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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, setembro 25, 2010

MERCADANTE para São Paulo ser decente totalmente




Vox Populi aponta 2º turno em SP

Como até o mundo mineral desconfiava a "pesquisa" Datafolha é uma...
Vox Populi: pela primeira vez, pesquisa aponta 2º turno em SP
De acordo com pesquisa Vox Populi, divulgada pelo Jornal da Band na noite desta sexta-feira (24), as eleições estaduais em São Paulo podem ir para o segundo turno. O levantamento aponta Geraldo Alckmin (PSDB) com 40% das intenções de voto, contra 28% de Aloizio Mercadante (PT). No último levantamento realizado pelo Vox Populi, em agosto, Alckmin estava com 49% das intenções de voto e Mercadante tinha 17%.
O candidato progressista Celso Russomanno oscilou dois pontos percentuais para baixo, e agora está com 7% da preferência dos eleitores, seguido por Paulo Skaf (PSB), que tem 3% e Paulo Bufalo com 2%. Brancos e nulos somam 7% e indecisos, 13%.
A margem de erro é de 2,5 pontos percentuais, para mais ou para menos. O instituto ouviu 1500 eleitores, entre os dias 18 e 21 de setembro, e a pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 31.704/2010.
*comtextolivre

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