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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, setembro 09, 2010

Opus Dei, CIA e neopentecostais






SOBRE ”VERDADES ABSOLUTAS”

Laerte Braga

O pastor norte-americano Terry Jones está tirando o sono de Barack Obama e todo o governo dos EUA, ao conclamar pessoas em todo o mundo para o “DIA INTERNACIONAL DE QUEIMAR UM ALCORÃO”. Terry Jones é um dos líderes da igreja “cristã” DOVE WORLD OUTREACH, na cidade de Gainesville, pouco mais de 95 mil habitantes.

Jones é autor de um livro com o título ISLAM IS OF THE DEVIL. Uma página no site FACEBOOK criada pelo pastor para sua campanha tem perto de onze mil seguidores.

Há cerca de sete dias uma senhora de pouco mais de setenta anos, viúva e mãe de dois filhos com distúrbios mentais provocados pelo uso de drogas dirigia-se a um Terreiro Umbandista de sua cidade, quando foi abordada por um pastor. Recebeu um convite para freqüentar sua igreja (a dele) e a advertência que estava se dirigindo a uma “casa do demônio”.

Bispos da seção paulista da CNBB (CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL) divulgaram uma carta em que recomendam a fiéis a não votar em candidatos que defendam posições contrárias às da Igreja Católica Apostólica Romana, especificando dentre os candidatos Dilma Roussef. Acusam a candidata de Lula de ser pró-aborto. O apelo foi ouvido pelo arcebispo do Pará que quer a carta divulgada em todo o país.

O pastor Jones, no mesmo FACEBOOK enfrenta três outras páginas que condenam sua atitude e que somam pelo menos vinte vezes mais seguidores que os seus fanáticos.

Barack Obama e Hilary Clinton já se manifestaram publicamente contra a convocação de Terry Jones e advertem que atitudes como essa podem aumentar o radicalismo de setores islâmicos, beneficiando organizações terroristas como a AL QAEDA.

Não difere da OPUS DEI, católica, de extrema-direita e que desde a eleição do papa João Paulo II controla o Vaticano com mão de ferro, agora mais ainda com o ex-integrante da juventude hitlerista o papa Bento XVI. A ascensão de João Paulo II significou a retomada de um processo inquisitório dentro da Igreja Católica contra setores da Teologia da Libertação e não identificados com o extremismo visceral do papa polonês. João Paulo II foi eleito com apoio do governo dos EUA, através de negociações do cardeal Marcinkus (chegou a ter sua prisão preventiva pedida pelo governo da Itália por fraudes bancárias, dirigia o banco do Vaticano).

O “sonho” de Edir Macedo, que no Brasil responde a processos por lavagem de dinheiro, extorsão, estelionato, é levar sua igreja ao “mundo muçulmanos” e “libertá-lo do “atraso”. De Miami comanda uma rede que envolve bancos, veículos de comunicação, empresas imobiliárias, toda a sorte de “negócios” a partir do dízimo pago pelos fiéis.

Segundo o site GLOBO.COM, uma espécie de revista do nada na internet, causou risos e espanto a forma como Larissa Riquelme, chamada musa da Copa do Mundo, referiu-se às suas partes íntimas.

A moça estava aproveitando os quinze minutos de fama, posando para a revista PLAYBOY e usou a expressão PANCHULA para definir tais partes.

O Irã, na cabeça dessa gente, é o grande culpado de todas essas mazelas, digamos assim, inclusive dos que aguardam execução nas prisões do Texas, ou do Iraque. Há cerca de dois anos o FBI aceitou como real um estudo de organizações de direitos humanos, que pelo menos cinqüenta condenados a morte eram inocentes e foram executados assim mesmo. Como os exames de DNA só são possíveis de um determinado tempo para cá, a justiça falhou. A maior parte dos executados era de negros, latinos e pobres.

Todos os que estavam no Texas pediram clemência, direito previsto em lei, ao então governador do Estado do Texas, George Bush, mais tarde presidente, que negou todos os pedidos.

O avanço das quadrilhas neopentecostais é exportado pelos Estados Unidos e se instala primeiro na América Latina a partir do Chile e em seguida o Brasil. Pastores formados e treinados por um dos braços mais ativos da inteligência norte-americana a CIA substituem os norte-americanos (chegaram aqui com a Aliança para o Progresso, uma espécie de pedofilia política, dá um pirulito e rouba a essência do ser). À época o principal consultor “religioso” do governo dos EUA era Billy Graham, inspirador de Ronald Reagan em sua cruzada contra o comunismo.

Visitou o Brasil a convite de organizações de extrema-direita e do próprio governo militar, a ditadura.

Hoje a praga se espalha pela África, Europa Ocidental (nova grande colônia dos EUA) e almeja conquistar o mundo muçulmano.

Foi uma resposta, na América Latina, à Teologia da Libertação. Opção de católicos pelos pobres que ganhou força com os papas João XXIII e Paulo VI. Seus papados foram varridos da história da Igreja por João Paulo II e agora Bento XVI, sem falar nos mistérios que cercam a morte de João Paulo I, papa por um mês.

Inúmeros sacerdotes católicos ligados à Teologia da Libertação foram assassinados por extremistas de direita e por governos militares. Caso do cardeal Oscar Romero em El Salvador e de freis como frei Tito no Brasil.

As três mais conhecidas vítimas desse período foram o arcebispo de Olinda e Recife, D. Hélder Câmara, o cardeal Paulo Evaristo Arns e o frei Leonardo Boff. Não foram assassinados, mas a própria Igreja tratou de silenciá-los enquanto sacerdotes. Boff inclusive abandonou o hábito.

A cúpula da Igreja Católica Romana no Brasil, hoje, é controlada pela OPUS DEI (aparece como vilã no filme CÓDIGO DA VINCI) e as perseguições a remanescentes da Teologia da Libertação permanecem.

Não há diferença alguma entre o extremismo de seitas neopentecostais, ou de católicos da OPUS DEI (RENOVAÇÃO CARISMÁTICA) e fundamentalistas judeus ou muçulmanos. Na essência são apenas a doença da verdade absoluta, variam no modus operandi.

Nas eleições presidenciais de 2006 a OPUS DEI tentou alcançar o governo da República através de Geraldo Alckimin, um dos seus mais proeminentes líderes no Brasil.

A disputa entre neopentecostais e fundamentalistas católicos é apenas pelo controle da “verdade”. Essa “verdade” enche cofres.

Quando os cristãos deixaram Jerusalém nas cruzadas todos os monumentos e prédios religiosos muçulmanos haviam sido destruídos. Quando os mouros – muçulmanos – deixaram a Espanha todos os monumentos católicos estavam preservados.

A nota de bispos paulistas, apoiada pela maioria da CNBB, sobre a candidata Dilma Roussef é inaceitável. Pesquisas anteriores às eleições mostram que a Igreja Católica Romana vive um processo lento e gradativo de extinção. A imensa maioria dos seus fiéis é favorável a pontos que a cúpula fascista de Roma considera inaceitáveis, como divórcio e aborto (sem juízo de mérito aqui).

Bento XVI, como Edir Macedo é um dos braços do capitalismo norte-americano. No fundo não diferem em nada.

Fiéis são instrumentos usados e manobrados em sua boa fé para sustentar todo esse aparato de “verdade absoluta”, de “mandato divino”.

Os generais/gorilas que deram o golpe em Honduras, em 2009, entraram no Palácio do Governo com a imagem de Cristo e assistiram a um ato religioso celebrado pelo cardeal daquele país. Ontem, quarta-feira, dia 8 de setembro de 2010, a repressão hondurenha, naturalmente em nome de Deus e dessa “verdade” absoluta matou dezoito oposicionistas. Esses assassinatos são diários, sistemáticos, fazem parte da política de “limpeza” ou eliminação dos “impuros”, aqueles que não se ajoelham diante das lojas da rede McDonald’s.

O Estado, como instituição, surgiu quando numa determinada comunidade, há milênios, o mais inteligente percebeu que se chamasse o mais esperto conseguiriam um transformar-se em monarca, rei, imperador, dono, outro, em sacerdote, intérprete da “vontade divina”, para legitimar a autoridade do rei e, por via das dúvidas, chamaram o mais boçal, o mais forte, deram-lhe uma borduna para garantir a ordem e as “liberdades”.

Tem sido assim historicamente. A luta de classes nasce ali, pois nasceu ali a exploração do homem pelo homem.

Quando Karl Marx disse que a “religião é o ópio do povo”, o fez fora do contexto de sua obra maior, o capital. O fez num poema, ao constatar que os líderes religiosos de sua época apoiavam com todo ardor o sistema escravagista que negava direitos mínimos e elementares a trabalhadores (salário digno, folga aos domingos, limite de horas de trabalho, licença por doença, etc). Aqueles líderes eram sustentados pelo poder.

Como o são hoje as cúpulas católicas e de seitas neopentecostais. A disputa entre eles é de eficiência na capacidade de seduzir e iludir seres humanos para garantir a “verdade absoluta”, ora com sede em Washington e filial em Wall Street. No resto do mundo os donos espalham bases repletas de armas nucleares, só um tipo diferente de borduna. Coisa de avanços tecnológicos.

Condenar a uma mulher a morrer por apedrejamento é um resquício de estupidez e boçalidade. Maria Madalena, companheira de Cristo, foi salva pelo próprio. A decisão de matá-la dessa forma bárbara fora dos chefes judeus à época.

Em qualquer circunstância a pena de morte é um ato de barbárie. De negação dos princípios mínimos e elementares da essência e do sentido da vida.

Nas prisões do Iraque mais de 1 500 cidadãos iraquianos aguardam execução, muitos deles por resistirem à invasão, ocupação e saque promovido pelos EUA. Em várias prisões de estados norte-americanos que adotam a pena de morte centenas de pessoas aguardam o chamado para serem mortos por uma injeção letal.

O mundo, não teve como esconder, viu os requintes de perversidade dos norte-americanos nas prisões do Iraque. E, recentemente, através de documentos secretos da guerra do Afeganistão, liberados por um site na internet, a prática de tortura, assassinatos seletivos, a forma arrogante como soldados (empregados de empresas privadas que controlam as forças armadas dos EUA e nos “negócios” da guerra) festejavam e festejam a morte de civis.

Ou, também não tem como esconder, o terrorismo de Estado que tomou conta do Israel e como havia previsto Einstein (em carta publicada pelo NEW YORK TIMES), o “fim do sonho”.

A decisão da CNBB é um acinte aos brasileiros. Um desrespeito às liberdades fundamentais do homem.

É bem mais que isso, é a cretinice de bispos católicos transformando a Igreja em partido –o que nunca deixou de ser – dos setores mais atrasados da sociedade brasileira. Não foi por outra razão que surgiu em São Paulo, berço do esquema FIESP/DASLU, um dos últimos bastiões de escravagistas, a serviço de potência estrangeira.

Deus nos livre dessa gente.

É o mundo das PANCHULAS, do culto a PLAYBOY, dos assassinatos de camponeses que lutam contra o latifúndio, da mídia transformada em catedral da “verdade absoluta”, a que aliena, mente, distorce.

Não é por outro motivo que um dos cardeais desse “evangelho” é Arnaldo Jabor.

Já não se fazem cardeais como Richilieu. Banalizaram o “negócio”, qualquer um compra uma indulgência, ou diploma. Vira comendador. Existem aos montes, comendadores, na FIESP/DASLU. Deitam vômito diariamente pela GLOBO.

Judeus queimam o Novo Testamento


Está no jornal israelense Haaretz de hoje (AQUI).

Judeus ortodoxos queimaram centenas de cópias do Novo Testamento.

Aconteceu na cidade de Or Yehuda, de 34 mil habitantes e foi uma represália aos missionários de uma seita evangélica.

A manifestação foi liderada pelo vice-prefeito Uzi Aharon, que ficou irritado com o fato dos evangélicos distribuírem de casa em casa o Novo Testamento.

Com um carro de som, o prefeito solicitou aos moradores empilharem diante de suas casas os exemplares da bíblia e o material de propaganda distribuído pelos evangélicos.

Em seguida, o material foi amontoado por estudantes e incendiado diante da sinagoga.

Este não é o primeiro caso de conflagração entre evangélicos e judeus em Israel.

Em outras vezes, estudantes de judaísmo invadiram o templo da seita messiânica e quebraram tudo sob as visitas da policia que não os repreendeu.

Os messiânicos são odiados porque eles lutam para converter os judeus ao cristianismo.

Os judeus seguem o Antigo Testamento, que inclui os Cinco Livros de Moisés (Pentateuco) e os escritos de profetas antigos.

Os cristãos acreditam tanto no Velho quanto no Novo Testamento, este último incluindo os quatro Evangelhos (vida de Jesus Cristo), as cartas dos apóstolos às primeiras comunidades cristãs no Império Romano e o Livro do Apocalipse.

Definitivamente, há algo de errado nessas religiões que pregam a intolerância que, como se sabe, é produto do medo.

Nos Estados Unidos, cristãos se preparam para queimar o Alcorão, livro sagrado dos muçulmanos(ver postagem abaixo).

Em Israel, judeus queimaram a Bíblia cristã.

Está escrito na Bíblia que Deus fez o homem a sua imagem e semelhança.

E o homem está lhe pagando com a mesma moeda.

Enquanto isso...

Tratores israelenses destroem cemitério muçulmano em Jerusalém que, em aramaico – língua falada pelo palestino Jesus Cristo – significa cidade da paz...

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