, este último incluindo os quatro Evangelhos (vida de Jesus Cristo), as cartas dos apóstolos às primeiras comunidades cristãs no Império Romano e o Livro do Apocalipse.

Definitivamente, há algo de errado nessas religiões que pregam a intolerância que, como se sabe, é produto do medo.

Nos Estados Unidos, cristãos se preparam para queimar o Alcorão, livro sagrado dos muçulmanos(ver postagem abaixo).

Em Israel, judeus queimaram a Bíblia cristã.

Está escrito na Bíblia que Deus fez o homem a sua imagem e semelhança.

E o homem está lhe pagando com a mesma moeda.

Enquanto isso...

Tratores israelenses destroem cemitério muçulmano em Jerusalém que, em aramaico – língua falada pelo palestino Jesus Cristo – significa cidade da paz...

Réquiem para o psdB






Vida, (falta de) paixão e morte dos tucanos

O PSDB nasceu de um grupo de políticos do PMDB basicamente de São Paulo que, derrotados e isolados pelo quercismo, resolveram sair do partido e fundar uma outra agremiação. Era integrado basicamente por cardeais paulistas – Montoro, Covas, FHC -, mais alguns de outras regiões – como José Richa, do Paraná, Tasso Jereissatti, do Ceará.
Na hora de dar um nome ao partido, vieram os impasses, até que surgiu a idéia de encampar a social democracia, sigla vaga no Brasil, apesar de que alguns – entre eles especialmente o Montoro – se definiam como democrata cristãos. Escolheu-se o tucano como símbolo, para tentar dar-lhe uma raiz brasileira.
Era o ano de 1988, a social democracia já estava passando por transformações que mudariam sua natureza. De partido geneticamente vinculado ao Estado de bem estar social, começava a aderir à onda neoliberal, primeiro com Mitterrand, na França, em seguida com Felipe Gonzalez na Espanha. Quando os tucanos aderiram à social democracia, era quando esta já havia aderido à moda neoliberal.
Na própria América Latina Ação Democrática da Venezuela, os socialistas chilenos, o peronismo, o PRI mexicano – que pertenciam à corrente social democrata – já tinham aderido ao neoliberalismo. Foi a essa versão da social democracia que aderiu os PSDB.
Não foi essa a única diferença dos tucanos em relação ao que tinham sido historicamente os partidos social democratas. A social democracia tinha sido uma vertente da esquerda, junto aos comunistas, ambos com profundas raízes sociais, em particular no movimento operário e no movimento sindical. Há ainda uma rede internacional de centrais sindicais ligadas à social democracia.
Nada mais alheio aos tucanos. Nem o PMDB tinha presença sindical, menos ainda eles, que eram um grupo de políticos parlamentares que tinha em Mario Covas sua principal expressão. No entanto, já na eleição presidencial de 1989 aderiram a um “choque de capitalismo” que o Brasil precisaria, como prenuncio de caminhos ideológicos que os tucanos trilhariam no futuro próximo.
A morte de Covas deixou o espaço aberto para outros lideres tucanos, FHC e Serra disputavam a preferência, diante da incompetência de outros lideres regionais, como Tasso Jereissatti, para se projetar nacionalmente. Os tucanos terminaram sendo um partido eminentemente paulista.
Quando FHC assumiu o projeto neoliberal, com o Plano Real, olhava para a França e a Espanha, suas referencias ideológicas, para acreditar que esse seria o caminho da “modernização” no Brasil. FHC se deslumbrou com a globalização – “o novo Renascimento da humanidade” – e a vitoria eleitoral de 1994 lhe confirmou que a via era abandonar o Estado desenvolvimentista pelo da estabilidade monetária e do ajuste fiscal.
Foi o auge do PSDB e o começo do seu fim. Sem lugar para políticas sociais, acreditando que o simples controle inflacionário levaria à distribuição de renda, teve um efêmero sucesso no primeiro governo FHC, mas saiu derrotado nas eleições de 2002, de 2006 e agora de 2010.
Foi uma vida breve, uma glória efêmera e uma morte prematura, para quem nasceu supostamente como social democrata, assumiu o projeto neoliberal no Brasil e foi repudiado pelo voto popular. Nasceu do anti-quercismo e termina indo ao fundo, abraçado com Quercia. Triste fim de um partido das elites do centro-sul, repudiado pelo governo mais popular que o Brasil já teve.
Emir Sader

Livro

Enquanto livro de Amaury Jr. sobre as privatizações tucanas não vem, vamos ler Aloysio Biondi.Tá tudo lá




https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmiK7giuALU500aO4bMwhNQizD9zBUIJBoAWQcUxSDpdD2okvJpJMZcCYkVSXAebygAFl7mkbPRrmWyiAUW55WAmaDdzc04cyXJd68YkYlaMYdNveSdlcDODWcOJjcCAwb8k4IKE09PC0/s1600/bessinha.jpg
O livro do Amaury deve ter descido aos porões da privataria do governo FHC, como quem levou quanto e onde foi colocada a grana. Mas o jornalista Aloysio Biondi já havia denunciado a roubalheira, a entrega do patrimônio brasileiro pelos tucanos há muito tempo.
Já publiquei denúncias dele aqui (basta ir na caixa de buscas) e agora publico mais uma, retirada de seu indispensável livro "O Brasil Privatizado", onde ele desmascara o que teria havido "de bom" nas privatizações, usando a palavra do "grande arquiteto" do governo FHC Pedro Malan (que depois, ao sair do governo, foi ser consultor do Unibanco, KKKK, que acabou de ser engolido pelo Itaú. Mas isso é outra história, como diria o barman de Irma La Douce).
O assunto: privatizações. O texto é de Aloysio Biondi e os destaques em negrito são meus.
As contas falsas

O governo repete insistentemente que a União e os estados arrecadaram 68,7 bilhões de reais com a venda das estatais, até dezembro de 1998, e que a esse valor é preciso, ainda, somar outros 16,5 bilhões de reais representados pelas dívidas “transferidas” para os compradores, totalizando 85,2 bilhões de reais. Minuciosos, os porta-vozes do governo distribuem até “cálculos”, mostrando quanto o governo teria desembolsado, no pagamento de juros, sobre essas dívidas “transferidas”. O argumento é um blefe, por vários motivos:

• DÍVIDAS “ENGOLIDAS” – já que o governo “calcula” os juros economizados, por que não calcula também os juros que passou a pagar sobre as dívidas “engolidas”? Quem é sério usa esse critério.

• DÍVIDAS DUPLAS – na verdade, no caso das dívidas “transferidas” o cálculo de “juros” seria um procedimento incorreto. Por quê?

Como já dito anteriormente: com as tarifas e preços reajustados, com financiamentos a juros favoráveis, com novos investimentos, as estatais – mesmo se tivessem permanecido nessa condição –também seriam lucrativas. Pagariam suas dívidas. Portanto, ficariam livres dos juros ao longo dos anos. Com a “venda”, ocorreu o contrário: o governo ficou sem as fontes de renda e “engoliu” as dívidas e os juros que será forçado a pagar com dinheiro do Tesouro, isto é, do contribuinte. Nosso.

• DIVIDENDOS – tão meticulosos em calcular os juros “economizados”, os técnicos do governo se esquecem, muito distraídos, de incluir três outros dados nessas contas. Primeiro: os lucros que as principais estatais sempre apresentaram, e que teriam de ser subtraídos – se os cálculos fossem feitos com honestidade – dos “pagamentos de juros” divulgados pelo governo. Segundo: os dividendos que eram distribuídos ao Tesouro pelas estatais. Terceiro: a valorização futura das ações das estatais nas bolsas.

Até tu, Malan?


Tudo somado, contas bem feitas mostrariam que as privatizações não reduziram a dívida e o “rombo” do governo. Ao contrário, elas contribuíram para aumentá-los. O governo ficou com dívidas
– e sem as fontes de lucros para pagá-las.

Ironicamente, o governo reconheceu isso com todas as letras. Na carta de intenções que o ministro da Fazenda, Pedro Malan, entregou ao FMI (Fundo Monetário Internacional), inconscientemente, o governo confessa que o equilíbrio das contas do Tesouro ficou mais difícil porque... o governo deixou de contar com os lucros que as estatais ofereciam como contribuição para cobrir o rombo até serem vendidas. Pasme-se, mas é verdade.

• JUROS SUBSIDIADOS – não se deve esquecer, finalmente, que juros privilegiados nos empréstimos aos “compradores” representam subsídios, ostensivos ou “invisíveis”, por parte do BNDES ou, indiretamente, do próprio Tesouro.

Luis Nassif uma aula do pseudo jornalismo brasileiro

como a velha mídia atua politicamente


https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6ab8eo1ToDXw4TtB9kkumvQ1AQxRjoRb8sOCWjkQYSfNgySNvJE_-_nfPg3dRkkK2jqBKjj1YRrO0zn4OKXLmwv9kwyokzTv86_Lh_doUlIgtsH27eQdVV49yhQsGyUmhtSLlIIUSeeI/s1600/latuff-gran-circus-1024x669.gifQue maravilha sua análise reflete bem a falência da velha mídia e seu formato anacrônico.

O ss Erra e sua total incompetência e burrice machismo e inveja.

Para mim você está sendo porta voz da percepção da maioria dos brasileiros, que exigem mudanças que a mídia ou se democratiza, ou deixará de existir, ou apenas para servir aos interesses de uma minoria que cada vez mais fica para tráz.

É uma encruzilhada para êles, que se locupletaram tanto que perderam a noção totalmente, do aceitável, passaram a subestimar a inteligência do povo brasileiro.

A internet o Lula lá, a vontade de Deus, tudo caminha para uma nova ordem na mídia que se democratize logo, que seja mesmo uma livre iniciativa, e não um 4º poder a beneficiar somente os interesses de capitais estrangeiros e seus gerentinhos.

*Chebola

Bombástico: Dilma quebra sigilo do primo do amigo do filho do irmão do genro do sobrinho da filha de José Serra!!

Agora, é sério. Será que alguém ainda aguenta esse circo de horrores proporciondo por esse louco varrido, projeto de ditador, sem discurso, sem propostas, sem eira nem beira? Que venha logo o dia 3 de outubro, para que esse tal de José Serra (ou "Zé" como se autodenomina agora) seja jogado de vez para o lixo da história!
*tudoemcima

Melhor de 3

Três informações circularam com força nas redações nesta quarta-feira. A primeira é a de que um dos mais importantes jornais impressos da Europa e, consequentemente, do mundo está fazendo uma reportagem sobre a cobertura jornalística da sucessão presidencial brasileira. Querem saber por que um presidente tão popular e bem sucedido, não só aqui, como no mundo todo, é tão hostilizado pela imprensa brasileira? E por que a candidata situacionista também é bombardeada o tempo todo pelos Donos da Mídia? Estão tendo dificuldades de encontrar fontes. Os jornalistas brasileiros consultados não quiseram falar sobre o assunto. Temem represálias por parte dos patrões. A segunda informação que também circulou ontem é a de que a assessoria de imprensa do candidato oposicionista tem pedido a determinados repórteres para fazer perguntas por encomenda no quebra-queixo (é a gíria para aquela coletiva de cinco minutos que o candidato dá diariamente). A desconfiança surgiu e foi confirmada depois que o jornalista que representava a maior emissora do país perguntou quais eram os planos do candidato para incrementar o turismo religioso. Isso mesmo, dá para acreditar numa pergunta dessas? Está certo que o candidato estava entre fiéis de uma igreja, mas a criatividade do colega foi além do bom senso... Segundo o Rodrigo Vianna, que está na "lida" há quase 20 anos, é pior, o mais comum é a lista com as perguntas sair pronta do aquário (local onde ficam os peixes graúdos de uma redação). E a terceira e mais estarrecedora notícia é a de que ao saber que a Polícia Federal tinha planos de convocar o repórter Amaury Ribeiro Jr. para explicar o que ele, o Aécio e a turma de Minas tinham a ver com o imbróglio da quebra do sigilo da empresária Verônica Serra e, agora, do marido dela, entre outros, o candidato da oposição tenha preferido parcimônia. O receio é ver expostas suas próprias vísceras, em mais de mil páginas de documentos! Ou alguém tem dúvida de que o depoimento do jornalista vazaria? Preparem suas lupas.
*doladodelá

Dilma em Betim






Dilma diz em Betim (MG)
que Serra “azara” o Brasil.


O pessoal do Zé Baixaria é contra o ProUni


Num comício em Betim, Minas – clique aqui para ler – Dilma tocou em dois pontos frágeis da campanha do Zé da Baixaria.

Dilma mencionou que o “azarador” azarou o Bolsa Família.

Zé da Baixaria é da turma que chamava o Bolsa Família de “Bolsa Esmola”.

O “azarador” é da turma dos DEMOs (que a Dilma chamou de PFL e poderia chamar de Arena), que entrou na Justiça para fechar o ProUni.

O ProUni, hoje dá escola 700 mil jovens brasileiros.

É isso o que o “azarador” queria fechar.

No tempo em que o Zé Baixaria fez campanha como aliado do Lula, ele dizia que ia dobrar o tamanho do Bolsa Família.

O que era um disparate.

Porque, para fazer isso, seria necessário aumentar dramaticamente o número de pobres.
*ConversaAfiada

Gabriel, o primeiro neto de Dilma

Nasceu em Porto Alegre o primeiro neto da candidata à Presidência da república pelo PT, Dilma Rousseff. O parto do menino Gabriel foi realizado no Hospital Moinhos de Vento às 6h41min desta quinta-feira.
Com crachá de visitante, a avó Dilma chegou à instituição por volta das 5h20min desta manhã. Por conta do nascimento, cerca de 30 homens fizeram a segurança nos corredores do hospital.
Paula, a nova mamãe, é filha única de Dilma e do ex-deputado gaúcho Carlos Araújo. Em 18 de abril de 2008, Paula, que é procuradora do Trabalho na Capital, casou-se em Porto Alegre com o administrador de empresas Rafael Covolo. A cerimônia, realizada em Porto Alegre, na Igreja São José, foi cercada de cuidados para evitar o assédio ao casal. Os dois, que sempre buscaram preservar sua privacidade, foram discretos durante toda a gravidez.
Gabriel nasceu com 39 semanas e três dias de gestação, pesa 3,950 kg e tem 50 cm. A obstetra de Paula, Dra. Thais Guimarães dos Santos, concedeu entrevista coletiva nesta manhã e afirmou que mãe e filho estão "ótimos" e a escala de Apgar (vitalidade) do bebê é nota 10.
Paula deve ir para o quarto até as 11h. A médica prevê que a filha de Dilma tenha alta entre 48 e 72 horas. A mãe de Dilma, de quem a candidata herdou o nome, também está no hospital e acompanhou o nascimento do bisneto.
O nascimento de Gabriel estava marcado inicialmente para ser em uma cesariana, que ocorreria às 6h do último sábado. A cirurgia foi desmarcada porque Paula preferiu esperar pelo parto normal. Com a proximidade do final da gestação da filha, Dilma acabou desmarcando um comício que faria com o presidente Lula em Canoas, na sexta-feira da semana passada, e outro evento do qual participaria no último sábado, em São Paulo, tudo para estar mais perto de Paula no nascimento.
Durante a campanha, Dilma foi discreta quanto à chegada do neto, mas mencionou a emoção de ser avó em algumas ocasiões. No último domingo, escreveu em seu twitter: "Recarregando baterias p/a semana. Percorrer o Brasil tem sido muito gratificante. Mas na hora que o Gabriel chegar, largo tudo e vou para lá". E acrescentou: "Esclarecendo: Gabriel é o meu neto, que está chegando por esses dias. Uma emoção única, que vou curtir ao lado da Paula".
Dilma costumar citar a filha no périplo pelos Estados e durante o horário político. Na TV, exibe uma foto em preto e branco ao lado de Paula e relata momentos e preocupações de quando ela era bebê.

Com o portal Zero Hora(RS)

quarta-feira, setembro 08, 2010

Deleite

SS erra






Vídeo do Vermelho:
jenio insiste no Ministério do Cano



Saiu na TV Vermelho:

Serra dá “cano” no Nordeste com aqueduto “faz-de-conta”

Serra agora deu uma de encanador. Em sua propaganda eleitoral “instalou” uma tubulação virtual de Sergipe ao Ceará, dizendo que levou água a “esse sertão de meu Deus”. O “aqueduto” do Serra é mais uma peça de ficção da campanha tucana, como sua ligação ao Lula e qualquer outra coisa que tenha feito em hospitais, sua obessão. Aliás, nem aí tem compromisso com a verdade, já que a iniciativa dos genéricos foi do ex-deputado e médico Jamil Haddad.


Por Brizola Neto, no Tijolaço

Que obra é essa ? Uma estrada ? Um aqueduto ? Um chute ?


O falso aqueduto de Serra é uma “obra” impressionante. Sai do sertão de Sergipe e cruza o nordeste até o sertão do Ceará. Nem a gigantesca transposição do São Francisco, que é obra de verdade, atinge área tão extensa.


É lógico que o programa de Serra só nomeia o santo mas não explica o milagre. Ninguém sabe quando e em que função o tucano levou água para tanta gente. Talvez seja alguma coisa relacionada a seu período no ministério da Saúde no governo de Fernando Henrique Cardoso.


Assim como seus aliados hoje o evitam, Serra omite de todas as maneiras sua estreita ligação com Fernando Henrique Cardoso, escondendo o próprio passado. Com isso, suas mensagens ficam sem pé nem cabeça. Se Serra era governador de São Paulo, não foi e nem nunca será Presidente da República, como fez uma obra no Nordeste? E se esteve por trás de algum projeto que levou água ao sertão nordestino, em que governo isso se deu?


Mas se Serra realmente fez tanta obra assim no Nordeste e a ignorância é minha, o povo nordestino deve estar muito agradecido ao tucano. Tanto que lhe “prestigia” com 21% das intenções de voto pela pesquisa Datafolha divulgada dia 27 de agosto, e “repudia” Dilma com “apenas” 60% dos votos da região.

Clique aqui para ler “Serra promete Ministério do Acarajé na Bahia”.

*ConversaAfiada

Mandela

Eu sou o dono do meu destino
Eu sou o capitão da minha alma

Invictus, poema que inspirou Nelson Mandela

Invictus é um pequeno poema do poeta Inglês William Ernest Henley (1849-1903). Ele foi escrito em 1875 e publicado pela primeira vez em 1888.


De dentro da noite que me cobre,
Negra como a cova, de ponta a ponta,
Eu agradeço a quaisquer deuses que sejam,
Pela minha alma inconquistável.

Na cruel garra da situação,
Não estremeci, nem gritei em voz alta.
Sob a pancada do acaso,
Minha cabeça está ensanguentada, mas não curvada.

Além deste lugar de ira e lágrimas
Avulta-se apenas o Horror das sombras.
E apesar da ameaça dos anos,
Encontra-me, e me encontrará destemido.

Não importa quão estreito o portal,
Quão carregada de punições a lista,
Sou o mestre do meu destino:
Sou o capitão da minha alma.