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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, novembro 04, 2010

Escritório de advocacia demite estagiária acusada de racismo no Twitter







DE SÃO PAULO
O escritório Peixoto e Cury Advogados, de São Paulo, demitiu a estagiária e estudante de Direito, Mayara Petruso.
Ela é apontada como autora de um comentário racista no Twitter, feito logo após as eleições, responsabilizando os nordestinos pela vitória de Dilma Rousseff (PT).
“Nordestino não é gente. Faça um favor a SP: mate um nordestino afogado!”, teria escrito a estudante no microblog.
A declaração provocou reações dos internautas, que se posicionaram contra e, alguns, a favor. Mais tarde, ela cancelou seu perfil no Twitter, Facebook e Orkut.
“Com muito pesar e indignação, [o Peixoto e Cury Advogados] lamenta a infeliz opinião pessoal emitida, em rede social, pela mesma, da qual apenas tomou conhecimento pela mídia e que veemente é contrário, deixando, assim, ao crivo das autoridades competentes as providências cabíveis”, afirma o escritório na nota que confirma a demissão da estagiária.
A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Pernambuco afirmou que irá pedir amanhã ao Ministério Público Federal, em São Paulo, a abertura de uma ação penal contra a estudante.
A estudante ainda não foi encontrada pela reportagem.
*Luis Favre

Sugestões para a jovem estudante de direito

Mayara Petruso foi demitida do escritório de advocacia em que estagiava, a estudante de direito pleiteava um emprego para ajudar a pagar a fuculdade.
Além disso  a Ordem dos Advogados do Brasil de Pernambuco (OAB-PE) decidiu entrar com notícia-crime contra a estudante paulista Mayara Petruso no Ministério Público Federal, pedindo abertura de ação penal pelos crimes de racismo e por incitação à prática de homicídio.
Sugestões para a jovem fascista:
1. Se não conseguir outro estágio ou emprego para pagar os últimos anos do curso de Direito, vê se consegue uma bolsa do ProUni, para isso tem que ter nota alta no ENEM, e ter estudado em escola pública. Ou ainda um FIES, que agora os estudantes de baixa renda que conseguem um financiamento não precisam de fiador.
2. Caso não consiga nada das hipoteses anteriores, tente se inscrever no Bolsa Família e ser atender os requisitos e provar que a família tem renda que se enquadre torça para ser aceita.
3. Se não precisar de nada disso e a família tiver condições financeiras até ser julgada vá passear no nordeste e conheça as praias mais bonitas do país, e conheça uma culinária atraente e também um povo alegre e educado como a maioria dos brasileiros, aproveite e aprenda um pouco da cultura popular brasileira, afinal você é jovem e tem muito que aprender ainda na vida.

*Celso Jardim

Twitter terá versão “Mayara Petruso”, com zero caractere

O Twitter anunciou hoje que terá uma versão com zero caractere para pessoas que não tem o que dizer – ou que não deviam dizer nada.

A nova versão do microblog se chamará Mayara Petruso, em homenagem a twitteira brasileira que, revoltada com a eleição de Dilma, pregou a morte de nordestinos afogados.

“Estamos lançando o nanoblog. É incrível a capacidade que algumas pessoas tem de falar merdas tão grandes com tão poucos caracteres.”, disse um diretor do Twitter.

“Ainda bem que a eleição acabou. O debate sobre o aborto ganharia força por causa dessa moça. Muito achariam que ele se justifica nesse caso”, disse um nordestino.

A editora que publica o dicionário Aurélio já informou que a próxima edição terá o verbete Mayara Petruso como sinônimo de preconceito.
*comtextolivre

III Encontro Civilização ou Barbárie –Declaração final







Os Editores
Publicamos hoje a Declaração Final do III Encontro Civilização ou Barbárie, aprovada por unanimidade e aclamação. Encerrado o Encontro ,o plenário cantou a Internacional, cada um na sua própria língua.

Reunidos na cidade portuguesa de Serpa, os participantes no III Encontro Internacional Civilização ou Barbárie – Desafios do Mundo Contemporâneo:
Lançam um alerta para o agravamento da crise global do sistema capitalista.
• Constatam que pela evolução dessa crise – financeira, económica, social, militar, energética, cultural, ambiental e política - o capitalismo, na sua escalada de agressividade, se tornou um factor de regressão absoluta da civilização, ameaçando a própria continuidade da vida na Terra.
• Sublinham que os EUA, núcleo do sistema capitalista, optaram por uma estratégia de terrorismo de Estado que assume matizes genocidas nas suas guerras asiáticas.
• Identificam na União Europeia um bloco politico-económico-militar ao serviço do capital monopolista, empenhado em impor, através do chamado Tratado Constitucional, um reforço da integração capitalista, aprofundando o seu carácter federalista, neoliberal e militarista.
• Saúdam a resistência dos povos europeus à ofensiva em curso contra os seus direitos e garantias, contra as soberanias nacionais e a democracia, ofensiva que promove o desemprego e a pauperização, favorece o grande capital, e suprime direitos laborais e sociais, sobretudo nos sectores da Saúde, da Educação, da Segurança Social, destruindo conquistas históricas dos trabalhadores e atingindo com particular violência as mulheres trabalhadoras. As gigantescas manifestações de protesto em França, em Espanha, Itália, Portugal e sobretudo na Grécia confirmam que a radicalização da luta de massas como resposta à violência do sistema se amplia a nível continental.
• Condenam as guerras imperiais que atingem os povos do Iraque e do Afeganistão, agredidos e ocupados, e os monstruosos crimes ali cometidos pelas forças armadas dos EUA e da NATO, com a aprovação e cumplicidade do Governo português; denunciam como farsa os calendários de retirada das tropas invasoras; advertem que autênticos exércitos de mercenários se comportam na Região como hordas fascistas; e saúdam a resistência dos povos iraquiano e afegão em luta pela liberdade e independência.
• Manifestam a sua solidariedade com o povo mártir da Palestina e o povo do Líbano no seu combate heróico contra o sionismo neofascista. Denunciam o Tribunal Especial das Nações Unidas sobre o Líbano como mero serventuário dos EUA e de Israel. Denunciam a hipocrisia da falsa política de paz do governo Obama, aliado incondicional do sionismo e do Estado terrorista de Israel.
• Advertem contra o perigo de uma agressão iminente dos EUA e de Israel ao povo do Irão - agressão que poderia ser o prólogo da III Guerra Mundial - e denunciam a campanha de desinformação montada para deformar a imagem daquela nação que foi berço de grandes civilizações.
• Alertam para a política de cerco militar e de guerra fria que os EUA conduzem contra a República Popular da China.
• Condenam as intervenções militares directas e indirectas do imperialismo estado-unidense na América Latina; denunciam o regresso da IV Frota da US Navy a águas sul-americanas e a instalação de 7 novas bases norte-americanas na Colômbia e reclamam o encerramento de todas as existentes no Continente, incluindo a de Guantanamo, ocupada ilegalmente em Cuba.
• Denunciam a participação do governo dos EUA, através da CIA e do Pentágono, no golpe de estado nas Honduras e na fracassada intentona no Equador e saúdam as conquistas democráticas e as medidas anti-imperialistas alcançadas pelos governos progressistas de Evo Morales na Bolívia e de Rafael Correa no Equador.
• Saúdam a luta, corajosa e difícil, de uma percentagem crescente de cidadãos norteamericanos contra as engrenagens de um sistema de poder cuja ambição e irracionalidade configuram ameaça à humanidade e sublinham que as esperanças suscitadas pela eleição de Barack Obama se desvanecem à medida que se torna evidente que o novo presidente dá no fundamental continuidade à política externa de George Bush – agravando-a mesmo, como sucede no Afeganistão e na América Latina - e, no plano interno, actua como aliado do capital contra os trabalhadores.
• Saúdam calorosamente o povo da Venezuela pelos avanços realizados no desenvolvimento da Revolução Bolivariana, pela firmeza perante o imperialismo estado-unidense e na defesa do projecto de construção de uma sociedade socialista.
• Reclamam o fim do bloqueio imposto a Cuba pelos EUA e da “Posição Comum da UE”, ambos instrumentos do imperialismo. Sublinham que a sua revolução socialista e a heróica resistência do seu povo a meio século de guerra não declarada foi factor decisivo para o fortalecimento em todo o continente da resistência ao imperialismo norte-americano. Sem essa resistência e exemplo, os avanços revolucionários registados na Venezuela não teriam sido possíveis, nem a emergência de governos progressistas noutros países.
• Saúdam as primeiras manifestações da classe operária e dos trabalhadores da Rússia contra a exploração desencadeada pela restauração capitalista em curso nesse país.
• Saúdam a campanha internacional “Gaza Livre” pelo levantamento do criminoso bloqueio a Gaza.
• Condenam os crimes cometidos pelo governo de Uribe Velez na Colômbia nos quais desempenhou importante papel o actual presidente Juan Manuel Santos e lembram que a solidariedade da União Europeia com o regime neofascista colombiano dificulta a solução negociada para o conflito existente naquele pais pela qual o seu povo tem corajosamente lutado. Exprimem a sua solidariedade com a Senadora Piedad Córdoba e as vítimas do terrorismo de Estado.
• Constatam que o crescimento económico capitalista, baseado no aumento do consumo, mobiliza fluxos colossais de materiais e de energia, causando a degradação e a exaustão de recursos naturais finitos – nomeadamente o petróleo que neste momento está atingindo o nível máximo de produção possível - ameaçando os processos de renovação natural. Ao invés do bem-estar das populações, o crescimento económico capitalista desfigura assim a relação harmoniosa do Homem com a Terra que habita e que é património comum da humanidade, destruindo o ambiente necessário à vida e os recursos indispensáveis à produção de bens essenciais.
• Alertam para a necessidade imperiosa do combate à alienação de grande parte da humanidade, envenenada pelo massacre mediático de uma comunicação social - controlada pelo imperialismo – que desinforma e manipula, disseminando a mentira e ocultando a realidade em escala mundial.
• Apelam ao reforço da defesa da diversidade cultural e da resistência cultural e linguística, contra a hegemonização e a colonização do espaço mediático, comercial, cultural, científico pela expressão anglo-saxónica, enquanto “língua de trabalho” do imperialismo.
• Proclamam a convicção de que o marxismo - e em particular o seu núcleo fundador assente na obra de Marx e Engels - continua a ocupar um lugar central entre as referências teóricas mobilizadas não somente pelos comunistas mas também pelos progressistas do mundo. A reapropriação e o reforço do marxismo, da sua metodologia e dos seus conceitos, como pensamento da crítica e da transformação do mundo, nem dogmático nem domesticado, e a herança do marxismo-leninismo, continuam a ser uma necessidade absoluta da luta ideológica e na justa definição da estratégia e da táctica das forças que se empenhem no combate anti-capitalista e anti-imperialista. Contra o sistema totalitário de desinformação, de alienação e de manipulação das massas e os doutrinadores do «pensamento único», o marxismo-leninismo permanece como a arma intelectual mais preciosa nas mãos dos trabalhadores e dos povos que resistem. Renunciar a ele equivaleria a desistir da luta pelo socialismo.
• Denunciam o carácter profundamente reaccionário das campanhas de criminalização do comunismo, recordam as consequências trágicas do desaparecimento da União Soviética e expressam a convicção de que o socialismo é a única alternativa ao sistema capitalista que, ao entrar na fase senil, optou por uma estratégia de desespero e exterminista, que ameaça conduzir a humanidade à barbárie.
• Registam o significado das comemorações do I Centenário da Republica Portuguesa, sublinhando a importância decisiva da participação do povo na revolução do 5 de Outubro de 1910 e nas suas conquistas políticas.
• Constatam com alegria e esperança a intensificação das lutas dos trabalhadores em escala mundial, bem como a resistência às guerras de agressão, designadamente nos EUA, centro do sistema de dominação, e sublinham que o reforço da solidariedade internacionalista entre os explorados e os excluídos de todo o mundo é imprescindível à globalização do combate contra o inimigo comum: o capitalismo e o imperialismo.
Serpa, 1 de Novembro de 2010
 

quarta-feira, novembro 03, 2010

Só uma mulher para o AMOR vencer o Ódio

Pergunta que não quer calar:
Já vi todo tipo de análise do voto nestas eleições, fora o embate propriamente ideológico: a questão de classe social; a fratura regional (São Paulo/sul x norte/nordeste), a abjeta propaganda nazi-religiosa, até a questão racial freqüenta os debates. Mas ninguém diz nada – neris de pitibiriba, nadica de nada, OxO – da curiosíssima questão do gênero; sendo nosso país reconhecidamente machista porque o voto na nossa presidente é, estatisticamente, matematicamente um voto masculino????
Na proporção de 54% a 47%, com as mulheres como maioria do colégio eleitoral. Ou não se pode falar do machismo como dado essencial da cultura..feminina? Ou não se pode falar do gritante reacionarismo, atraso, futilidade, frivolidade, superficialidade, baixa auto-estima, (medo de ter uma mulher como chefe), e direitismo da mulher brasileira??? Isso ainda é tabu????  Pq o medo do assunto??? Alguém pode me dizer????
Então, seja por que achei a pergunta muito pertinente, seja por que não tenho medo nem do assunto nem dos tabus,  tenho algumas teses que gostaria de compartilhar.
O gritante reacionarismo: É da mulher paulista, das centro-sulistas, não das nordestinas, por exemplo. As nordestinas, de um modogeral são, por uma série de razões de ordem histórica, bem, mais revolucionárias. Da mesma forma, as mais jovens tendem a ser menos conservadoras que as mais idosas e as das gerações 1960/1970, menos do que o das gerações 1980/1990.
Atraso: é típico da mulher espírita, em menor grau das católicas e evangélicas, e menos encontrado entre as protestantes, budistas, ateias e esquerdistas.
Futilidade, frivolidade e superficialidade: É da burguesa, que têm tempo e dinheiro para isso, ou da classe média, que quer se achar burguesa, não das mulheres trabalhadoras.
Baixa auto-estima: é típico das donas de casa, não das mulheres que tem um emprego e serviço extra doméstico, ou das que são arrimos de família, como é comum entre as nordestinas.
Medo de ter uma mulher como chefe, aí é inveja mesmo. Não há muito o que falar.
Direitismo da mulher brasileira: Preparar-se para ser pai é aprender a transar, tem de se ser audaz, brigar. Para uma mulher ser mãe as necessidades são muito mais complexas. Assim, homens são naturalmente combativos enquanto a tendência das mulheres ao conservadorismo, à segurança do status quo, é quase inato.

*estadoanarquista

Segue trecho de Metrópolis, de Fritz Lang, com toda a liberdade, deformação da realidade com o objetivo de resgatá-la



em sua essência mais crua e humana, com toda a alma no seu sentido mais grotesco e sublime, com tudo aquilo que faz do expressionismo um gênero difícil e cada vez mais sedutor para o cinema.
*educaçãopolitica

RECOMENDO: "DIREITO DE ASILO: TEMPO DE REFLETIR"


Sempre atento, nosso bom companheiro Carlos Lungarzo, da Anistia Internacional, lembra que, passado o momento em que os melhores esforços do presidente Luiz Inácio Lula da Silva estavam concentrados numa titânica luta para evitar o retrocesso político, chega a hora de tomar a única decisão possível, à luz da civilização, para o caso do escritor italiano Cesare Battisti: libertá-lo o quanto antes, para morar e trabalhar em paz no Brasil.

Eis os principais trechos do obrigatório artigo de Lungarzo, Direito de Asilo: Tempo de Refletir:
"O triunfo eleitoral da candidata Dilma Rousseff, membro do que fora o mais desenvolvido movimento da esquerda latino-americana nos anos 80, e ex-prisioneira política, deve servir para refletir sobre um fato dramático. Após 25 anos de democracia e de 8 anos de governo popular, o Brasil voltou a ter um preso político, que já permaneceu privado de sua liberdade por mais tempo do que cumpriram vários presos políticos da ditadura.

"O escritor italiano Cesare Battisti está em território brasileiro (um país autônomo e soberano, cuja constituição defende a autodeterminação dos povos, a prevalência dos direitos humanos e o direito asilo) desde há quase 43 meses.
"Durante todo esse tempo foi refém das mais reacionárias gangues de inquisidores, da mesma mídia que envidou os mais mirabolantes esforços para desestabilizar os representantes do povo, e dos subservientes de um estado imperial, parcialmente neofascista, eivado pela corrupção, e governado por sociedades secretas, pelo obscurantismo milenar, e pelo crime organizado.
"Mas os fatos se desenvolvem no Brasil, um país cioso de sua soberania, de possuir um governo plebiscitado numerosas vezes, e de ter elevado o bem-estar social de boa parte dos excluídos, e que, sobretudo, nada tem a ver com os insanos rancores e a sede de sangue [dos revanchistas italianos].

"(...)Para as direitas neofascista das Américas, que apoiam chacinas no campo, massacres, tortura e faxina étnica, a morte de umas pessoas mais ou menos não significam nada. Se Cesare estivesse solto, nada poderia impedir que, p. ex., pessoas que participam do comício de um candidato X sofram um atentado, e o partido de X atribuísse isso ao governo.

"Por sinal, isso foi feito várias vezes pelo fascismo espanhol e italiano, e não esqueçamos que a última etapa do fascismo espanhol (...) foi dominada pelo Opus Dei, uma seita que tem fiéis seguidores entre a direita brasileira. Quanto ao fascismo italiano, foi durante os quase 4 anos de prisão de Battisti, o grande xodó da direita brasileira, e também seu indiscutível amo.

"Então, entendemos que esperar até agora teve alguma lógica, embora a prisão de Cesare deva ser denunciada, desde o primeiro dia, como injusta e contrária aos direitos humanos. Mas, o perigo já passou. Pelo menos durante 8 anos e quiçá mais, a direita não poderá utilizar o poder federal para nenhuma massacre.

"Então, todos esperamos que. nos próximos dias, o presidente Lula liberte Cesare."

*naufragodautopia

Da pra imaginar o Brasil sem os nordestinos

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O Brasil sem o Nordeste

Adonias Filho, Afrânio Peixoto, Alberto Nepomuceno, Alceu Valença, Alcione, Antonio Bandeira, Anísio Teixeira, Ademilde Fonseca, Aderbal Freire Filho, Ariano Suassuna, Ascenso Ferreira, Assis Valente, Augusto dos Anjos, Aurélio Buarque de Hollanda, Austregésilo de Athayde, Barbosa Lima Sobrinho, Batatinha, Belchior, Bezerra da Silva, Câmara Cascudo, Capiba, Capinan, Capistrano de Abreu, Carlos Castello Branco, Carlos Marighela, Castro Alves, Catulo da Paixão Cearense, Celso Furtado, Chacrinha, Chico Anysio, Chico César, Chico Science, Cícero Dias, Claudionor Germano, Coelho Neto, Cussy de Almeida, Daniela Mercury, Daúde, Delmiro Gouveia, Dias Gomes, Djavan, Dom Helder Câmara, Dominguinhos, Dorival Caymmi, Elba Ramalho, Eleazar de Carvalho, Ellen de Lima, Elomar, Emanoel Araújo, Epitácio Pessoa, Evaldo Cabral de Mello, Evandro Lins e Silva, Evanildo Bechara, Ferreira Gullar, Fortuna, Francisco Brennand, Francisco Julião, Frei Caneca, Gal Costa, Genival Lacerda, Geraldo Azevedo, Geraldo Vandré, Gilberto Freyre, Gilberto Gil, Gilvan Samico, Giocondo Dias, Glauber Rocha, Gordurinha, Gonçalves Dias, Graça Aranha, Graciliano Ramos, Gregório de Matos, Guel Arraes, Helonieda Studart, Henrique Dias, Heraldo do Monte, Herbert Viana, Hermeto Paschoal, Hermilo Borba Filho, Humberto Teixeira, Ivete Sangalo, K-Ximbinho, Jacques Klein, J. Borges, Jackson do Pandeiro, Jararaca, João Cabral de Melo Netto, João Câmara, João do Vale, João Gilberto, João Ubaldo Ribeiro, Joaquim Cardozo, Joãosinho Trinta, Joel Silveira, Jorge Amado, Jorge de Lima, José Américo de Almeida, José Condé, José de Alencar, José Dumont, José Ermírio de Moraes, José Lins do Rego, José Wilker, Josué de Castro, Josué Montello, Lázaro Ramos, Lêdo Ivo, Lula, Luís Americano, Luís Viana Filho, Luiza Erundina, Luiz Bandeira, Luiz Carlos Barreto, Luiz Gonzaga, Luperce Miranda, Manezinho Araújo, Mano Décio da Viola, Manuel Bandeira, Marco Nanini, Maria Bethânia, Mário Cravo Neto, Marlos Nobre, Mestre Vitalino, Miguel Arraes, Moacir Santos, Naná Vasconcelos, Nelson Ferreira, Nelson Rodrigues, Nise da Silveira, Odylo Costa, Patativa do Assaré, Paulo Freire, Pedro Américo, Rachel de Queiroz, Raul Seixas, Riachão, Rildo Hora, Rui Barbosa, Santa Rosa, Severino Araújo, Sílvio Romero, Sivuca, Solano Trindade, Sousândrade, Tobias Barreto, Torquato Neto, Turíbio Santos, Waldick Soriano, Wally Salomão, Walter Santos, Walter Wanderley, Zagalo, Zé Dantas, Zé da Velha, Zé do Norte, Zé Ramalho, Zé Trindade.

Todos nordestinos.
Dá para imaginar o Brasil sem eles?
*cronicasdomotta 


Revista francesa"Courrier" defende Lula
2010-10-26 09:03:44
[Sandro Davidovitch] A revista francesa courrier defendeu Lula, em sua publicação, onde ele é a capa. A revista dedica a sua matéria ao fato da imprensa brasileira fazer tantos ataques ao presidente, que fez um governo voltado para os mais desfavorecidos. Leia a matéria da revista Courrier.Leia. 
*NovaE

Tempo e Espaço em outros Tempos

Vencemos


(Nesta pintura de Delacroix, vê-se Dilma e os blogueiros sujos ao final da batalha contra o PIG).

O post anterior, do Lungaretti, não reflete o meu estado de espírito. Para mim não houve vitória anunciada até o derradeiro minuto, até os 90% dos votos apurados. Aí sim, pude respirar tranquilo. Só agora, portanto, rodeado de jornais de luto pela derrota do candidato dos riquinhos e egoístas, tenho prazer em levantar a voz e, com perdão da palavra, gritar: VENCEMOS...
*Óleododiabo

Mas é muito sem-vergonha essa revista Veja


 


Agora, o Robert(o) Civita é dilmista desde criancinha


O Conversa Afiada reproduz post do blog Amigos do Presidente Lula – aquele que a Dra Cureau tentou calar:

Mas é muito sem-vergonha… essa revista Veja…


A  revista Veja soltou uma edição extra para bajular a nova presidenta eleita. Partindo de qualquer outra revista seria normal, mas partindo da Veja e da forma que fez, nunca vi tamanha cara-de-pau e tanta sem-vergonhice.


Depois de capas e mais capas seguidas acusando-a de ser uma espécie de megera que mandava fazer dossiês, e de fazer ilações sobre responsabilidade por atos de terceiros, traz um texto carregado de elogios bajuladores e nenhuma crítica. Termina o texto, abanando o rabo igual à um cachorrinho, querendo se safar de processos e com lobismo:


O pronunciamento, feito na noite de domingo em Brasília, mostrou uma presidente eleita senhora do lugar que agora ocupa e com plena consciência das prioridades políticas, econômicas e sociais do país. Mas, principalmente, salientou sua fé no papel presidencial de zelar pela Constituição e, consequentemente, pelo respeito aos direitos ali assegurados. Dilma reafirmou o respeito irrestrito à liberdade de expressão e seu reconhecimento de que “as críticas do jornalismo livre ajudam o país e são essenciais aos governos democráticos, apontando erros e trazendo o necessário contraditório”. Um grande começo.


Isso dois dias depois da edição de sábado passado (véspera da eleição), quando fez uma capa atacado o presidente Lula, com reportagens imbecis, tais como uma comparação de fotos com Fidel Castro.



Em busca de uma bolsa “famiglia” Civita


A famíglia Civita, dona da revista, desde os tempos da ditadura, sempre manteve o comércio de notícias como negócio, em estreita colaboração com o poder.


Verbas governamentais, empréstimos generosos, determinaram a linha editorial chapa-branca ou oposicionista.


Uma notícia desgastante pode ser atenuada. A versão simpática ao governo pode prevalecer sobre uma versão oposicionista, ou realista. Uma notícia capaz de gerar crises, pode ser encoberta com outra, como cortina de fumaça.


Quem não é “cliente” da revista, nem direito de ser ouvido com isenção, consegue. Quem é “bom cliente”, só tem noticia negativa publicada com provas, e quando já vaza para outros órgãos de imprensa, e sem viés golpista e com direito de resposta.


O presidente Lula mandou às favas a revista. Não quis conversa. Não ficava almoçando com a famíglia Civita.


Deu um basta na relação de corrupção que existia entre a imprensa e o poder nos governos anteriores.


Agora, a revista “estende a mão” à nova presidenta eleita, mas não em gesto de boa vontade, e sim com o pires na mão, em busca de verbas governamentais, em troca de uma linha editoral mais chapa-branca.


É o bolsa “famiglia” Civita.


Que Dilma faça como Lula fez e mande a famiglia Civita passar o pires nas empresas privadas e privatizadas. Que vivam como empresa no capitalismo, em vez de mamar nas tetas do governo.


A revista escreveu sobre o compromisso de Dilma de zelar pela Constituição e, consequentemente, pelo respeito aos direitos ali assegurados.


Excelente: que sejam assegurados os direitos à honra de quem a tem assassinada por revistas como a Veja.


A revista esqueceu um detalhe importante: a Constituição impõe DEVERES também. O papel da presidente também é garantir que sejam cumpridos.


“Reaças” devem cancelar assinaturas


O que sobra de bom nisso tudo, é que os reacionários que lêem a revista não devem ter gostado dessa bajulação, e devem cancelar assinaturas.


Ou talvez, a falta de compromisso da revista com seus leitores reacionários seja um indicador de que nem eles existem em número significativo. Há suspeitas de que a revista não tem mais público, e vive de uma circulação artificial bancada por assinaturas de órgãos públicos como as compradas pelo governo do Estado de São Paulo na gestão Serra (PSDB), do governo do Distrito Federal, na gestão de José Roberto Arruda (Ex-DEMos), e da distribuição gratuita. 

*conversaafiada 

 


por Rodrigo Vianna
A vitória de Dilma significa a vitória de lutas que vêm de longe, como eu já escrevi aqui.
A vitória de Dilma é a vitória de Lula e de um projeto que aposta na inclusão. É a continuidade de um governo que teve atuação marcante em quatro eixos, pelo menos:
- criação de um mercado consumidor de massas (recuperação do salário-mínimo, do salário do funcionalismo, Bolsa-Familia, política mais agressiva e popular de crédito) – teve papel fundamental no enfrentamento da crise econômica mundial, porque o Brasil deixou de depender só das exportações e pôde basear sua recuperação no mercado interno;
- respeito aos movimentos sociais – parceria com sindicatos, diálogo com as centrais, com o MST;
- recuperação do papel do Estado – fim das privatizações, valorização do funcionalismo, novos concursos públicos, recuperação do papel planejador do Estado (por exemplo, no campo da energia), fortalecimento dos bancos públicos (não mais como financiadores de privatizações suspeitas, mas como indutores do desenvolvimento);
- política externa soberana – enterro da Alca, criação da UNASUL, valorização de parcerias com China, India, Irã; fim do alinhamento com os EUA.
Dilma significa que isso tudo pode seguir. Mas a campanha mostrou que há pelo menos uma área onde o governo Lula errou, por timidez: política de Comunicação. Durante a reta final do primeiro turno, o Brasil voltou a ficar refém de quatro ou cinco famílias que ditam a pauta do Brasil. Os blogs e um ou outro meio tradiconal ofereceram certo contraponto. Mas foi pouco. No segundo mandato, com Franklin Martins, Lula mostrou que é possível avançar muito mais nessa área!
A vitória de Dilma significa também a derrota de muita coisa. Derrota do preconceito e do ódio expressos em mensagens apócrifas, derrota de quem acredita que se ganha eleição misturando política e religião – de forma desrespeitosa e obscurantista.
Dilma no poder significa a derrota de Ali Kamel e seu pornográfico jornalismo de bolinhas na “Globo”. Significa a derrota de Otavinho e suas fichas falsas na “Folha”. Significa a derrota da Abril e de seus blogueiros/colunistas de esgoto.
Dilma é a derrota da extrema-direita que espalhou boatos, fotos falsas, montagens grosseiras e – quando desmascarada – saiu correndo (apagando sites, vestígios, provas).
A vitória de Dilma é a derrota da maior máquina ideológica conservadora montada no Brasil desde o golpe de 64. Essa máquina mostrou sua cara na campanha – unindo a Opus Dei, o Vaticano e o que restou da comunidade de informações a essa turma “profisional” que espalhou emails, calúnias, spams (e atacou até blogs progressistas na calada da noite).
A consagração de Dilma significa a derrota de um candidato covarde: não teve coragem de mostrar FHC na campanha, fingiu ser amigo de Lula e, no desespero, usou aborto e a própria mulher para ataques lamentáveis…
Dilma é a derrota de uma política feita nas sombras, nos telefonemas para as redações, nos dossiês.  Dilma significa a vitória de um projeto generoso, e o enterro de uma determinada oposição.
Quem torce pela democracia torce também para que uma nova oposição – séria e democrática – prospere, longe dos dossiês e da truculência serrista. Na próxima semana, teremos tempo para pensar a fundo no que pode vir de uma oposição renovada, quais os movimentos possíveis…
Mas acho que não devemos ter ilusão. Serra tirou da garrafa a extrema-direita. O tipo de campanha feita por ele, e que obteve mais de 40% dos votos, mostra que essa máquina conservadora está à espreita. E pode voltar a atacar. Os colunistas e os chefetes ressentidos – em certa imprensa pornográfica – seguirão a agir nas sombras.
Caberá a nós lançar cada vez mais luz sobre as manobras dessa gente. Derrotada pelo voto e pela força do povo brasileiro.
*grupoBeatrice

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