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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, outubro 29, 2010

De céticos e cínicos







De céticos e cínicos


Emir Sader no Carta Maior



Algumas vozes espalham o ceticismo na imprensa, nas universidades, de repente passam do ceticismo ao cinismo, já não importa nada, tudo é ruim, cambalache, tudo é igual, o mundo vai para o pior dos mundos possíveis.

Foi uma atitude que foi amadurecendo ao longo das ultimas décadas, passou-se a achar que o século XX foi um século muito ruim para a humanidade, o pior dos séculos, etc. Uma atitude de melancolia, de desencanto, de desânimo, de abandono da luta, traduzida no ceticismo, na crítica, que se alastra para jovens gerações, precocemente envelhecidas.

Todos os governos, todos os partidos, todos os processos traem, decepcionam, se corrompem. O socialismo teria dado em totalitarismo – e se soma nisso à direita. Os sindicalistas só querem defender seus interesses. A esquerda e a direita são iguais, etc., etc.

Como as teorias parecem ser maravilhosas e as práticas concretas, não, preferem ficar com as teorias – se possível, misturando um pouco de Nietzsche, de Foucault, de Tocqueville. Pronto, o pessimismo está constituído como visão trágica do mundo.

Encontra-se lugar na velha imprensa para escrever, contanto que não se critique a própria velha imprensa, e se concentre em criticar a esquerda – a URSS, Cuba, a Venezuela, Lula, o PT. Terminam fortalecendo o desinteresse pela política, fortalecendo a direita e desalentando os jovens, enquanto ainda mantêm seu prestígio com eles. Depois de um certo momento já se confundem diretamente com a direita.

O ceticismo pode ser liberal, certamente não é marxista. O marxismo parte da realidade concreta, mas sempre na perspectiva da sua transformação. Esse pessimismo, somado ao catastrofismo, fortalece o mundo tal qual ele é, promove a impotência diante da realidade.

Uma análise dialética da realidade supõe a apreensão das contradições que articulam o concreto, desembocando em linhas de ações e não na perplexidade, na impotência, na passividade, na melancolia e no ceticismo.

No momento em que o povo brasileiro, no seu conjunto, pela primeira vez, começa a melhorar substancialmente suas condições de vida e o expressa em um apoio como nenhum governo teve, é triste ver uma parte da intelectualidade de costas para o povo, melancolicamente continuando a pregar que tudo está muito ruim, pior do que antes, brigando com a realidade, em um isolamento total em relação ao povo e ao pais realmente existente.

O otimismo, por si só, não é revolucionário, mas todos os grandes líderes revolucionários foram e são otimistas, porque acreditam sempre nas possibilidades de transformação revolucionária da realidade. Enquanto o ceticismo leva à inação e, muitas vezes, até mesmo ao cinismo.
*turquinho

"Descobrimos que Argentina e Brasil não eram adversários, a não ser no futebol.




Lula vai a Buenos Aires homenagear Néstor Kirchner


Brasil Brasil


O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, foi a Buenos Aires na noite desta quinta-feira para participar do velório do ex-presidente argentino Néstor Kirchner, que morreu na quarta-feira.
Marcia Carmo, BBC Brasil

"Para o Brasil e para mim pessoalmente, foi com muita dor que recebi a notícia da morte de Kirchner. Sua eleição, em 2003, permitiu que a Argentina e o Brasil conseguissem superar suas diferenças", disse Lula.

"O preconceito diplomático e empresarial deixou de existir durante os nossos mandatos. Ficamos adversários só no futebol, não mais na economia e na política."


Ao lado da viúva e atual presidente Cristina Kirchner, o brasileiro afirmou, com os olhos marejados, que tinha certeza de que ela e todo o país vão se recuperar dessa dor.


"Kirchner vai continuar governando a Argentina ao lado de Cristina", afirmou.”

Matéria Completa, ::Aqui::
 
"Vou embora triste porque Kirchner se foi. Mas vou feliz porque o povo argentino dá muito apoio à (presidente) Cristina Kirchner. A Argentina continuará brilhando em um caminho de recuperação", assinalou Lula. 
 

Kirchner ajudou a superar barreiras entre Argentina e Brasil, diz Lula


Operamundi

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou ao velório de Néstor Kirchner pouco depois das 21h desta quinta-feira (29/10). Ficou cerca de duas horas em Buenos Aires, mas foi o suficiente para um encontro emocionante com a presidente Cristina Kirchner, que o recebeu, visivelmente, como um amigo especial. Pouco depois, Lula afirmou a jornalistas que o falecido ex-líder argentino ajudou a superar "muitas barreiras" bilaterais.

Efe
Lula conversa com a presidente argentina, Cristina Kirchner e o venezuelano, Hugo Chávez

"Descobrimos que Argentina e Brasil não eram adversários, a não ser no futebol. Mas em política e economia andávamos juntos e vimos que tínhamos um papel fundamental na integração" da região, disse Lula no Aeroparque de Buenos Aires.

O presidente ressaltou que o legado "mais importante" de Kirchner foi "recuperar a auto-estima do povo argentino" durante seu mandato, entre 2003 e 2007, em meio a uma profunda crise econômica.
 
*olhosdosertão
  

quinta-feira, outubro 28, 2010

papa trololó


O papa deveria se preocupar com os escândalos que pipocam na Igreja Católica


Mino Carta revela sua indignação com o discurso do papa Bento XVI aos bispos brasileiros
Diante do discurso do papa Bento XVI nesta quinta-feira 28 aos bispos brasileiros, a indignação do diretor de Redação de CartaCapital, jornalista Mino Carta:
“Acho que o papa deveria se preocupar com os escândalos que pipocam todos os dia na Igreja Católica. Deveria se preocupar com os padres pedófilos, e este, a bem da verdade, é um antiguíssimo problema, sempre hipocritamente ignorado. Deveria se preocupar com os inúmeros prelados que têm relação com a máfia. E com as investigações da justiça italiana sobre as atividade de seu banco, o IOR – Instituto para as Obras de Religião – que é, há muito tempo, um dos mais renomados do mundo em matéria de lavagem de dinheiro. A hipocrisia vaticana se revela até mesmo no nome. Que “obras religiosas” seriam essas?”

Mino Carta





Mino Carta é diretor de redação de CartaCapital. Fundou as revistas Quatro Rodas, Veja e CartaCapital. Foi diretor de Redação das revistas Senhor e IstoÉ. Criou a Edição de Esportes do jornal O Estado de S. Paulo, criou e dirigiu o Jornal da Tarde. redacao@cartacapital.com.br






Sobre isso, o papa defensor de pedófilo se cala

*terrordonordeste 

 

Brasil é democrático e laico, diz Lula sobre declaração de papa

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (29) que o Brasil é um país democrático e laico, por isso a população se manifesta do jeito que quiser. "Eu acho que cada um vai de acordo com a sua consciência", disse, em referência à declaração dada ontem pelo papa Bento 16 para que os bispos brasileiros condenem a descriminalização do aborto. O tema vem sendo usado pela campanha dos candidatos a Presidência da República para conquistar votos.
"Não vejo nenhuma novidade na declaração do Papa. Esse é o comportamento da Igreja Católica desde que ela existe. Se você for ver o que a Igreja Católica falava há 2 mil anos, ela falava exatamente o que o papa falou", declarou Lula durante sua participação na 26ª edição do Salão Internacional do Automóvel, que acontece em São Paulo.
O presidente minimizou a polêmica criada em torno da fala do pontífice e sua possível interferência no pleito de domingo (31). "Isso pode ser falado a qualquer momento. Pode ser falado ontem, hoje, amanhã, depois de amanhã", afirmou.
Para Lula, a declaração da Igreja reforça a liberdade que existe no país, porque "a gente se manifesta, a gente ganha ou a gente perde, a gente pode pagar o preço pelos erros que cometer". "Pelo reconhecimento da sociedade brasileira, parece que a gente teve mais acerto", concluiu.
 
*comtextolivre

 

SS Erra: campanha de mentiras do 1º ao último dia

Serra: campanha de mentiras do 1º ao último dia

Elba dá apoio à Dilma depois de ter uma voz similar a sua usada no programa de Serra
Para uma campanha que tenta enganar o eleitor desde o primeiro dia, qualquer recurso vil não deveria mais surpreender. Mas é impressionante a calhordice e a desonestidade de Serra e seus seguidores, que agora espalham mensagens pelo twitter com a hashtag “Dilma 45″ e colam adesivos com o logotipo da campanha de Dilma e o número do PSDB em carros de luxo, como mostrou o blog  Amigos do Presidente Lula.
É uma tentativa de confundir os incautos, misturando o nome de Dilma, que tem a preferência dos eleitores, como mostram as pesquisas, com o número de Serra. Induzir o eleitor a erro é crime previsto em lei, mas dificilmente a dra Cureau tomará alguma providência para punir o responsável.
A campanha de Serra sempre foi falsa. Começou colocando uma voz no jingle de sua campanha eleitoral para levar as pessoas a acreditarem se tratar da cantora Elba Ramalho, que apóia Dilma, e usou até a imagem de Lula em seu programa tentando se passar como candidato da continuidade, palavra que destaca e explora à exaustão para também enganar o eleitor.
A campanha serrista também armou uma falsa declaração de apoio de Marina Silva, levada ao ar no blog “Eu vou de Serra 45″. A farsa foi denunciada pela própria Marina, que afirmou  que “continuam a promover a política de mais baixo nível ao usar estratagemas banais para buscar votos”. Marina podia ter dado nome aos bois ao invés de usar o plural, mas o seu “emcimadomurismo” não permite mais que isso.
Serra superou todas as baixarias que já foram vistas numa campanha eleitoral, e até domingo novas coisas asquerosas devem estar a caminho.
*Tijolaço

Ontem no Jornal da Band




 
 
Inflação
Dólar
PIB
Desemprego
Risco país
2002
12,5
3,94
2,7
12,7
2400
2010
5,1
1,70
7
6,2
174

Inicio da retirada do óleo do Campo de TUPI DO PRÉ SAL



O Tijolaço vai transmitir, ao vivo, com sinal da NBR, o início de produção do pré-sal, direto do navio-plataforma Cidade de Angra dos Reis – primeiro sistema definitivo de produção instalado na área de Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos. A previsão é que se inicie em poucos minutos a transmissão. PS. Parece que há problemas, estou colocando o que foi gravado. Abaixo, outro vídeo, com a primeira leva de petróleo
É um momento marcante de nossa história. o dia em que começamos a explorar aquela reserva de petróleo que vai ser a alavanca econômica de um processo político que vai tirar de vez nosso país do atraso e da injustiça social.
É uma riqueza de trilhões de dólares, que os entreguistas sonham em ver nas mãos das multinacionais.
Mas que vai servir ao nosso povão, com um governo coerente depois do de Lula.
Setenta anos depois do primeiro poço comercial perfurado no Brasil, em Canoas, Bahia, produzir os primeiros dez barris diários de óleo, Tupi começa a operar e, até o final do ano, estarão jorrando dali nada menos que 100 mil barris de petróleo por dia.
Assista aqui este grito da independência econômica do Brasil!



*Tijolaço

Lula cancela participação em comício de Dilma para ir a velório de Kirchner


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu cancelar a participação no comício de encerramento da campanha da candidata à Presidência, Dilma Rousseff, no Recife (PE), para comparecer ao velório do ex-presidente da Argentina Néstor Kirchner.
Inicialmente, a viagem de Lula para a Argentina estava prevista para esta sexta-feira (29). Mas, segundo a assessoria do Planalto, ele recebeu informação da assessoria da presidente Cristina Kirchner, mulher de Néstor Kirchner, de que o velório será realizado somente até as 22h desta quinta. De acordo com a assessoria do Planalto, Lula não participará da cerimônia de cremação, marcada para as 8h desta sexta.
Lula deverá embarcar para a Argentina na tarde desta quinta, a partir do Rio de Janeiro, onde onde participa de cerimônia de início da produção de petróleo da camada pré-sal no Campo de Tupi.
A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, chega à Casa Rosada para o velório nesta quinta-feira (28).
(Foto: AP)
    

Michel Temer



*comtextolivre

Chico /Noel