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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, setembro 17, 2010

SS erra, Aickmico e a cracolândia







GilsonSampaio

Zé Pedágio, desesperado por realizar seu sonho desde pequenininho – ser Presidente do Brasil – prometeu que o combate ao crack seria uma das suas prioridades. Prometeu até apoiar com recursos as “fazendas” de recuperação das igrejas evangélicas (será que é daí que vem a onda contra a Dilma?).

O crack véi de guerra virou, subitamente, estrela da campanha tucana, das televisões e dos jornais. De repente, não mais do que de repente, o tema caiu no ostracismo. Ao distinto público não foi dito que o crack se difundiu a partir de São Paulo, ao longo de muitas administrações tucanas e demomíacas. Também não ficou sabendo que o empresariado carioca, ops, narcotraficantes cariocas tinham proibido o comércio, ops, o tráfico do crack pelos efeitos devastadores que causam no usuário. Ixpertos, sabiam que a fonte de dinheiro deles secaria por falência ou morte do dependente.

Eis que, de repente, não mais do que de repente, o Bom Dia Brasil(?) volta ao tema, certamente, esquecido da campanha de Zé Pedágio. Um lapso, lamentável, mas, um lapso. O fundo da matéria é a desocupação do centro de São Paulo para ser entregue `especulação imobiliária, o demo Kassab, por exemplo, premiou a região com os maiores aumentos de IPTU, acabou sobrando fogo amigo para Zé Pedágio e Alckmin.

Agora, vejam o vídeo antes que o retirem do ar e constatem a enooooooorme preocupação dos governantes paulistas com os dependentes de crack.

Dá-lhe, Alckmin!

Dá-lhe, Zé Pedágio!



Olha o Mico do SS erra em Itabaiana Sergipe ela manda o cara calar.



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