Pergunta que não quer calar:
Já vi todo tipo de análise do voto nestas eleições, fora o embate propriamente ideológico: a questão de classe social; a fratura regional (São Paulo/sul x norte/nordeste), a abjeta propaganda nazi-religiosa, até a questão racial freqüenta os debates. Mas ninguém diz nada – neris de pitibiriba, nadica de nada, OxO – da curiosíssima questão do gênero; sendo nosso país reconhecidamente machista porque o voto na nossa presidente é, estatisticamente, matematicamente um voto masculino????
Na proporção de 54% a 47%, com as mulheres como maioria do colégio eleitoral. Ou não se pode falar do machismo como dado essencial da cultura..feminina? Ou não se pode falar do gritante reacionarismo, atraso, futilidade, frivolidade, superficialidade, baixa auto-estima, (medo de ter uma mulher como chefe), e direitismo da mulher brasileira??? Isso ainda é tabu???? Pq o medo do assunto??? Alguém pode me dizer????
Então, seja por que achei a pergunta muito pertinente, seja por que não tenho medo nem do assunto nem dos tabus, tenho algumas teses que gostaria de compartilhar.
O gritante reacionarismo: É da mulher paulista, das centro-sulistas, não das nordestinas, por exemplo. As nordestinas, de um modogeral são, por uma série de razões de ordem histórica, bem, mais revolucionárias. Da mesma forma, as mais jovens tendem a ser menos conservadoras que as mais idosas e as das gerações 1960/1970, menos do que o das gerações 1980/1990.
Atraso: é típico da mulher espírita, em menor grau das católicas e evangélicas, e menos encontrado entre as protestantes, budistas, ateias e esquerdistas.
Futilidade, frivolidade e superficialidade: É da burguesa, que têm tempo e dinheiro para isso, ou da classe média, que quer se achar burguesa, não das mulheres trabalhadoras.
Baixa auto-estima: é típico das donas de casa, não das mulheres que tem um emprego e serviço extra doméstico, ou das que são arrimos de família, como é comum entre as nordestinas.
Medo de ter uma mulher como chefe, aí é inveja mesmo. Não há muito o que falar.
Direitismo da mulher brasileira: Preparar-se para ser pai é aprender a transar, tem de se ser audaz, brigar. Para uma mulher ser mãe as necessidades são muito mais complexas. Assim, homens são naturalmente combativos enquanto a tendência das mulheres ao conservadorismo, à segurança do status quo, é quase inato.
*estadoanarquista
Nenhum comentário:
Postar um comentário