Reproduzo abaixo matéria do meu amigo e blogueiro Theófilo Rodrigues, sobre a manifestação feita hoje pela União da Juventude Socialista (UJS) em frente ao Clube Militar, contra o golpismo da mídia e contra a conspiração entre intelectuais (?) de mídia e membros do exército. Lembremos que as Forças Armadas devem obediência ao presidente da República, que é o Comandante em Chefe; muito estranho o Clube Militar, portanto, bancar um convescote de hidrófobos da oposição midiática (Merval e Reinaldo) para falar mal do próprio Comandante, e ainda botarem soldados do Exército, como fizeram, para agredir jovens cidadãos que nada fizeram que exercer o seu direito de protestar.
Jovens fazem ato político em frente ao Clube Militar do Rio de Janeiro
O Clube Militar do Rio de Janeiro convocou hoje seus generais para uma reunião com os jornalistas Merval Pereira (O Globo) e Reinaldo Azevedo (Veja). A convocação, intitulada “Democracia ameaçada: restrições à liberdade de imprensa”, afirmava que o Brasil passa por momentos difíceis para a imprensa.
Esta foi a senha para que a União da Juventude Socialista (UJS) convocasse os movimentos sociais do Rio de Janeiro para um representativo ato na porta do Clube Militar. Cerca de 50 jovens seguravam cartazes com palavras de ordem como “Liberdade de imprensa não é liberdade de empresa” ou “Globo + Militares = Golpe”.
Segundo Monique Lemos, presidenta da UJS, “os militares não possuem nenhuma credibilidade para falar em democracia ou em liberdade de expressão”.
Já o diretor da União Nacional dos Estudantes (UNE), Daniel Iliescu, lembrou o processo de Conferência Nacional de Comunicação que ocorreu no fim do ano passado. “A Globo boicotou vergonhosamente o processo democrático de Conferência Nacional de Comunicação que pretende democratizar a mídia no país” afirmou Iliescu.
Um momento marcante se deu quando nomes de jovens mortos pela ditadura foram lembrados, como Honestino Guimarães, Helenira Rezende, Osvaldão, Mauricio Grabois, Stuart Angel e Edson Luís, entre tantos outros.
Uma das preocupações dos manifestantes é a de que não ocorra esse ano no Brasil o que já aconteceu em 1964 com João Goulart, em 1973 com Salvador Allende e em 2002 com Hugo Chavez na Venezuela. Para o Secretário de Formação da UJS, Theófilo Rodrigues, “a mídia mostra dia após dia que não está disposta a aceitar a eleição democrática de Dilma Rousseff”.
A tranqüilidade do ato foi quebrada apenas pelos empurrões dados por soldados do exército e por um revoltado advogado do Clube Militar que quebrou o microfone da caixa de som da UJS.
Publicado originalmente no blog Fatos Sociais.
(Os jovens improvisaram hiphops na hora).
Mais tarde publicaremos um vídeo da manifestação.
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