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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, setembro 23, 2010

Gilmar Dantas: mais uma decisão contra o país e o povo




Esta decisão é favorável aos tucanos.
Agora, o próximo passo é proibir o livro de Amaury Ribeiro Jr, Os Porões da Privataria, que promete revelar toda a sorte de bandalheira que norteou as privatizações de FHC e Serra.
gilmar darth vader 

Gilmar Mendes susta ações judiciais contra privatização da Vale

Numa decisão unipessoal, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu o andamento de dezenas de ações que visavam anular a privatização da Companhia Vale do Rio Doce. A decisão atende um pedido da empresa, hoje um poderoso grupo privado.
O ministro alega que a companhia demonstrou a “plausibilidade de ocorrência de tumulto processual e violação ao princípio da segurança jurídica, com a prolação de inúmeras decisões conflitantes sobre a mesma questão”.
Curiosa concepção de processo jurídico, em que a manifestação da sociedade através de ações aceitas por instâncias do Judiciário é considerada por um membro singular da Suprema Corte, em atenção ao pedido de uma companhia privada, algo que provoca “tumulto processual”.
Como se sabe, a Vale era uma companhia estatal de grande lucratividade e desempenhava papel estratégico em prol do desenvolvimento nacional. Ocupava as primeiras posições entre as maiores mineradoras do mundo. Foi privatizada pelo governo entreguista e vende-pátria do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em 1997, no auge do neoliberalismo.
A privatização da Vale, um ato lesivo aos interesses nacionais, despertou na época forte oposição. Em todo o país ocorreram manifestações de protesto contra a venda da estatal, que se somava ao festival de entreguismo e corrupção que foram as privatizações das estatais durante o governo FHC de triste memória para os patriotas deste país. O ato de lesa-pátria desencadeou aquilo que se chamou na época de “guerrilha jurídica”, representada por mais de uma centena de ações contra a venda da estatal.
A ex-deputada federal pelo PCdoB do Pará, Socorro Gomes, que liderou em nome da bancada comunista e de muitas entidades do movimento nacional, popular e democrático a campanha contra a privatização da Vale, considera errada a decisão do ministro do STF: “A privatização da Vale foi um ato lesivo aos interesses nacionais, um atentado contra a economia do país. Foi patente a sub-avaliação da empresa e evidente a negociata entre o governo de turno e os poderosos grupos econômicos interessados privatização. A sociedade se manifestou contrária à privatização e se cidadãos e movimentos organizados acionaram a Justiça, esta tem que conduzir e julgar os processos até o fim e não se render sem maior discussão à pressão de um grupo privado”.
No que se refere ao valor de venda da Vale – 3,3 bilhões de reais - , o Tribunal Regional Federal (TRF) de Brasília decidiu que deveria ser realizada perícia para averiguar a correção do valor mínimo de venda das ações da Vale. A decisão foi contestada pela companhia. Ao julgar o recurso o Superior Tribunal de Justiça (STJ) chegou a um empate.
No auge dos embates na Justiça (2006), a então deputada federal, Dra. Clair, do PT do Paraná, argumentava: “A Vale era um complexo industrial com 54 empresas, maior produtora e exportadora de minério de ferro do mundo, com concessão de duas das maiores ferrovias do planeta e hoje vale quase 100 bilhões de reais. Este patrimônio não foi avaliado”.
Socorro Gomes agrega:”As reservas de minério de ferro foram sub-avaliadas, não foi avaliada a inteligência acumulada da companhia e as mais de 30 empresas coligadas e subsidiárias. O dinheiro pago só dava para comprar os navios que a Vale possuía”. Socorro Gomes faz ainda uma denúncia: “A União cedeu, sem aprovação do Congresso, mais de 812 mil hectares de terras à Vale. Uma flagrante ilegalidade”.
Por seu turno, José Batista de Oliveira, da Direção Nacional do MST declarou: "O povo brasileiro sofreu um roubo sem precedentes na história recente do país com a privatização da Vale, foi um grande crime de lesa-pátria. Mais uma vez, Gilmar Mendes se coloca como o principal defensor das classes dominantes no Judiciário: já se posicionou contra sem-terras, quilombolas, aposentados e, agora, conseguiu desprezar os direitos de todos os brasileiros de uma só vez."

Leonardo Boff fala sôbre o PIG "Partido da Imprensa Golpista"

A mídia comercial em guerra contra Lula e Dilma

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O que está ocorrendo já não é um enfrentamento de idéias e de interpretações e o uso legítimo da liberdade da imprensa. Está havendo um abuso da liberdade de imprensa que, na previsão de uma derrota eleitoral, decidiu mover uma guerra acirrada contra o Presidente Lula e a candidata Dilma Rousseff. Nessa guerra vale tudo: o factóide, a ocultação de fatos, a distorção e a mentira direta. Precisamos dar o nome a esta mídia comercial. São famílias que, quando vêem seus interesses comerciais e ideológicos contrariados, se comportam como “famiglia” mafiosa. O artigo é de Leonardo Boff.
Leonardo Boff
Sou profundamente pela liberdade de expressão em nome da qual fui punido com o “silêncio obsequioso”pelas autoridades do Vaticano. Sob risco de ser preso e torturado, ajudei a editora Vozes a publicar corajosamente o “Brasil Nunca Mais” onde se denunciavam as torturas, usando exclusivamente fontes militares, o que acelerou a queda do regime autoritário.
Esta história de vida, me avaliza para fazer as críticas que ora faço ao atual enfrentamento entre o Presidente Lula e a midia comercial que reclama ser tolhida em sua liberdade. O que está ocorrendo já não é um enfrentamento de idéias e de interpretações e o uso legítimo da liberdade da imprensa. Está havendo um abuso da liberdade de imprensa que, na previsão de uma derrota eleitoral, decidiu mover uma guerra acirrada contra o Presidente Lula e a candidata Dilma Rousseff. Nessa guerra vale tudo: o factóide, a ocultação de fatos, a distorção e a mentira direta.
Precisamos dar o nome a esta mídia comercial. São famílias que, quando vêem seus interesses comerciais e ideológicos contrariados, se comportam como “famiglia” mafiosa. São donos privados que pretendem falar para todo Brasil e manter sob tutela a assim chamada opinião pública. São os donos do Estado de São Paulo, da Folha de São Paulo, de O Globo, da revista Veja na qual se instalou a razão cínica e o que há de mais falso e chulo da imprensa brasileira. Estes estão a serviço de um bloco histórico, assentado sobre o capital que sempre explorou o povo e que não aceita um Presidente que vem deste povo. Mais que informar e fornecer material para a discussão pública, pois essa é a missão da imprensa, esta mídia empresarial se comporta como um feroz partido de oposição.
Na sua fúria, quais desesperados e inapelavelmente derrotados, seus donos, editorialistas e analistas não têm o mínimo respeito devido à mais alta autoridade do pais, ao Presidente Lula. Nele vêem apenas um peão a ser tratado com o chicote da palavra que humilha.
Mas há um fato que eles não conseguem digerir em seu estômago elitista. Custa-lhes aceitar que um operário, nordestino, sobrevivente da grande tribulação dos filhos da pobreza, chegasse a ser Presidente. Este lugar, a Presidência, assim pensam, cabe a eles, os ilustrados, os articulados com o mundo, embora não consigam se livrar do complexo de vira-latas, pois se sentem meramente menores e associados ao grande jogo mundial. Para eles, o lugar do peão é na fábrica produzindo.
Como o mostrou o grande historiador José Honório Rodrigues (Conciliação e Reforma) “a maioria dominante, conservadora ou liberal, foi sempre alienada, antiprogresssita, antinacional e nãocontemporânea. A liderança nunca se reconciliou com o povo. Nunca viu nele uma criatura de Deus, nunca o reconheceu, pois gostaria que ele fosse o que não é. Nunca viu suas virtudes nem admirou seus serviços ao país, chamou-o de tudo, Jeca Tatu, negou seus direitos, arrasou sua vida e logo que o viu crescer ela lhe negou, pouco a pouco, sua aprovação, conspirou para colocá-lo de novo na periferia, no lugar que contiua achando que lhe pertence (p.16)”.
Pois esse é o sentido da guerra que movem contra Lula. É uma guerra contra os pobres que estão se libertando. Eles não temem o pobre submisso. Eles tem pavor do pobre que pensa, que fala, que progride e que faz uma trajetória ascendente como Lula. Trata-se, como se depreende, de uma questão de classe. Os de baixo devem ficar em baixo. Ocorre que alguém de baixo chegou lá em cima. Tornou-se o Presidene de todos os brasileiros. Isso para eles é simplesmente intolerável.
Os donos e seus aliados ideológicos perderam o pulso da história. Não se deram conta de que o Brasil mudou. Surgiram redes de movimentos sociais organizados de onde vem Lula e tantas outras lideranças. Não há mais lugar para coroneis e de “fazedores de cabeça” do povo. Quando Lula afirmou que “a opinião pública somos nós”, frase tão distorcida por essa midia raivosa, quis enfatizar que o povo organizado e consciente arrebatou a pretensão da midia comercial de ser a formadora e a porta-voz exclusiva da opinião pública. Ela tem que renunciar à ditadura da palabra escrita, falada e televisionada e disputar com outras fontes de informação e de opinião.
O povo cansado de ser governado pelas classes dominantes resolveu votar em si mesmo. Votou em Lula como o seu representante. Uma vez no Governo, operou uma revolução conceptual, inaceitável para elas. O Estado não se fez inimigo do povo, mas o indutor de mudanças profundas que beneficiaram mais de 30 milhões de brasileiros. De miseráveis se fizeram pobres laboriosos, de pobres laboriosos se fizeram classe média baixa e de classe média baixa de fizeram classe média. Começaram a comer, a ter luz em casa, a poder mandar seus filhos para a escola, a ganhar mais salário, em fim, a melhorar de vida.
Outro conceito inovador foi o desenvolvimento com inclusão soicial e distribuição de renda. Antes havia apenas desenvolvimento/crescimento que beneficiava aos já beneficiados à custa das massas destituidas e com salários de fome. Agora ocorreu visível mobilização de classes, gerando satisfação das grandes maiorias e a esperança que tudo ainda pode ficar melhor. Concedemos que no Governo atual há um déficit de consciência e de práticas ecológicas. Mas importa reconhecer que Lula foi fiel à sua promessa de fazer amplas políticas públicas na direção dos mais marginalizados.
O que a grande maioria almeja é manter a continuidade deste processo de melhora e de mudança. Ora, esta continuidade é perigosa para a mídia comercial que assiste, assustada, o fortalecimento da soberania popular que se torna crítica, não mais manipulável e com vontade de ser ator dessa nova história democrática do Brasil. Vai ser uma democracia cada vez mais participativa e não apenas delegatícia. Esta abria amplo espaço à corrupção das elites e dava preponderância aos interesses das classes opulentas e ao seu braço ideológico que é a mídia comercial. A democracia participativa escuta os movimentos sociais, faz do Movimento dos Sem Terra (MST), odiado especialmente pela VEJA faz questão de não ver, protagonista de mudanças sociais não somente com referência à terra mas também ao modelo econômico e às formas cooperativas de produção.
O que está em jogo neste enfrentamento entre a midia comercial e Lula/Dilma é a questão: que Brasil queremos? Aquele injusto, neocoloncial, neoglobalizado e no fundo, retrógrado e velhista ou o Brasil novo com sujeitos históricos novos, antes sempre mantidos à margem e agora despontando com energias novas para construir um Brasil que ainda nunca tínhamos visto antes.
Esse Brasil é combatido na pessoa do Presidente Lula e da candidata Dilma. Mas estes representam o que deve ser. E o que deve ser tem força. Irão triunfar a despeito das má vontade deste setor endurecido da midia comercial e empresarial. A vitória de Dilma dará solidez a este caminho novo ansiado e construido com suor e sangue por tantas gerações de brasileiros.
(*) Teólogo, filósofo, escritor e representante da Iniciativa Internacional da Carta da Terra.

FALTAM DEZ DIAS CONTRA O ÓDIO, FATOS:

FALTAM DEZ DIAS
CONTRA O ÓDIO, FATOS:

SALÁRIO MÉDIO DOS BRASILEIROS ATINGE EM AGOSTO MAIOR VALOR DOS ÚLTIMOS 8 ANOS. TAXA DE DESEMPREGO CAI AO MENOR NÍVEL DESDE 2002, DIZ IBGE.

Aspas para Lula, ontem, em comício com 15 mil pessoas, em Curitiba: "O povo não se engana mais. Quem a vida inteira foi governo e não fez, não pode chegar na véspera da eleição e dizer que vai aumentar o salário mínimo se passou a vida inteira arrochando..."
(Carta Maior lembra: hoje, 23 de setembro, 19 horas, no Sindicato dos Jornalistas, Rego Freitas, 530, ato contra o golpismo midiático; 23-09)

Lula: “a mídia são oito ou dez famílias”

A verdade dói, não é? Hoje, o portal Terra publica uma entrevista do presidente Lula aos repórteres Bob Fernandes, Antonio Prada e Gilberto Nascimento, onde diz o que todo mundo sabe mas, justamente por isso, não publica: a mídia brasileira pertence a uma oligarquia. O que ela defende, portanto, não é a liberdade, mas os seus privilégios. E diz que ela faria muito melhor se assumisse que tem um candidato nestas eleições.
Coloquei o vídeo no Youtube, para que possa circular amplamente, pois o Terra não ofeceu código para incorporação. Mas se trata de manifestação que não pode ficar sendo do conhecimento de poucos.
O original está aqui, no Terra, para quem puder ler toda a entrevista. Vale a pena. E é muito bom, no momento em que há uma espetáculo de dirigismo empresarial na imprensa, ver três jornalistas cumprindo seu papel de ouvir e transmitir a informação e as opiniões do presidente da República, sem truques, sem deformações, sem intrigas e meias-palavras.
Parabéns ao Terra, a Bob, Gilberto e Antonio, pelo serviço público que prestam à sociedade. E por nos fazer crer em como a liberdade de imprensa, a boa e velha liberdade, ainda é o melhor remédio para todas as formas de manipulação.


*Tijolaço

Folha mente até para si mesma, para abafar escândalo da filha de Serra


Um leitor do jornalista Luiz Nassif relatou como foi "atendido" pela ouvidoria do Jornal Folha de São Paulo. Ele perguntou:

“Prezada ombudsman [ouvidora],

O que justifica a Folha nada comentar a respeito da matéria da CartaCapital desta semana [edição que chegou às bancas em 10/09/2010], que mostra a violação do sigilo bancário de 60 milhões de brasileiros pela firma Decidir.com, ocorrida em 2001, sendo a empresa de propriedade de Verônica Dantas e Verônica Serra?

...

Cordialmente

Ricardo Montero”


A resposta da ouvidora da Folha, Suzana Singer:

“Caro Ricardo,
agradeço sua manifestação. Abaixo transcrevo resposta de Alan Gripp, da editoria do caderno Poder.
Atenciosamente,

Suzana Singer

“Nós estamos apurando a história, mas não tivemos acesso ainda ao processo (em sigilo).”


O autor da matéria na Carta Capital, jornalista Leandro Fortes, disse que deu uma gargalhada, quando leu o post no Nassif:

"Então, a Folha não repercutiu a matéria da Carta porque está 'apurando a história'? Como assim? Essa história já foi apurada pela Folha em 2001!"


Em 2001, a Folha "apenas omitiu" quem eram os donos da decidir.com. Era uma empresa que tinha como sócios Verônica Serra (filha de José Serra) e Verônica Dantas (do grupo Opportunity, irmã de Daniel Dantas, presa anos depois na operação Satiagraha).

Em 2010, a Folha "mentiu até para si mesma", porque o "estamos apurando" deles, está nos próprios arquivos do jornal, o que pode ser comprovado nos links:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u14604.shtml
- http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u14705.shtml

Depois dessa parcialidade explícita, a ponto de esconder uma notícia COMPROVADA que envolve um escândalo de corrupção com a filha do candidato a presidência da República José Serra, que o jornal apoia; notícia essa que tem tudo a ver com o enxame de notícias sobre a quebra de sigilo na Receita, que o jornal considerou relevante... ainda tem a cara-de-pau de quererem censurar a liberdade de expressão daqueles que criticam o sub-jornalismo e panflatagem política do jornal em favor da campanha de José Serra e Geraldo Alckmin.
*amigosdopresidenteLula

http://cdn.tijolaco.com/wp-content/uploads/2010/09/rir.jpg

Udenismo é tentação dos que perdem força no Congresso

Udenismo é tentação dos que perdem força no Congresso

Quadro partidário paga o preço do passado
de Maria Inês Nassif, no Valor Econômico
Não se constroem partidos do nada. Foi um excessivo otimismo imaginar que o Brasil iria sair de uma ditadura de 21 anos, 13 deles com partidos legais construídos à imagem e semelhança do regime ditatorial, e de imediato iriam surgir partidos orgânicos e prontos para a democracia que se conquistava. Mais que isso, era difícil imaginar que as definições partidárias ocorreriam sem que o país pagasse pelo arcaísmo político embalado não apenas pelo regime militar, mas também pelo período democrático de 1945-1964 e pelo varguismo. Antes do bipartidarismo, o crescimento do PTB acabou desequilibrando um poder político oligárquico, que se compunha conforme suas conveniências para conseguir chegar ao poder pelo voto, e uma oposição desenraizada das bases que namorou e acabou casando com o golpismo.
Não se apaga o passado político, muito menos por ato institucional. A ditadura, que se justificava como um “contra-golpe” à ação das esquerdas que se organizavam em lutas populares, acabou com os partidos políticos mas não com as oligarquias; matou na base um partido de massas, o PTB, que começava a se cristalizar; desorganizou os movimentos populares que poderiam dar massa orgânica aos partidos; reforçou nas elites a percepção de que o Brasil precisa sempre um poder “moderador”, seja um rei, as Forças Armadas ou uma elite com um enorme poder de pressão sobre a máquina de governo, o Congresso e os partidos tradicionais.
O envolvimento de elites que deram decisivo apoio, no momento seguinte, aos movimentos pela redemocratização, deu aos partidos que se definiam, nesse momento, à direita, à esquerda ou ao centro, a impressão de que levaram juntos consensos que seriam eternos. Os movimentos de massa pelas eleições diretas, depois pelas eleições de Tancredo Neves, foram raros momentos de unidade efetiva entre partidos e massas. Uma ilusão de consenso idílico.
No momento da normalização democrática, construir partidos com bases e dar composição orgânica a eles tornou o pós-ditadura menos idílico. Sem know-how de partidos de massas, o Brasil se viu novamente construindo acordos partidários com as velhas oligarquias e construindo novas – o antigo MDB foi uma fonte inestimável de formação de “oligarquias emergentes”. A origem do atual quadro partidário são três: a Arena, que trouxe junto a UDN e parte do PSD; o MDB, que captou os antigos trabalhistas, parte do PSD e outros partidos; e os movimentos de massa que construíram o sindicalismo dos anos 80 e as grandes mobilizações de rua pró-Diretas e pró-Tancredo.
De todo o quadro partidário pós-ditadura, o que deve sobrar no pós-Lula é o PT, que fugiu ao modelo dos demais partidos, o PSB, que fica no meio do caminho e os pequenos partidos ideológicos. Vinte e cinco anos depois da ditadura, o país amarga de novo um momento de enorme instabilidade partidária. Depois das eleições, com ou sem dificuldades legais para a formação de novos partidos ou para realinhamento partidário dos atores políticos, será inevitável que isso aconteça.
O problema é que deve acontecer uma reestruturação partidária à imagem e semelhança da ocorrida a partir de 1979, quando a formação de partidos seguiu mais a lógica de interesses regionais de grupos políticos, ou o interesse pessoal de lideranças, do que propriamente o alinhamento ideológico.
Ainda assim, como os partidos – à exceção do PT, o único que construiu e manteve uma estrutura partidária mais orgânica -, no modelo atual, não conseguem sobreviver muito tempo longe do poder, que alimenta os apoios a nível regional, o realinhamento deve ocorrer muito mais em torno do governo eleito do que propriamente uma rearticulação da oposição. A oposição, se não apresentar uma alternativa menos udenista para os políticos que estão se desinfileirando de propostas mais radicais, corre o risco de inchar o PMDB – um jeito de aderir ao governo recém-eleito e provavelmente com maioria parlamentar sem dizer que está aderindo.
O problema é que, o que sobrar de oposição, terá uma força mínima dentro do Congresso. A tentação do udenismo, nessa situação, aumenta muito. A instabilidade partidária, nesse caso, pode ser um fator de desestabilização da própria democracia.
*Viomundo

JB X Band Cobra engolindo cobra

A dipusta entre JB e Bandeirante


Do Comunique-se
Jornal do Brasil e Band trocam acusações. JB diz que emissora pode falir
Da Redação
O Jornal do Brasil respondeu às denúncias feitas pela TV Bandeirantes durante esta semana. Desde segunda-feira (20/9), a emissora exibe uma série de reportagens sobre os investimentos do empresário Nelson Tanure, principal investidor do jornal.
As matérias criticam a atuação de Tanure no setor da indústria naval, além de citar crises em seus jornais, como a extinta Gazeta Mercantil. A emissora ouviu ex-funcionários do empresário e afirmou que Tanure deixou "milhares de desempregados, destruição e dívidas milionárias". Segundo a Band, as dívidas do empresário ultrapassam os US$ 600 milhões.
Suposto risco de falência Nesta quarta-feira (22/9), o JB respondeu com a informação de que a Band estaria sob o risco de falência. Segundo o veículo, a emissora teria um calote milionário pela compra de uma rede de fibra ótica para a TV Cidade. O jornal informa que a Band foi executada judicialmente há cinco anos, e que há poucos meses foi aberto o Leilão judicial da rede de fibra ótica. A rede agora é disputada por várias empresas, entre elas a NET e o grupo de Tanure.
De acordo com o JB, a série reportagens foi motivada por essa disputa. O jornal acusa o empresário João Carlos Saad, dono da Band, de manter um "noticiário inescrupuloso, utilizado para ameaçar e chantagear interessados no negócio que Saad não soube conduzir".
Ataques em editorial
Além da matéria, o Jornal do Brasil ataca a Band em seu editorial, ao dizer que a emissora faz "chantagem" e que "presta um desserviço ao jornalismo brasileiro". O texto ainda acusa Joelmir Beting de ser "dublé de apresentador, porta-voz e propagandista de empreendimentos bancários".
A série de reportagens da Band deve continuar até sexta-feira, informou o site O Repórter. O JBtambém trará nova matéria sobre a TV Bandeirantes na edição de amanhã (23/9).
Procurada pelo Comunique-se, a Band disse que não irá se pronunciar sobre o assunto. 
*LuisNassif

Brasil defende maior participação de países no Conselho de Segurança da ONU

Brasil defende maior participação de países no Conselho de Segurança da ONU

O chanceler Celso Amorim em discurso por ocasião da abertura da Assembleia Geral da ONU, em Nova York, Estados Unidos. Foto: UN Photo/Rick Bajornas

O Conselho de Segurança da ONU deve ser reformado, de modo a incluir maior participação de países em desenvolvimento, inclusive entre seus membros permanentes, segundo afirmou o ministro Celso Amorim, na abertura da 65ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta quinta-feira (23/9). O chanceler representa o presidente Lula na conferência.

Amorim disse que não é possível continuar com métodos de trabalho pouco transparentes que permitem aos membros permanentes discutirem a portas fechadas e pelo tempo que desejarem assuntos que interessam a toda humanidade. Segundo ele, o Brasil tem procurado corresponder com o que se espera de um integrante de um Conselho de Segurança, mesmo não-permanente, que é contribuir para a paz.

“Ao fazê-lo, nos baseamos em propostas apresentadas como oportunidade ímpar para criar confiança entre as partes. A Declaração de Teerã de 17 de maio, firmada por Brasil, Turquia e Irã, removeu obstáculos que, segundo os próprios autores daquelas propostas, impediam que se chegasse a um acordo. Estamos convictos de que, uma vez de volta à mesa de negociações, as partes encontrarão formas de resolver outras questões. O mundo não pode se permitir o risco de um novo conflito como o do Iraque”, disse.



* Seminário defende reforma de organismos internacionais e maior participação da sociedade civil
* Brasil condena ataque israelense a ativistas pró-Gaza e defende convocação do Conselho de Segurança da ONU
* Brasil, Índia e África do Sul vão trabalhar juntos pela reforma do Conselho de Segurança da ONU

Michel Temer e as calúnias



A direita raivosa tem medo de quê?!?


GilsonSampaio
Já tem algum tempo que queria comentar sobre uma curiosidade nas estatísticas do bloguezinho mequetrefe no Google Analytics.
Em abril deste ano postei um link para download do documentário Cidadão Boilesen e, utlimamente, tem sido acessado com frequência.
Boilesen liderou empresários brasileiros no financiamento da Operação Bandeirantes. Você pode ver no trailer abaixo.
O documentário pode ser baixado em Documentários de Verdade ou em partes no Youtube.
O documentário é especialmente didático nestes tempos de ditadura midiática promovida por atores que foram cúmplices do terror.